Vida Cristã - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Liturgia diária

março/2024

  • 6ª-feira da 2ª Sem. da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Gênesis 37,3-4.12-13.17-28

    3Israel amava mais a José do que a todos os outros filhos, porque lhe tinha nascido na velhice. E por isso mandou fazer para ele uma túnica de mangas longas. 4Vendo os irmãos que o pai o amava mais do que a todos eles, odiavam-no e já não lhe podiam falar pacificamente. 12Ora, como os irmãos de José tinham ido apascentar o rebanho do pai em Siquém, 13disse Israel a José: “Teus irmãos devem estar com os rebanhos em Siquém. Vem, vou enviar-te a eles”. 17Partiu, pois, José atrás de seus irmãos e encontrou-os em Dotaim. 18Eles, porém, tendo-o visto ao longe, antes que se aproximasse, tramaram a sua morte. 19Disseram entre si: “Aí vem o sonhador! 20Vamos matá-lo e lançá-lo numa cisterna, depois diremos que um animal feroz o devorou. Assim veremos de que lhe servem os sonhos”. 21Rúben, porém, ouvindo isso, disse-lhes: 22“Não lhe tiremos a vida!” E acrescentou: “Não derrameis sangue, mas lançai-o naquela cisterna do deserto e não o toqueis com as vossas mãos”. Dizia isso porque queria livrá-lo das mãos deles e devolvê-lo ao pai. 23Assim que José chegou perto dos irmãos, estes despojaram-no da túnica de mangas longas, pegaram nele 24e lançaram-no numa cisterna que não tinha água. 25Depois, sentaram-se para comer. Levantando os olhos, avistaram uma caravana de ismaelitas que se aproximava, proveniente de Galaad. Os camelos iam carregados de especiarias, bálsamo e resina, que transportavam para o Egito. 26E Judá disse aos irmãos: “Que proveito teríamos em matar nosso irmão e ocultar o seu sangue? 27É melhor vendê-lo a esses ismaelitas e não manchar nossas mãos, pois ele é nosso irmão e nossa carne”. Concordaram os irmãos com o que dizia. 28Ao passarem os comerciantes madianitas, tiraram José da cisterna e, por vinte moedas de prata, o venderam aos ismaelitas; e estes o levaram para o Egito.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 104(105)
    Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!

    Mandou vir, então, a fome sobre a terra / e os privou de todo pão que os sustentava; /
    um homem enviara à sua frente, / José, que foi vendido como escravo. – R.

    Apertaram os seus pés entre grilhões / e amarraram seu pescoço com correntes, /
    até que se cumprisse o que previra, / e a palavra do Senhor lhe deu razão. – R.

    Ordenou, então, o rei que o libertassem, / o soberano das nações mandou soltá-lo; /
    fez dele o senhor de sua casa / e de todos os seus bens o despenseiro. – R.

    Mateus 21,33-43.45-46

    Naquele tempo, dirigindo-se Jesus aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo, disse-lhes: 33“Escutai esta outra parábola: certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, fez nela um lagar para esmagar as uvas e construiu uma torre de guarda. Depois, arrendou-a a vinhateiros e viajou para o estrangeiro. 34Quando chegou o tempo da colheita, o proprietário mandou seus empregados aos vinhateiros para receber seus frutos. 35Os vinhateiros, porém, agarraram os empregados, espancaram a um, mataram a outro e ao terceiro apedrejaram. 36O proprietário mandou de novo outros empregados, em maior número do que os primeiros. Mas eles os trataram da mesma forma. 37Finalmente, o proprietário enviou-lhes o seu filho, pensando: ‘Ao meu filho eles vão respeitar’. 38Os vinhateiros, porém, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo e tomar posse da sua herança!’ 39Então agarraram o filho, jogaram-no para fora da vinha e o mataram. 40Pois bem, quando o dono da vinha voltar, o que fará com esses vinhateiros?” 41Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “Com certeza mandará matar de modo violento esses perversos e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entregarão os frutos no tempo certo”. 42Então Jesus lhes disse: “Vós nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos’? 43Por isso eu vos digo, o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos”. 45Os sumos sacerdotes e fariseus ouviram as parábolas de Jesus e compreenderam que estava falando deles. 46Procuraram prendê-lo, mas ficaram com medo das multidões, pois elas consideravam Jesus um profeta.

    Palavra da salvação.

    “Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo.”

    Caríssimos irmãos e irmãs, no Evangelho de hoje, após duas tentativas frustradas feitas pelo dono da vinha de receber os seus frutos por intermédio de seus servos, ele envia seu filho para que, representando a autoridade do pai, possa recolher o que lhe pertence; porém, nem a ele foi prestado respeito. Isto nos leva a nos questionar o seguinte: sendo nós os trabalhadores da vinha do Senhor (chamada Terra ou vida), como recebemos a visita de Seu Filho? Será que damos importância a Sua presença? E o que fazemos com os nossos frutos que, na verdade, são d’Ele, já que “sem Ele nada podemos fazer”? Será que estamos dando fruto?

    Portanto, fiquemos atentos a Sua visita. Estejamos despertados para a doce visita de Jesus. Porém, se alguém estiver infrutífero na vinha de sua vida, reconheça sua pequenez e recorra ao auxílio do Senhor que, com muita certeza, lhe dará o necessário para que frutifique e produza muitos frutos. Um coração humilde é um terreno acolhedor para o Senhor e propício para que brote boas obras.

    Reflexão dos Noviços da Província

     

  • Sábado da 2ª Sem. da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Miqueias 7,14-15.18-20

    14Apascenta o teu povo com o cajado da autoridade, o rebanho de tua propriedade, os habitantes dispersos pela mata e pelos campos cultivados; que eles desfrutem a terra de Basã e de Galaad, como nos velhos tempos. 15E, como foi nos dias em que nos fizeste sair do Egito, faze-nos ver novos prodígios. 18Qual Deus existe, como tu, que apagas a iniquidade e esqueces o pecado daqueles que são resto de tua propriedade? Ele não guarda rancor para sempre, o que ama é a misericórdia. 19Voltará a compadecer-se de nós, esquecerá nossas iniquidades e lançará ao fundo do mar todos os nossos pecados. 20Tu manterás fidelidade a Jacó e terás compaixão de Abraão, como juraste a nossos pais, desde tempos remotos.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 102(103)
    O Senhor é indulgente e favorável.

    Bendize, ó minha alma, ao Senhor, / e todo o meu ser, seu santo nome! /
    Bendize, ó minha alma, ao Senhor, / não te esqueças de nenhum de seus favores! – R.

    Pois ele te perdoa toda culpa / e cura toda a tua enfermidade; /
    da sepultura ele salva a tua vida / e te cerca de carinho e compaixão. – R.

    Não fica sempre repetindo as suas queixas / nem guarda eternamente o seu rancor. /
    Não nos trata como exigem nossas faltas / nem nos pune em proporção às nossas culpas. – R.

    Quanto os céus por sobre a terra se elevam, / tanto é grande o seu amor aos que o temem; /
    quanto dista o nascente do poente, / tanto afasta para longe nossos crimes. – R.

    Lucas 15,1-3.11-32

    Naquele tempo, 1os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus: “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. 3Então, Jesus contou-lhes esta parábola: 11“Um homem tinha dois filhos. 12O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. 13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar necessidade. 15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isso lhe davam. 17Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. 18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’. 20Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos. 21O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. 22Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. 24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa. 25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. 27O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’. 28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’. 31Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. 32Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’”.

    Palavra da salvação.

    “Teu irmão estava morto e tornou a viver.”

    Hoje o Senhor nos ensina que a misericórdia divina acolhe aqueles que caem em si, de sua má situação, e retornam ao Pai de coração contrito. Como disse Jesus: o céu se alegra e faz festa por um só pecador arrependido. Mas que alegria! Saber que Deus, assim como o pai da parábola, espera o retorno do pecador. Homens e mulheres arrependidos, que vendo que levaram uma vida de pecados ou que lutaram nas batalhas diárias se voltam para o Senhor. E mesmo que as insistentes quedas os deixem desanimados, o Senhor ainda os espera e, antes de dizer-Lhes que não são mais dignos de serem chamados filhos, Ele se alegra e os interrompe para dar-lhes vestes novas a suas almas feridas, mas curadas pela graça. Louvada seja a misericórdia de Deus! Louvado seja o Senhor Deus misericordioso que perdoa o pecador arrependido.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 3º Domingo da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo
    • Segunda Leitura
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Êxodo 20,1-17 ou 1-3.7-8.12-17

    [Naqueles dias, 1Deus pronunciou todas estas palavras: 2“Eu sou o Senhor teu Deus que te tirou do Egito, da casa da escravidão. 3Não terás outros deuses além de mim.] 4Não farás para ti imagem esculpida nem figura alguma do que existe em cima, nos céus, ou embaixo, na terra, ou do que existe nas águas, debaixo da terra. 5Não te prostrarás diante desses deuses nem lhes prestarás culto, pois eu sou o Senhor teu Deus, um Deus ciumento. Castigo a culpa dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração dos que me odeiam, 6mas uso da misericórdia por mil gerações com aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos. [7Não pronunciarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não deixará sem castigo quem pronunciar seu nome em vão. 8Lembra-te de santificar o dia de sábado.] 9Trabalharás durante seis dias e farás todos os teus trabalhos, 10mas o sétimo dia é sábado dedicado ao Senhor teu Deus. Não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu escravo, nem tua escrava, nem teu gado, nem o estrangeiro que vive em tuas cidades. 11Porque o Senhor fez em seis dias o céu, a terra e o mar e tudo o que eles contêm; mas no sétimo dia descansou. Por isso o Senhor abençoou o dia do sábado e o santificou. [12Honra teu pai e tua mãe, para que vivas longos anos na terra que o Senhor teu Deus te dará. 13Não matarás. 14Não cometerás adultério. 15Não furtarás. 16Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo. 17Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu jumento, nem coisa alguma que lhe pertença”.]

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 18(19)
    Senhor, tens palavras de vida eterna.

    A lei do Senhor Deus é perfeita, / conforto para a alma! /
    O testemunho do Senhor é fiel, / sabedoria dos humildes. – R.

    Os preceitos do Senhor são precisos, / alegria ao coração. /
    O mandamento do Senhor é brilhante, / para os olhos é uma luz. – R.

    É puro o temor do Senhor, / imutável para sempre. /
    Os julgamentos do Senhor são corretos / e justos igualmente. – R.

    Mais desejáveis do que o ouro são eles, / do que o ouro refinado. /
    Suas palavras são mais doces que o mel, / que o mel que sai dos favos. – R.

    1 Coríntios 1,22-25

    Irmãos, 22os judeus pedem sinais milagrosos, os gregos procuram sabedoria; 23nós, porém, pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e insensatez para os pagãos. 24Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, esse Cristo é poder de Deus e sabedoria de Deus. 25Pois o que é dito insensatez de Deus é mais sábio do que os homens, e o que é dito fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.

    Palavra do Senhor.

    João 2,13-25

    13Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. 14No templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. 15Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. 16E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isso daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!” 17Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: “O zelo por tua casa me consumirá”. 18Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostras para agir assim?” 19Ele respondeu: “Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei”. 20Os judeus disseram: “Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?” 21Mas Jesus estava falando do templo do seu corpo. 22Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele. 23Jesus estava em Jerusalém durante a festa da Páscoa. Vendo os sinais que realizava, muitos creram no seu nome. 24Mas Jesus não lhes dava crédito, pois ele conhecia a todos; 25e não precisava do testemunho de ninguém acerca do ser humano, porque ele conhecia o homem por dentro.

    Palavra da salvação.

    “Destruí este Templo, e em três dias eu o levantarei.”

    “[…] porque Ele conhecia o homem por dentro”.
    Jesus, após fazer o anúncio da Sua Paixão, comparando-a com a destruição do Templo de Jerusalém, fez alguns milagres, mas não deu crédito aos que receberam as suas graças, pois conhecia os seus corações.

    Eles acreditavam e esperavam as obras milagrosas de Jesus, em vez de crerem na missão redentora do Filho de Deus, na remissão dos pecados e na reconciliação com o Pai. Será que de fato buscamos a Deus ou buscamos suas graças e consolações?

    Jesus nos conhece por dentro e sonda nosso coração. Não façamos da fé um meio para um usufruto individualista, como fizeram os comerciantes citados no Evangelho, buscando somente os bens terrenos. Também não imitemos os judeus que procuravam apenas milagres corpóreos.

    Com efeito, somos, assim como Jesus, templo de Deus, sagrados por Quem habita em nós.

    Entremos aí, procuremos o Amor, a Verdade e a Vida. Façamos orações ou simplesmente permaneçamos na Sua dulcíssima presença. Ofereçamos-lhe nossos pequenos e grandes sacrifícios cotidianos e guardemos em nossos corações a Palavra de Deus como fez Maria, a sede de justiça.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 2ª-feira da 3ª Sem. da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    2 Reis 5,1-15

    Naqueles dias, 1Naamã, general do exército do rei da Síria, era um homem muito estimado e considerado pelo seu senhor, pois foi por meio dele que o Senhor concedeu a vitória aos arameus. Mas esse homem, valente guerreiro, era leproso. 2Ora, um bando de arameus que tinha saído da Síria tinha levado cativa uma moça do país de Israel. Ela ficou ao serviço da mulher de Naamã. 3Disse ela à sua senhora: “Ah, se meu senhor se apresentasse ao profeta que reside em Samaria, sem dúvida ele o livraria da lepra de que padece!” 4Naamã foi então informar o seu senhor: “Uma moça do país de Israel disse isto e isto”. 5Disse-lhe o rei de Aram: “Vai, que eu enviarei uma carta ao rei de Israel”. Naamã partiu, levando consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa. 6E entregou ao rei de Israel a carta, que dizia: “Quando receberes esta carta, saberás que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures de sua lepra”. 7O rei de Israel, tendo lido a carta, rasgou suas vestes e disse: “Sou Deus, porventura, que possa dar a morte e a vida, para que este me mande um homem para curá-lo da lepra? Vê-se bem que ele busca pretexto contra mim”. 8Quando Eliseu, o homem de Deus, soube que o rei de Israel havia rasgado as vestes, mandou dizer-lhe: “Por que rasgaste tuas vestes? Que ele venha a mim, para que saiba que há um profeta em Israel”. 9Então Naamã chegou com seus cavalos e carros e parou à porta da casa de Eliseu. 10Eliseu mandou um mensageiro para lhe dizer: “Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e tua carne será curada e ficarás limpo”. 11Naamã, irritado, foi-se embora, dizendo: “Eu pensava que ele sairia para me receber e que, de pé, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, e que tocaria com sua mão o lugar da lepra e me curaria. 12Será que os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, não são melhores do que todas as águas de Israel, para eu me banhar nelas e ficar limpo?” Deu meia-volta e partiu indignado. 13Mas seus servos aproximaram-se dele e disseram-lhe: “Senhor, se o profeta te mandasse fazer uma coisa difícil, não a terias feito? Quanto mais agora que ele te disse: ‘Lava-te e ficarás limpo’”. 14Então ele desceu e mergulhou sete vezes no Jordão, conforme o homem de Deus tinha mandado, e sua carne tornou-se semelhante à de uma criancinha, e ele ficou purificado. 15Em seguida, voltou com toda a sua comitiva para junto do homem de Deus. Ao chegar, apresentou-se diante dele e disse: “Agora estou convencido de que não há outro Deus em toda a terra, senão o que há em Israel!”

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 41(42)
    Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: / e quando verei a face de Deus?

    Assim como a corça suspira / pelas águas correntes, /
    suspira igualmente minha alma / por vós, ó meu Deus! – R.

    A minha alma tem sede de Deus / e deseja o Deus vivo. /
    Quando terei a alegria de ver / a face de Deus? – R.

    Enviai vossa luz, vossa verdade: / elas serão o meu guia; /
    que me levem ao vosso monte santo, / até a vossa morada! – R.

    Então irei aos altares do Senhor, / Deus da minha alegria. /
    Vosso louvor cantarei, ao som da harpa, / meu Senhor e meu Deus! – R.

    Lucas 4,24-30

    Jesus, vindo a Nazaré, disse ao povo na sinagoga: 24“Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27E no tempo do profeta Eliseu havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”. 28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.

    Palavra da salvação.

    “O que vale não é mais ser judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós
    sois um só, em Jesus Cristo”N

    o Evangelho de hoje, Jesus revela, em uma sinagoga de Nazaré, que nenhum profeta é bem-vindo em sua pátria. A leitura traz exemplos dos profetas do antigo testamento que não foram enviados para curar o seu povo, mas sim aos pagãos, deixando todos os que estavam presentes furiosos ao ponto de o expulsarem da cidade.

