Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

“Psicologia dos extremismos políticos” entre os lançamentos Vozes

30/03/2020

Notícias

Psicologia dos extremismos políticos

Domenico Uhng Hur e José Manuel Sabucedo (Organizadores)

Devido ao interesse de compreender de forma aprofundada o fenômeno dos extremismos, buscamos investigá-lo em distintas nações do mundo, como surgem em países como Estados Unidos, França, Espanha, Índia, Venezuela, Brasil, Colômbia, Argentina e México, explicando-o a partir das contribuições teóricas da Psicologia Social e Política. Nesse sentido, discute-se, por exemplo, a conjuntura norte-americana que possibilitou a vitória de D. Trump, o crescimento da Frente Nacional de Le Pen na França, a vitória de Bolsonaro no Brasil, de Macri na Argentina, os conflitos na Venezuela, a crise e o nacionalismo na Espanha etc.

Dessa forma, o objetivo deste livro é analisar os acontecimentos contemporâneos de emergência dos extremismos políticos em distintos países, para discutir os esquemas cognitivos, afetivos e psicopolíticos que influem em sua intensificação atual. Buscamos também discutir as variáveis psicossociais que levam ao aumento do ódio e da hostilidade ao outro no atual momento histórico; e se há relação entre a emergência dos extremismos políticos e a intensificação do neoliberalismo e da insegurança social.

Contamos com as contribuições de autores de diferentes partes do mundo, referências de destaque na Psicologia Social e Política de seus próprios países. Destacamos que a diversidade dos enfoques teóricos e metodológicos dos capítulos reflete o campo heterogêneo e multimétodos da Psicologia Política mundial. Assim, há uma pluralidade de teorias, métodos e posicionamentos políticos adotados neste livro, que tornam o fenômeno do extremismo multifacetado. Dessa forma, o leitor perceberá que há diversas maneiras de se realizar Psicologia Política de acordo com as singularidades regionais dos autores de cada capítulo. E vale ressaltar que este é o único livro do campo da Psicologia que realizou uma análise sobre o tema dos extremismos de forma transnacional.

Domenico Uhng Hur é psicólogo, mestre e doutor em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (USP), com estágio doutoral na Universidade Autônoma de Barcelona/Catalunha, e pós-doutoral na Universidade de Santiago de Compostela/Espanha. Professor-associado de Graduação e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Goiás (UFG). Professor-convidado do mestrado em Psicologia Social e doutorado em Ciências Sociais da Universidade Pontifícia Bolivariana (Medellín/Colômbia). Secretário de Pesquisas da Associação Ibero-latino-americana de Psicologia Política. Bolsista de Produtividade em Pesquisa (PQ-2) do CNPq. Autor e organizador de 5 livros e mais de 50 publicações acadêmicas.

José Manuel Sabucedo é professor-catedrático de Psicologia Social da Universidade de Santiago de Compostela/Espanha (USC). Foi membro do Conselho Diretivo da International Society ofPoliticalPsychology – Ispp. É presidente e fundador da Sociedad Científica Española de Psicología Social e ex-editor da Revista de Psicología Social. Escreveu mais de 150 publicações científicas, entre artigos, livros e capítulos. Muitos desses trabalhos foram realizados em colaboração com pesquisadores de países como Argentina, Colômbia, Holanda, Suécia, Inglaterra, França etc. Alguns de seus livros, como autor ou coorganizador, foram publicados em diversos idiomas.

NÚMERO DE PÁGINAS: 296

 

À paz perpétua
Um projeto filosófico

Immanuel Kant

Em 1795, a maneira sarcástica com a qual Kant inaugura um de seus textos mais influentes referindo-se ao letreiro de uma pousada holandesa sobre o qual está pintado um cemitério cujo lema é a “paz perpétua” diz muito sobre a situação permanente de guerra em que se encontrava não só os países europeus daquele tempo, mas também, de modo geral, os povos na história da humanidade.

