Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento
Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento
Contexto histórico
No dia 15 de julho de 1675, o Papa Clemente X assinava a bula que decretava a criação da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. A sua formação territorial ocupava o espaço dos seguintes Conventos e Estados da Federação: São Francisco em Vitória-ES (1591); Santo Antônio do Rio de Janeiro-RJ (1608); Santo Antônio em Santos-SP (1640); São Boaventura em Macacu-RJ (1649); Nossa Senhora da Penha em Vila Velha-ES (1650); São Bernardino em Angra dos Reis-RJ (1650); Nossa Senhora da Conceição em Itanhaém-SP (1654); Nossa Senhora do Amparo em São Sebastião-SP (1658); Santa Clara em Taubaté-SP (1674); Nossa Senhora dos Anjos em Cabo Frio-RJ (1686); São Luís em Itu-SP (1691); e Bom Jesus-Hospício na ilha da Guanabara (1704). Desses, apenas cinco estão em atividade na Província: Santo Antônio do Rio de Janeiro, Santos, São Paulo, Penha e São Sebastião. Todos tombados, eles são testemunhas dos fatos históricos da Ordem Franciscana no Brasil e da história do nosso país.
Até o século V aproximadamente, a sede da diocese contava apenas com a Igreja central, onde o bispo com seus presbíteros e diáconos exerciam as funções sagradas – essa era a comunidade. Com o aumento populacional dos fiéis expandindo-se para a zona rural, o bispo enviava um de seus presbíteros para a assistência espiritual àquele povo. Esse processo gerou o início da estruturação da paróquia, que também era a comunidade. No Brasil, o processo foi um pouco diferente: a paróquia se constituiu na cidade, e na zona rural criaram-se as chamadas capelas, onde os padres da paróquia davam assistência ao povo de tempo em tempo.
A Província, restaurada pelos missionários alemães a partir de 10 julho de 1891, iniciou e caminhou na história com duas modalidades de conventos ou casas: os simples conventos (fraternidades sem paróquia) e os Conventos com paróquia. Os conventos sem paróquia tinham um raio de ação evangelizadora muito grande. Eram centros de acolhimento pelo ministério da misericórdia, mas também pontos de partida para visitas aos doentes e atividades na cidade e região. Mesmo depois de os frades terem assumido paróquias, algumas casas continuaram a possuir caráter de centros de acolhimento, exigindo dos frades um duplo tipo de pastoral: o paroquial e o centro de acolhimento. Temos aos cuidados da Província quatro santuários oficiais: o Convento da Penha, em Vila Velha, a Gruta de Nossa Senhora da Conceição de Lourdes, de Angelina, Santo Antônio do Valongo, em Santos, e São Francisco de Assis, em São Paulo-Centro.
Os santuários, como explica o Plano de Evangelização da Província, não se criam por decreto, mas são os peregrinos que os elegem. Como lugares de grande peregrinação popular, destacam-se o Convento da penha e a Gruta de Angelina. Embora não sejam oficialmente santuários, merecem igualmente destaque, pelo afluxo de fiéis, o Convento Santo Antônio do Rio de Janeiro e Seminário Frei Galvão de Guaratinguetá.
Ao longo de sua história, respondendo às necessidades das Igrejas Locais, a Província aceitou o serviço pastoral em muitas paróquias. A partir do trabalho missionário dos frades, surgiram inclusive novas paróquias e até dioceses. Assim, algumas das igrejas que estavam sob cuidados da Província, hoje são catedrais. Esse processo continuou e hoje está em paróquias de diferentes contextos e em Igrejas locais diversas, no Brasil e em Angola.
ARTICULAÇÃO DA FRENTE
A articulação desta Frente de Evangelização visa a congregar e animar as fraternidades a serviço das Igrejas Locais no ministério das paróquias e santuários, promovendo discernimento, corresponsabilidade, partilha, colaboração e formação específica, para que, atentos às exigências da realidade, realizem esta forma particular de evangelização sendo fiéis ao nosso carisma e às orientações da Igreja.
A paróquia, embora não seja a única instituição evangelizadora, continua sendo a estrutura mais recorrente no interior da Igreja Católica, principal referência para os fiéis batizados e presença pública da Igreja nos diferentes lugares. Na Província, é o campo onde está a maioria dos frades. “É um campo onde se pode viver e exercer a missão segundo o nosso carisma e dar visibilidade ao nosso projeto evangélico de vida como seguidores de Cristo a modo de São Francisco (fraternidade, minoridade, espírito de oração, espírito de penitência = formação/conversão permanente)”, atesta o Plano de Evangelização da Província.
O Papa Francisco constata que “temos de reconhecer que o apelo à revisão e renovação das paróquias ainda não deu suficientemente fruto, tornando-se ainda mais próximas das pessoas, sendo âmbitos de viva comunhão e participação e orientando-se completamente para a missão” (EG 28).
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