    Conseguimos perceber nesse Evangelho o universalismo no plano salvífico de Deus, que não se reduz apenas ao povo de Israel (o povo eleito), mas a todos. E foi assim no antigo testamento: perpassou por Jesus e deve continuar em nós, em nossos diálogos ecumênicos e em nossas relações com o que é diferente. Pois o mistério da salvação é para todos.

    E quem soube participar desse plano salvífico foi São Casemiro, que trocou a glória do reino temporal para viver em perfeita humildade e castidade a serviço de Deus e de todos os pobres.

    Hoje, dia em que a igreja celebra a sua memória, pedimos a sua intercessão para que, assim como ele, possamos seguir os passos de Jesus, olhar a todos sem discriminação e nos colocar à serviço dos mais pobres e marginalizados.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 3ª-feira da 3ª Sem. da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Daniel 3,25.34-43

    Naqueles dias, 25Azarias parou e, de pé, começou a rezar; abrindo a boca no meio do fogo, disse: 34“Oh! não nos desampares nunca, nós te pedimos; por teu nome, não desfaças tua aliança 35nem retires de nós tua benevolência, por Abraão, teu amigo, por Isaac, teu servo, e por Israel, teu santo, 36aos quais prometeste multiplicar a descendência como estrelas do céu e como areia que está na beira do mar. 37Senhor, estamos hoje reduzidos ao menor de todos os povos, somos hoje o mais humilde em toda a terra, por causa de nossos pecados; 38neste tempo estamos sem chefes, sem profetas, sem guia, não há holocausto nem sacrifício, não há oblação nem incenso, não há um lugar para oferecermos, em tua presença, as primícias e encontrarmos benevolência; 39mas, de alma contrita e em espírito de humildade, sejamos acolhidos, e como nos holocaustos de carneiros e touros, 40e como nos sacrifícios de milhares de cordeiros gordos, assim se efetue hoje nosso sacrifício em tua presença, e tu faças que nós te sigamos até o fim; não se sentirá frustrado quem põe em ti sua confiança. 41De agora em diante, queremos, de todo o coração, seguir-te, temer-te, buscar tua face; 42não nos deixes confundidos, mas trata-nos segundo a tua clemência e segundo a tua imensa misericórdia; 43liberta-nos com o poder de tuas maravilhas e torna teu nome glorificado, Senhor”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 24(25)
    Recordai, Senhor, a vossa compaixão!

    Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos / e fazei-me conhecer a vossa estrada! /
    Vossa verdade me oriente e me conduza, / porque sois o Deus da minha salvação. – R.

    Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura / e a vossa compaixão, que são eternas! /
    De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia / e sois bondade sem limites, ó Senhor! – R.

    O Senhor é piedade e retidão / e reconduz ao bom caminho os pecadores. /
    Ele dirige os humildes na justiça / e aos pobres ele ensina o seu caminho. – R.

    Mateus 18,21-35

    Naquele tempo, 21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” 22Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. 25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. 26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! E eu te pagarei tudo’. 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. 29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! E eu te pagarei’. 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ 34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.

    Palavra da salvação.

    “É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.

    O Evangelho de hoje narra a pergunta do apóstolo Pedro a Jesus: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes (número que indica a perfeição)? ”.

    Jesus, sempre de forma catequética, responde a Pedro indo além de sua proposta. Ele diz que não devemos perdoar apenas sete vezes, mas setenta vezes sete (perdoar sempre), pois é dessa forma que o Pai que está no céu nos perdoa quando nos arrependemos de coração.

    Ao dizer isso, Jesus está retirando qualquer limite possível para o perdão e nos ensinando mais uma vez que a misericórdia de Deus é infinita, entretanto, devemos nos colocar em prontidão para fazermos parte dela, ou seja, se sou digno de receber o perdão Daquele que é perfeito, também sou digno de conceder o perdão ao meu próximo.

    Que nesse Tempo Quaresmal possamos nos exercitar na virtude do perdão, pois perdoar faz parte do mandamento evangélico do amor, e como já nos disse o apóstolo: “Deus é Amor! ” (1Jo 4,8).

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 4ª-feira da 3ª Sem. da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Deuteronômio 4,1.5-9

    Moisés falou ao povo, dizendo: 1“Agora, Israel, ouve as leis e os decretos que eu vos ensino a cumprir, para que, fazendo-o, vivais e entreis na posse da terra prometida que o Senhor Deus de vossos pais vos vai dar. 5Eis que vos ensinei leis e decretos conforme o Senhor meu Deus me ordenou, para que os pratiqueis na terra em que ides entrar e da qual tomareis posse. 6Vós os guardareis, pois, e os poreis em prática, porque neles está vossa sabedoria e inteligência perante os povos, para que, ouvindo todas estas leis, digam: ‘Na verdade, é sábia e inteligente esta grande nação!’ 7Pois qual é a grande nação cujos deuses lhe são tão próximos como o Senhor nosso Deus, sempre que o invocamos? 8E que nação haverá tão grande, que tenha leis e decretos tão justos, como esta lei que hoje vos ponho diante dos olhos? 9Mas toma cuidado! Procura com grande zelo não te esqueceres de tudo o que viste com os próprios olhos e nada deixes escapar do teu coração por todos os dias de tua vida; antes, ensina-o a teus filhos e netos”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 147(147B)
    Glorifica o Senhor, Jerusalém!

    Glorifica o Senhor, Jerusalém! / Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! /
    Pois reforçou com segurança as tuas portas / e os teus filhos em teu seio abençoou. – R.

    Ele envia suas ordens para a terra, / e a palavra que ele diz corre veloz. /
    Ele faz cair a neve como lã / e espalha a geada como cinza. – R.

    Anuncia a Jacó sua palavra, / seus preceitos e suas leis a Israel. /
    Nenhum povo recebeu tanto carinho, / a nenhum outro revelou os seus preceitos. – R.

    Mateus 5,17-19

    Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17“Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18Em verdade eu vos digo, antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. 19Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus”.

    Palavra da salvação.

    “Antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra oi vírgula serão tiradas da Lei ”

    No Evangelho de hoje, Jesus diz aos seus apóstolos que não veio para abolir a Lei e os Profetas, mas para dar-lhes pleno cumprimento, pois é considerado grande no Reino dos Céus aqueles que praticarem e ensinarem seus mandamentos. Em sua peregrinação, na Terra, Jesus nos ensina a obedecer aos mandamentos em sua integridade, admoestando-nos que o homem não foi feito para a Lei (como acreditavam os antigos de sua época), mas que a Lei foi feita para que o homem pudesse amar a Deus em plenitude.

    Dessa forma, conseguimos compreender que observamos a Lei por amar a Deus e, por isso, ela nunca deve sobrepor à misericórdia e ao amor que devemos ter pelo próximo, pois como já nos dizia o apóstolo: “Quem ama o seu irmão permanece na luz e não se expõe a tropeçar. ” (1Jo 2,10)

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 5ª-feira da 3ª Sem. da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Jeremias 7,23-28

    Assim fala o Senhor: 23“Dei esta ordem ao povo, dizendo: Ouvi a minha voz, assim serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo; e segui adiante por todo o caminho que eu vos indicar para serdes felizes. 24Mas eles não ouviram e não prestaram atenção; ao contrário, seguindo as más inclinações do coração, andaram para trás e não para a frente, 25desde o dia em que seus pais saíram do Egito até o dia de hoje. A todos enviei meus servos, os profetas, e enviei-os cada dia, começando bem cedo; 26mas não ouviram e não prestaram atenção, ao contrário: obstinaram-se no erro, procedendo ainda pior que seus pais. 27Se falares todas essas coisas, eles não te escutarão e, se os chamares, não te darão resposta. 28Dirás, então: ‘Esta é a nação que não escutou a voz do Senhor, seu Deus, e não aceitou correção. Sua fé morreu, foi arrancada de sua boca’”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 94(95)
    Oxalá ouvísseis hoje a voz do Senhor: / Não fecheis os vossos corações.

    Vinde, exultemos de alegria no Senhor, / aclamemos o rochedo que nos salva! /
    Ao seu encontro caminhemos com louvores, / e com cantos de alegria o celebremos! – R.

    Vinde, adoremos e prostremo-nos por terra, / e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! /
    Porque ele é o nosso Deus, nosso pastor, † e nós somos o seu povo e seu rebanho, /
    as ovelhas que conduz com sua mão. – R.

    Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: / “Não fecheis os corações como em Meriba, /
    como em Massa, no deserto, aquele dia † em que outrora vossos pais me provocaram, /
    apesar de terem visto as minhas obras”. – R.

    Lucas 11,14-23

    Naquele tempo, 14Jesus estava expulsando um demônio que era mudo. Quando o demônio saiu, o mudo começou a falar, e as multidões ficaram admiradas. 15Mas alguns disseram: “É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios”. 16Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu. 17Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes: “Todo reino dividido contra si mesmo será destruído; e cairá uma casa por cima da outra. 18Ora, se até satanás está dividido contra si mesmo, como poderá sobreviver o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que eu expulso os demônios. 19Se é por meio de Belzebu que eu expulso demônios, vossos filhos os expulsam por meio de quem? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes. 20Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus. 21Quando um homem forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. 22Mas, quando chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava e reparte o que roubou. 23Quem não está comigo está contra mim. E quem não recolhe comigo dispersa”.

    Palavra da salvação.

    “Mas, se é pelo nome de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus”

    O Evangelho de hoje narra o episódio em que, ao expulsar um demônio, Jesus desperta aos telespectadores diversas reações. Alguns ficam admirados, outros pedem que ele envie um sinal do céu e outros ainda ousam dizer que Ele os expulsavam em nome de Belzebu, príncipe dos demônios. Jesus, que conhecia o pensamento de todos, alerta que um reino dividido contra si mesmo será destruído e que quem não está com Ele está contra Ele.
    Nessa passagem, Jesus quer intuir em nosso coração que aquele que é dividido se autodestrói, por isso, quando tomamos a decisão de seguir a Cristo, não devemos fazê-la dividido entre as coisas do mundo e as coisas celestes. Seguir a Jesus é uma decisão que deve ser feita sem reservas e em sua integralidade.

    E assim fizeram Perpétua e Felicidade, que não permitiram que os seus corações vivessem divididos e estiveram com Cristo em suas vidas, no martírio e hoje na vida eterna. Que saibamos seguir o exemplo dessas santas mulheres, e estar com Ele em todos os momentos de nossas vidas.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 6ª-feira da 3ª Sem. da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Oseias 14,2-10

    Assim fala o Senhor Deus: 2“Volta, Israel, para o Senhor, teu Deus, porque estavas caído em teu pecado. 3Vós todos, encontrai palavras e voltai para o Senhor; dizei-lhe: ‘Livra-nos de todo mal e aceita este bem que oferecemos, o fruto de nossos lábios. 4A Assíria não nos salvará; não queremos montar nossos cavalos, não chamaremos mais ‘deuses nossos’ a produtos de nossas mãos; em ti encontrará o órfão misericórdia’. 5Hei de curar sua perversidade e me será fácil amá-los, deles afastou-se a minha cólera. 6Serei como orvalho para Israel; ele florescerá como o lírio e lançará raízes como plantas do Líbano. 7Seus ramos hão de estender-se; será seu esplendor como o da oliveira e seu perfume como o do Líbano. 8Voltarão a sentar-se à minha sombra e a cultivar o trigo, e florescerão como a videira, cuja fama se iguala à do vinho do Líbano. 9Que tem ainda Efraim a ver com ídolos? Sou eu que o atendo e que olho por ele. Sou como o cipreste sempre verde: de mim procede o teu fruto. 10Compreenda estas palavras o homem sábio, reflita sobre elas o bom entendedor! São retos os caminhos do Senhor e por eles andarão os justos, enquanto os maus ali tropeçam e caem”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 80(81)
    Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!

    Eis que ouço uma voz que não conheço: / “Aliviei as tuas costas de seu fardo, /
    cestos pesados eu tirei de tuas mãos. / Na angústia a mim clamaste, e te salvei. – R.

    De uma nuvem trovejante te falei, / e junto às águas de Meriba te provei. /
    Ouve, meu povo, porque vou te advertir! / Israel, ah! se quisesses me escutar. – R.

    Em teu meio não exista um deus estranho, / nem adores a um deus desconhecido! /
    Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor, / que da terra do Egito te arranquei. – R.

    Quem me dera que meu povo me escutasse! / Que Israel andasse sempre em meus caminhos! /
    Eu lhe daria de comer a flor do trigo / e com o mel que sai da rocha o fartaria”. – R.

    Marcos 12,28-34

    Naquele tempo, 28um escriba aproximou-se de Jesus e perguntou: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?”c29Jesus respondeu: “O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! 31O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes”. 32O mestre da Lei disse a Jesus: “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: ele é o único Deus e não existe outro além dele. 33Amá-lo de todo o coração, de toda a mente e com toda a força e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios”. 34Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência e disse: “Tu não estás longe do Reino de Deus”. E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.

    Palavra da salvação.

    “O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Ama-o”

    Jesus, sendo questionado diante de várias leis que foram feitas pelos homens em nome de Deus, foi questionado: Qual é de fato o maior mandamento? Jesus responde proclamando o Shemá: “É o amor ao próximo”.

    Diante de Deus, todas as nossas potencialidades e todo o nosso ser deveriam estar direcionadas ao Senhor, o único Deus vivo e verdadeiro. Mas, como amar a Deus, a quem não vemos, se não somos capazes de amar o irmão, a quem vemos?

    O próprio Jesus está seguindo o caminho em provar o seu amor pelo Pai e Seu Reino, indo realizar o seu sacrifício de amor por toda a humanidade. E quanto a nós? Como demonstramos o nosso amor pelo Senhor?

    Reflexão dos Noviços da Província

  • Sábado da 3ª Sem. da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Oseias 6,1-6b

    1“Vinde, voltemos para o Senhor, ele nos feriu e há de tratar-nos, ele nos machucou e há de curar-nos. 2Em dois dias nos dará vida e, ao terceiro dia, há de restaurar-nos, e viveremos em sua presença. 3É preciso saber segui-lo para reconhecer o Senhor. Certa como a aurora é a sua vinda, ele virá até nós como as primeiras chuvas, como as chuvas tardias que regam o solo.” 4Como vou tratar-te, Efraim? Como vou tratar-te, Judá? O vosso amor é como nuvem pela manhã, como orvalho que cedo se desfaz. 5Eu os desbastei por meio dos profetas, arrasei-os com as palavras de minha boca, mas, como luz, expandem-se meus juízos; 6quero amor e não sacrifícios, conhecimento de Deus mais do que holocaustos.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 50(51)
    Eu quis misericórdia e não o sacrifício!

    Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! / Na imensidão de vosso amor, purificai-me! /
    Lavai-me todo inteiro do pecado / e apagai completamente a minha culpa! – R.

    Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, / e, se oferto um holocausto, o rejeitais. /

    Meu sacrifício é minha alma penitente, / não desprezeis um coração arrependido! – R.

    Sede benigno com Sião, por vossa graça, / reconstruí Jerusalém e os seus muros! /
    E aceitareis o verdadeiro sacrifício, / os holocaustos e oblações em vosso altar! – R.

    Lucas 18,9-14

    Naquele tempo, 9Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: 10″Dois homens subiram ao templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. 11O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. 12Eu jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de toda a minha renda’. 13O cobrador de impostos, porém, ficou a distância e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim, que sou pecador!’ 14Eu vos digo, este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado”.

    Palavra da salvação.

    “O publicano voltou para casa justificado; o outro não.”

    Nesta pequena parábola, Jesus nos mostra duas formas com que podemos direcionar o nosso coração a Deus. Como o fariseu, o “fiel” aos detalhes da lei dos jejuns, nas ofertas ao templo, mas com o coração orgulhoso, capaz de condenar como o dono da justiça divina pela sua “fidelidade” às leis. Também podemos ser como o publicano, pecador público, que não tinha sequer coragem de levantar a cabeça. Esperava na pura misericórdia de Deus.

    Nossas ações para Deus nunca deveriam rebaixar o outro, pois toda a nossa capacidade de fazer o bem vem de Deus e o pecado nos acompanha, mesmo sem percebermos, nas relações cotidianas, por isso, nos é pedido pela Igreja que confessemos nossos pecados.

