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Paróquia Santa Clara passa a ser administrada pela Diocese de Petrópolis

09/06/2022

Notícias

 

A Paróquia Santa Clara, a partir do dia 3 de julho, passa a ser administrada pelos padres diocesanos e não mais pela Província Franciscana da Imaculada Conceição. A mudança foi anunciada no dia 31 de maio último pelo bispo diocesano, Dom Gregório Paixão, OSB, que acolheu a manifestação apresentada pelo Ministro Provincial Frei Paulo Roberto Pereira, OFM.

O Padre José Carlos da Cruz Luna será o administrador paroquial de Santa Clara, tomando posse na missa presidida por Dom Gregório Paixão, no dia 3 de julho, às 9h, na Igreja Matriz.

OS PRIMEIROS PASSOS DA PARÓQUIA SEGUNDO FREI ANTÔNIO MOSER

Quando a Província da Imaculada Conceição adquiriu o Colégio São Vicente, em Petrópolis, para abrigar o novo Instituto Teológico Franciscano, havia uma preocupação, inclusive do novo bispo diocesano, D. Vaz, sobre a Paróquia São Norberto, ligada ao Colégio em 1998. Foi, então, que a Comissão Executiva do novo Instituto teve a ideia de se criar a sede da paróquia fora do terreno da nova instituição teológica.

Em texto nas “Comunicações” da Província (agosto/1998), Frei Antônio Moser, explicava os passos a serem dados da nova Paróquia. “No dia 3 de maio último foi lançada a pedra fundamental, num terreno de 8 mil m2, situado a uns 500 metros do nosso terreno, e bem no centro geográfico do populoso Bairro Valparaíso. Do projeto da nova paróquia constam, por ordem de execução: um galpão com estrutura metálica, de 600 m2 e que servirá de igreja provisória e local de promoções; uma casa de oração, rústica e toda de madeira, que servirá para as celebrações menores, com capacidade para 100 pessoas; uma igreja propriamente dita, para abrigar 1.200 pessoas; um salão de 500 m2, por baixo da laje da igreja, para as diversas atividades paroquiais”, escreveu o frade.

Segundo Frei Moser, até então tinha se conseguido: 1) a aprovação de todos os projetos; 2) a limpeza do terreno que, em parte, era um matagal e, em parte, uma grande lixeira; 3) a demarcação dos canteiros de obras; 4) a implantação de uma série de “estacas”, já que parte do terreno é pouco firme. “As obras para a construção do galpão tinham sido iniciadas e esperava-se celebrar o Natal dentro dele. A casa de oração deveria ficar pronta no começo do próximo ano. A igreja deverá estar coberta para a virada do milênio”, detalhou o frade.

Entre os milagres atribuídos a Santa Clara neste empreendimento constam, segundo Frei Moser: 1) a compra do terreno (pela Mitra), por um preço quase simbólico; 2) a remoção de uma grande adutora, que cortava o terreno ao meio; 3) a celebração de um acordo com 14 “ocupantes” de uma parte do terreno e que haviam implantado aí desde coberturas-garagens, até galinheiros; 4) a aprovação dos projetos, que encontraram uma série de obstáculos (questão de zoneamento); 5) a adesão surpreendentemente fácil ao nome de “Santa Clara”: um bom número de carros já circula com um adesivo e muitas pessoas vestem a “camisa de Santa Clara”; 6) a cobertura dada pela imprensa local e até pela RedeVida; 7) o grande entusiasmo do Conselho de leigos, todo ele constituído por pessoas que até há pouco olhavam os frades de modo meio ‘atravessado’, pois se julgavam “expulsas” daqui; 8) a generosa colaboração dos fiéis, através de carnês; 9) a solidariedade de todos os párocos da cidade que cedem seus espaços e até fazem promoções em favor da nova paróquia (os párocos da cidade fazem parte do Conselho, presidido por Frei Antônio Moser); 10) a indisfarçável predileção do Sr. Bispo, jesuíta, por tudo o que diz respeito ao que ele denomina de “clarinha”.

Frei Antônio conta que nos dias 8 e 9 de agosto, fim de semana mais próximo do dia de Santa Clara, foi realizada a primeira festa no local, um galpão de obras (150 m2). “Na missa prevista para o dia 9, à tarde, o Sr. Bispo promulgou o decreto, criando a nova paróquia. Importante: no decreto constou que o Instituto Teológico Franciscano será um “enclave”, com autonomia. A capela, que servia como sede da Paróquia de S. Norberto passou a ser, simplesmente, capela do Instituto Teológico Franciscano, gerida pelo Conselho Acadêmico. Pelo mesmo decreto, Frei Antônio Moser se tornou pároco ‘ad tempus’, ou seja, até a inauguração, já que Santa Clara era paróquia diocesana”.

“Ainda que, à primeira vista, a nova Paróquia de Santa Clara nada tenha a ver com o Novo Instituto Teológico Franciscano, na realidade, tem tudo a ver, já que sana um antigo problema: o da mixagem entre Instituto e paróquia. Assim, aqui nos 30 mil m2 onde se implanta o Instituto, poderão ser nitidamente visualizados quatro setores, mas todos eles em função do Instituto: 1) frente (jardins tombados); 2) Instituto propriamente dito; 3) residência franciscana; 4) área reservada para, eventualmente, no futuro, servir como espaço para atividades pastorais, culturais, de lazer e de sustentação econômica do Instituto. Cada um destes setores situa-se em platôs diferentes, de tal forma que, embora interligados, funcionarão de maneira autônoma. Com isso, muitos dos problemas sentidos no Sagrado, deixarão de existir, e com o novo Instituto poderá começar, verdadeiramente, uma nova fase da nossa centenária história”, completava o texto Frei Moser.

                                                                                 (toque nas imagens para ampliá-las) – Fotos de autoria de Frei Augusto Luiz Gabriel

Leia abaixo o comunicado do Bispo da Diocese de Petrópolis ou clique aqui Comunicado Dom Gregório – Paróquia Santa Clara: