Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Regional São João realiza vigília pelos mortos da Aids

22/05/2014

Notícias

aidsSão João de Meriti (RJ) – A epidemia da Aids é uma realidade desde 1980. Muitas pessoas, organizações e setores da sociedade empenham suas energias há muitos anos no controle da epidemia. Esta realidade e a necessidade de envolver um número sempre maior de forças para lutar contra a doença aproximou também o Ministério da Saúde e a Igreja com a finalidade de contribuir na luta contra a epidemia.

Para manter o foco na Aids, a Pastoral DST/Aids realizou no último dia 17, na Paróquia Nossa Senhora das Graças, no distrito de Éden, São João de Meriti, a 31º Vigília pelos mortos de Aids, com o tema “É preciso manter o foco: Aids”.

A Vigília pelos mortos de Aids é um movimento internacional que se iniciou em maio de 1983, em Nova York por um grupo de mães, parentes e amigos de pessoas que faleceram por causa da Aids. Além de manifestar solidariedade às famílias que perderam pessoas para a Aids, o movimento busca transformar essa memória em compromisso para sensibilizar e mobilizar a sociedade para a problemática do HIV e Aids e mostrar que vidas estão sendo perdidas.

A lembrança dos mortos torna-se um grito de prevenção, pois sensibiliza os cristãos para o engajamento na luta contra a Aids e para o acolhimento e o cuidado com aqueles que vivem com HIV, superando a discriminação e o preconceito contra aqueles que vivem com a doença.

A Vigília tem como símbolo máximo velas acesas. Simbolizam nosso estado de vigilância. Cada vela acesa simboliza uma vida impedida de brilhar por causa da Aids. A colcha de retalhos também é um símbolo forte da memória das vítimas da Aids. Como a vida se tece nas relações e com a ajuda de muitos, a colcha lembra quantas pessoas nos deixaram. Por isso, é confeccionada com pedaços de panos que representam as pessoas que faleceram.

aids_2O Estado do Rio registrou 92.178 casos de Aids entre os anos de 2000 e 2012. A taxa de incidência da doença aumentou de 29,9 casos por 100 mil habitantes, em 2000, para 32 por 100 mil habitantes, em 2011. Na região metropolitana, a incidência sobe para 37,3 casos por 100 mil pessoas. Os dados foram divulgados no final de 2013 pela Secretaria Estadual de Saúde.

Em 1984, a proporção eram 14 homens infectados para cada mulher infectada, e em 2012, passou para 14 homens a cada dez mulheres. A maior parte dos casos ocorre entre homens homossexuais e mulheres heterossexuais. Para ambos os sexos, os casos se concentram na faixa etária dos 20 aos 49 anos.

De acordo com a secretaria, o diagnóstico tardio ainda é preocupante e atrapalha no combate à doença, pois cerca de 40% das mortes relacionadas à Aids poderiam ser evitadas se o paciente descobrisse ter o vírus HIV antes do aparecimento dos primeiros sintomas.

No Estado, 30% das gestantes com a doença não usaram medicamentos antirretrovirais, o que poderia ter evitado a transmissão para o bebê, e 24% só souberam do diagnóstico durante a gestação. A tuberculose é a principal causa de morte de pessoas com Aids, responsável por 20% das mortes no Estado.

Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que 655 mil pessoas vivem com Aids. A doença continua um desafio e ainda não foi vencida e muitas pessoas se infectam e morrem por causa do HIV, apesar dos avanços da medicina.