    Precisamos nos abaixar, isto é, reconhecer o dom de Deus em nossas vidas quando vivemos o bem, já que todos nós, em algum momento, podemos cair. Ao invés de condenar, deveríamos ajudar ou ao menos rezar pelo bem das pessoas que acabam vivendo fora do mandamento do Senhor.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 4º Domingo da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo
    • Segunda Leitura
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    2 Crônicas 36,14-16.19-23

    Naqueles dias, 14todos os chefes dos sacerdotes e o povo multiplicaram suas infidelidades, imitando as práticas abomináveis das nações pagãs, e profanaram o templo que o Senhor tinha santificado em Jerusalém. 15Ora, o Senhor Deus de seus pais dirigia-lhes frequentemente a palavra por meio de seus mensageiros, admoestando-os com solicitude todos os dias, porque tinha compaixão do seu povo e da sua própria casa. 16Mas eles zombavam dos enviados de Deus, desprezavam as suas palavras, até que o furor do Senhor se levantou contra o seu povo e não houve mais remédio. 19Os inimigos incendiaram a casa de Deus e deitaram abaixo os muros de Jerusalém, atearam fogo a todas as construções fortificadas e destruíram tudo o que havia de precioso. 20Nabucodonosor levou cativos para a Babilônia todos os que escaparam à espada, e eles tornaram-se escravos do rei e de seus filhos, até que o império passou para o rei dos persas. 21Assim se cumpriu a palavra do Senhor pronunciada pela boca de Jeremias: “Até que a terra tenha desfrutado de seus sábados, ela repousará durante todos os dias da desolação, até que se completem setenta anos”. 22No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor pronunciada pela boca de Jeremias, o Senhor moveu o espírito de Ciro, rei da Pérsia, que mandou publicar em todo o seu reino, de viva voz e por escrito, a seguinte proclamação: 23“Assim fala Ciro, rei da Pérsia: o Senhor, Deus do céu, deu-me todos os reinos da terra e encarregou-me de lhe construir um templo em Jerusalém, que está no país de Judá. Quem dentre vós todos pertence ao seu povo? Que o Senhor, seu Deus, esteja com ele, e que se ponha a caminho”.

    Palavra do Senhor.


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    Sl 136(137)
    Que se prenda a minha língua ao céu da boca / se de ti, Jerusalém, eu me esquecer!

    Junto aos rios da Babilônia † nos sentávamos chorando, / com saudades de Sião. /
    Nos salgueiros por ali / penduramos nossas harpas. – R.

    Pois foi lá que os opressores / nos pediram nossos cânticos; / nossos guardas exigiam /
    alegria na tristeza: / “Cantai hoje para nós / algum canto de Sião!” – R.

    Como havemos de cantar † os cantares do Senhor / numa terra estrangeira? /
    Se de ti, Jerusalém, † algum dia eu me esquecer, / que resseque a minha mão! – R.

    Que se cole a minha língua † e se prenda ao céu da boca / se de ti não me lembrar! /
    Se não for Jerusalém / minha grande alegria! – R.

    Efésios 2,4-10

    Irmãos, 4Deus é rico em misericórdia. Por causa do grande amor com que nos amou, 5quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo. É por graça que vós sois salvos! 6Deus nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar nos céus em virtude de nossa união com Jesus Cristo. 7Assim, pela bondade, que nos demonstrou em Jesus Cristo, Deus quis mostrar, através dos séculos futuros, a incomparável riqueza da sua graça. 8Com efeito, é pela graça que sois salvos, mediante a fé. E isso não vem de vós; é dom de Deus! 9Não vem das obras, para que ninguém se orgulhe. 10Pois é ele quem nos fez; nós fomos criados em Jesus Cristo para as obras boas, que Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos.

    Palavra do Senhor.

    João 3,14-21

    Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 14“Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. 16Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. 19Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. 20Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. 21Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus”.

    Palavra da salvação.

    “Deus enviou o seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele. ”

    Deus, em sua fidelidade e bondade, sempre buscou o seu povo enviando profetas e mensageiros para trazer a todos a fim de viverem em Aliança com Ele, mas o coração humano era insensível, endurecido à voz do Deus de Israel. Enviou, portanto, Jesus, o Seu filho amado, para ser sinal do Seu amor e salvar a humanidade. Mas como salvar? Sendo Luz, Jesus nunca tinha a intenção de cutucar as feridas dos pecados humanos para abri-las ainda mais, mas sim nos ajudar a vê-las e sermos curados; dando-nos olhos puros e um coração de carne para sermos sensíveis ao caminho que retorna à intimidade com Deus, que é nossa vida eterna, tendo como referência Jesus, que nos une no mesmo amor com o Pai. Somente assim seremos realmente salvos, pois isto é uma relação cotidiana na fé com Jesus Crucificado e Ressuscitado, e com sua Palavra meditada para aprendermos o caminho para Deus.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 2ª-feira da 4ª Sem. da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Isaías 65,17-21

    Assim fala o Senhor: 17“Eis que eu criarei novos céus e nova terra, coisas passadas serão esquecidas, não voltarão mais à memória. 18Ao contrário, haverá alegria e exultação sem fim, em razão das coisas que eu vou criar; farei de Jerusalém a cidade da exultação e um povo cheio de alegria. 19Eu também exulto com Jerusalém e alegro-me com o meu povo; ali nunca mais se ouvirá a voz do pranto e o grito de dor. 20Ali não haverá crianças condenadas a poucos dias de vida nem anciãos que não completem seus dias. Será considerado jovem quem morrer aos cem anos; e quem não alcançar cem anos passará por maldito. 21Construirão casas para nelas morar, plantarão vinhas para comer seus frutos”.

    Palavra do Senhor.


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    Sl 29(30)
    Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes!

    Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes / e não deixastes rir de mim meus inimigos! /
    Vós tirastes minha alma dos abismos / e me salvastes quando estava já morrendo! – R.

    Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, / dai-lhe graças e invocai seu santo nome! /
    Pois sua ira dura apenas um momento, / mas sua bondade permanece a vida inteira; /
    se à tarde vem o pranto visitar-nos, / de manhã vem saudar-nos a alegria. – R.

    Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! / Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! /
    Transformastes o meu pranto em uma festa, / Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos! – R.

    João 4,43-54

    Naquele tempo, 43Jesus partiu da Samaria para a Galileia. 44O próprio Jesus tinha declarado que um profeta não é honrado na sua própria terra. 45Quando então chegou à Galileia, os galileus receberam-no bem, porque tinham visto tudo o que Jesus havia feito em Jerusalém durante a festa. Pois também eles tinham ido à festa. 46Assim, Jesus voltou para Caná da Galileia, onde havia transformado a água em vinho. Havia em Cafarnaum um funcionário do rei que tinha um filho doente. 47Ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judeia para a Galileia. Ele saiu ao seu encontro e pediu-lhe que fosse a Cafarnaum curar seu filho, que estava morrendo. 48Jesus disse-lhe: “Se não virdes sinais e prodígios, não acreditais”. 49O funcionário do rei disse: “Senhor, desce, antes que meu filho morra!” 50Jesus lhe disse: “Podes ir, teu filho está vivo”. O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora. 51Enquanto descia para Cafarnaum, seus empregados foram ao seu encontro, dizendo que o seu filho estava vivo. 52O funcionário perguntou a que horas o menino tinha melhorado. Eles responderam: “A febre desapareceu, ontem, pela uma da tarde”. 53O pai verificou que tinha sido exatamente na mesma hora em que Jesus lhe havia dito: “Teu filho está vivo”. Então, ele abraçou a fé, juntamente com toda a sua família. 54Esse foi o segundo sinal de Jesus. Realizou-o quando voltou da Judeia para a Galileia.

    Palavra da salvação.

    “Vai, teu filho está curado.”

    “O homem confiou na palavra de Jesus e foi embora”. Jesus, rejeitado pela sua própria terra, na Galileia, é recebido exultante, mas por causa dos milagres. Contudo, no Evangelho de hoje, em um pagão e em um funcionário do rei, encontramos o despojamento, a confiança total em Jesus, e mesmo não vendo um sinal, as palavras de Jesus foram suficientes.

    O funcionário do rei tinha fé em Jesus, e percebeu que a pessoa de Cristo era digna de sua confiança. Deixou-nos um exemplo que nos leva a questionar como é nossa relação com Jesus. Ela é sempre superficial, buscando milagres? Pelo o que Ele pode nos dar? Ou Sua pessoa que buscamos na fé, sua Palavra, na qual buscamos aprender o modo de ser para na fé e nos sacramentos, para sermos curados e vivermos sempre no compromisso dos seus ensinamentos e exemplo?

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 3ª-feira da 4ª Sem. da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Ezequiel 47,1-9.12

    Naqueles dias, 1o anjo fez-me voltar até a entrada do templo e eis que saía água da sua parte subterrânea na direção leste, porque o templo estava voltado para o oriente; a água corria do lado direito do templo, a sul do altar. 2Ele fez-me sair pela porta que dá para o norte, e fez-me dar uma volta por fora, até a porta que dá para o leste, onde eu vi a água jorrando do lado direito. 3Quando o homem saiu na direção leste, tendo uma corda de medir na mão, mediu quinhentos metros e fez-me atravessar a água: ela chegava-me aos tornozelos. 4Mediu outros quinhentos metros e fez-me atravessar a água: ela chegava-me aos joelhos. 5Mediu mais quinhentos metros e fez-me atravessar a água: ela chegava-me à cintura. Mediu mais quinhentos metros, e era um rio que eu não podia atravessar. Porque as águas haviam crescido tanto, que se tornaram um rio impossível de atravessar, a não ser a nado. 6Ele me disse: “Viste, filho do homem?” Depois, fez-me caminhar de volta pela margem do rio. 7Voltando, eu vi junto à margem muitas árvores, de um e de outro lado do rio. 8Então ele me disse: “Estas águas correm para a região oriental, descem para o vale do Jordão, desembocam nas águas salgadas do mar, e elas se tornarão saudáveis. 9Aonde o rio chegar, todos os animais que ali se movem poderão viver. Haverá peixes em quantidade, pois ali desembocam as águas que trazem saúde; e haverá vida aonde chegar o rio. 12Nas margens junto ao rio, de ambos os lados, crescerá toda espécie de árvores frutíferas; suas folhas não murcharão e seus frutos jamais se acabarão: cada mês darão novos frutos, pois as águas que banham as árvores saem do santuário. Seus frutos servirão de alimento e suas folhas serão remédio”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 45(46)
    Conosco está o Senhor do universo! / O nosso refúgio é o Deus de Jacó.

    O Senhor para nós é refúgio e vigor, / sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia; /
    assim não tememos se a terra estremece, / se os montes desabam, caindo nos mares. – R.

    Os braços de um rio vêm trazer alegria / à cidade de Deus, à morada do Altíssimo. /
    Quem a pode abalar? Deus está no seu meio! / Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la. – R.

    Conosco está o Senhor do universo! / O nosso refúgio é o Deus de Jacó! /
    Vinde ver, contemplai os prodígios de Deus / e a obra estupenda que fez no universo. – R.

    João 5,1-16

    1Houve uma festa dos judeus, e Jesus foi a Jerusalém. 2Existe em Jerusalém, perto da porta das Ovelhas, uma piscina com cinco pórticos, chamada Betesda em hebraico. 3Muitos doentes ficavam ali deitados: cegos, coxos e paralíticos. 4De fato, um anjo descia, de vez em quando, e movimentava a água da piscina, e o primeiro doente que aí entrasse, depois do borbulhar da água, ficava curado de qualquer doença que tivesse. 5Aí se encontrava um homem que estava doente havia trinta e oito anos. 6Jesus viu o homem deitado e, sabendo que estava doente há tanto tempo, disse-lhe: “Queres ficar curado?” 7O doente respondeu: “Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina quando a água é agitada. Quando estou chegando, outro entra na minha frente”. 8Jesus disse: “Levanta-te, pega a tua cama e anda”. 9No mesmo instante, o homem ficou curado, pegou a sua cama e começou a andar. Ora, esse dia era um sábado. 10Por isso, os judeus disseram ao homem que tinha sido curado: “É sábado! Não te é permitido carregar tua cama”. 11Ele respondeu-lhes: “Aquele que me curou disse: ‘Pega tua cama e anda’”. 12Então lhe perguntaram: “Quem é que te disse: ‘Pega tua cama e anda’?” 13O homem que tinha sido curado não sabia quem fora, pois Jesus se tinha afastado da multidão que se encontrava naquele lugar. 14Mais tarde, Jesus encontrou o homem no templo e lhe disse: “Eis que estás curado. Não voltes a pecar, para que não te aconteça coisa pior”. 15Então o homem saiu e contou aos judeus que tinha sido Jesus quem o havia curado. 16Por isso, os judeus começaram a perseguir Jesus, porque fazia tais coisas em dia de sábado.

    Palavra da salvação.

    “No mesmo instante, o homem ficou curado”.

    No Evangelho de hoje, o profeta Ezequiel tem a visão de um rio que sai do santuário de Deus e dá vida e saúde ao mundo. O evangelho nos traz a cena de um homem doente há trinta e oito anos que, junto à piscina de Betesda, em Jerusalém, esperava, junto com os outros enfermos, um anjo descer para mover as águas.

    Segundo o evangelista João, após o mover das águas, aqueles que nelas entrassem ficavam curados.

    Esse homem enfermo não conseguia chegar às águas quando elas eram movidas, posto que sempre alguém tomava a sua frente e ninguém o ajudava. Jesus se aproxima desse pobre homem e lhe pergunta se ele deseja ser curado. Ele responde que sim. Jesus diz: “Levanta-te, pega a tua cama e anda”. No mesmo instante, ele fica
    curado e começa a andar”. Todas as outras pessoas que foram curadas naquela piscina foram abençoadas, mas o paralítico que se destaca nessa passagem recebeu a bênção maior de todas, pois, além da cura física, ele encontrou o próprio Cristo, o Senhor daquelas “águas que curam”.

    Que possamos aprender que, muito mais importante do que receber curas e bênçãos materiais, é acolher Jesus Cristo em nossa vida, Aquele que nos fez e que é capaz de curar não apenas nossos corpos, mas também de dar saúde e salvação às nossas almas.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 4ª-feira da 4ª Sem. da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Isaías 49,8-15

    8Isto diz o Senhor: “Eu atendo teus pedidos com favores e te ajudo na obra de salvação; preservei-te para seres elo de aliança entre os povos, para restaurar a terra, para distribuir a herança dispersa; 9para dizer aos que estão presos: ‘Saí!’ e aos que estão nas trevas: ‘Mostrai-vos’. E todos se alimentam pelas estradas e até nas colinas estéreis se abastecem; 10não sentem fome nem sede, não os castiga nem o calor nem o sol, porque o seu protetor toma conta deles e os conduz às fontes de água. 11Farei de todos os montes uma estrada e os meus caminhos serão nivelados. 12Eis que estão vindo de longe, uns chegam do norte e do lado do mar, e outros, da terra de Sinim. 13Louvai, ó céus, alegra-te, terra; montanhas, fazei ressoar o louvor, porque o Senhor consola o seu povo e se compadece dos pobres. 14Disse Sião: ‘O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-se de mim!’ 15Acaso pode a mulher esquecer-se do filho pequeno, a ponto de não ter pena do fruto de seu ventre? Se ela se esquecer, eu, porém, não me esquecerei de ti”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 144(145)
    Misericórdia e piedade é o Senhor.

    Misericórdia e piedade é o Senhor, / ele é amor, é paciência, é compaixão. /
    O Senhor é muito bom para com todos, / sua ternura abraça toda criatura. – R.

    O Senhor é amor fiel em sua palavra, / é santidade em toda obra que ele faz. /
    Ele sustenta todo aquele que vacila / e levanta todo aquele que tombou. – R.

    É justo o Senhor em seus caminhos, / é santo em toda obra que ele faz. /
    Ele está perto da pessoa que o invoca, / de todo aquele que o invoca lealmente. – R.

