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Frei João Bunga participa de curso de formação no Quênia

11/07/2019

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Uma experiência significativa teve lugar em Nairóbi (Quênia), durante duas semanas, quase setenta formadores, incluindo animadores e coordenadores (15 Conventuais, 29 OFM, 28 Capuchinhos e 2 TOR) em toda a África, participaram da segunda parte da Escola Franciscana Formação para Formadores na África (FSFFA), que aconteceu de segunda-feira, 24 de junho a sábado, 6 de julho de 2019, no Centro de Espiritualidade São José, da Congregação das Pequenas Filhas de São José, no bairro de Karen, em Nairóbi. Pela Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola (FIMDA) participou o secretário da Fundação e mestre dos professos temporários, Frei João Alberto Bunga.

Segundo Frei Bunga, esta escola de formação foi dividida em três anos, tendo cada ano duas semanas. “Diferentemente do primeiro ano, que teve as duas primeiras semanas de formação em Lusaka, capital da Zâmbia, neste tivemos a presença de todos os secretários de formação das três obediências, como os da Ordem dos Frades Menores, Frei Cesare Vaiani, e o Vice-Secretário para Formação e Estudos, Frei Sinisa Balajic”, explicou o frade angolano.

 

Esta segunda etapa do curso, denominada “Ano de Aprofundamento”, explorou em profundidade várias dimensões da formação franciscana, como lembrou Frei João. “Tivemos duas semanas intensivas de formação, reflexão, retiro e trocas de experiências. O método usado foi muito bom. Começávamos com a Missa e, na sequência, tínhamos a uma manhã formativa com um palestrante. A tarde era reservada para os estudos em grupos. Fomos divididos em sete grupos, onde partilhamos as reflexões das questões que os pregadores colocaram de manhã”, disse.

Segundo Frei João Bunga, O curso foi dado em francês e inglês. “São as línguas mais faladas nas Conferências Africanas da Ordem Franciscana. Abordamos temas como a ‘dimensão bíblica da formação’, ‘a dimensão teológica da formação’ e ‘a  dimensão franciscana da formação, que foi dado pelo nosso secretário Geral, Frei Cesare Vaiani. Ele falou sobre o tema a partir das biografias de São Francisco”, lembrou Frei João, informando que o vice-secretário Geral, Frei Sinisa abordou a dimensão antropológica da formação, isso já no quinto dia da primeira semana.

Segundo o frade, momento comovente foi a experiência com os empobrecidos no bairro Deep Sea – Westlands, uma espécie de favela em Nairóbi. “Foi uma experiência que comoveu os participantes, que almoçaram com eles, e puderam conhecer um pouco de sua cultura. Vimos uma gente feliz, alegre, mesmo vivendo em situações de empobrecimento”, partilhou Frei João.

A segunda semana seguiu a mesma metodologia, tratando de temas como as crises no tempo da formação, a dimensão psicológica, abordando a questão de como a neurociência pode ajudar os formandos.  “Falou-se das qualidades de uma formador para acompanhar os seus formandos, dos aspectos individuais da formação. Podemos dizer que foi um tempo muito frutífero. Com toda a certeza vai ajudar a entender melhor a nossa capacidade formativa, tentando juntar aquilo que aprendemos no Brasil e aquilo que estamos aprendendo para melhor acompanharmos nossos formandos”, acredita Frei João.

“Nós precisamos, cada vez mais, buscar meios que nos possibilitem tentar equalizar a formação franciscana dos nossos frades daqui e também da nossa realidade do Brasil, porque pertencemos à Província. É uma experiência muito boa. Ainda faltam duas semanas de curso, mas desde já agradeço à Província por me dar esta oportunidade de aprender mais e ajudar na formação em nível de Fundação, Província e Ordem. Peço que rezem por nós aqui na África e que sejamos sempre irmãos, capazes de levar o projeto de Deus avante”, completou Frei João.

Finalmente, do ponto de vista da formação intercultural, o fato de estar entre irmãos de diferentes países, culturas e famílias franciscanas serviu para aprofundar a compreensão de diferentes perspectivas e ajudou a dissipar estereótipos negativos e preconceitos pessoais sobre diferentes grupos. A diversidade cultural ajudou a respeitar e reconhecer novos conhecimentos, novas habilidades linguísticas e novas formas de pensar. Em vez de ser uma limitação, a diversidade cultural pode oferecer uma contribuição única e positiva para o fortalecimento da vida comunitária.

No final do curso, os participantes se cumprimentaram, aguardando a terceira e última parte do curso, em 2020.