Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

“Pequena escola de oração” entre os lançamentos da Vozes

27/03/2019

Notícias

Pequena escola de oração 

Sobre a vida e as práticas espirituais

Anselm Grün

Nesta pequena escola de oração Anselm Grün pretende partir primeiramente da instrução que Jesus deu aos seus discípulos. Segundo ele, Jesus não ensinou a oração aos seus discípulos de modo abstrato. Ele lhes mostrou na prática como poderiam rezar.

Jesus conhecia e praticava a tradição judaica de rezar os Salmos. Ele mesmo rezava Salmos. Os evangelistas nos mostram isso principalmente em sua Paixão. Por isso, Grün também quer apresentar a escola de oração dos Salmos. Nas horas canônicas, os monges cantam, em primeira linha, Salmos. Eles são parte essencial de sua oração. Se não entenderem os Salmos, também não conseguirão entender a oração que os monges cultivam.

Além disso, Anselm Grün pretende descrever também alguns modos de rezar, como, por exemplo, dar graças, interceder e louvar. E comentará os gestos e as posturas com as quais rezamos. Os gestos expressam em uma “língua” própria aspectos importantes da oração. Pois a oração não é apenas uma fala verbalizada, mas, num sentido mais profundo, um diálogo. Trata-se de um encontro com Deus. Os gestos nos abrem como seres humanos íntegros, com corpo e alma, para Deus, para que o Espírito de Deus nos penetre. Esse encontro com Deus é sempre, também, um encontro comigo mesmo. Por isso, a oração é sempre autoconhecimento e encontro consigo mesmo. A oração permite apresentar a Deus tudo aquilo que está dentro de mim.

Anselm Grün, OSB, doutor em Teologia, nascido em 1945, vive na Abadia de Münsterschwarzach e é guia de meditação. Seus livros são divulgados pelo mundo inteiro, chegando a milhões de cópias vendidas. Há décadas vem se dedicando a refletir e escrever sobre as questões fundamentais da vida, das relações humanas, dos desafios que nos convidam a amadurecer e abrir nossa alma para encontrar sua verdadeira natureza e perceber Deus nas coisas aparentemente simples. Inspira-se na tradição monástica e cristã, e recorre também à psicologia e às demais ciências para ajudar as pessoas a compreender melhor sua vida e diminuir a complexidade dos problemas que a vida moderna nos impõe enfrentar. Tem a habilidade de falar com clareza, e expressar aquilo que muitos não conseguem formular em palavras. É autor de dezenas de obras publicadas no Brasil pela Editora Vozes.

 

Filosofia: e nós com isso?

Mario Sergio Cortella

A principal contribuição da Filosofia é criar obstáculos, de modo a impedir que as pessoas fiquem prisioneiras do óbvio, isto é, que circunscrevam a sua existência dentro de limites estreitos, de horizontes indigentes e de esperanças delirantes.

A Filosofia não é a única que pode dificultar a nossa mediocrização, mas é aquela que tem impacto mais significativo nessa empreitada, pois requer um pensamento e uma reflexão que ultrapassem as bordas do evidente e introduzam alguma suspeita naquilo que vivemos e acreditamos. Em outras palavras, a Filosofia estende a nossa consciência e fortalece nossa autonomia.

Toda dimensão reflexiva precisa ser radical, ou seja, lançar raízes profundas e escapar da superficialidade.

A Filosofia, quando sistemática e não dogmática, nos oferece algumas ferramentas mentais para procurar mais precisão no foco de uma existência que, mesmo que finita, não precisa ser vulgar e parasitária; ela implica aprofundar as “razões” e os “senões” daquilo que, ao mesmo tempo, se deseja e se percebe viável.

Mais do que uma Filosofia do cotidiano seria uma Filosofia no cotidiano! Isto é, a presença da indagação filosófica sobre temas da nossa vivência de agora, iluminados pela história do pensamento, mas sem mergulhar em meras abstrações eruditas, com simplicidade (sem ser simplória) e com compreensibilidade (sem ser superficial).