    João 5,17-30

    Naquele tempo, 17Jesus respondeu aos judeus: “Meu Pai trabalha sempre, portanto também eu trabalho”. 18Então, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque, além de violar o sábado, chamava Deus o seu Pai, fazendo-se, assim, igual a Deus. 19Tomando a palavra, Jesus disse aos judeus: “Em verdade, em verdade vos digo, o Filho não pode fazer nada por si mesmo; ele faz apenas o que vê o Pai fazer. O que o Pai faz, o Filho o faz também. 20O Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que ele mesmo faz. E lhe mostrará obras maiores ainda, de modo que ficareis admirados. 21Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem ele quer. 22De fato, o Pai não julga ninguém, mas ele deu ao Filho o poder de julgar, 23para que todos honrem o Filho assim como honram o Pai. Quem não honra o Filho também não honra o Pai, que o enviou. 24Em verdade, em verdade vos digo, quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou possui a vida eterna. Não será condenado, pois já passou da morte para a vida. 25Em verdade, em verdade, eu vos digo, está chegando a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem viverão. 26Porque, assim como o Pai possui a vida em si mesmo, do mesmo modo concedeu ao Filho possuir a vida em si mesmo. 27Além disso, deu-lhe o poder de julgar, pois ele é o Filho do homem. 28Não fiqueis admirados com isso, porque vai chegar a hora em que todos os que estão nos túmulos ouvirão a voz do Filho e sairão: 29aqueles que fizeram o bem ressuscitarão para a vida; e aqueles que praticaram o mal, para a condenação. 30Eu não posso fazer nada por mim mesmo. Eu julgo conforme o que escuto, e meu julgamento é justo, porque não procuro fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”.

    Palavra da salvação.

    “Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem Ele quer”.

    No Evangelho de hoje, os judeus desejam matar Jesus, não só acusando-o de violar o sábado, mas também de igualar-se ao Pai. Isso ocorre por Ele ter dito que o Pai trabalha sempre e, por isso, Ele (Jesus) também trabalha.

    Sabemos que as Sagradas Escrituras dizem que no sétimo dia da semana Deus descansou. No entanto, não devemos pensar que esse descanso de Deus é um tipo de abandono ou de esquecimento d’Ele em relação a toda a criação, deixando de lado suas criaturas, esquecendo-se de seus filhos a fim de nada fazer nesse dia em favor
    deles. Deus é aquele que sustenta a vida, por isso, é impossível que Ele descanse no sentido de passar a dormir, fazendo absolutamente nada em um determinado dia.

    Muito mais do que Aquele que faz, Deus é Aquele que é. Deus não apenas ama, mas é amor; não apenas dá a vida aos seres, mas é a vida que sustenta todo ser; não somente faz o bem, mas é o Sumo Bem. E o Filho de Deus, sendo Um Só com o Pai, realiza as mesmas obras do Pai, que consistem todas nesta: chamar da morte para a vida. Ele sempre trabalha em favor de seus filhos e de sua criatura, assim como o Pai também trabalha sempre.

    Que possamos escutar as palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo confiantes de que escutamos não somente um grande homem, um grande profeta, um grande filósofo ou apenas “um espírito evoluído”, pois quem a Cristo escuta está escutando o próprio Deus. Sim! Esta é a nossa fé católica: Jesus Cristo é Deus, Um Só Deus com o Pai e o Espírito Santo.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 5ª-feira da 4ª Sem. da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Êxodo 32,7-14

    Naqueles dias, 7o Senhor falou a Moisés: “Vai, desce, pois corrompeu-se o teu povo, que tiraste da terra do Egito. 8Bem depressa desviaram-se do caminho que lhes prescrevi. Fizeram para si um bezerro de metal fundido, inclinaram-se em adoração diante dele e ofereceram-lhe sacrifícios, dizendo: ‘Estes são os teus deuses, Israel, que te fizeram sair do Egito!’” 9E o Senhor disse ainda a Moisés: “Vejo que este é um povo de cabeça dura. 10Deixa que minha cólera se inflame contra eles e que eu os extermine. Mas de ti farei uma grande nação”. 11Moisés, porém, suplicava ao Senhor seu Deus, dizendo: “Por que, ó Senhor, se inflama a tua cólera contra o teu povo, que fizeste sair do Egito com grande poder e mão forte? 12Não permitas, te peço, que os egípcios digam: ‘Foi com má intenção que ele os tirou, para fazê-los perecer nas montanhas e exterminá-los da face da terra’. Aplaque-se a tua ira e perdoa a iniquidade do teu povo. 13Lembra-te de teus servos Abraão, Isaac e Israel, com os quais te comprometeste por juramento, dizendo: ‘Tornarei os vossos descendentes tão numerosos como as estrelas do céu; e toda esta terra de que vos falei, eu a darei aos vossos descendentes como herança para sempre’”. 14E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer ao seu povo.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 105(106)
    Lembrai-vos de nós, ó Senhor, / segundo o amor para com vosso povo!

    Construíram um bezerro no Horeb / e adoraram uma estátua de metal; /
    eles trocaram o seu Deus, que é sua glória, / pela imagem de um boi que come feno. – R.

    Esqueceram-se do Deus que os salvara, / que fizera maravilhas no Egito; /
    no país de Cam fez tantas obras admiráveis, / no mar Vermelho, tantas coisas assombrosas. – R.

    Até pensava em acabar com sua raça, / não se tivesse Moisés, o seu eleito, /
    interposto, intercedendo junto a ele, / para impedir que sua ira os destruísse. – R.

    João 5,31-47

    Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: 31“Se eu der testemunho de mim mesmo, meu testemunho não vale. 32Mas há um outro que dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro. 33Vós mandastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade. 34Eu, porém, não dependo do testemunho de um ser humano. Mas falo assim para a vossa salvação. 35João era uma lâmpada que estava acesa e a brilhar, e vós com prazer vos alegrastes por um tempo com a sua luz. 36Mas eu tenho um testemunho maior que o de João: as obras que o Pai me concedeu realizar. As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou. 37E também o Pai que me enviou dá testemunho a meu favor. Vós nunca ouvistes sua voz nem vistes sua face, 38e sua palavra não encontrou morada em vós, pois não acreditais naquele que ele enviou. 39Vós examinais as Escrituras, pensando que nelas possuís a vida eterna. No entanto, as Escrituras dão testemunho de mim, 40mas não quereis vir a mim para ter a vida eterna! 41Eu não recebo a glória que vem dos homens. 42Mas eu sei que não tendes em vós o amor de Deus. 43Eu vim em nome do meu Pai, e vós não me recebeis. Mas, se um outro viesse em seu próprio nome, a este vós o receberíeis. 44Como podereis acreditar, vós que recebeis glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do único Deus? 45Não penseis que eu vos acusarei diante do Pai. Há alguém que vos acusa: Moisés, no qual colocais a vossa esperança. 46Se acreditásseis em Moisés, também acreditaríeis em mim, pois foi a respeito de mim que ele escreveu. 47Mas se não acreditais nos seus escritos, como acreditareis então nas minhas palavras?”

    Palavra da salvação.

    “Há alguém que vos acusa: Moisés, no qual colocais a vossa esperança”.

    Hoje, a liturgia da Palavra nos fala sobre a dureza de coração do povo de Israel.

    No passado, rejeitando Moisés, Israel adora um falso deus. No Novo Testamento, rejeitando Jesus Cristo, Israel rejeita o testemunho de Deus a respeito d’Ele, preferindo à glória dos homens a glória de Deus. Em ambos os casos ocorre a prática da idolatria, o que nos mostra que ela (a idolatria) NÃO consiste em meramente ter uma imagem feita desse ou daquele material, mas sim em colocar algo ou alguém acima de Deus ou no lugar d’Ele, seja uma imagem, chamando ela mesma de “Deus”, seja outra coisa como o dinheiro, o status, os bens materiais, o próprio eu, a própria imagem, a segurança, etc. E o que o evangelho de hoje diz? Ele diz que os judeus do tempo de Jesus, em vez de buscarem a glória de Deus, buscavam a glória uns dos outros.

    Em nossos dias, a idolatria ocorre de maneira bem mais sutil e bem mais parecida com a que vemos nos tempos de Jesus: adoramos nossa imagem na frente do espelho, postamos uma foto no Instagram e esperamos curtidas e venerações.

    Esperamos louvores uns dos outros ou então queremos estar muitas vezes no centro das atenções ou no palco a fim de sermos queridos e aplaudidos. Peçamos a Graça de Deus para vencermos em nós o culto de si próprio em detrimento da grandeza humilde de nosso Deus.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 6ª-feira da 4ª Semana da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Sabedoria 2,1.12-22

    1Dizem entre si os ímpios, em seus falsos raciocínios: 12“Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da lei e nos reprova as faltas contra a nossa disciplina. 13Ele declara possuir o conhecimento de Deus e chama-se ‘filho de Deus’. 14Tornou-se uma censura aos nossos pensamentos, e só o vê-lo nos é insuportável; 15sua vida é muito diferente da dos outros e seus caminhos são imutáveis. 16Somos comparados por ele a moeda falsa, e foge de nossos caminhos como de impurezas; proclama feliz a sorte final dos justos e gloria-se de ter a Deus por pai. 17Vejamos, pois, se é verdade o que ele diz e comprovemos o que vai acontecer com ele. 18Se, de fato, o justo é ‘filho de Deus’, Deus o defenderá e o livrará das mãos dos seus inimigos. 19Vamos pô-lo à prova com ofensas e torturas, para ver a sua serenidade e provar a sua paciência; 20vamos condená-lo a morte vergonhosa, porque, de acordo com suas palavras, virá alguém em seu socorro”. 21Tais são os pensamentos dos ímpios, mas enganam-se; pois a malícia os torna cegos, 22não conhecem os segredos de Deus, não esperam recompensa para a santidade e não dão valor ao prêmio reservado às vidas puras.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 33(34)
    Do coração atribulado está perto o Senhor.

    O Senhor volta a sua face contra os maus, / para da terra apagar sua lembrança. /
    Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta / e de todas as angústias os liberta. – R.

    Do coração atribulado ele está perto / e conforta os de espírito abatido. /
    Muitos males se abatem sobre os justos, / mas o Senhor de todos eles os liberta. – R.

    Mesmo os seus ossos, ele os guarda e os protege, / e nenhum deles haverá de se quebrar. /
    Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos, / e castigado não será quem nele espera. – R.

    João 7,1-2.10.25-30

    Naquele tempo, 1Jesus andava percorrendo a Galileia. Evitava andar pela Judeia, porque os judeus procuravam matá-lo. 2Entretanto, aproximava-se a festa judaica das Tendas. 10Quando seus irmãos já tinham subido, então também ele subiu para a festa, não publicamente, mas sim como que às escondidas. 25Alguns habitantes de Jerusalém disseram então: “Não é este a quem procuram matar? 26Eis que fala em público e nada lhe dizem. Será que, na verdade, as autoridades reconheceram que ele é o Messias? 27Mas este nós sabemos donde é. O Cristo, quando vier, ninguém saberá donde ele é”. 28Em alta voz, Jesus ensinava no templo, dizendo: “Vós me conheceis e sabeis de onde sou; eu não vim por mim mesmo, mas o que me enviou é fidedigno. A esse, não o conheceis, 29mas eu o conheço, porque venho da parte dele, e ele foi quem me enviou”. 30Então, queriam prendê-lo, mas ninguém pôs a mão nele, porque ainda não tinha chegado a sua hora.

    Palavra da salvação.

    “Queriam prendê-lo, mas ainda não tinha chegado a sua hora”

    A Liturgia de hoje nos mostra como os ímpios, os homens maus, tramam contra a vida do Justo. A Palavra de Deus, desse modo, quer encorajar-nos para que andemos pelo caminho da retidão, mostrando que o caminho da perversidade, da mentira, da duplicidade de caráter deve ser rejeitado por nós, posto que é caminho de autodestruição e de morte, ainda que, por algum tempo, possamos tirar dele alguma vantagem.

    No Antigo Testamento, os ímpios procuram matar os justos, isto é, os que fazem o bem, os que andam conforme a Lei do Senhor. No Novo Testamento, isto é, nos dias de Jesus, eles vão além: procuram matar não apenas os justos, mas a própria Justiça, não apenas os que fazem o bem, mas o próprio bem, não apenas os que andam conforme a Lei do Senhor, mas o próprio Senhor em nome de Sua Lei.

    Hoje em dia não é tão diferente. Quantas vezes alguns de nós reprovam ou veem com maus olhos uma pessoa que só está procurando fazer o bem? Quantas vezes rotulamos um amigo de “bobo” porque ele se esforça para ser bom? Quantas vezes rotulamos um irmão de “doido” porque não compreendemos o seu desejo de entregar-se inteiramente a Deus, abrindo mão de vantagens que ele poderia obter neste mundo? Quantos santos antigos e mais atuais foram alvo de incompreensões e de perseguições, precisamente porque estavam sendo fiéis a Deus e à vocação que d’Ele receberam? Por isso, rogamos a Deus que nos faça estar livres e abertos à graça santificante do Cristo Salvador para sermos em tudo instrumentos do seu Amor e da sua bondade. Pense nisso!

    Reflexão dos Noviços da Província

  • Sábado da 4ª Semana da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Jeremias 11,18-20

    18Senhor, avisaste-me e eu entendi; fizeste-me saber as intrigas deles. 19Eu era como manso cordeiro levado ao sacrifício e não sabia que tramavam contra mim: “Vamos cortar a árvore em toda a sua força, eliminá-lo do mundo dos vivos, para seu nome não ser mais lembrado”. 20E tu, Senhor dos exércitos, que julgas com justiça e perscrutas os afetos do coração, concede que eu veja a vingança que tomarás contra eles, pois eu te confiei a minha causa.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    S 7
    Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio.

    Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio: / vinde salvar-me do inimigo, libertai-me! /
    Não aconteça que agarrem minha vida, † como um leão que despedaça a sua presa, /
    sem que ninguém venha salvar-me e libertar-me! – R.

    Julgai-me, Senhor Deus, como eu mereço / e segundo a inocência que há em mim! /
    Ponde um fim à iniquidade dos perversos † e confirmai o vosso justo, ó Deus-justiça, /
    vós que sondais os nossos rins e corações. – R.

    O Deus vivo é um escudo protetor / e salva aqueles que têm reto coração. /
    Deus é juiz, e ele julga com justiça, / mas é um Deus que ameaça cada dia. – R.

    João 7,40-53

    Naquele tempo, 40ao ouvirem as palavras de Jesus, algumas pessoas da multidão diziam: “Este é, verdadeiramente, o Profeta”. 41Outros diziam: “Ele é o Messias”. Mas alguns objetavam: “Porventura o Messias virá da Galileia? 42Não diz a Escritura que o Messias será da descendência de Davi e virá de Belém, povoado de onde era Davi?” 43Assim, houve divisão no meio do povo por causa de Jesus. 44Alguns queriam prendê-lo, mas ninguém pôs as mãos nele. 45Então, os guardas do templo voltaram para os sumos sacerdotes e os fariseus, e estes lhes perguntaram: “Por que não o trouxestes?” 46Os guardas responderam: “Ninguém jamais falou como este homem”. 47Então, os fariseus disseram-lhes: “Também vós vos deixastes enganar? 48Por acaso algum dos chefes ou dos fariseus acreditou nele? 49Mas essa gente que não conhece a Lei é maldita!” 50Nicodemos, porém, um dos fariseus, aquele que se tinha encontrado com Jesus anteriormente, disse: 51“Será que a nossa Lei julga alguém antes de o ouvir e saber o que ele fez?” 52Eles responderam: “Também tu és galileu, porventura? Vai estudar e verás que da Galileia não surge profeta”. 53E cada um voltou para sua casa.

    Palavra da salvação.

    “Porventura o messias virá da Galileia? ”.

    No Evangelho de hoje, o testemunho de Jesus tornou-se um ponto de discussão e discórdia no meio do povo. Enquanto uns reconheciam Jesus como Messias e profeta, outros questionavam se o profeta poderia vir da Galileia, pois esperavam alguém da descendência de Davi. Como eles não o conheciam, discutiam e falavam sobre Ele, mas não tinham a capacidade de escutar Jesus e perguntar-lhe de onde vinha. Somente o criticavam e buscavam meios para prendê-lo e matá-lo. Talvez na atualidade, não buscamos escutar as pessoas e as julgamos como Jesus foi julgado. Vemos o exemplo dos guardas que os fariseus mandaram para prender Jesus que voltaram dizendo: “Ninguém jamais falou como este homem”. Eles tiveram a paciência de escutar e de conhecer Jesus, assim devemos ser: escutar e compreender as pessoas antes de sair falando sobre elas. Também temos o exemplo de questionamento de Nicodemos, que era do grupo dos fariseus, que também questionou dizendo: “Será que a nossa Lei julga alguém antes de ouvir e saber o que ele fez? ”. Nicodemos começou a intuir algo de diferente em Jesus, e foi capaz de questionar os companheiros. Que possamos seguir o exemplo de Nicodemos de ouvir e saber o que as pessoas fizeram antes de as julgarmos.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 5º Domingo da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo
    • Segunda Leitura
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Jeremias 31,31-34

    31“Eis que virão dias, diz o Senhor, em que concluirei com a casa de Israel e a casa de Judá uma nova aliança; 32não como a aliança que fiz com seus pais, quando os tomei pela mão para retirá-los da terra do Egito, e que eles a violaram, mas eu fiz valer a força sobre eles, diz o Senhor. 33Esta será a aliança que concluirei com a casa de Israel, depois desses dias, diz o Senhor: imprimirei minha lei em suas entranhas e hei de inscrevê-la em seu coração; serei seu Deus e eles serão meu povo. 34Não será mais necessário ensinar seu próximo ou seu irmão, dizendo: ‘Conhece o Senhor!’ Todos me reconhecerão, do menor ao maior deles, diz o Senhor, pois perdoarei sua maldade e não mais lembrarei o seu pecado.”

