Quem somos - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Nossa História

NOSSA HISTÓRIA FRANCISCANA

Apresentação

Foi no dia 15 de julho de 1675 que o Papa Clemente X, mediante a Bula Pastoralis Officii, erigiu oficialmente a Província da Imaculada Conceição do Brasil, desmembrada da Província de Santo Antônio do Brasil (erigida como Província no dia 24 de agosto de 1657).

A Província da Imaculada Conceição do Brasil, ao ser criada, contava com 10 conventos. O mais antigo era o convento São Francisco (foto ao lado), em Vitória (ES), construído em 1591. Desse convento só permanece parte da fachada e algumas ruínas, local da atual Cúria da Arquidiocese de Vitória. O segundo convento, sem dúvida o mais importante da nova Província da Imaculada Conceição do Brasil, é o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, construído em 1608. Este convento foi a sede provincial por dois séculos, bem como o principal centro de formação dos frades nos estudos da filosofia e da teologia, chegando a ter uma das mais ricas bibliotecas do Brasil.

Os demais conventos da nova Província, por ordem de sequência, foram: Convento Santo Antônio de Santos, SP, 1640; Convento São Francisco em São Paulo, SP, 1642; Convento São Boaventura em Macacu, RJ, 1649 (em ruínas); Convento de Nossa Senhora da Penha, ES, 1650; Convento São Bernardino em Angra dos Reis, RJ, 1650 (ruínas); Convento Nossa Senhora da Conceição em Itanhaém, SP, 1654 (ruínas); Convento Nossa Senhora do Amparo em São Sebastião, SP, 1658, e Convento Santa Clara em Taubaté, SP, 1674, convento que atualmente pertence aos Frades Capuchinhos.

Poucos anos após sua criação, a Província da Imaculada Conceição construiu outros três conventos, a saber: o Convento de Nossa Senhora dos Anjos em Cabo Frio, RJ, 1686 (ruínas); o Convento São Luís, em Itu, SP, 1691 (ruínas); e o Convento do Bom Jesus, na ilha do Bom Jesus, na Baía da Guanabara, RJ, 1704 (ali foi construído um hospício).

O que representou a presença franciscana nesses conventos? Quais atividades apostólicas que se evidenciaram a partir desses conventos?

Respondendo em palavras breves, esses conventos, antes de tudo, foram centros de irradiação do próprio carisma franciscano, com atividades apostólicas muito bem definidas que aqui destaco: a catequese entre os índios, as missões nas aldeias, a educação e o ensino elementar ministrado pelos frades nas escolas gratuitas do interior; a pastoral entre os escravos africanos nos portos e nas fazendas; as jornadas missionárias das zonas auríferas de MG e GO para a pacificação dos mineradores, além do atendimento ordinário nas igrejas e portarias conventuais. Como protótipos desta presença e atividades franciscanas, sem dúvida alguma merecem destaques Frei Pedro Palácios em Vila Velha, Frei Galvão ou Santo Antônio de Sant’Ana Galvão, entre outros.

O período do florescimento da Província durou cerca de 100 anos, quando uma forte crise abalou os Frades Menores, advinda do Decreto de Marquês de Pombal (1764) proibindo a recepção de novos membros na Ordem dos Frades Menores. Este decreto, contudo, foi revogado em 1777. Mas o auge da crise começou com o decreto de 18 de maio de 1855, que proibiu a recepção de noviços para todas as ordens religiosas no Brasil. Esta campanha antirreligiosa desencadeada pelo Império Brasileiro fez com que a Província de Santo Antônio se reduzisse a apenas nove frades e a nossa Província da Imaculada Conceição a um único frade, Frei João do Amor Divino Costa (foto ao lado), que residia no Convento Santo Antônio do Rio de Janeiro.

Se a escravidão foi abolida em 1888, os franciscanos e as demais ordens religiosas continuaram a clamar junto ao governo brasileiro pela liberdade espiritual que continuava sendo escravizada. Somente aos 07 de janeiro de 1890, extinguindo o padroado, a circular de 18 de maio de 1855 que proibia a entrada de noviços e ordens religiosas aqui no Brasil perdeu sua validade. Por isso, depois de várias tratativas entre a Cúria Geral e a Santa Sé, a Província da Santa Cruz da Saxônia (Alemanha) aceitou o desafio de enviar novos missionários franciscanos ao Brasil.

Assim, no dia 10 de julho de 1891 chegaram ao Brasil, ou mais precisamente no vilarejo de Teresópolis, SC, os quatro pioneiros da restauração da Província da Imaculada, a saber: Frei Armando Bahlmann, Frei Xisto Maiwes, Frei Humberto Themans e Frei Maurício Schmalor.

O curioso é que a restauração da Província da Imaculada Conceição do Brasil não se iniciou pelo Convento Santo Antônio (RJ), onde ainda residia o último frade da antiga Província. O recomeço da vida franciscana no sudeste e sul do Brasil acontece através de uma nova forma de presença pastoral, o que nos permite aplicar tanto o tema do último Conselho Plenário da Ordem, “Vinho novo em odres novos”, como a busca de ressignificação da nossa presença no processo do redimensionamento da nossa vida e frentes de evangelização nos tempos atuais, tema do próximo Capítulo Geral da Ordem: “Frades Menores em nosso Tempo”.

Frei Humberto e Frei Maurício, em pé; Frei Amando e Frei Xisto, sentados (da esq. para dir.)

O recomeço se dá na pequena vila de colonização alemã, Teresópolis – SC, cuja paróquia foi oficialmente entregue aos frades no dia 12 de novembro de 1891 e tinha 14 povoados, sendo que boa parte da população era de confissão luterana.

O que caracterizou esta retomada da vida franciscana? As crônicas nos falam de pregações missionárias, de catequese, da administração dos sacramentos, onde os frades procuravam atingir a comunidade inteira.

Assim, a pequena e primitiva Fraternidade de Teresópolis foi tomando corpo com a chegada de novos frades missionários vindos da Província da Saxônia e, consequentemente, novas fundações franciscanas foram surgindo: Lages, Blumenau, Rodeio, Petrópolis, Curitiba. E a partir de 1900 outras novas comunidades, como: Gaspar, Curitibanos, Santo Amaro da Imperatriz, Quissamã, Palmas, Florianópolis. E alguns dos conventos da antiga Província, os que ainda ofereciam condições de uso, também foram se transformando em residência dos frades.

O projeto da restauração da vida franciscana no Brasil fez com que a Província de Santa Cruz da Saxônia, Alemanha, enviasse mais de 200 frades alemães. Essa vinda de missionários foi tão significativa que no dia 14 de setembro de 1901, após 10 anos de atividades missionárias, as duas antigas Províncias Franciscanas (Santo Antônio no Nordeste e Imaculada Conceição no Sul) voltaram a ser Províncias independentes.

Assim, a nossa Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, restaurada a partir de 1891, teve um crescimento numérico extraordinário quando, por dois anos (em 1959 e em 1966) chegou a ter 713 frades! Isto significa que praticamente a cada década houve um aumento aproximado de cerca de 100 frades. Depois, a partir da década de 1970, constatamos um declínio numérico e hoje, no início de julho de 2014, contamos com 384 frades.

A nossa Província, a antiga fundada pelos portugueses (1675-1891) e a atual (de 1981 aos dias de hoje), teve características próprias em cada época. A Província antiga desenvolveu sua atividade evangelizadora a partir dos grandes conventos missionários. Já a Província restaurada, desde cedo passa a assumir uma presença missionária e evangelizadora a partir das paróquias confiadas aos frades e, junto às paróquias, merece destaque a presença e o envolvimento dos frades na evangelização na frente da educação (escolas paroquiais e colégios), tanto que a carência e a necessidade de cartilhas escolares fez com que os frades criassem uma pequena gráfica em Petrópolis, hoje Editora Vozes.

Também não faltaram à Província o zelo e o espírito missionário! Já houve um tempo em que mantínhamos uma equipe missionária itinerante. A este espírito missionário acrescenta-se a nossa presença missionária no Chile por cerca de 20 anos. Da mesma forma não podemos esquecer da ajuda fraterna e missionária à Custódia Franciscana das Sete Alegrias de Nossa Senhora, no Mato Grosso. E, sem dúvida alguma, a maior audácia missionária ocorreu no ano de 1991, quando comemoramos os 100 anos de restauração da nossa Província! Não sem sacrifício, mas com muita coragem e destemor assumimos a missão em Angola, justamente em tempos em que o país estava  em plena guerra civil, e hoje vemos florescer a Fundação Imaculada Mae de Deus de Angola, com sensível crescimento vocacional.

Certamente todos nós temos tantas histórias a relatar neste aniversário! Diria apenas que, num olhar retrospectivo, podemos ser gratos pela vida dos irmãos que testemunharam sua santidade na evangelização. E nós, os 384 frades do presente, nos sintamos encorajados a viver a ‘inegociabilidade da profecia’ no hoje da nossa história, no espírito desta oração de São Francisco:

“Eterno Deus onipotente, justo e misericordioso, concedei-nos a nós míseros praticar por vossa causa o que reconhecermos ser a vossa vontade e querer sempre o que vos agrade,  a fim de que, interiormente purificados, iluminados e abrasados pelo fogo do Espírito Santo, possamos seguir as pegadas de vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, e por vossa graça unicamente chegar até vós, ó Altíssimo, que em Trindade perfeita e unidade simples viveis e reinais na glória como Deus onipotente por toda a eternidade.

Amém”.

Frei Fidêncio Vanboemmel, OFM

Moderador da Formação Permanente

Como tudo começou

Frei Basílio Röwer, ofm (*)

Quis a Providência Divina que os religiosos franciscanos, chamados pelo Seráfico Fundador com o humilde nome de Fratres Minores – Irmãos Menores – fossem os operários da primeira hora na vinha inculta do Senhor no vasto Brasil; que eles também oferecessem as primícias do sangue a fertilizar a terra para germinar cristãos e que, outrossim, fossem, durante decênios, os únicos religiosos a espalhar a semente do Evangelho.

A terra de Vera Cruz, de Santa Cruz, do Brasil foi descoberta, em 1500, para o Rei por D. Pedro Álvares Cabral, para a santa religião pelos franciscanos. Achavam-se estes em companhia de Cabral, que navegava para as Índias.

Frei Henrique, superior da caravana de missionários, celebrou no dia 26 de abril, domingo da Pascoela, a primeira missa no ilhéu da Coroa Vermelha, na qual fez “solene e proveitoso sermão”.

Outra missa celebrou no mesmo no dia 1° de maio; mas já foi na terra firme e com assistência de muitos índios, que todos, em atitude semelhante à dos descobridores, acompanharam o ato solene.

Nesta ocasião, Cabral e Frei Henrique ergueram uma grande Cruz, sinal da tomada de posse em nome de Cristo e do Rei. Em seguida, Cabral continuou a viagem às Índias e com ele os franciscanos.

Não tardou, porém, a chegada de outros missionários da Ordem Seráfica. De 1503 a 1505, estiveram em Porto Seguro dois, que, tendo zelosamente exercido o seu ministério, foram ambos trucidados pelos selvagens e assim se tornaram os protomártires do Evangelho no Brasil.

Decorridos trinta anos, em 1532, aportaram com Martim Afonso a São Vicente dois franciscanos, onde celebraram, junto com o padre secular Gonçalo Monteiro, que ficou de vigário, o primeiro culto divino e levantaram uma capela em honra de Santo Antônio.

Um deles teve de oferecer a Deus o sacrifício de sua vida, pois foi flechado por um índio ao atravessar um rio. Em 1534, achamos alguns franciscanos na Bahia, onde batizaram duas filhas naturais de Diogo Álvares Correia, o lendário Caramuru.

Retiraram-se com Martim Afonso de Souza para as Índias. Não consta se um deles tivesse ficado, mas certo é que uns quinze anos depois um franciscano percorria a zona da Bahia doutrinando os tupinambás. Construiu uma capela em honra de São Francisco.

Poucos anos depois, temos notícia de cinco franciscanos espanhóis que, em viagem ao Rio da Prata, foram acossados pela tempestade até ao porto de Dom Rodrigo, hoje São Francisco do Sul, e em seguida missionaram entre os carijós. O seu superior Frei Bernardo escreveu em 1° de maio de 1538 que mal bastavam as horas do dia para batizar a todos que pediam o sacramento.

A estes missionários refere-se Nóbrega ao chegar a São Vicente (1549) com estas palavras: “Os gentios são de diversas castas, uns se chamam guaianases, outros, carijós. Este é um gentio melhor do que nenhum desta casta. Os quais foram, não há muitos anos, dois frades castelhanos [na verdade foram cinco] ensinar e tomaram tão bem a sua doutrina, que têm já casas de recolhimento para mulheres como de freiras e outras de homens como de frades”.

Já se vê, pelos frutos, que o trabalho dos cinco franciscanos foi metódico e incansável. Depois da chegada dos inacianos, em 1549, as crônicas dão notícia de dois frades menores que durante alguns anos puderam exercer benéfico apostolado.

São Frei Pedro Palácios e Frei Álvaro da Purificação. O primeiro, apesar de irmão leigo, missionou na Capitania do Espírito Santo de 1558 a 70. Frei Álvaro, que em 1577 foi levado por ventos contrários da ilha da Madeira para as costas do Brasil, trabalhou em Olinda tão zelosamente que era geral o pedido de ele ficar, e o donatário D. Jorge de Albuquerque Coelho instou que obtivesse de Portugal maior número de franciscanos. Não só não o conseguiu, mas teve o desprazer de receber ordens para voltar.

Por este tempo consta de mais alguns mártires. No dia 4 de outubro de 1580 foram mortos pelos selvagens diversos frades em Olinda ou nos arredores e, em 1583, foi assassinado por um soldado espanhol, em São Paulo, o irmão leigo Frei Diogo, que repreendeu o soldado por causa das suas constantes blasfêmias.

Tinha vindo com outros três franciscanos na armada de Diogo Flores Valdez. Foi dito que o donatário não conseguiu mais franciscanos por intermédio de Frei Álvaro. Por isto, passados alguns anos, ele mesmo fez igual pedido ao Rei Felipe, que por sua vez, o transmitiu ao ministro geral da Ordem, Frei Francisco Gonzaga.

