Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

“Vida e destino de Jesus de Nazaré”, o grande lançamento da Vozes

21/09/2021

Notícias

“Jamais, talvez, Jesus de Nazaré tenha sido tão fascinante. Enquanto o cristianismo do século XXI se descobre cansado, sua figura fundadora atrai sempre mais a atenção dos historiadores, dos escritores, dos cineastas. Por que este interesse vivo e jamais saciado por um homem que veio de Nazaré? Tudo, nestes dois milênios, já não foi dito, escrito, discutido, pregado a seu respeito? As pesquisas realizadas para encontrar o ‘verdadeiro Jesus’ produziram um Jesus revolucionário, um Jesus hippie, um Jesus rabino, um Jesus profeta, um Jesus médico, um Jesus feminista, um Jesus filósofo… À qual retrato fiar-se? Dois mil anos depois, o enigma Jesus ainda persiste”, diz o autor de “Vida e destino de Jesus de Nazaré”, Daniel Marguerat.

Este livro é tão apaixonante quanto uma investigação policial. Num estilo atraente, vivo e claro, Marguerat apresenta aqui o melhor da pesquisa recente, mantendo os leitores curiosos até as últimas páginas.

O autor explica por que dividiu esta obra em três partes:

A primeira (“Os primórdios”) descreve as fontes documentárias à disposição e explica como explorá-las. Em seguida, o enigma do nascimento de Jesus é abordado, que, por sua vez, é acompanhado pela descrição da influência de seu mestre espiritual, João Batista.

A segunda parte (“A vida do Nazareno”) considera o Jesus curandeiro, poeta do Reino e mestre de sabedoria; aqui também abordamos quem são seus amigos e seus concorrentes, que consciência Jesus tinha de sua vocação e a razão pela qual Ele morreu em Jerusalém. A questão, entre estas diferentes facetas do personagem, é discernir onde se encontra o centro de sua convicção (o núcleo principal, por assim dizer) e o que dá coerência a seu agir. Sempre me empenharei em mostrar em que sentido Jesus é um homem de seu tempo, surgido do meio do judaísmo palestino dos anos 20-30, e em que sentido Ele se revela singular e inimitável.

A terceira parte (“Jesus após Jesus”) examina como a crença na ressurreição levou a reler a vida de Jesus após sua morte; interrogar-se sobre a historicidade dos acontecimentos da Páscoa reserva algumas surpresas. Por fim, o destino de Jesus nos três grandes monoteísmos (cristianismo, judaísmo, islã) ocupa a parte final do livro.

Daniel Marguerat, historiador e biblista, é professor honorário da Universidade de Lausanne. Seus trabalhos sobre a origem do cristianismo lhe renderam notoriedade internacional. É considerado um dos melhores especialistas atuais na pesquisa sobre Jesus de Nazaré. É coautor da obra “Jesus – A enciclopédia”. “O trabalho do historiador não asfixia a crença; ele participa de sua inteligência e de sua estruturação, e este trabalho que lhe presta é importante. O sabor histórico sempre foi um antídoto intelectual contra os fundamentalismos. Minha esperança é que, ao ler este livro, o leitor e a leitora compreendam melhor a razão pela qual a figura de Jesus de Nazaré continua fascinando a humanidade, crente ou não”, explica o autor.

Jesus está na moda. Historiadores, escritores, cineastas tentam perscrutar o mistério: Quem foi o homem de Nazaré? Teve ele um pai? O que Jesus ambicionava fazer? Qual foi o motivo de sua morte? Este livro não se esquiva de nenhuma questão. É obra de um historiador, teólogo, biblista, especialista em Antiguidade. Ele leva o leitor e a leitora a examinar os documentos, a buscar provas, a ultrapassar as respostas repisadas para perceber outras.

Aqui são abordadas suspeitas, já da época de Jesus, que pesavam sobre seu nascimento, e mostra-se que Jesus teve em João Batista um mestre espiritual. Diversas outras facetas deste judeu excepcional são exploradas: Jesus o homem das curas, Jesus o poeta do Reino, Jesus o mestre de sabedoria. Seus amigos (homens e mulheres) e seus adversários são nomeados. As razões de sua morte (por que morreu em Jerusalém?) são analisadas. O nascimento da crença em sua ressurreição também é investigado. O fabuloso destino de Jesus nos três grandes monoteísmos é igualmente retraçado: cristianismo, judaísmo e islã construíram dele uma imagem, cada vez diferente.