    Palavra do Senhor.


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    Sl 50(51)
    Criai em mim um coração que seja puro.

    Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! / Na imensidão de vosso amor, purificai-me! /
    Lavai-me todo inteiro do pecado / e apagai completamente a minha culpa! – R.

    Criai em mim um coração que seja puro, / dai-me de novo um espírito decidido. /
    Ó Senhor, não me afasteis de vossa face / nem retireis de mim o vosso Santo Espírito! – R.

    Dai-me de novo a alegria de ser salvo / e confirmai-me com espírito generoso! /
    Ensinarei vosso caminho aos pecadores, / e para vós se voltarão os transviados. – R.

    Hebreus 5,7-9

    7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

    Palavra do Senhor.

    João 12,20-33

    Naquele tempo, 20havia alguns gregos entre os que tinham subido a Jerusalém para adorar durante a festa. 21Aproximaram-se de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e disseram: “Senhor, gostaríamos de ver Jesus”. 22Filipe combinou com André, e os dois foram falar com Jesus. 23Jesus respondeu-lhes: “Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado. 24Em verdade, em verdade vos digo, se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas, se morre, então produz muito fruto. 25Quem se apega à sua vida perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna. 26Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará. 27Agora, sinto-me angustiado. E que direi? ‘Pai, livra-me desta hora’? Mas foi precisamente para esta hora que eu vim. 28Pai, glorifica o teu nome!” Então, veio uma voz do céu: “Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo!” 29A multidão que aí estava e ouviu, dizia que tinha sido um trovão. Outros afirmavam: “Foi um anjo que falou com ele”. 30Jesus respondeu e disse: “Essa voz que ouvistes não foi por causa de mim, mas por causa de vós. 31É agora o julgamento deste mundo. Agora o chefe deste mundo vai ser expulso, 32e eu, quando for elevado da terra, atrairei todos a mim”. 33Jesus falava assim para indicar de que morte iria morrer.

    Palavra da salvação.

    “Se o grão de trigo cair na terra e morrer, produzirá muitos frutos”.

    Paz e Bem! Vivenciamos hoje o 5º Domingo da Quaresma. Neste dia, Cristo se revela como grão de trigo que morre e produz muitos frutos. É pela identificação com Jesus e seu sacrifício que aceitamos a cruz em nossa vida, como caminho indispensável para verdadeira salvação e alegria.

    O Evangelho deste domingo nos mostra também a vontade dos gregos de verem Jesus. Os gregos, neste Evangelho, representam todos nós que desejamos ver a Cristo. Eles queriam ver Jesus com profundidade espiritual, não apenas por uma visão física e superficial. Assim como eles, nós também temos vontade de tocar e de estar com o sagrado que é Jesus, e Ele nos ensina que é preciso morrer como o grão de trigo para produzir muitos frutos. A partir destas palavras entendemos as palavras de Jesus: “Quem viver preocupado com sua vida, a perderá, mas quem não se apega a ela demais há de conservá-la para a vida eterna”. Portanto se alguém deseja seguir a Jesus para conservar a sua vida eternamente, deve fazer-se como um grão de trigo plantado na terra!

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 2ª-feira da 5ª Semana da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Daniel 13,1-9.15-17.19-30.33-62 ou 41-62

    [A forma breve está entre colchetes.] [Naqueles dias,] 1na Babilônia vivia um homem chamado Joaquim. 2Estava casado com uma mulher chamada Susana, filha de Helcias, que era muito bonita e temente a Deus. 3Também os pais dela eram pessoas justas e tinham educado a filha de acordo com a Lei de Moisés. 4Joaquim era muito rico e possuía um pomar junto à sua casa. Muitos judeus costumavam visitá-lo, pois era o mais respeitado de todos. 5Ora, naquele ano, tinham sido nomeados juízes dois anciãos do povo, a respeito dos quais o Senhor havia dito: “Da Babilônia brotou a maldade de anciãos-juízes, que passavam por condutores do povo”. 6Eles frequentavam a casa de Joaquim, e todos os que tinham alguma questão se dirigiam a eles. 7Ora, pelo meio-dia, quando o povo se dispersava, Susana costumava entrar e passear no pomar de seu marido. 8Os dois anciãos viam-na todos os dias entrar e passear e acabaram por se apaixonar por ela. 9Ficaram desnorteados, a ponto de desviarem os olhos para não olharem para o céu, e se esqueceram dos seus justos julgamentos. 15Assim, enquanto os dois estavam à espera de uma ocasião favorável, certo dia, Susana entrou no pomar como de costume, acompanhada apenas por duas empregadas. E sentiu vontade de tomar banho, por causa do calor. 16Não havia ali ninguém, exceto os dois velhos, que estavam escondidos e a espreitavam. 17Então ela disse às empregadas: “Por favor, ide buscar-me óleo e perfumes e trancai as portas do pomar, para que eu possa tomar banho”. 19Apenas as empregadas tinham saído, os dois velhos levantaram-se e correram para Susana, dizendo: 20“Olha, as portas do pomar estão trancadas e ninguém nos está vendo. Estamos apaixonados por ti: concorda conosco e entrega-te a nós! 21Caso contrário, deporemos contra ti que um moço esteve aqui e que foi por isso que mandaste embora as empregadas”. 22Gemeu Susana, dizendo: “Estou cercada de todos os lados! Se eu fizer isso, espera-me a morte; e, se não o fizer, também não escaparei das vossas mãos; 23mas é melhor para mim, não o fazendo, cair nas vossas mãos do que pecar diante do Senhor!” 24Então, ela pôs-se a gritar em alta voz, mas também os dois velhos gritaram contra ela. 25Um deles correu para as portas do pomar e as abriu. 26As pessoas da casa ouviram a gritaria no pomar e precipitaram-se pela porta do fundo, para ver o que estava acontecendo. 27Quando os velhos apresentaram sua versão dos fatos, os empregados ficaram muito constrangidos, porque jamais se dissera coisa semelhante a respeito de Susana. 28No dia seguinte, o povo veio reunir-se em casa de Joaquim, seu marido. Os dois anciãos vieram também, com a intenção criminosa de conseguir sua condenação à morte. Por isso, assim falaram ao povo reunido: 29“Mandai chamar Susana, filha de Helcias, mulher de Joaquim!” E foram chamá-la. 30Ela compareceu em companhia dos pais, dos filhos e de todos os seus parentes. 33Os que estavam com ela e todos os que a viam, choravam. 34Os dois velhos levantaram-se no meio do povo e puseram as mãos sobre a cabeça de Susana. 35Ela, entre lágrimas, olhou para o céu, pois seu coração tinha confiança no Senhor. 36Entretanto, os dois anciãos deram este depoimento: “Enquanto estávamos passeando a sós no pomar, esta mulher entrou com duas empregadas. Depois, fechou as portas do pomar e mandou as servas embora. 37Então, veio ter com ela um moço, que estava escondido, e com ela se deitou. 38Nós, que estávamos num canto do pomar, vimos essa infâmia. Corremos para eles e os surpreendemos juntos. 39Quanto ao jovem, não conseguimos agarrá-lo, porque era mais forte do que nós e, abrindo as portas, fugiu. 40A ela, porém, agarramos e perguntamos quem era aquele moço. Ela, porém, não quis dizer. Disso nós somos testemunhas”. [41A assembleia acreditou neles, pois eram anciãos do povo e juízes. E condenaram Susana à morte. 42Susana, porém, chorando, disse em voz alta: “Ó Deus eterno, que conheces as coisas escondidas e sabes tudo de antemão, antes que aconteça! 43Tu sabes que é falso o testemunho que levantaram contra mim! Estou condenada a morrer, quando nada fiz do que estes maldosamente inventaram a meu respeito!” 44O Senhor escutou sua voz. 45Enquanto a levavam para a execução, Deus excitou o santo espírito de um adolescente de nome Daniel. 46E ele clamou em alta voz: “Sou inocente do sangue dessa mulher!” 47Todo o povo, então, voltou-se para ele e perguntou: “Que palavra é essa que acabas de dizer?” 48De pé, no meio deles, Daniel respondeu: “Sois tão insensatos, filhos de Israel? Sem julgamento e sem conhecimento da causa verdadeira, vós condenais uma filha de Israel? 49Voltai a repetir o julgamento, pois é falso o testemunho que levantaram contra ela!” 50Todo o povo voltou apressadamente, e outros anciãos disseram ao jovem: “Senta-te no meio de nós e dá-nos o teu parecer, pois Deus te deu a honra da velhice”. 51Falou então Daniel: “Mantende os dois separados, longe um do outro, e eu os julgarei”. 52Tendo sido separados, Daniel chamou um deles e lhe disse: “Velho encarquilhado no mal! Agora aparecem os pecados que estavas habituado a praticar. 53Fazias julgamentos injustos, condenando inocentes e absolvendo culpados, quando o Senhor ordena: ‘Tu não farás morrer o inocente e o justo!’ 54Pois bem, se é que viste, dize-me à sombra de que árvore os viste abraçados?” Ele respondeu: “À sombra de uma aroeira”. 55Daniel replicou: “Mentiste com perfeição contra a tua própria cabeça. Por isso o anjo de Deus, tendo recebido já a sentença divina, vai rachar-te pelo meio!” 56Mandando sair este, ordenou que trouxessem o outro: “Raça de Canaã e não de Judá, a beleza fascinou-te e a paixão perverteu o teu coração. 57Era assim que procedíeis com as filhas de Israel, e elas, por medo, sujeitavam-se a vós. Mas uma filha de Judá não se submeteu a essa iniquidade. 58Agora, pois, dize-me debaixo de que árvore os surpreendeste juntos?” Ele respondeu: “Debaixo de uma azinheira”. 59Daniel retrucou: “Também tu mentiste com perfeição contra a tua própria cabeça. Por isso o anjo de Deus já está à espera, com a espada na mão, para cortar-te ao meio e para te exterminar!” 60Toda a assistência pôs-se a gritar com força, bendizendo a Deus, que salva os que nele esperam. 61E voltaram-se contra os dois velhos, pois Daniel os tinha convencido, por suas próprias palavras, de que eram falsas testemunhas. E, agindo segundo a Lei de Moisés, fizeram com eles aquilo que haviam tramado perversamente contra o próximo. 62E assim os mataram, enquanto, naquele dia, era salva uma vida inocente.]

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 22(23)
    Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, / nenhum mal eu temerei, estais comigo.

    O Senhor é o pastor que me conduz; / não me falta coisa alguma. /
    Pelos prados e campinas verdejantes, / ele me leva a descansar. /
    Para as águas repousantes me encaminha / e restaura as minhas forças. – R.

    Ele me guia no caminho mais seguro, / pela honra do seu nome. /
    Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, / nenhum mal eu temerei. /
    Estais comigo com bastão e com cajado, / eles me dão a segurança! – R.

    Preparais à minha frente uma mesa, / bem à vista do inimigo; /
    com óleo vós ungis minha cabeça, / e o meu cálice transborda. – R.

    Felicidade e todo bem hão de seguir-me / por toda a minha vida; /
    e na casa do Senhor habitarei / pelos tempos infinitos. – R.

    João 8,1-11

    Naquele tempo, 1Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2De madrugada, voltou de novo ao templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. 3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, 4disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. 5Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?” 6Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. 8E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. 9E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho com a mulher, que estava lá, no meio, em pé. 10Então Jesus se levantou e disse: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” 11Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu também não te condeno. Podes ir e, de agora em diante, não peques mais”.

    Palavra da salvação.

    “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra ”.

    Como lhes faltavam argumentos para condenar Jesus, os inimigos buscavam todos os meios para acusá-lo. Percebendo a malícia deles, eram sistematicamente desmascarados pelo filho de Deus.

    O episódio da mulher flagrada em adultério deu-lhes a chance de preparar uma armadilha.

    Se Jesus justificasse a atitude da mulher, estaria contradizendo a Lei que os escribas e fariseus tão bem conheciam: “Moisés, na lei, mandou apedrejar tais mulheres. ” Se exigisse a aplicação da lei de Moisés, teriam uma brecha para suspeitar da “Santidade” de Jesus. A atitude de Jesus os coloca em um beco sem saída. “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra. ” E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos. Se eram tão mais pecadores que a mulher, por que se achavam juízes dela? Que cuidassem de colocar suas vidas em ordem, antes de dar palpite sobre a vida alheia. Jesus usou de misericórdia para com aquela mulher. Misericórdia é o atributo excelente de Deus, que leva Jesus a usar o santíssimo remédio que apenas Ele pode administrar para cura e salvação eterna, do corpo e da alma.

    Misericórdia é o princípio bíblico que aponta para o perdão divino, misericórdia. É a virtude divina que o Senhor espera e deseja que todos, como irmãos, tenhamos uns para com os outros!

    Reflexão dos Noviços da Província

  • São José

    • Primeira Leitura
    • Salmo
    • Segunda Leitura
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    2 Samuel 7,4-5.12-14.16

    Naqueles dias, 4a palavra do Senhor foi dirigida a Natã nestes termos: 5“Vai dizer ao meu servo Davi: ‘Assim fala o Senhor: 12Quando chegar o fim dos teus dias e repousares com teus pais, então suscitarei, depois de ti, um filho teu e confirmarei a sua realeza. 13Será ele que construirá uma casa para o meu nome, e eu firmarei para sempre o seu trono real. 14Eu serei para ele um pai, e ele será para mim um filho. 16Tua casa e teu reino serão estáveis para sempre diante de mim, e teu trono será firme para sempre’”.
    Palavra do Senhor.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 88(89)
    Eis que a sua descendência durará eternamente.

    Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, / de geração em geração eu cantarei vossa verdade! /
    Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!” / E a vossa lealdade é tão firme como os céus. – R.

    “Eu firmei uma aliança com meu servo, meu eleito, / e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor. /
    Para sempre, no teu trono, firmarei tua linhagem, / de geração em geração garantirei o teu reinado! – R.

    Ele, então, me invocará: ‘Ó Senhor, vós sois meu Pai, / sois meu Deus, sois meu rochedo onde encontro a salvação!’ /
    Guardarei eternamente para ele a minha graça / e com ele firmarei minha aliança indissolúvel.” – R.

    Romanos 4,13.16-18.22

    Irmãos, 13não foi por causa da Lei, mas por causa da justiça que vem da fé, que Deus prometeu o mundo como herança a Abraão ou à sua descendência. 16É em virtude da fé que alguém se torna herdeiro. Logo, a condição de herdeiro é uma graça, um dom gratuito, e a promessa de Deus continua valendo para toda a descendência de Abraão, tanto para a descendência que se apega à Lei quanto para a que se apoia somente na fé de Abraão, que é o pai de todos nós. 17Pois está escrito: “Eu fiz de ti pai de muitos povos”. Ele é pai diante de Deus porque creu em Deus, que vivifica os mortos e faz existir o que antes não existia. 18Contra toda a humana esperança, ele firmou-se na esperança e na fé. Assim, tornou-se pai de muitos povos, conforme lhe fora dito: “Assim será a tua posteridade”. 22Esta sua atitude de fé lhe foi creditada como justiça.

    Palavra do Senhor.

    Mateus 1,16.18-21.24

    16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe em sonho e lhe disse: “José, filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. 24Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado. 2

    Palavra da salvação.

    “José fez conforme o anjo do senhor havia mandado”.