Achava-se este em visita canônica aos conventos de Portugal e quando celebrou Capítulo em Lisboa, aos 13 de março de 1584, decretou a fundação de uma Custódia no Brasil – a Custódia de Santo Antônio – e destinou para isso seis religiosos de virtude e zelo, sendo superior Frei Melquior de Santa Catarina, com, patente de custódio. Todos eles pertenciam à Província reformada de Santo Antônio chamada dos Currais, cujos religiosos o povo alcunhava de “capuchos” por causa do capuz piramidal que traziam.

A palavra “capucho”, que não se deve confundir com “capuchinho”, encontra-se frequentemente nos documentos e não significa outra coisa que franciscano, pobre, observante. A dita expedição chegou a Pernambuco aos 12 de abril de 1585 e foi recebida com grandes demonstrações de júbilo e veneração. O primeiro Convento que se fundou foi o de N. Sra. Das Neves de Olinda.

Uma generosa benfeitora, D. Maria da Rosa, havia antecedentemente construído para os frades uma casa com capela ao lado e de tudo fez doação à Ordem por escritura de 27 de setembro do mesmo ano de 1585. Oito dias depois, na festa do Seráfico Patriarca, os fundadores passaram para essa residência em solene procissão, assistida pelo donatário com seu senado, clero e muito povo.

Desde logo iniciaram os frades o seu trabalho na vila e arredores e de tal modo granjearam a estima de todos que, decorrido apenas um ano, isto é, em 1586, abriram noviciado para os candidatos à Ordem e juntamente um seminário, isto é, educandário para os filhos dos índios.

Na catequese dos indígenas, destacou-se nesses anos até 1590 Frei Francisco de São Boaventura. As suas excelentes qualidades de índole unia um conhecimento perfeito da língua brasiliense, que em pouco tempo falava tão bem que os próprios Índios se admiravam, tendo-o por grande feiticeiro. Enquanto os poucos missionários franciscanos labutavam arduamente na vinha do Senhor nas partes de Pernambuco, a fama de seu zelo e religiosa observância espalhava-se pelas outras capitanias. De diversas localidades vinham pedidos de fundação de conventos e missões.

Em 1587, o Custódio acedeu à solicitação do bispo e do governador geral, aceitando por escritura de 8 de abril o sítio para um Convento na Baía, iniciando ele mesmo a construção. Quando, em abril de 1588, o Custódio voltou a Olinda, encontrou a recém-chegada segunda turma de seis missionários. Com isto se animou a aceitar novas fundações.

A primeira foi a de Iguaraçú, em junho do mesmo ano. A Câmara e o povo haviam oferecido um sítio com casa, que foi transformada em Convento. Os seus melhores esforços dedicaram os franciscanos ali à catequese dos índios, doutrinando-os e arrebanhando-os em aldeias. As três missões de Itapessima, Ponta das Pedras e Itamaracá passaram para a história como obra de Frei Antônio de Campomaior, que as fundou na sua segunda estada em Iguaraçú, de 1592 a 94.

Em 1589 principiou-se a fundação de um Convento na vila de Paraíba, a instâncias do Cardeal Alberto, Governador do Reino de Portugal. Na mesma ocasião, o Custódio providenciou acerca das missões entre os índios daquela zona. Tal era o estado, próspero na verdade, da missão franciscana no Brasil, quatro anos depois da chegada dos fundadores da Custódia.

Foi justamente em 1589 que dois religiosos vieram para a capitania do Espírito Santo encaminhar a fundação do Convento de Vitória, o primeiro convento franciscano nas partes do Sul, como também o primeiro da que mais tarde foi a Província da Imaculada Conceição.

(*) Frei Basílio Röwer, no livro “Páginas de História Franciscana no Brasil”, da Editora Vozes, 1941.

Da criação da Custódia ao Restauro

Frei Clarêncio Neotti, ofm

A Gilberto Freire afirmou que “não há data ou glória franciscana que não seja data ou glória brasileira”. De fato, a Ordem Franciscana é a única que aqui chegou no primeiro momento e jamais se ausentou da nossa História. Durante os primeiros 50 anos de colonização, os Franciscanos foram os únicos missionários e os primeiros mártires.

No dia 13 de março de 1584 foi instituída a Custódia de Santo Antônio, filha de uma jovem Província portuguesa, também dedicada ao Santo de Lisboa e Pádua. Quando alcançou fundar 12 conventos, tornou-se Província (1657) e, no primeiro Capítulo que celebrou, desmembrou os conventos do sul e os erigiu em Custódia (1659), com sede no Rio de Janeiro e lhe deu o nome de Imaculada Conceição.

Com o aumento dos frades e criação de outros conventos, a custódia foi declarada Província, em 1675.

As vocações eram numerosas. Mas a Coroa portuguesa pusera como condição para reconhecer a Província que ela não passasse de 200 religiosos. A Coroa tinha medo que os conventos, por sua cultura e liderança, se tornassem foco de apoio a movimentos separatistas. E exigira que o número de frades portugueses fosse sempre maior do que o de brasileiros.

Em 1739, o Provincial conseguiu licença para elevar o número de religiosos a 350. O auge foi conseguido em 1761, quando alcançou o número de 481 frades.

A Província teve membros famosos por sua santidade e ciência. Assim o irmão porteiro Frei Fabiano de Cristo (português), até hoje venerado no Convento Santo Antônio, no Rio de Janeiro; Frei Antônio de Sant’Ana Galvão, paulista de Guaratinguetá, sepultado no Mosteiro da Luz, em São Paulo e, recentemente, beatificado pela Igreja; Frei Francisco do Monte Alverne, o maior orador sacro brasileiro; Frei Francisco Sampaio, que escreveu a primeira Constituição do Brasil independente, promulgada por Dom Pedro I; Frei José Mariano Veloso, mineiro, de que se diz não se saber o que nele brilhava mais, se a ciência da Botânica, se a santidade seráfica.

Um decreto imperial de 1855 proibiu definitivamente a recepção de noviços. Com isto, a Província entrou em inevitável declínio, chegando ao extremo de haver um único frade sobrevivente ao se proclamar a República, no dia 15 de novembro de 1889. A queda do Império e a conseqüente separação entre Igreja e Estado favoreceram a restauração.

Já no dia 18 de dezembro de 1889, o Ministro Geral da Ordem assinava um decreto entregando aos franciscanos recoletos da Província de Santa Cruz da Saxônia a restauração, tanto da Província da Imaculada Conceição quanto de Santo Antônio (que chegara à República com seis frades).

O Provincial da Saxônia, Frei Gregório Janknecht (1829-1896) que já fora provincial duas vezes antes e definidor geral, estava reerguendo sua Província de uma série de humilhações, dificuldades e fechamentos de conventos ocasionado pela Kulturkampf, e achava que o fogo das boas vocações devia ser aceso pelo fogo missionário.

Por isso se ofereceu ao Governo Geral para abrir uma missão no Oriente Médio. E o Ministro Geral lhe ofereceu o Brasil. Frei Gregório aceitou com as duas mãos e com a plenitude de seu experiente coração. De volta à Saxônia, começaram os preparativos, tomando todas as informações possíveis.