Com o objetivo de colocar um fim definitivo em todas as guerras, Kant propõe os fundamentos de uma teoria integral do direito público tripartida nos âmbitos do (1) direito do Estado, (2) do direito das gentes e (3) do direito cosmopolita. Exige-se, na primeira esfera, a instituição da constituição republicana, o que deve tornar os estados sistemas políticos representativos. Em relação à segunda esfera, os estados republicanos devem se reunir em uma liga livre de povos contrária à guerra. E, na última, os seres humanos devem ser reconhecidos como cidadãos do mundo, o que lhes garante um direito à hospitalidade.

Não é de se surpreender, levando em conta essas inovações, que o opúsculo kantiano “À paz perpétua” tenha se tornado tão rapidamente popular e que a sua influência tenha se estendido para o contexto jurídicopolítico do século XX, materializando-se no aparecimento de organizações internacionais como a Liga das Nações (1919) e a Organização das Nações Unidas (1945).

Neste ensaio filosófico, Kant afirma que a guerra seria uma condição natural dos Estados. No entanto, apesar de natural, este estado não seria justo ou moral. Ele delineia, então, as condições necessárias para o estabelecimento da paz entre as nações, em que a autonomia de cada Estado estaria assegurada e a guerra só estaria presente em situações extremamente necessárias. A paz, segundo Kant, seria um ideal construído, pelo qual devemos nos esforçar.

Immanuel Kant nasceu aos 22 de abril de 1724 na cidade universitária de Köni-gsberg, pertencente ao então Império da Prússia, hoje Kaliningrado. Ali estudou, aprendeu latim e línguas clássicas, obteve seu doutorado (1755), escreveu, ensinou e passou toda a sua vida. Em 1770, tornou-se professor de Lógica e Metafísica e lecionou durante os 27 anos seguintes, conquistando o afeto e a admiração de seus alunos, que acorriam a Königsberg como a “Meca da Filosofia”. Morreu aos 79 anos de idade, em 12 de fevereiro de 1804. Entre suas principais obras, além da Crítica da razão pura, estão a Fundamentação da metafísica dos costumes, Crítica da razão prática e a Crítica da faculdade de julgar.

NÚMERO DE PÁGINAS: 96

 

À paz perpétua
Um projeto filosófico – Edição de bolso

Immanuel Kant

Em 1795, a maneira sarcástica com a qual Kant inaugura um de seus textos mais influentes referindo-se ao letreiro de uma pousada holandesa sobre o qual está pintado um cemitério cujo lema é a “paz perpétua” diz muito sobre a situação permanente de guerra em que se encontrava não só os países europeus daquele tempo, mas também, de modo geral, os povos na história da humanidade.

Com o objetivo de colocar um fim definitivo em todas as guerras, Kant propõe os fundamentos de uma teoria integral do direito público tripartida nos âmbitos do (1) direito do Estado, (2) do direito das gentes e (3) do direito cosmopolita. Exige-se, na primeira esfera, a instituição da constituição republicana, o que deve tornar os estados sistemas políticos representativos. Em relação à segunda esfera, os estados republicanos devem se reunir em uma liga livre de povos contrária à guerra. E, na última, os seres humanos devem ser reconhecidos como cidadãos do mundo, o que lhes garante um direito à hospitalidade.

Não é de se surpreender, levando em conta essas inovações, que o opúsculo kantiano “À paz perpétua” tenha se tornado tão rapidamente popular e que a sua influência tenha se estendido para o contexto jurídicopolítico do século XX, materializando-se no aparecimento de organizações internacionais como a Liga das Nações (1919) e a Organização das Nações Unidas (1945).

Neste ensaio filosófico, Kant afirma que a guerra seria uma condição natural dos Estados. No entanto, apesar de natural, este estado não seria justo ou moral. Ele delineia, então, as condições necessárias para o estabelecimento da paz entre as nações, em que a autonomia de cada Estado estaria assegurada e a guerra só estaria presente em situações extremamente necessárias. A paz, segundo Kant, seria um ideal construído, pelo qual devemos nos esforçar.