    Paz e Bem! “Não tenhas medo! ” Estas são as palavras que o Senhor dirige a José e também a cada um de nós em particular, especialmente nos momentos de incompreensão e incerteza. Devemos depositar nossa confiança em Deus e ter paciência, pois o Senhor, há de revelar as suas ações, aos mansos e puros de coração, que confiam e esperam em Deus.
    Outro forte aspecto, deste Evangelho, é o exemplo do amor de José para com Maria, um amor que não é possessivo, mas é um amor justo e verdadeiro, porque mesmo em uma situação delicada, ele pensou na vida de Maria e não apenas a viu como um objeto a qual lhe pertencia. José viu na mãe do filho de Deus uma pessoa a quem ele amava, por isso, ao invés de denunciá-la age com misericórdia, poupando assim não somente a vida dela, mas a do nosso Redentor Jesus Cristo.
    Que neste dia da solenidade de São José, saibamos confiar nas ações do Espírito Santo e seu santo modo de operar. Que possamos também, a exemplo de São José, amar sem dominar, sem ter as pessoas como posse, mas com Sim, amar com compaixão, afetuosidade e respeito, colocando-se no lugar do outro.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 4ª-feira da 5ª Semana da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Daniel 3,14-20.24.49.91-92.95

    Naqueles dias, 14o rei Nabucodonosor tomou a palavra e disse: “É verdade, Sidrac, Misac e Abdênago, que não prestais culto a meus deuses e não adorais a estátua de ouro que mandei erguer? 15E agora, quando ouvirdes tocar trombeta, flauta, cítara, harpa, saltério e gaitas, e toda espécie de instrumentos, estais prontos a prostrar-vos e adorar a estátua que mandei fazer? Mas, se não fizerdes adoração, no mesmo instante sereis atirados na fornalha de fogo ardente; e qual é o deus que poderá libertar-vos de minhas mãos?” 16Sidrac, Misac e Abdênago responderam ao rei Nabucodonosor: “Não há necessidade de te respondermos sobre isso; 17se o nosso Deus, a quem rendemos culto, pode livrar-nos da fornalha de fogo ardente, ele também poderá libertar-nos de tuas mãos, ó rei. 18Mas, se ele não quiser libertar-nos, fica sabendo, ó rei, que nós não prestaremos culto a teus deuses, tampouco adoraremos a estátua de ouro que mandaste fazer”. 19A essas palavras, Nabucodonosor encheu-se de cólera contra Sidrac, Misac e Abdênago, a ponto de se alterar a expressão do rosto; deu ordem para acender a fornalha com sete vezes mais fogo que de costume 20e encarregou os soldados mais fortes do exército para amarrarem Sidrac, Misac e Abdênago e os lançarem na fornalha de fogo ardente. 24Os três jovens andavam de cá para lá no meio das chamas, entoando hinos a Deus e bendizendo ao Senhor. 49Mas o anjo do Senhor tinha descido simultaneamente na fornalha para junto de Azarias e seus companheiros. 91O rei Nabucodonosor, tomado de pasmo, levantou-se apressadamente e perguntou a seus ministros: “Porventura, não lançamos três homens bem amarrados no meio do fogo?” Responderam ao rei: “É verdade, ó rei”. 92Disse este: “Mas eu estou vendo quatro homens andando livremente no meio do fogo, sem sofrerem nenhum mal, e o aspecto do quarto homem é semelhante ao de um filho de Deus”. 95Exclamou Nabucodonosor: “Bendito seja o Deus de Sidrac, Misac e Abdênago, que enviou seu anjo e libertou seus servos, que puseram nele sua confiança e transgrediram o decreto do rei, preferindo entregar suas vidas a servir e adorar qualquer outro deus que não fosse o seu Deus”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl Dn 3
    A vós louvor, honra e glória eternamente!

    Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais. / A vós louvor, honra e glória eternamente! /
    Sede bendito, nome santo e glorioso. / A vós louvor, honra e glória eternamente! – R.

    No templo santo onde refulge a vossa glória. / A vós louvor, honra e glória eternamente! /
    E em vosso trono de poder vitorioso. / A vós louvor, honra e glória eternamente! – R.

    Sede bendito, que sondais as profundezas. / A vós louvor, honra e glória eternamente! /
    E superior aos querubins vos assentais. / A vós louvor, honra e glória eternamente! – R.

    Sede bendito no celeste firmamento. / A vós louvor, honra e glória eternamente! – R.

    Obras todas do Senhor, glorificai-o. / A ele louvor, honra e glória eternamente! – R.

    João 8,31-42

    Naquele tempo, 31Jesus disse aos judeus que nele tinham acreditado: “Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, 32e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. 33Responderam eles: “Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: ‘Vós vos tornareis livres’?” 34Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. 35O escravo não permanece para sempre numa família, mas o filho permanece nela para sempre. 36Se, pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres. 37Bem sei que sois descendentes de Abraão; no entanto, procurais matar-me, porque a minha palavra não é acolhida por vós. 38Eu falo o que vi junto do Pai; e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai”. 39Eles responderam então: “O nosso pai é Abraão”. Disse-lhes Jesus: “Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão! 40Mas agora vós procurais matar-me, a mim, que vos falei a verdade que ouvi de Deus. Isso, Abraão não o fez. 41Vós fazeis as obras do vosso pai”. Disseram-lhe, então: “Nós não nascemos do adultério, temos um só pai: Deus”. 42Respondeu-lhes Jesus: “Se Deus fosse vosso Pai, vós certamente me amaríeis, porque de Deus é que eu saí e vim. Não vim por mim mesmo, mas foi ele que me enviou”.

    Palavra da salvação.

    “Se o filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres. ”

    Paz e bem! No Evangelho de hoje, Jesus chama a nossa atenção para que, acreditando e permanecendo em sua Palavra, a coloquemos em prática em nossa vida, através das obras. Para que isso aconteça é necessário ter Deus como nosso Pai, porque somente Ele nos conduz pelos caminhos da verdade, concedendo-nos a libertação dos pecados.

    Ter Deus como único e verdadeiro condutor, certamente não é uma tarefa simples, pois requer um esforço pessoal constante para permanecer na comunhão com Ele, resistindo à tentação de pecar, a fim de não ser escravizado pelas nossas falhas.

    Fica a nosso critério escolher a Deus como Pai e condutor, praticando a escuta e obediência a Palavra de Deus, realizando obras de amor e misericórdia, ou escolhendo o modo de ser mundano, tendo como preferência, o ódio, a ganância e o egoísmo.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 5ª-feira da 5ª Semana da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Gênesis 17,3-9

    Naqueles dias, 3Abrão prostrou-se com o rosto por terra. 4E Deus lhe disse: “Eis a minha aliança contigo: tu serás pai de uma multidão de nações. 5Já não te chamarás Abrão, mas o teu nome será Abraão, porque farei de ti o pai de uma multidão de nações. 6Farei crescer tua descendência infinitamente. Farei nascer de ti nações, e reis sairão de ti. 7Estabelecerei minha aliança entre mim e ti e teus descendentes para sempre; uma aliança eterna, para que eu seja teu Deus e o Deus de teus descendentes. 8A ti e aos teus descendentes darei a terra em que vives como estrangeiro, todo o país de Canaã como propriedade para sempre. E eu serei o Deus dos teus descendentes”. 9Deus disse a Abraão: “Guarda a minha aliança, tu e a tua descendência para sempre”

    Palavra do Senhor.


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    Sl 104(105)
    O Senhor se lembra sempre da Aliança!

    Procurai o Senhor Deus e seu poder, / buscai constantemente a sua face! /
    Lembrai as maravilhas que ele fez, / seus prodígios e as palavras de seus lábios! – R.

    Descendentes de Abraão, seu servidor, / e filhos de Jacó, seu escolhido, /
    ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, / vigoram suas leis em toda a terra. – R.

    Ele sempre se recorda da Aliança, / promulgada a incontáveis gerações; /
    da Aliança que ele fez com Abraão / e do seu santo juramento a Isaac. – R.

    João 8,51-59

    Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: 51“Em verdade, em verdade, eu vos digo, se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte”. 52Disseram então os judeus: “Agora sabemos que tens um demônio. Abraão morreu e os profetas também, e tu dizes: ‘Se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte’. 53Acaso és maior do que nosso pai Abraão, que morreu, como também os profetas? Quem pretendes tu ser?” 54Jesus respondeu: “Se me glorifico a mim mesmo, minha glória não vale nada. Quem me glorifica é o meu Pai, aquele que vós dizeis ser o vosso Deus. 55No entanto, não o conheceis. Mas eu o conheço e, se dissesse que não o conheço, seria um mentiroso como vós! Mas eu o conheço e guardo a sua palavra. 56Vosso pai Abraão exultou por ver o meu dia; ele o viu e alegrou-se”. 57Os judeus disseram-lhe então: “Nem sequer cinquenta anos tens e viste Abraão!?” 58Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, antes que Abraão existisse, eu sou”. 59Então eles pegaram em pedras para apedrejar Jesus, mas ele escondeu-se e saiu do templo.

    Palavra da salvação.

    “Vosso pai Abraão exultou, por ver o meu dia.”

    Paz e Bem! No Evangelho de hoje, Jesus afirma que “se alguém guardar a minha Palavra, jamais verá a morte”, isto é, aquele que segue fielmente os seus preceitos, a morte corporal não o fará mal, porque a sua alma permanecerá viva eternamente, na sua glória.
    “No entanto, não o conheceis. Mas eu o conheço e se disse que não o conheço, seria um mentiroso como vós! Mas eu o conheço e guardo a sua palavra”. Os judeus não conheciam quem Jesus realmente era, por isso o atacaram. E quanto a nós será que conhecemos Jesus? Ou ao menos buscamos conhecê-lo?
    Deste modo não devemos nos gloriar por tudo aquilo que possuímos ou fazemos, mas com humildade, reconheçamos que tudo que é bom é graças a Deus e não pelo nosso mérito.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 6ª-feira da 5ª Semana da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Jeremias 20,10-13

    10Eu ouvi as injúrias de tantos homens e os vi espalhando o medo em redor: “Denunciai-o, denunciemo-lo”. Todos os amigos observavam minhas falhas: “Talvez ele cometa um engano, e nós poderemos apanhá-lo e desforrar-nos dele”. 11Mas o Senhor está ao meu lado como forte guerreiro; por isso, os que me perseguem cairão vencidos. Por não terem tido êxito, eles se cobrirão de vergonha. Eterna infâmia, que nunca se apaga! 12Ó Senhor dos exércitos, que provas o homem justo e vês os sentimentos do coração, rogo-te me faças ver tua vingança sobre eles; pois eu te declarei a minha causa. 13Cantai ao Senhor, louvai o Senhor, pois ele salvou a vida de um pobre homem das mãos dos maus.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 17(18)
    Ao Senhor eu invoquei na minha angústia, / e ele escutou a minha voz.

    Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, / minha rocha, meu refúgio e salvador! – R.

    Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, † minha força e poderosa salvação, /
    sois meu escudo e proteção: em vós espero! / Invocarei o meu Senhor: a ele a glória! /
    E dos meus perseguidores serei salvo! – R.

    Ondas da morte me envolveram totalmente, / e as torrentes da maldade me aterraram; /
    os laços do abismo me amarraram / e a própria morte me prendeu em suas redes. – R.

    Ao Senhor eu invoquei na minha angústia / e elevei o meu clamor para o meu Deus; /
    de seu templo ele escutou a minha voz, / e chegou a seus ouvidos o meu grito. – R.

    João 10,31-42

    Naquele tempo, 31os judeus pegaram pedras para apedrejar Jesus. 32E ele lhes disse: “Por ordem do Pai, mostrei-vos muitas obras boas. Por qual delas me quereis apedrejar?” 33Os judeus responderam: “Não queremos te apedrejar por causa das obras boas, mas por causa de blasfêmia, porque, sendo apenas um homem, tu te fazes Deus!” 34Jesus disse: “Acaso não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: vós sois deuses’? 35Ora, ninguém pode anular a Escritura: se a Lei chama deuses as pessoas às quais se dirigiu a palavra de Deus, 36por que então me acusais de blasfêmia quando eu digo que sou Filho de Deus, eu, a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo? 37Se não faço as obras do meu Pai, não acrediteis em mim. 38Mas, se eu as faço, mesmo que não queirais acreditar em mim, acreditai nas minhas obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai”. 39Outra vez procuravam prender Jesus, mas ele escapou das mãos deles. 40Jesus passou para o outro lado do Jordão e foi para o lugar onde, antes, João tinha batizado. E permaneceu ali. 41Muitos foram ter com ele e diziam: “João não realizou nenhum sinal, mas tudo o que ele disse a respeito deste homem é verdade”. 42E muitos, ali, acreditaram nele.

    Palavra da salvação.

    “Procuravam prender Jesus, mas ele escapou-lhes das mãos”.

    A passagem do Evangelho de João ocorre na festa da Dedicação. O povo judeu cerca Jesus e o acusa, com interpretações distorcidas das escrituras, de se autodenominar Filho de Deus. A partir do mesmo contexto, Jesus responde como alguém que conhece e age de acordo com a lei de Deus e pode seguir o seu caminho.
    Esta mesma confiança carregada de fé, queridos irmãos, é a prova mais tangível da grandeza da Palavra divina. É vida, certeza e motivo de persistência para os nossos tão esperados irmãos. Mas, quem a coloca em prática torna-se destinatário constante da graça. Sejamos, então, portadores, conhecedores e propagadores dos ensinamentos de nosso Senhor para que a nossa fé nos permita caminhar pelas dificuldades.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • Sábado da 5ª Semana da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Ezequiel 37,21-28

    21Assim diz o Senhor Deus: “Eu mesmo vou tomar os israelitas do meio das nações para onde foram, vou recolhê-los de toda parte e reconduzi-los para a sua terra. 22Farei deles uma nação única no país, nos montes de Israel, e apenas um rei reinará sobre todos eles. Nunca mais formarão duas nações nem tornarão a dividir-se em dois reinos. 23Não se mancharão mais com os seus ídolos e nunca mais cometerão infames abominações. Eu os libertarei de todo pecado que cometeram em sua infidelidade e os purificarei. Eles serão o meu povo e eu serei o seu Deus. 24Meu servo Davi reinará sobre eles, e haverá para todos eles um único pastor. Viverão segundo meus preceitos e guardarão minhas leis, pondo-as em prática. 25Habitarão no país que dei ao meu servo Jacó, onde moraram vossos pais; ali habitarão para sempre, também eles, com seus filhos e netos, e o meu servo Davi será o seu príncipe para sempre. 26Farei com eles uma aliança de paz, será uma aliança eterna. Eu os estabelecerei e multiplicarei, e no meio deles colocarei meu santuário para sempre. 27Minha morada estará junto deles. Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. 28Assim as nações saberão que eu, o Senhor, santifico Israel, por estar o meu santuário no meio deles para sempre”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl Jr 31
    O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

    Ouvi, nações, a palavra do Senhor / e anunciai-a nas ilhas mais distantes: /
    “Quem dispersou Israel vai congregá-lo / e o guardará qual pastor a seu rebanho!” – R.

    Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó / e o libertou do poder do prepotente. /
    Voltarão para o monte de Sião, † entre brados e cantos de alegria / afluirão para as bênçãos do Senhor. – R.

    Então a virgem dançará alegremente, / também o jovem e o velho exultarão; /
    mudarei em alegria o seu luto, / serei consolo e conforto após a guerra. – R.

    João 11,45-56

    Naquele tempo, 45muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. 46Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. 47Então os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o conselho e disseram: “O que faremos? Esse homem realiza muitos sinais. 48Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso lugar santo e a nossa nação”. 49Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: “Vós não entendeis nada. 50Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” 51Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. 52E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos. 53A partir desse dia, as autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus. 54Por isso, Jesus não andava mais em público no meio dos judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto, para a cidade chamada Efraim. Ali permaneceu com os seus discípulos. 55A Páscoa dos judeus estava próxima. Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém para se purificar antes da Páscoa. 56Procuravam Jesus e, ao reunirem-se no templo, comentavam entre si: “O que vos parece? Será que ele não vem para a festa?”

    Palavra da salvação.

    “E também para reunir na unidade os filhos de Deus dispersos”.

    Queridos irmãos em Cristo. No Evangelho de hoje, a indignação dos sumos sacerdotes da comunidade judaica pressupõe uma solução radical na salvação do poder político à sombra do Império Romano. A figura de Jesus representou, sem dúvida, uma provocação à autoridade por não ter recursos legítimos para impedir as obras milagrosas, cada vez mais conhecidas pelo povo. Eles executam um mandado de prisão e nosso Senhor concorda em se esconder.
    Assim também podemos sentir quando somos julgados e condenados por aqueles que, de alguma forma, exercem autoridade nas nossas famílias, locais de trabalho, comunidades, etc. A boa conduta e o exercício da justiça dentro da nossa dimensão ética e moral podem ser objeto de incômodo para aqueles que se apegam ao poder. Mas, no nosso caso, temos um Pai onipotente que sempre vê com prazer as nossas boas obras. Vamos, então, com confiança no apoio espiritual que nosso Senhor Jesus Cristo nos oferece.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • Domingo de Ramos

    • Primeira Leitura
    • Salmo
    • Segunda Leitura
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Isaías 50,4-7

    4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 21(22)
    Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

    Riem de mim todos aqueles que me veem, / torcem os lábios e sacodem a cabeça: /
    “Ao Senhor se confiou, ele o liberte / e agora o salve, se é verdade que ele o ama!” – R.