Padres jesuítas alemães lhe aconselharam não começar pelo nordeste nem pelo Rio de Janeiro, mas por Santa Catarina, onde o clima era ameno e a colonização alemã lhes daria certo apoio afetivo.

No dia 23 de maio de 1891 partiram os primeiro quatro missionários (foto acima): Frei Amando Bahlmann, 29 anos de vida e um ano e meio de padre, doutor em teologia; Frei Xisto Meiwes, com dois anos incompletos de padre, embora já tivesse 38 anos; Frei Humberto Themans, irmão leigo com 13 anos de profissão e 30 de vida, e Frei Maurício Schmalor, com 18 anos e ainda irmão terceiro.

Aportaram em Florianópolis, depois de passarem rapidamente por Salvador, Rio de Janeiro e Santos. Na verdade, ainda não tinham destino certo. O Padre Jakobs, vigário de Blumenau, ex-redentorista e alemão, os queria lá. O Padre Francisco Topp, alemão de Warendorf, os levou a Teresópolis, onde fora pároco e de onde se transferira para Tubarão. Chegam a Teresópolis no dia 10 de julho, uma sexta-feira, às 19 horas. O Padre Topp os apresenta ao povo, que nunca tinham visto um franciscano; E, já no domingo, Frei Amando celebra e prega em português. Estava assumida a paróquia e suas 17 capelas.

Nas semanas seguintes, enquanto os irmãos arrumam a casa, a horta e o galinheiro, Frei Arnaldo visita as vilas vizinhas. Sonham com um colégio. E o Padre Jakobs lhes oferece o colégio e a paróquia de Blumenau.

Em novembro, Frei Armando viaja a Blumenau, mas volta a tempo de encontrar a segunda turma de missionários, chegada no dia 12 de dezembro de 1891. Eram oito. Quatro deles eram padres e quatro eram irmãos leigos. Frei Zeno Wallbroehl (que pouco depois seria o primeiro vigário franciscano de Blumenau, mas que ficaria na história como o construtor da gruta de Angelina/SC); Frei Lucínio Korte (que seria coadjutor de Blumenau e responsável pela capela dos italianos de Rodeio/SC); Frei Herculano Limpinsel (logo nomeado pároco de Lages/SC, será o primeiro Provincial da Província restaurada, e abandonará a Ordem e o Sacerdócio); e Frei Rogério Neuhauss (nomeado coadjutor de Lages/SC, encherá com sua santidade todo o Planalto Catarinense). Nenhum destes tinha mais de um ano de padre. Frei Germano Wunsick, por saber italiano, foi lecionar em Rodeio, onde morreu pouco depois. Frei Quintiliano Borren construiu o novo colégio de Blumenau e retornou mais tarde à Alemanha. Frei Patrício Tuschen era artesão de imagens sacras; e Frei Mariano Feldmann que, em 1922, abandonou a Ordem.

Ainda em dezembro, Frei Amando viajou a Lages. O vigário morrera e o Bispo do Rio de Janeiro oferecia a paróquia aos franciscanos. Frei Amando celebra o Natal com os lageanos e aceita a paróquia.

As casas cresceram. Agora: Lages, a partir de 12 de janeiro de 1892. Blumenau (paróquia e colégio) a partir de 1º de maio de 1892.

Seguem, Rodeio (1894), Petrópolis (a partir de 16 de janeiro de 1896) e Curitiba (1898). A esta altura já haviam chegado outras 11 expedições de missionários. Uma delas com 50 frades, outra com 29, e uma outra até com 27 alunos postulantes e alguns candidatos a irmãos leigos. E já se desenvolvera bastante também, a partir de 1893, a restauração da Província de Santo Antônio.

Frei Clarêncio Neotti, ofm, em “Cem Anos – Memória, Celebração e Renovação”, Coleção “Centenário”, nº 8

Cronologia Franciscana

Datas principais da história da Província

  • 1585 – Até esta data frades avulsos

  • 1585 – Chegada dos fundadores ao Brasil

  • 1591 – Convento de São Francisco de Vitória, ES

  • 1608 – Fundação no Rio

  • 1659 – Criação da Custódia Imaculada Conceição da Virgem Nossa Senhora, pelo Definitório

  • 1670 – Confirmação da Custódia pelo Ministro Geral

  • 1675 a 15 de julho – Criação da Província por um Breve de Clemente X

  • 1719 – Implantação da “Alternativa” (Portugueses x Brasileiros)

  • 1855 a 09 de janeiro – Suspensão do Noviciado

  • 1891 – Restauração da Província

  • 1990 – Início da Missão em Angola

  • 1991 – Centenário da Restauração

  • 1998 – Beatificação de Frei Galvão (11.05)

  • 2001 – Centenário da Província restaurada

  • 2001 – Centenário do Noviciado em Rodeio, SC

  • 2007 – Canonização de Frei Galvão (11.05)

  • 2008 – 450 da chegada de Frei Pedro Palácios ao ES

  • 2008 – 400 anos de fundação do Convento Santo Antônio, no Rio de Janeiro (04.06)

  • 2008 – 350 anos de fundação do Convento N. Sra. do Amparo, em São Sebastião (22.03)

  • 2008 – Ereção Canônica da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola (03.07)

  • 2009 – 800 anos de aprovação da Regra OFM – Capítulo das Esteiras, em Agudos (03 a 05.11)

  • 2010 – Centenário da presença franciscana em Guaratinguetá, SP

  • 2011 – Centenário da presença franciscana em Amparo, SP

  • 2013 – Abertura da causa de beatificação do servo de Deus Frei Bruno Linden (30.10)

  • 2014 – Centenário da Paróquia Santo Antônio do Pari, em São Paulo, SP

  • 2014 – Capítulo das Esteiras – Visita do Ministro Geral Frei Michael Perry – Agudos, SP (23-25/09)

  • 2015 – I Encontro Nacional de Irmãos Leigos Franciscanos (OFM, OFMCap, OFMConv, TOR), em Agudos (4-7/9)

  • 2015 – 25 anos da Missão de Angola (25.09)

  • 2015 – Centenário do Convento de Lages (21.12)

  • 2020 – 30 anos da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola

  • 2020 – 80 anos da Paróquia São Luiz Gonzaga de Xaxim (SC)

  • 2020 – 120 anos da Editora Vozes de Petrópolis (RJ)

  • 2021 – 125 anos de presença franciscana em Petrópolis (RJ) e 75 anos de criação da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus

  • 2022 – 375 anos do Convento São Francisco em São Paulo (SP)

  • 2022 – 80 anos do Coral dos Canarinhos de Petrópolis (RJ)

Presença Esporádica: 1500-1585

1500 –  1ª missa, celebrada por Frei Henrique de Coimbra
1503 – 1ª “missão” franciscana em Porto Seguro
1505 – “Protomártires” do Brasil, martirizados em Porto Seguro
1534 – Frei Diogo de Borda na Bahia de Caramuru
1538-1548 (+ ou -) Franciscanos espanhóis, em missão em S. Catarina
1558 – Frei Pedro Palácios em Espírito Santo (Penha)