Immanuel Kant nasceu aos 22 de abril de 1724 na cidade universitária de Köni-gsberg, pertencente ao então Império da Prússia, hoje Kaliningrado. Ali estudou, aprendeu latim e línguas clássicas, obteve seu doutorado (1755), escreveu, ensinou e passou toda a sua vida. Em 1770, tornou-se professor de Lógica e Metafísica e lecionou durante os 27 anos seguintes, conquistando o afeto e a admiração de seus alunos, que acorriam a Königsberg como a “Meca da Filosofia”. Morreu aos 79 anos de idade, em 12 de fevereiro de 1804. Entre suas principais obras, além da Crítica da razão pura, estão a Fundamentação da metafísica dos costumes, Crítica da razão prática e a Crítica da faculdade de julgar.

NÚMERO DE PÁGINAS: 88

 

Jogos, simulações e dinâmicas organizacionais

Ananisa Silva de Souza

Jogos, simulações e dinâmicas organizacionais tem como objetivo facilitar a vida dos profissionais que no dia a dia precisam de ferramentas para avaliar, capacitar, recrear e desenvolver pessoas nos diversos grupos sociais.

Nesta obra são sugeridas dinâmicas, simulações, técnicas e jogos vivenciais já testados, dando dicas para facilitar a aplicação dos mesmos.

Conhecer os grupos e seus processos é de suma importância para a formação de um profissional, pois o ser humano precisa conviver com os outros indivíduos, sendo que as competências mais valorizadas pelas empresas são o trabalho em equipe e o relacionamento interpessoal.

As atividades lúdicas são excelentes ferramentas para a transmissão e fixação do conhecimento. Se pensarmos que atualmente os profissionais estão em busca de experienciar e experimentar, as dinâmicas proporcionam exatamente isso: a vivência…

Ananisa Silva de Souza possui graduação em Administração pela Universidade Católica de Petrópolis, pós-graduação em Gestão de Pessoas pela Estácio, MBA em Liderança Sustentável e Coaching Executivo pela AVM. Também é licenciada em Educação Física – Unopar, com especialização em docência do Ensino Superior, também pela Unopar. Mestranda em Gestão de RH e Liderança – Funiber, atua há 23 anos na gestão de pessoas e há 12 anos como professora.

Nº DE PÁGINAS: 96

 

Leviatã

Thomas Hobbes

A Natureza, a arte pela qual Deus tem feito e governado o mundo, é também imitada pela arte do homem, assim como em muitas outras coisas, de maneira que ele possa fazer um animal artificial. Pois, considerando a vida como o movimento dos membros, o início do qual ocorre em alguma parte interna; por que não podemos dizer que todos os autômatos (engenhos que se movem sozinhos por molas e engrenagens, como no caso de um relógio) têm uma vida artificial? Pois o que é o coração, senão uma mola; e os nervos, senão muitas correias; e as juntas, senão muitas engrenagens, que dão movimento a todo o corpo, tal como foi pretendido pelo artífice?

A Arte vai além, imitando aquele trabalho racional e mais excelente da natureza, o homem. Pois pela Arte é criado aquele grande LEVIATÃ, chamado de REPÚBLICA ou ESTADO (no latim, CIVITAS), que nada mais é do que um homem artificial; por conta da grande estatura e força além da natural, cuja intenção é a proteção e defesa; e, nele, a Soberania é uma alma artificial, uma vez que é a doadora de vida e movimento a todo o corpo; os magistrados e outros servidores do judiciário e executivo são juntas artificiais; a recompensa e a punição (unidos ao assento da soberania, cada junta e membro se move para realizar sua tarefa) são os nervos, que fazem o mesmo no corpo natural; a prosperidade e as riquezas de todos os membros particulares são a força; a segurança das pessoas (saluspopuli) são os negócios; os conselheiros, pelos quais todas as coisas necessárias a ele são conhecidas, são a memória;a equidade e leis são uma razão e uma vontade artificiais; a concórdia é a saúde;a sedição é a doença; e a guerra civil é a morte.