    Cães numerosos me rodeiam furiosos, / e por um bando de malvados fui cercado. /
    Transpassaram minhas mãos e os meus pés / e eu posso contar todos os meus ossos. – R.

    Eles repartem entre si as minhas vestes / e sorteiam entre si a minha túnica. /
    Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, / ó minha força, vinde logo em meu socorro! – R.

    Anunciarei o vosso nome a meus irmãos / e no meio da assembleia hei de louvar-vos! /
    Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores, † glorificai-o, descendentes de Jacó, /
    e respeitai-o, toda a raça de Israel! – R.

    Filipenses 2,6-11

    6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai.

    Palavra do Senhor.

    Marcos 11,1-10; Marcos 15,1-39 – mais breve

    Naquele tempo, 1quando se aproximaram de Jerusalém, na altura de Betfagé e de Betânia, junto ao monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, 2dizendo: “Ide até o povoado que está em frente e, logo que ali entrardes, encontrareis amarrado um jumentinho que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui! 3Se alguém disser: ‘Por que fazeis isso?’, dizei: ‘O Senhor precisa dele, mas o mandará logo de volta’”. 4Eles foram e encontraram um jumentinho amarrado junto de uma porta, do lado de fora, na rua, e o desamarraram. 5Alguns dos que estavam ali disseram: “O que estais fazendo, desamarrando este jumentinho?” 6Os discípulos responderam como Jesus havia dito, e eles permitiram. 7Trouxeram então o jumentinho a Jesus, colocaram sobre ele seus mantos, e Jesus montou. 8Muitos estenderam seus mantos pelo caminho, outros espalharam ramos que haviam apanhado nos campos. 9Os que iam na frente e os que vinham atrás gritavam: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! 10Bendito seja o reino que vem, o reino de nosso pai Davi! Hosana no mais alto dos céus!”

    Palavra da salvação.

    “Humilhou-se a si mesmo; por isso, Deus o exaltou acima de tudo”.

    Queridos irmãos, a paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo está descrita neste fragmento do Evangelho de Marcos. Uma cena cheia de dor e humilhação, mas a mais perfeita demonstração de humildade no amor Daquele que, sendo Rei, fez-se o mais insignificante para a nossa salvação. É uma síntese da esfera salvífica na gratuidade do Pai para com todos nós, seus filhos prediletos.

    Nunca esqueçamos, nas nossas dificuldades, que fomos e somos redimidos e dignificados para toda a eternidade pelo Jesus crucificado.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 2ª-feira da Semana Santa

    • Primeira Leitura
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    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Isaías 42,1-7

    1“Eis o meu servo – eu o recebo; eis o meu eleito – nele se compraz minha alma; pus meu espírito sobre ele, ele promoverá o julgamento das nações. 2Ele não clama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas. 3Não quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega, mas promoverá o julgamento para obter a verdade. 4Não esmorecerá nem se deixará abater, enquanto não estabelecer a justiça na terra; os países distantes esperam seus ensinamentos”. 5Isto diz o Senhor Deus, que criou o céu e o estendeu, firmou a terra e tudo que dela germina, que dá a respiração aos seus habitantes e o sopro da vida ao que nela se move: 6“Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como o centro de aliança do povo, luz das nações, 7para abrires os olhos dos cegos, tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere os que vivem nas trevas”.

    Palavra do Senhor.


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    Sl 26(27)
    O Senhor é minha luz e salvação.

    O Senhor é minha luz e salvação; / de quem eu terei medo? /
    O Senhor é a proteção da minha vida; / perante quem eu tremerei? – R.

    Quando avançam os malvados contra mim, / querendo devorar-me, /
    são eles, inimigos e opressores, / que tropeçam e sucumbem. – R.

    Se contra mim um exército se armar, / não temerá meu coração; /
    se contra mim uma batalha estourar, / mesmo assim confiarei. – R.

    Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver / na terra dos viventes. /
    Espera no Senhor e tem coragem, / espera no Senhor! – R.

    João 12,1-11

    1Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. 2Ali ofereceram a Jesus um jantar; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo. 4Então falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar: 5“Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para as dar aos pobres?” 6Judas falou assim não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum e roubava o que se depositava nela. 7Jesus, porém, disse: “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia de minha sepultura. 8Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”. 9Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia, foram para lá, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Jesus havia ressuscitado dos mortos. 10Então os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro, 11porque, por causa dele, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus.

    Palavra da salvação.

    “Espera no Senhor e tem Coragem” (Sl 26, 13)

    Aproxima-se o dia da paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele vai ao encontro de seus amigos, na casa de Lázaro, que ressuscitará. Na passagem, Maria unge os pés de Cristo com nardo puro e Judas reclama. Podemos observar situações que marcam esse momento. Maria, que dá do mais caro, do melhor que tem de si, para o seu mestre e amigo, e de Lázaro, que lhe prepara um jantar. Outro é o de Judas Iscariotes, apresentado pelo evangelista como corrupto (e, em breve, se mostrará capaz de vender até o amigo), pensando no dinheiro que poderia somar para si. E, não diferente de Judas, os sumos sacerdotes, no fim da narrativa, irão tramar a morte de um homem (Lázaro), por ser conversor da missão de Jesus (não atoa, mandarão matar o próprio Jesus, dias após). Fica-nos a questão: dentre nossa relação com Cristo, a quem imitamos?

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 3ª-feira da Semana Santa

    • Primeira Leitura
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    • Sabor da Palavra
    Is 49,1-6

    1Nações marinhas, ouvi-me; povos distantes, prestai atenção: o Senhor chamou-me antes de eu nascer; desde o ventre de minha mãe, ele tinha na mente o meu nome; 2fez de minha palavra uma espada afiada, protegeu-me à sombra de sua mão e fez de mim uma flecha aguçada, escondida em sua aljava, 3e disse-me: “Tu és o meu servo, Israel, em quem serei glorificado”. 4E eu disse: “Trabalhei em vão, gastei minhas forças sem fruto, inutilmente; entretanto o Senhor me fará justiça e o meu Deus me dará recompensa”. 5E, agora, diz-me o Senhor – ele que me preparou desde o nascimento para ser seu servo – que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor, esta é a minha glória. 6Disse ele: “Não basta seres meu servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até os confins da terra”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 70(71)
    Minha boca anunciará vossa justiça.

    Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor, / que eu não seja envergonhado para sempre! /
    Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! / Escutai a minha voz, vinde salvar-me! – R.

    Sede uma rocha protetora para mim, / um abrigo bem seguro que me salve! /
    Porque sois a minha força e meu amparo, † o meu refúgio, proteção e segurança! /
    Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio. – R.

    Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, / em vós confio desde a minha juventude! /
    Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, / desde o seio maternal, o meu amparo. – R.

    Minha boca anunciará todos os dias / vossa justiça e vossas graças incontáveis. /
    Vós me ensinastes desde a minha juventude / e até hoje canto as vossas maravilhas. – R.

    João 13,21-33.36-38

    Naquele tempo, estando à mesa com seus discípulos, 21Jesus ficou profundamente comovido e testemunhou: “Em verdade, em verdade vos digo, um de vós me entregará”. 22Desconcertados, os discípulos olhavam uns para os outros, pois não sabiam de quem Jesus estava falando. 23Um deles, a quem Jesus amava, estava recostado ao lado de Jesus. 24Simão Pedro fez-lhe um sinal para que ele procurasse saber de quem Jesus estava falando. 25Então, o discípulo, reclinando-se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe: “Senhor, quem é?” 26Jesus respondeu: “É aquele a quem eu der o pedaço de pão passado no molho”. Então Jesus molhou um pedaço de pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. 27Depois do pedaço de pão, satanás entrou em Judas. Então Jesus lhe disse: “O que tens a fazer, executa-o depressa”. 28Nenhum dos presentes compreendeu por que Jesus lhe disse isso. 29Como Judas guardava a bolsa, alguns pensavam que Jesus lhe queria dizer: “Compra o que precisamos para a festa” ou que desse alguma coisa aos pobres. 30Depois de receber o pedaço de pão, Judas saiu imediatamente. Era noite. 31Depois que Judas saiu, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. 32Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo e o glorificará logo. 33Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Vós me procurareis, e agora vos digo, como eu disse também aos judeus: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’”. 36Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu-lhe: “Para onde eu vou, tu não me podes seguir agora, mas me seguirás mais tarde”. 37Pedro disse: “Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu darei a minha vida por ti!” 38Respondeu Jesus: “Darás a tua vida por mim? Em verdade, em verdade te digo, o galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes”.

    Palavra da salvação.

    “Para onde vou, vós não podeis ir. ”.

    No Evangelho de hoje, Cristo ceia com os seus discípulos. Revela que do meio deles, dos seus apóstolos, havia um traidor e este é indicado como Judas Iscariotes, ao receber de Jesus o pão passado no vinho. Novamente, já na iminência dos fatos, anuncia que há de ser glorificado. Contudo, com o pensamento humano de glória, é difícil compreender que a morte seja fator de vitória, mas a morte é necessária para a ressurreição. Pedro, afoito em cumprir seu apostolado com o Cristo, quer ir junto ao Mestre mesmo sendo dito que não é sua hora. “O galo não cantará antes que me tenha negado três vezes”, é a resposta que recebe. Assim nós, muitas vezes, nos pomos desejosos de projetos para o qual não estamos preparados e queremos cumpri-los em nosso tempo; no exemplo de Pedro, veremos que é necessário tempo, entre erros e aprendizados, para a devida maturidade no seguimento do Mestre.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • 4ª-feira da Semana Santa

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Primeira Leitura: Isaías 50,4-9

    4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba: não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. 8A meu lado está quem me justifica; alguém me fará objeções? Vejamos. Quem é meu adversário? Aproxime-se. 9Sim, o Senhor Deus é meu auxiliador; quem é que me vai condenar?

    Palavra do Senhor.


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    Sl 68(69)
    Respondei-me, pelo vosso imenso amor, / neste tempo favorável, Senhor Deus.

    Por vossa causa é que sofri tantos insultos, / e o meu rosto se cobriu de confusão; /
    eu me tornei como um estranho a meus irmãos, / como estrangeiro para os filhos de minha mãe. /
    Pois meu zelo e meu amor por vossa casa / me devoram como fogo abrasador; /
    e os insultos de infiéis que vos ultrajam / recaíram todos eles sobre mim! – R.

    O insulto me partiu o coração. † Eu esperei que alguém de mim tivesse pena; /
    procurei quem me aliviasse e não achei! / Deram-me fel como se fosse um alimento, /
    em minha sede ofereceram-me vinagre! – R.

    Cantando, eu louvarei o vosso nome / e, agradecido, exultarei de alegria! /
    Humildes, vede isto e alegrai-vos: † o vosso coração reviverá /
    se procurardes o Senhor continuamente! / Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres /
    e não despreza o clamor de seus cativos. – R.

    Mateus 26,14-25

    Naquele tempo, 14um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes 15e disse: “O que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. 16E, daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus. 17No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” 18Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O mestre manda dizer: O meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos’”. 19Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. 20Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. 21Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”. 22Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?” 23Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. 24O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” 25Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”.

    Palavra da salvação.

    “Ai daquele que trair o Filho do Homem. ”.

    Vemos na narrativa de Matheus, que Judas, já antes da ceia, negociou com os sumos sacerdotes a vida do próprio amigo Jesus. A mando do Mestre, os apóstolos preparam a ceia para comer a Páscoa com eles. Esta será a última refeição deles antes da ressurreição. Nela, Cristo os adverte sobre o que estaria por vir,e revela a traição de um dos seus. Judas, que viveu junto a Ele por anos, aprendendo e cultivando laços, que se perdeu em seus interesses próprios chegando ao ponto da traição. Ele vendeu Cristo por 30 moedas.
    Hoje, vale questionarmos por quanto nós continuamos a vender Jesus, nosso irmão, mesmo estando dentro da sua Igreja. Isso acontece quando negamos a Deus em nosso íntimo e, principalmente, quando negamos o Cristo no próximo, nas suas necessidades e dignidade.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • Ceia do Senhor

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    • Salmo
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    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Êxodo 12,1-8.11-14

    Naqueles dias, 1o Senhor disse a Moisés e a Aarão no Egito: 2“Este mês será para vós o começo dos meses; será o primeiro mês do ano. 3Falai a toda a comunidade dos filhos de Israel, dizendo: No décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro por família, um cordeiro para cada casa. 4Se a família não for bastante numerosa para comer um cordeiro, convidará também o vizinho mais próximo, de acordo com o número de pessoas. Deveis calcular o número de comensais, conforme o tamanho do cordeiro. 5O cordeiro será sem defeito, macho, de um ano. Podereis escolher tanto um cordeiro como um cabrito: 6e devereis guardá-lo preso até o dia catorze deste mês. Então toda a comunidade de Israel reunida o imolará ao cair da tarde. 7Tomareis um pouco do seu sangue e untareis os marcos e a travessa da porta, nas casas em que o comerdes. 8Comereis a carne nessa mesma noite, assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas. 11Assim devereis comê-lo: com os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis às pressas, pois é a Páscoa, isto é, a ‘passagem’ do Senhor! 12E naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até os animais; e infligirei castigos contra todos os deuses do Egito, eu, o Senhor. 13O sangue servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Ao ver o sangue, passarei adiante, e não vos atingirá a praga exterminadora quando eu ferir a terra do Egito. 14Este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar, por todas as gerações, como instituição perpétua”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 115(116B)
    O cálice por nós abençoado / é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.

    Que poderei retribuir ao Senhor Deus / por tudo aquilo que ele fez em meu favor? /
    Elevo o cálice da minha salvação, / invocando o nome santo do Senhor. – R.

    É sentida por demais pelo Senhor / a morte de seus santos, seus amigos. /
    Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, / mas me quebrastes os grilhões da escravidão! – R.

    Por isso oferto um sacrifício de louvor, / invocando o nome santo do Senhor. /
    Vou cumprir minhas promessas ao Senhor / na presença de seu povo reunido. – R.

    1 Coríntios 11,23-26

    Irmãos, 23o que eu recebi do Senhor, foi isso que eu vos transmiti: na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”. 25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória”. 26Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha.

    Palavra do Senhor.

    João 13,1-15

    1Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. 2Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. 3Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, 4levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. 5Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido. 6Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me lavas os pés?” 7Respondeu Jesus: “Agora não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”. 8Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. 9Simão Pedro disse: “Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”. 10Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos”. 11Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”. 12Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? 13Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, pois eu o sou. 14Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz”.

    Palavra da salvação.

    “Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz. ”.

    Chegamos à celebração do Tríduo Pascal, onde veremos o mistério da paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Este mistério quer-nos revelar o grande Amor de Deus pela humanidade. Nas palavras do evangelista João, é descrito os sentimentos do Cristo: tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. O Senhor, porém, veio com um propósito: o da sua morte em remissão de nossos pecados, mas também o de ensinar-nos a amar. Neste trecho da narrativa da última ceia, Ele, que é o Senhor, ajoelha-se e executa a função dos servos de lavar os pés. E declara-nos: “Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz”.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • Paixão do Senhor

    • Primeira Leitura
    • Salmo
    • Segunda Leitura
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Isaías 52,13-53,12

    13Ei-lo, o meu Servo será bem-sucedido; sua ascensão será ao mais alto grau. 14Assim como muitos ficaram pasmados ao vê-lo – tão desfigurado ele estava que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano -, 15do mesmo modo ele espalhará sua fama entre os povos. Diante dele os reis se manterão em silêncio, vendo algo que nunca lhes foi narrado e conhecendo coisas que jamais ouviram. 53,1Quem de nós deu crédito ao que ouvimos? E a quem foi dado reconhecer a força do Senhor? 2Diante do Senhor, ele cresceu como renovo de planta ou como raiz em terra seca. Não tinha beleza nem atrativo para o olharmos, não tinha aparência que nos agradasse. 3Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de sofrimentos; passando por ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não fazíamos caso dele. 4A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado! 5Mas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz, e suas feridas, o preço da nossa cura. 6Todos nós vagávamos como ovelhas desgarradas, cada qual seguindo seu caminho; e o Senhor fez recair sobre ele o pecado de todos nós. 7Foi maltratado e submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca. 8Foi atormentado pela angústia e foi condenado. Quem se preocuparia com sua história de origem? Ele foi eliminado do mundo dos vivos; e por causa do pecado do meu povo, foi golpeado até morrer. 9Deram-lhe sepultura entre ímpios, um túmulo entre os ricos, porque ele não praticou o mal nem se encontrou falsidade em suas palavras. 10O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor. 11Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu Servo, o Justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas. 12Por isso, compartilharei com ele multidões e ele repartirá suas riquezas com os valentes seguidores, pois entregou o corpo à morte, sendo contado como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 30(31)
    Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.