Presença Missionária: 1585-1750

1584 – Fundação da Custódia de Santo Antônio do Brasil
1585 – Chegada dos primeiros franciscanos em Olinda
1617 – Fundação do Comissariado de Santo Antônio, do Pará
1647 – Autonomia da Custódia de Santo Antônio do Brasil
1657 – Autonomia da Província de Santo Antônio do Brasil
1659 – O Rei limita a 200 os frades da Província de Santo Antônio
1659 – Criada a Custódia da Imaculada Conceição do Brasil
1675 – Autonomia da Província da Imaculada Conceição
1693 – Fundação do Comissariado da Piedade, no Grão Pará
1715 – Fundação do Comissariado da Terra Santa
1740 – O Rei Proíbe a Aceitação de Noviços na Prov. De Santo Antônio, até que os frades se reduzam a 400

Presença em Crise de Extinção

De Pombal à República : 1750 – 1889

1750-1777 – Governo de Pombal: restrições à vida religiosa
1757 – Os religiosos perdem as “missões” indígenas
1757 – Os frades da Piedade são expulsos, de volta a Portugal
1764 – A Prov. De S. Antônio proibida, por 14 anos, de receber noviços
1844 – A Assembléia da Bahia restringe o número de Noviços
1845 – Proibição imperial de receber noviços sem licença régia
1847 – Os franciscanos sem mais licença de receber noviços na Bahia
1854 – Os frades do Pará são incorporados à Prov. de S. Antônio
1855 – Proibição imperial de noviciados em todo o Brasil
1870 (a 1894) – Missão no Amazonas, pelos franciscanos italianos
1871 – Pedido (denegado) da Prov. da conceição, de receber noviços
1884 – A Prov. de S. Antônio recorre ao Geral para a sua restauração.
1886 – A Santa Sé sujeita aos Bispos os religiosos do Brasil
1888 – Projeto do Arcebispo da Bahia de restaurar a Prov. de S. Antônio
1889 – O Ministro Geral recorre à Província da Saxônia, que aceita o encargo de restaurar a Província de Santo Antônio

Presença Restauradora: 1889-1963

1891 – Franciscanos da Saxônia chegam a Santa catarina
1892 – Chegam à Bahia os Franciscanos da Saxônia
1893 – Compromisso jurídico da Prov. da Saxônia, de Restaurar a Província de Santo Antônio do Brasil
1899 – Compromisso de restauração da Prov. da Imaculada Conceição
1899 – Franciscanos espanhóis fundam uma “missão” em Goiás
1899 (1903) – Os frades holandeses fundam o Comissariado da Sta. Cruz
1901 – Autonomia da Província restaurada de Santo Antônio do Brasil
1901 – Autonomia da Província restaurada da Imaculada Conceição
1907 – Criação da Prelazia de Santarém, confiada à Prov. de S. Antônio
1911 – Frades portugueses fundam um Comissariado no Rio G. do Norte
1911 – O Comissariado da Santa Cruz passa a abranger o Rio G. do Sul
1937 – Frades da Turíngia fundam um Comissariado no Mato Grosso
1941 – Rio Grande do Sul se torna Comissariado
1943 – Frades americanos fundam em Goiás um Comissariado
1943 – Frades americanos fundam um Comissariado em Fordlândia, PA
1947 – Frades italianos fundam uma Custódia em S. Paulo
1949 – Belterra (PA) se torna sede do Comissariado dos americanos
1950 – É constituída e Província de Santa Cruz (MG)
1951 – Maranhão e Piauí são desmembrados da Província de Santo Antônio e confiados à Prov. da Saxônia
1953 – Frades italianos criam no Triângulo Mineiro uma Fundação
1956 – A Prelazia de Santarém é confiada pela Prov. de Santo Antônio à Província americana do S. Coração de Jesus
1957 – Os frades da Prov. de Santo Antônio passam de Santarém para o novo Comissariado de Óbidos.

Presença em Renovação: 1963-2000

1966 – Rio Grande do Sul é constituído como Custódia
1968 – Fundação Missionária dos Frades Italianos no Piauí
1971 – O Rio Grande do Sul se torna Vicariato de S. Francisco
1976 – A Custódia de Santa Cruz (MG) é elevada a Província
1976 – O Vicariato de S. Francisco (RS) é elevado a Província
1988 – A Custódia das 7 Alegrias (Mato Grosso) se Torna Vice-Província
1990 – Instituíção da Vice-Província de S. Benedito da Amazônia
1992 – Autonomia da Vice-Província de Nossa Senhora da Assunção (MA/PI)

Bula de Criação da Província

Foi no dia 15 de julho de 1675 que o Papa Clemente X, mediante a Bula Pastoralis Officii, erigiu oficialmente a Província da Imaculada Conceição do Brasil, desmembrada da Província de Santo Antônio do Brasil, esta erigida como Província no dia 24 de agosto de 1657.

Papa Clemente X
Para lembrança perpétua

O dever pastoral nos confiou, por disposição divina, o governo da Igreja Católica difundida pelo mundo inteiro. Este dever exorta-nos a que nos dediquemos ao governo e comando feliz e próspero dos fiéis de Cristo, que fugindo da agitação do mundo, buscaram refúgio na vida religiosa. Assim sendo, compete-nos também providenciar a criação de novas Províncias sempre que, sob a inspiração do Senhor, julgarmos que isto seja conveniente para a glória e progresso da Religião e para a salvação das almas, atendendo criteriosamente as circunstâncias dos lugares, pessoas e tempos.

§1. Recentemente o nosso dileto filho João da Natividade, da Província Brasileira de Santo Antônio da Ordem dos Frades Menores de São Francisco, da Observância dita dos Descalços, que é o Procurador Especial junto à Cúria Romana, mandou informar-nos de que a referida Província no início da sua fundação estava unida, sob o título de Custódia da Província Brasileira de Santo Antônio do mesmo nome em Portugal até o reinado do nosso predecessor, o Papa Alexandre VII. Este nosso predecessor separou-a da Província de Portugal, por vários motivos, como por exemplo, a longa distância, o grande número de frades e de conventos e outras condições, erigindo-a como Província separada, mantendo apenas o título de Santo Antônio, com acréscimo da identificação “do Brasil”.

§2. Esta Província, desde então e desde o tempo em que era Custódia, teve uma expansão enorme pelo vastíssimo Reino do Brasil, estendendo-se por um território de mais de quinhentas léguas. Devido a este fato, o Ministro Provincial, durante o seu governo de três anos e os Comissários Visitadores, designados pelos Ministros Gerais da Ordem para fazerem a visita canônica dos frades e dos conventos quase nunca conseguiam realizar a visita completa de toda a Província. Esta situação representava um grave prejuízo para a observância regular. Na busca de uma solução para o problema, todos os frades da Província solicitaram ao Ministro Geral da Ordem, Pedro Manero, que providenciasse uma boa forma de governo para esta Província tão vasta.

§3. O próprio Ministro Geral, Pedro Manero, depois de ter refletido bem e consultado os frades de maior autoridade, tomou a resolução de nomear um Guardião para todos os Conventos da Província, situados e fundados além da cidade do Espírito Santo e de seu distrito ou “capitania” na região denominada como região meridional. O Guardião, com dois assistentes definidores para substituírem o Ministro Provincial tanto para a inspeção dos frades como para a visita dos conventos e eleições extracapítulares, de maneira legítima e com o acordo de toda a Província. Determinou ainda o Ministro Geral que quando os ditos conventos chegassem ao número de sete, passassem a gozar do título de Custódia e quando chegassem ao número de dez, recebessem o título de Província.