Por fim, os pactos e convenções, pelos quais as partes deste corpo político foram feitas inicialmente, sentam-se juntos; e unidos, rememoram aquele “faça-se” (Fiat), ou o “façamos o homem”, pronunciado por Deus na criação.

Thomas Hobbes foi um filósofo inglês do século XVII, reconhecido como um dos fundadores da filosofia política e ciência política modernas.

Nº DE PÁGINAS: 608

 

O anticristo
Maldição ao cristianismo

Friedrich Nietzsche

O anticristo, de Nietzsche, discorre sobre a natureza da religião cristã e sobre a concepção de mundo e do homem dela decorrente. A aparente crítica de Nietzsche contra o cristianismo é, na verdade, uma crítica à “maldição original” editada pelo cristianismo. É uma “negação da negação” do homem; portanto, uma afirmação daquilo que o cristianismo historicamente negou.

Em 1888, um ponto de virada final ocorreu no pensamento de Friedrich Nietzsche: ele abandonaria o problema do niilismo e se concentraria no problema do cristianismo. Longe de ser um movimento de humor, a “maldição contra o cristianismo” lançada pelo último Nietzsche é o ponto culminante de sua filosofia. Na verdade, é invertendo os valores do cristianismo que Nietzsche pode apresentar melhor sua determinação do mundo como uma vontade de poder. A unidade da filosofia de Nietzsche é alcançada através da figura do anticristo, destruidor, maldito do cristianismo. A última filosofia de Nietzsche é “uma filosofia do anticristo”.

A crítica de Nietzsche não pretende restaurar o cristianismo ideal às custas do cristianismo realizado, mas visa diretamente o ideal e o sistema moral cristãos. Longe de lutar contra o Deus único cristão, Nietzsche atacará Cristo (a quem dissocia do Jesus histórico). A este Cristo, corpo impossível, Nietzsche oporá um outro ideal do homem, resultante da nobre moral, um outro corpo: Dioniso. Através da oposição  entre  Dioniso  e  o  Crucificado, são duas maneiras de determinar a verdade, duas maneiras de viver e de pensar que se confrontarão.

Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em 1844. Aluno brilhante, dotado de sólida formação clássica, sofreu forte influência da filosofia de Schopenhauer. Foi nomeado, aos 25 anos, professor de Filologia na Universidade de Basileia, onde aprofundou-se no pensamento grego antigo. Durante toda sua vida tentou explicar o insucesso de sua literatura, chegando à conclusão de que nascera póstumo, para os leitores do porvir. Sensível às profundas mudanças que ocorriam no século XIX, Nietzsche foi um dos primeiros pensadores a apontar a existência de um lado sombrio da Modernidade, disfarçado geralmente sob uma aura de progresso científico e avanço tecnológico.

Nº DE PÁGINAS: 96

 

O anticristo
Maldição ao cristianismo

Edição de bolso

Friedrich Nietzsche

O anticristo de Dostoiévski parece ser mais fundamental, para Nietzsche, do que o de Schopenhauer, pois não é tanto uma visão naturalista do mundo, uma verdade, quanto uma verdadeira práxis filosófica, ancorada na hierarquia e fiel ao sentido da Terra, que Nietzsche irá reabilitar revertendo o valor de todos os valores. O anticristo não defende uma simples Weltanschauung, mas afirma a superioridade do reino terrestre sobre um pretenso reino ideal e traça um caminho para outra forma de cultura.

Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em 1844. Aluno brilhante, dotado de sólida formação clássica, sofreu forte influência da filosofia de Schopenhauer. Foi nomeado, aos 25 anos, professor de Filologia na Universidade de Basileia, onde aprofundou-se no pensamento grego antigo. Durante toda sua vida tentou explicar o insucesso de sua literatura, chegando à conclusão de que nascera póstumo, para os leitores do porvir. Sensível às profundas mudanças que ocorriam no século XIX, Nietzsche foi um dos primeiros pensadores a apontar a existência de um lado sombrio da Modernidade, disfarçado geralmente sob uma aura de progresso científico e avanço tecnológico.

Nº DE PÁGINAS: 120