    Senhor, eu ponho em vós minha esperança; / que eu não fique envergonhado eternamente! /
    Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, / porque vós me salvareis, ó Deus fiel! – R.

    Tornei-me o opróbrio do inimigo, / o desprezo e zombaria dos vizinhos /
    e objeto de pavor para os amigos; / fogem de mim os que me veem pela rua. /
    Os corações me esqueceram como um morto, / e tornei-me como um vaso espedaçado. – R.

    A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio / e afirmo que só vós sois o meu Deus! /
    Eu entrego em vossas mãos o meu destino; / libertai-me do inimigo e do opressor! – R.

    Mostrai serena a vossa face ao vosso servo / e salvai-me pela vossa compaixão. /
    Fortalecei os corações, tende coragem, / todos vós que ao Senhor vos confiais! – R.

    Hebreus 4,14-16; 5,7-9

    Irmãos, 14temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. 15Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. 16Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno. 5,7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

    Palavra do Senhor.

    João 18,1-19,42

    Naquele tempo, 1Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um jardim, onde ele entrou com os discípulos. 2Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir-se aí com os seus discípulos. 3Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus e chegou ali com lanternas, tochas e armas. 4Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse:
    P (Presidente): A quem procurais?
    N: 5Responderam:
    G (Grupo ou assembleia): A Jesus, o Nazareno.
    N: Ele disse:
    P: Sou eu.
    N: Judas, o traidor, estava junto com eles. 6Quando Jesus disse “sou eu”, eles recuaram e caíram por terra. 7De novo lhes perguntou:
    P: A quem procurais?
    N: Eles responderam:
    G: A Jesus, o Nazareno.
    N: 8Jesus respondeu:
    P: Já vos disse que sou eu. Se é a mim que procurais, então deixai que estes se retirem.
    N: 9Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito: “Não perdi nenhum daqueles que me confiaste”. 10Simão Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. 11Então Jesus disse a Pedro:
    P: Guarda a tua espada na bainha. Não vou beber o cálice que o Pai me deu?
    N: 12Então os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram. 13Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de Caifás, o sumo sacerdote naquele ano. 14Foi Caifás que deu aos judeus o conselho: “É preferível que um só morra pelo povo”. 15Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote. 16Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. 17A criada que guardava a porta disse a Pedro:
    L (Leitor): Não pertences também tu aos discípulos desse homem?
    N: Ele respondeu:
    L: Não!
    N: 18Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam se aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. 19Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. 20Jesus lhe respondeu:
    P: Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas. 21Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles sabem o que eu disse.
    N: 22Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo:
    L: É assim que respondes ao sumo sacerdote?
    N: 23Respondeu-lhe Jesus:
    P: Se respondi mal, mostra em quê; mas, se falei bem, por que me bates?
    N: 24Então Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o sumo sacerdote. 25Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe:
    G: Não és tu, também, um dos discípulos dele?
    N: Pedro negou:
    L: Não!
    N: 26Então um dos empregados do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse:
    L: Será que não te vi no jardim com ele?
    N: 27Novamente Pedro negou. E, na mesma hora, o galo cantou. 28De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador. Era de manhã cedo. Eles mesmos não entraram no palácio, para não ficarem impuros e poderem comer a Páscoa. 29Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse:
    L: Que acusação apresentais contra este homem?
    N: 30Eles responderam:
    G: Se não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti!
    N: 31Pilatos disse:
    L: Tomai-o vós mesmos e julgai-o de acordo com a vossa lei.
    N: Os judeus lhe responderam:
    G: Nós não podemos condenar ninguém à morte.
    N: 32Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer. 33Então Pilatos entrou de novo no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe:
    L: Tu és o rei dos judeus?
    N: 34Jesus respondeu:
    P: Estás dizendo isso por ti mesmo ou outros te disseram isso de mim?
    N: 35Pilatos falou:
    L: Por acaso sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?
    N: 36Jesus respondeu:
    P: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui.
    N: 37Pilatos disse a Jesus:
    L: Então tu és rei?
    N: Jesus respondeu:
    P: Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz.
    N: 38Pilatos disse a Jesus:
    L: O que é a verdade?
    N: Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus e disse-lhes:
    L: Eu não encontro nenhuma culpa nele. 39Mas existe entre vós um costume, que pela Páscoa eu vos solte um preso. Quereis que vos solte o rei dos judeus?
    N: 40Então, começaram a gritar de novo:
    G: Este não, mas Barrabás!
    N: Barrabás era um bandido. 19,1Então Pilatos mandou flagelar Jesus. 2Os soldados teceram uma coroa de espinhos e a colocaram na cabeça de Jesus. Vestiram-no com um manto vermelho, 3aproximavam-se dele e diziam:
    G: Viva o rei dos judeus!
    N: E davam-lhe bofetadas. 4Pilatos saiu de novo e disse aos judeus:
    L: Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele crime algum.
    N: 5Então Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes:
    L: Eis o homem!
    N: 6Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar:
    G: Crucifica-o! Crucifica-o!
    N: Pilatos respondeu:
    L: Levai-o vós mesmos para o crucificar, pois eu não encontro nele crime algum.
    N: 7Os judeus responderam:
    G: Nós temos uma Lei, e, segundo esta Lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus.
    N: 8Ao ouvir essas palavras, Pilatos ficou com mais medo ainda. 9Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus:
    L: De onde és tu?
    N: Jesus ficou calado. 10Então Pilatos disse:
    L: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?
    N: 11Jesus respondeu:
    P: Tu não terias autoridade alguma sobre mim se ela não te fosse dada do alto. Quem me entregou a ti, portanto, tem culpa maior.
    N: 12Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam:
    G: Se soltas esse homem, não és amigo de César. Todo aquele que se faz rei declara-se contra César.
    N: 13Ouvindo essas palavras, Pilatos levou Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado Pavimento, em hebraico “Gábata”. 14Era o dia da preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse aos judeus:
    L: Eis o vosso rei!
    N: 15Eles, porém, gritavam:
    G: Fora! Fora! Crucifica-o!
    N: Pilatos disse:
    L: Hei de crucificar o vosso rei?
    N: Os sumos sacerdotes responderam:
    G: Não temos outro rei senão César.
    N: 16Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o levaram. 17Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado Calvário, em hebraico “Gólgota”. 18Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio. 19Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocá-lo na cruz; nele estava escrito: “Jesus Nazareno, o rei dos judeus”. 20Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego. 21Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos:
    G: Não escrevas “o rei dos judeus”, mas sim o que ele disse: “Eu sou o rei dos judeus”.
    N: 22Pilatos respondeu:
    L: O que escrevi está escrito.
    N: 23Depois que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes, uma parte para cada soldado. Quanto à túnica, esta era tecida sem costura, em peça única de alto a baixo. 24Disseram então entre si:
    G: Não vamos dividir a túnica. Tiremos a sorte para ver de quem será.
    N: Assim se cumpria a Escritura que diz: “Repartiram entre si as minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica”. Assim procederam os soldados. 25Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe:
    P: Mulher, este é o teu filho.
    N: 27Depois disse ao discípulo:
    P: Esta é a tua mãe.
    N: Dessa hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. 28Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse:
    P: Tenho sede.
    N: 29Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. 30Ele tomou o vinagre e disse:
    P: Tudo está consumado.
    N: E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
    Todos se ajoelham e faz-se breve pausa.
    N: 31Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. 32Os soldados foram e quebraram as pernas de um e, depois, do outro que foram crucificados com Jesus. 33Ao se aproximarem de Jesus e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. 35Aquele que viu dá testemunho, e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. 36Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: “Não quebrarão nenhum dos seus ossos”. 37E outra Escritura ainda diz: “Olharão para aquele que transpassaram”. 38Depois disso, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus – mas às escondidas, por medo dos judeus -, pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos consentiu. Então José veio tirar o corpo de Jesus. 39Chegou também Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido de noite encontrar-se com Jesus. Levou uns trinta quilos de perfume, feito de mirra e aloés. 40Então tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no, com os aromas, em faixas de linho, como os judeus costumam sepultar. 41No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. 42Por causa da preparação da Páscoa e como o túmulo estava perto, foi ali que colocaram Jesus.

    Palavra da salvação.

    “Eis o homem!”

    Caríssimos, o Evangelho desta sexta-feira narra a Paixão de Nosso Senhor. Eis o homem, Jesus Cristo, entregue aos seus algozes, ferido por nossos pecados, despido no alto da cruz. “A verdade é que Ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, Ele mesmo nossas dores; e nós pensávamos que fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado”. Embora divino, foi dos homens o mais humano, totalmente submisso à vontade do Pai.

    A linguagem da cruz é um escândalo para os judeus, loucura para os gentios, símbolo do fracasso e do abandono: “Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de sofrimentos; passando por Ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não fazíamos caso dEle. ”. Apesar disso, Jesus entregou sua vida livremente, fez da cruz instrumento de sua glória, e por esta via alcançou a redenção dos homens: “Meu servo, o Justo, fará justo inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas. ”

    Que confiantes na vontade do Pai, saibamos nos abandonar aos Seus desígnios como Cristo fez. Que nos deixemos crucificar por Aquele que em nosso benefício foi na cruz pregado. Que reconheçamos no mistério da cruz a obra gloriosa da salvação do gênero humano, e que através dela busquemos nossa justificação.

    Reflexão dos Noviços da Província

  • Sábado Santo | Vigília Pascal

    • Primeira Leitura
    • Salmo
    • Segunda Leitura
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Gênesis 1,1.26-31 – mais breve

    1No princípio Deus criou o céu e a terra. 26Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e segundo a nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais de toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam sobre a terra”. 27E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou: homem e mulher os criou. 28E Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os peixes do mar, sobre os pássaros do céu e sobre todos os animais que se movem sobre a terra”. 29E Deus disse: “Eis que vos entrego todas as plantas que dão semente sobre a terra e todas as árvores que produzem fruto com sua semente, para vos servirem de alimento. 30E a todos os animais da terra, e a todas as aves do céu, e a tudo o que rasteja sobre a terra e que é animado de vida, eu dou todos os vegetais para alimento”. E assim se fez. 31E Deus viu tudo quanto havia feito, e eis que tudo era muito bom. Houve uma tarde e uma manhã: sexto dia.

    Palavra do Senhor.

    Confira as demais leituras desta celebração:
    II Gênesis 22,1-2.9-13.15-18 – mais breve; III Êxodo 14,15-15,1; IV Isaías 54,5-14; V Isaías 55,1-11; VI Baruc 3,9-15.32-4,4; VII Ezequiel 36,16-28;


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 117(118)
    Aleluia, aleluia, aleluia.

    Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! / Eterna é a sua misericórdia! /
    A casa de Israel agora o diga: / “Eterna é a sua misericórdia!” – R.

    A mão direita do Senhor fez maravilhas, † a mão direita do Senhor me levantou, /
    a mão direita do Senhor fez maravilhas! / Não morrerei, mas, ao contrário, viverei /
    para cantar as grandes obras do Senhor! – R.

    A pedra que os pedreiros rejeitaram / tornou-se agora a pedra angular. /
    Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: / que maravilhas ele fez a nossos olhos! – R.

    Salmo responsorial 103(104); Salmo responsorial 15(16); Salmo responsorial (Ex 15); Salmo responsorial 29(30);
    Salmo responsorial (Is 12); Salmo responsorial 18B(19); Salmo responsorial 41(42)

    Romanos 6,3-11

    Irmãos, 3será que ignorais que todos nós, batizados em Jesus Cristo, é na sua morte que fomos batizados? 4Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova. 5Pois, se fomos de certo modo identificados a Jesus Cristo por uma morte semelhante à sua, seremos semelhantes a ele também pela ressurreição. 6Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Cristo, para que seja destruído o corpo de pecado, de maneira a não mais servirmos ao pecado. 7Com efeito, aquele que morreu está livre do pecado. 8Se, pois, morremos com Cristo, cremos que também viveremos com ele. 9Sabemos que Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais; a morte já não tem poder sobre ele. 10Pois aquele que morreu, morreu para o pecado uma vez por todas; mas aquele que vive, é para Deus que vive. 11Assim, vós também considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo.

    Palavra do Senhor.

    Marcos 16,1-7

    1Quando passou o sábado, Maria Madalena e Maria, a mãe de Tiago, e Salomé, compraram perfumes para ungir o corpo de Jesus. 2E bem cedo, no primeiro dia da semana, ao nascer do sol, elas foram ao túmulo. 3E diziam entre si: “Quem rolará para nós a pedra da entrada do túmulo?” 4Era uma pedra muito grande. Mas, quando olharam, viram que a pedra já tinha sido retirada. 5Entraram, então, no túmulo e viram um jovem, sentado ao lado direito, vestido de branco. E ficaram muito assustadas. 6Mas o jovem lhes disse: “Não vos assusteis! Vós procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado? Ele ressuscitou. Não está aqui. 7Vede o lugar onde o puseram. Ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele irá à vossa frente, na Galileia. Lá vós o vereis, como ele mesmo tinha dito”.

    Palavra da salvação.

    “Ele ressuscitou.”

    Irmãos caríssimos, como fizeram Maria Madalena, Salomé e a outra Maria, mãe de Tiago, nós também o fizemos. Saímos de nossas casas, como aquelas mulheres, a fim de nos encontrarmos com o Mestre, mas pensávamos que iríamos encontrá-lo sepultado, conforme ouvimos na leitura do Evangelho de sexta-feira. Ele, porém, para aumento da nossa fé e esperança, ressuscitou.

    Agora, atendendo ao pedido do jovem, que no túmulo estava, digamos, cheios de confiança, aos nossos irmãos e irmãs que: Aquele que jazia no reino dos mortos ressuscitou e permanece no meio de nós. Corramos ao seu encontro!

    Reflexão dos Noviços da Província

  • Páscoa do Senhor

    • Primeira Leitura
    • Salmo
    • Segunda Leitura
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Atos 10,34.37-43

    Naqueles dias, 34Pedro tomou a palavra e disse: 37“Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo pregado por João: 38como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio, porque Deus estava com ele. 39E nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, pregando-o numa cruz. 40Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe manifestar-se 41não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos. 42E Jesus nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu juiz dos vivos e dos mortos. 43Todos os profetas dão testemunho dele: ‘Todo aquele que crê em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados’”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 117(118)
    Este é o dia que o Senhor fez para nós: / alegremo-nos e nele exultemos!

    Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! / “Eterna é a sua misericórdia!” /
    A casa de Israel agora o diga: / “Eterna é a sua misericórdia!” – R.

    A mão direita do Senhor fez maravilhas, / a mão direita do Senhor me levantou. /
    Não morrerei, mas, ao contrário, viverei / para cantar as grandes obras do Senhor! – R.

    A pedra que os pedreiros rejeitaram / tornou-se agora a pedra angular. /
    Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: / que maravilhas ele fez a nossos olhos! – R.

    Colossenses 3,1-4

    Irmãos, 1se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, 2onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. 3Pois vós morrestes e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. 4Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória.

    Palavra do Senhor.

    João 20,1-9

    1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. 2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou. 9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.

    Palavra da salvação.

    “Ele viu e acreditou.”

    Irmãos, o Evangelho de hoje nos mostra a figura do discípulo amado antecipando-se para ver o túmulo vazio do Senhor. Ele viu e acreditou, diz o Evangelho! À semelhança do discípulo, nós nos antecipamos todos os dias para encontrá-lo, com a certeza de que também somos amados por Ele, a fim de participarmos de sua ressurreição. Nós nos reunimos à semelhança de Pedro para anunciá-lo, nós que, como o apóstolo, também comemos e bebemos com Jesus.

    Façamos da notícia da ressurreição do Nosso Salvador a nossa Boa Nova e tomemos a parte que nos cabe do homem novo, revestido da ressurreição do Nosso Mestre. Esforcemo-nos, como aconselha São Paulo, para alcançarmos as coisas do alto, aspirando a cada dia, e sempre mais, as coisas celestes.

    Reflexão dos Noviços da Província