§4. Esta forma de governo foi aprovada por todos os frades da Província, tanto pelos assistentes definidores como pelos dirigentes “discretores”, no Capítulo Provincial realizado em 30 de agosto de 1657, no Convento de São Francisco, no Brasil, por unanimidade de votos, sem nenhum voto contra, para maior serviço de Deus, progresso da observância regular, consolação dos frades e alívio do trabalho dos Superiores Provinciais e Visitadores. Esta forma de governo foi aprovada em 22 de junho de 1670 pelo Venerável Frei Francisco Maria Phini, Bispo de Siracusa, na ocasião, Ministro Geral da Ordem. Depois, de maneira cada vez melhor, enquanto era possível, esta forma de governo foi admitida e ratificada na Congregação Capitular da Província Brasileira em 13 de dezembro do mesmo ano de 1670, pelo nosso dileto filho, o Ministro Provincial, João do Deserto, por votação unânime de todos os Padres da Província e Assistentes Definidores, que sem exceção renunciaram aos seus direitos e a qualquer pretensão contra a Custódia, de livre e espontânea vontade, como em direito se requer, podendo, dessa forma ser erigida a nova Custódia sob o título da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria, para ser governada pelos superiores próprios e distintos. Os frades da Província, confirmando a ereção da Custódia, no Capítulo Provincial de 22 de agosto de 1673, sempre de livre e espontânea vontade, pediram que esta Custódia fosse estabelecida como Província separada.

§5. Desde o último Capítulo até o presente momento, conforme consta da própria exposição acima, a dita Custódia se encontra na condição pacífica de custódia separada. Desta forma, atendendo a todos os antecedentes, que são verdadeiros, segundo a avaliação do atual Ministro Geral da Ordem, e levando em conta todos os demais requisitos exigidos tanto pelas Constituições Apostólicas como também pelas Constituições Gerais desta Ordem para a ereção canônica da nova Província, como é o grande desejo do acima mencionado Procurador João de confirmar a Custódia e erigir a nova Província sob o mesmo título acima mencionado, o mesmo Procurador, em nome dos frades, nossos diletos filhos, não só da Província Brasileira de Santo Antônio, mas também desta Custódia, encaminhou-nos o pedido para que providenciássemos e os dignássemos conceder, com a benevolência apostólica o que acima é solicitado.

§6. Assim sendo, desejamos recompensar o Procurador João e os Frades, com favores e concessões especiais, absolvendo, como de fato o fazemos, cada um deles individualmente, de todo e qualquer vínculo de excomunhão, suspensão e interdito e demais sentenças eclesiásticas, censuras e penas de direito e humanas em qualquer ocasião, ou aplicadas com motivo, se for o caso, somente para este caso, inclinados a atender os pedidos feitos e depois de termos considerado os fatos descritos, tendo ainda ouvido o nosso Venerável Irmão, Francisco Barberino, Bispo de Ostia e Cardeal da Santa Igreja Romana, nosso protetor e Protetor da Sé Apostólica, que foi encarregado de tratar deste assunto confiado à Sagrada Congregação de nossos Veneráveis Irmãos Cardeais da Santa Igreja Romana e também a consultas dos Bispos (…). Tendo o atual Ministro Geral informado sobre a verdade de todos os fatos acima mencionados, usando de nossa autoridade apostólica, separamos, dissociamos e desmembramos, para sempre, a referida Custódia da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria, e seu Convento, Casas e Mosteiros, como também todos os religiosos e frades, que nesses estabelecimentos vivem, da referida Província Brasileira de Santo Antônio, retirando-os também de qualquer jurisdição, superioridade, submissão, vinculo de visitação, correção, cuidado e governo do Ministro Provincial e de outros Superiores da mesma Província, e do mesmo modo determinamos a plena isenção e liberação dos vínculos acima mencionados. A Custódia, e seus Conventos, Casas, Mosteiros, Frades e Religiosos assim separados e desmembrados, da mesma forma erigimos e instituímos para sempre como nova Província da Ordem sob o título de Província Brasileira da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria da Região Meridional. Esta Província deverá ser governada e administrada pelos seus próprios Ministros Provinciais, Guardiães, Definidores e demais Superiores, que deverão ser eleitos, nomeados e empossados, de acordo com os estatutos da Ordem.

§7. À nova Província assim erigida e instituída, com seus Conventos e com suas Casas, Mosteiros e Ministro Provincial, Guardião, Definidores e demais Superiores, que desempenharem na ocasião as suas funções, com os Frades e demais pessoas, com a autoridade que nos compete, concedemos para sempre e outorgamos todos e cada um dos privilégios, graças, isenções, liberdade, imunidade, prerrogativas, indulgências, indultos, que são concedidos à Província da mesma Ordem, com os próprios Conventos, Casas, Mosteiros, Superiores e Frades e demais pessoas, por força de direito ou de uso e costume como em virtude de outros direitos que gozem e desfrutem ou que possam vir a gozar e desfrutar, sem nenhuma diferença.

§8. Decretamos que a presente Bula entre em vigor com firmeza e eficácia para produzir os seus efeitos de forma integral em favor daqueles a quem se dirige no presente e a quem envolver no futuro, sendo ampla e plenamente aceita e inviolavelmente observada. Assim deverá ser também julgada e definida por quaisquer Juizes Ordinários e Delegados e pelos Auditores do Palácio Apostólico de Causas, tornando-se nulas e sem efeito quaisquer disposições em contrário emitidas por qualquer autoridade, com ou sem conhecimento.

§9. Não obstante as disposições acima expostas, enquanto houver necessidade de alguma norma nossa e da Chancelaria Apostólica sobre a não concessão de indulgências equivalentes, e de outras constituições e ordenações apostólicas ou outras disposições da Custódia ou da Província ou dos mencionados membros da Ordem, sob juramento, com confirmação apostólica, com firmeza certa, não obstante os costumes, privilégios, indultos e Cartas Apostólicas contra as disposições acima enunciadas, que tenham sido concedidas, confirmadas e renovadas, não obstante todas e cada uma das ditas disposições, plena e suficientemente expressas, que existirem em contrário, desta única vez e de modo especial, tudo abolimos expressamente, nada obstando em contrário.

Dado em Roma, em Santa Maria Maggiore, sob o anel do Pescador, em 15 de julho de 1675, sexto ano do nosso Pontificado.

Conventos mais antigos da Província

1591 – São Francisco – Vitória (ES)
1608 – Santo Antônio – Rio de Janeiro (RJ)
1639 – São Francisco e São Domingos – São Paulo (foto)
1639 – Santo Antônio do Valongo – Santos (SP)
1649 – São Boaventura – Macacu (Vila de Sto. Antônio de Sá, RJ)
1650 – N. Senhora da Penha – Vila Velha (ES)
1650 – São Bernardino – Angra dos Reis (RJ)
1654 – Nossa Senhora da Conceição – Itanhaém (SP)
1658 – Senhora do Amparo – São Sebastião (SP)
1674 – Santa Clara – Taubaté (SP)
1684 – N. Senhora dos Anjos – Cabo Frio (RJ)
1691 – São Luiz – Itu (SP)
1705 – Bom Jesus da Ilha – Rio de Janeiro (RJ)

Desses conventos, estão em atividade, o de Santo Antônio, do Rio de Janeiro; o de São Francisco, de São Paulo; o de Santo Antônio, de Santos; o da Penha, de Vila Velha; e o de Nossa Senhora do Amparo, em São Sebastião.

Capítulos e Ministros Provinciais

1677 – 1681 – Frei Eusébio da Expectação
1681 – 1684 – Frei Cristóvão da Madre de Deus Luz
1684 – 1687 – Frei Agostinho da Conceição
1687 – 1691 – Frei Eusébio da Expectação ( 2ª vez)
1691 – 1694 – Frei Antônio do Vencimento Sá
1694 – 1697 – Frei Cristóvão da Madre de Deus Luz ( 2ª vez )
1697 – 1699 – Frei João da Conceição Sanches. Faleceu no ano de 1699. Frei Miguel de São Francisco foi eleito Vigário Provincial até 1701.
1701 – 1704 – Frei Miguel de São Francisco
1704 – 1707 – Frei Boaventura de Jesus
1707 – 1710 – Frei Alberto do Espírito Santo
1710 – 1713 – Frei Serafino de Santa Rosa
1713 – 1716 – Frei Miguel de São Francisco ( 2ª vez )
1716 – 1719 – Frei Boaventura de Santa Catarina
1719 – 1723 – Frei Plácido de Santa Maria
1723 – 1725 – Frei Francisco da Conceição. Faleceu no ano de 1725. Frei Tomás dos Santos foi eleito Vigário Provincial até 1726.
1726 – 1732 – Frei Fernando de Santo Antônio
1732 – 1735 – Frei Luís de Santa Rosa
1735 – 1738 – Frei José do Nascimento
1738 – Frei José de Jesus Maria. No mesmo ano Dom Frei Antônio de Guadalupe, OFM, bispo diocesano do Rio de Janeiro e reformador da Província, nomeou novo Provincial, a saber:
1738 – 1742 – Frei Lucas de São Francisco.
1742 – 1745 – Frei Francisco das Chagas
1745 – 1748 – Frei Antônio da Conceição
1748 – 1751 – Frei Agostinho de São José
1751 – 1754 – Frei Manuel de São Roque
1754 – 1757 – Frei Antônio de Sá
1757 – 1761 – Frei Francisco da Purificação
1761 – 1764 – Frei Manuel da Encarnação
1764 – 1767 – Frei Inácio da Graça
1767 – 1770 – Frei José dos Anjos
1770 – 1773 – Frei Inácio de Santa Rita Quintanilha
1773 – 1777 – Frei Cosme de Santo Antônio
1777 – 1780 – Frei José de Jesus Maria Reis. Deposto pelo governo civil. Frei Antônio de São Vicente Ferrer foi eleito Vigário Provincial para o ano de 1780/81.
1781 – 1784 – Frei José dos Anjos Passes
1784 – 1787 – Frei Fernando de São José Menezes
1787 – 1790 – Frei José do Desterro
1790 – 1793 – Frei Lourenço Justiniano de Santa Teresa
1793 – 1796 – Frei João de Sant’Ana Flores
1796 – 1799 – Frei Joaquim de Jesus Maria Brados. Faleceu no ano de 1799. Frei Inácio da Anunciação foi eleito Vigário Provincial
1799 – 1802 – Frei Antônio de Bernardo Monção
1802 – 1805 – Frei João do São Francisco Mendonça
1805 – 1808 – Frei Joaquim das Santas Virgens Salazar
1808 – 1811 – Frei Antônio de Santa Úrsula Rodovalho. Eleito bispo de Angola, renunciou. Frei Antônio Agostinho de Sant’Ana foi eleito Vigário Provincial
1811 – 1814 – Frei Alexandre de São José Justiniano
1814 – 1818 – Frei Francisco Solano Benjamim
1818 – 1821 – Frei José Carlos de Jesus Maria Desterro
1821 – 1823 – Frei Angelo de São José Mariano. Faleceu no ano de 1823. Frei Antônio de Santa Mafalda foi eleito Vigário Provincial até o ano de 1825.

1825 – 1828 – Frei João de Parma
1828 – 1831 – Frei Joaquim de São Daniel
1851 – 1834 – Frei Henrique de Sant’Ana
1834 – 1837 – Frei Antônio de Santa Mafalda. Faleceu no ano de 1837. Frei Joaquim de São Jerônimo Sá foi eleito Vigário Provincial ate 1838.
1838 – 1841 – Frei Joaquim de São Jerônimo Sá
1841 – 1847 – Frei Prilidiano do Patrocínio
1847 – 1850 – Frei Teotônio de Santa Humiliana
1850 – 1853 – Frei Miguel de Santa Pita
1853 – 1854 – Frei Francisco de São Diogo. Resignou no ano de 1854. Frei Teotônio de Santa Humiliana, eleito Vigário Provincial, resignou no mesmo ano. Frei Antônio do Coração de Maria e Almeida, foi eleito Vigário Provincial até 1856.
1856 – 1870 – Frei Antônio do Coração de Maria e Almeida. Faleceu no ano de 1870. Os poucos frades que restavam da Província elegeram a Frei João do Amor Divino Costa (foto) como Vigário Provincial, que, a partir do ano de 1886, ficou sozinho. Faleceu em 1909.

 

A RESTAURAÇÃO
1891 – 1893 – Frei Amando Bahlmann -Comissário Provincial
1893 – 1895 – Frei Irineu Bierbaum – Comissário Provincial
1895 – Frei Gregório Janknecht – Comissário Provincial
1895 – 1897 – Frei Lulo Muss – Comissário Provincial
1987 – 1899 – Frei Herculano Limpinsel – Comissário Provincial
1899 – Frei Hipólito Zurek – Comissário Provincial
1899 – 1901 – Frei Herculano Limpinsel – Comissário Provincial
1901 – 1904 – Frei Herculano Limpinsel
1904 – 1907 – Frei Lucínio Korte
1907 – 1911 – Frei Celso Dreiling
1911 – 1914 – Frei Crisólogo Kampmann
1914 – 1917 – Frei Crisólogo Kampmann (2ª vez)
1917 – 1920 – Frei Marcelo Baumeister
1920 – 1923 – Frei Crisólogo Kampmann (3ª vez)
1923 – 1926 – Frei Crisólogo Kampmann (4ª vez)
1926 – 1929 – Frei Celso Dreiling ( 2ª vez)
1929 – 1932 – Frei Celso Dreiling ( 3ª vez)
1932 – 1934 – Frei Felipe Niggemeier
1934 – 1937 – Frei Marcelo Baumeister (2ª vez)
1937 – 1941 – Frei Marcelo Baumeister (3ª vez)
1941 – 1945 – Frei Mateus Hoepers
1945 – 1948 – Frei Ludovico Gomes Mourão de Castro
1948 – 1952 – Frei Ludovico Gomes Mourão de Castro ( 2ª vez )
1952 – 1956 – Frei Heliodoro Mueller
1956 – 1962 – Frei Heliodoro Mueller ( 2ª vez )
1962 – 1968 – Frei Walter W. Kempf
1968 – 1973 – Frei Walter W. Kempf ( 2ª vez )
1973 – 1979 – Frei Antônio Alexandre Nader
1979 – 1985 – Frei Basílio Prim
1985 – 1991 – Frei Estêvão Ottenbreit
1991 – 1994 – Frei Estêvão Ottenbreit (2ª vez)
1994 – 1999 – Frei Caetano Ferrari
2000 – 2002 – Frei Caetano Ferrari (2ª vez)
2002 – 2003 – Frei Augusto Koenig
2003 – 2009 – Frei Augusto Koenig (2ª vez)
2009 – 2011 – Frei Fidêncio Vanboemmel
2012 – 2015 – Frei Fidêncio Vanboemmel (2ª vez)
2016 – 2018 – Frei Fidêncio Vanboemmel (3ª vez)
2019 – 2021 – Frei César Külkamp
2021 – 2021 – Frei Fidêncio Vanboemmel (4ª vez)
2022 – 2027 – Frei Paulo Roberto Pereira

Ano de fundação das Atuais Fraternidades

1535 – Vila Velha (Nossa Sra. do Rosário)
1591 – Vitória (São Francisco)
1608 –  (1899) Rio de Janeiro (Santo Antônio)
1642 – (1908)  São Paulo (São Francisco)
         1945 -2003 – Provincialado
1640 – Santos (Santo Antônio do Valongo)
1650 – Vila Velha (Nossa Senhora da Penha)
1658 – São Sebastião (Nossa Senhora do Amparo)
1891 – Lages (Patrocínio de São José)
 2001 Seminário Menor
1895 – Fundação do Colégio Diocesano
1892 – Blumenau (Santo Antônio)
1894 – Rodeio (S. Francisco de Assis) Noviciado
1946 – 1965 Seminário (Nossa Senhora de Fátima)
1896 – Petrópolis (Sagrado Coração de Jesus)
1898 – Curitiba (Bom Jesus)
1911 – 1913 – Noviciado
1910 – 1967 – Filosofia
1900 – Gaspar (São José)
1900 – Curitibanos (São Francisco Solano)
1900 – Santo Amaro da Imperatriz (S. Amaro)
1902-1995 – Quissamã (Nossa Senhora do Desterro)
1903 – Palmas (Santa Cruz)
1904 – São Paulo (Comissariado da Terra Santa)
1909 – Florianópolis (Santo Antônio)
1910 – Guaratinguetá (N. Senhora das Graças)
1912 – Amparo (São Benedito)
1914-2004 – Porto União (Nossa Senhora do Rosário)
1914 – Canoinhas (Cristo Rei)
1916 – São Paulo (Santo Antônio do Pari)
1921 – Angelina (Nossa Senhora da Conceição)
1923 – Luzerna (São João Batista)
1941-11994 – Seminário São João Batista
 1996-2000 – Aspirantado
1933 – Ituporanga (Santo Estêvão)
1965 – Seminário (São Francisco)
    2001 – Aspirantado
1934 – Concórdia (Nossa Senhora do Rosário)
1934-2003 – São Lourenço (São Lourenço)
1935 – São João de Meriti (São João Batista)
1936 – Sorocaba (Bom Jesus)
1937 – Forquilhinha (Sagrado Coração de Jesus)
1940 – Paty do Alferes (N. Sra. da Conceição)
1940 – Xaxim (São Luiz Gonzaga)
1941 – Rio Negro (Bom Jesus)
1942 – São Paulo – Vila Clementino (S. Francisco de Assis)

1942 – Guaratinguetá (São José) – Seminário Frei Galvão
            1965 -1989 – (Seminário de Vocações Adultas)
            1990 Postulantado Único
1944-1995 – Piraí do Sul (Nossa Senhora da Conceição)
1946 – Pato Branco (São Pedro Apóstolo)
1948-1995 – Jaborá (São Pascoal)
1949 – Niterói (Porciúncula de Santana)
1950 – Agudos – Convento e Seminário (S. Antônio)
1951 – Nilópolis (Nossa Senhora da Conceição)

1951 – Bauru (Santo Antônio)
1956 – Vila Velha (Santuário Divino Espírito Santo)
1956 – Cel. Freitas (Patrocínio de São José)
1963 – Chopinzinho (São Francisco de Assis)
1965 – Ituporanga (Seminário São Francisco)
1966 – Nilópolis (Nossa Senhora Aparecida)
  2010 Continua atendimento à Paróquia N. Sra. Aparecida
2013 – Recomposta a Fraternidade N. Sra. Aparecida
1968 – Balneário Camboriú (Santa Inês)
1970-2001 – Vila Dionísia (Nossa Senhora de Fátima)
1976 – Bragança Paulista (São Francisco de Assis)
1977-2009 – Xanten, Alemanha (Sagrada Família)
1978 -2009- Lages (Nossa Senhora Aparecida)
2010 – Continua o atendimento na Paróquia
1979-2008 – Água Doce (Nossa Senhora da Paz)
1979 – Rio Negro (Nossa Senhora Aparecida)
1983 – Rondinha (São Boaventura)
1985-2011 – Sto. Amaro  da Imperatriz (Conventinho do Espírito Santo)
1985 – Duque de Caxias (Nossa Senhora do Pilar)
             2007 – (São Francisco de Assis)
1987-2013 – Venda das Pedras (Nossa Senhora Aparecida)
1990 – Malange – Katepa (São Damião) – Angola
1991-1998 – Quibala, Angola
1991 – Rodeio (Eremitério Beato Egídio de Assis)
1992-1996 – Kelkheim, Alemanha (São Francisco)
1994 – Duque de Caxias (N. Senhora Mãe da Terra)
1994-2006 – Duque de Caxias (São Damião)
1994 – Petrópolis (São Francisco)
1994-2016  – Petrópolis (Nossa Senhora de Guadalupe)
1996 – Luanda – Palanka (São Francisco), Angola
2000-2004 – Petrópolis (Nossa Senhora do Advento)
2000 – Luanda – Viana (N. Sra. dos Anjos), Angola
2002-2002 – Campinas – Frades da USF
2002 – Petrópolis – Santa Clara
2002 – Petrópolis – São Benedito
2002 – Petrópolis – Instituto Teológico Franciscano
2002 – Mangueirinha (Nossa Senhora da Conceição)
2002 – Rondinha (Bom Jesus da Aldeia)
2003 – Petrópolis – Monte Alverne
2007-2007 – Blumenau – Paróquia Imac. Conceição N. Sra.
2004-2004 – Petrópolis – Santa Isabel da Hungria
2004 – São Paulo – Vila Clementino – Sede Provincial (Imaculada Conceição)
2005 – Malange – Angola – Seminário Monte Alverne – Aspirantado
2007 – Santos – Paróquia N.Sra. da Assunção
2007 – Rio de Janeiro – Rocinha – Paróquia N.S. Boa Viagem
2007 -2009 Blumenau – Paróquia São José Operário
2010 – Blumenau – Paróquia N. Sra. Aparecida
2008 – Colatina – Santo Antônio de Sant’Ana Galvão
2009 – Quibala – Angola (reabertura)

Personagens da História

Da antiga Província

Da Província restaurada