Mario Sergio Cortella, nascido em Londrina/PR em 05/03/1954, filósofo e escritor, com mestrado e doutorado em Educação, professor-titular da PUC-SP (na qual atuou por 35 anos, 1977/2012), com docência e pesquisa na Pós-Graduação em Educação: Currículo (1997/2012) e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião (1977/2007); é professor-convidado da Fundação Dom Cabral (desde 1997) e ensinou no GVpec da FGV-SP (1998/2010). Foi secretário municipal de Educação de São Paulo (1991-1992). É autor de mais de 35 livros com edições no Brasil e no exterior, entre eles, pela Vozes, Não espere pelo epitáfio!;Não nascemos prontos!; Não se desespere!Filosofia e Ensino Médio: certas razões, alguns senões, uma proposta; Pensar bem nos faz bem! (4 volumes); Felicidade foi-se embora? (com Frei Betto e Leonardo Boff) e Qual é a tua obra?: inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética.

 

Compreender Maquiavel

Denis Collin

Maquiavel, impiedoso realista, teve só uma paixão em sua vida, a do bem público e da liberdade de sua pátria. É um pensador difícil de apreender completamente. Defensor da sabedoria do povo, sabe também o quanto uma multidão ensandecida, uma multidão que perdeu qualquer medida, pode ser destrutiva, e convida então quem quiser pensar sobre política a sempre considerar os homens como fundamentalmente maus.

Republicano constante, como veremos, ele admite a necessidade da ditadura e não hesita em procurar um “homem providencial”, um príncipe que poderia libertar a Itália – um príncipe que institua uma monarquia que se tornaria republicana. Ele não propõe uma teoria política, por mais simpática, arbitrária e ilusória que seja, como geralmente fazem os utopistas: ele define uma política para tempos de crise, quando o antigo está morto, mas se recusa a morrer, e quando o novo é urgente, mas parece não querer advir.

Denis Collin é professor de Filosofia, doutor em Filosofia, Letras e Ciências Humanas. É autor de diversos livros na área de Filosofia Morale Política.

 

Aprendizagem autorregulada
Como promovê-la no contexto educativo?

Evely Boruchovitch e Maria Aparecida Mezzalira Gomes (Organizadoras)

A aprendizagem autorregulada é o processo pelo qual indivíduos ativam, orientam, monitoram e se responsabilizam pela sua própria aprendizagem. Requer a integração dos fatores cognitivos, metacognitivos, afetivos, motivacionais e comportamentais envolvidos no aprender. As organizadoras desta obra reconhecem na perspectiva da aprendizagem autorregulada um marco teórico muito importante da psicologia educacional contemporânea, com contribuições fundamentais à educação e à psicopedagogia, na contemporaneidade. Identificam suas sólidas possibilidades de ações em níveis de diagnóstico, atuação e intervenção, com vistas ao fortalecimento dos processos de ensino-aprendizagem e ao empoderamento de seus atores sociais durante a escolarização formal. Constatam também a escassez de obras publicadas dentro desse referencial teórico e consideram que o grande diferencial que o presente livro traz são as sugestões práticas, com embasamento científico, em linguagem acessível.

Um dos desafios da agenda de pesquisa nacional acerca da aprendizagem autorregulada é como promovê-la no contexto educativo brasileiro. Nesse sentido, a presente obra descreve práticas e procedimentos que desenvolvem a consciência metacognitiva necessária à autorregulação de docentes e estudantes. Como a temática da aprendizagem autorregulada tem ampla aplicabilidade psicopedagógica no meio educacional, nos diversos segmentos da escolaridade, desde o Ensino Fundamental até o Ensino Superior, principalmente na formação de professores, os autores desejam compartilhar o conhecimento construído ao longo de anos com o público em geral; particularmente, pesquisadores, professores, educadores, psicopedagogos, psicólogos e estudantes de pós-graduação e graduação, entre outros.

Evely Boruchovitch é psicóloga pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Ph.D. em Educação pela Universityof Southern California, Los Angeles, professora titular do Departamento de Psicologia Educacional da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Psicopedagogia (Gepesp), FE/Unicamp. Coordenadora da Linha Psicologia e Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação, FE/Unicamp. Bolsista de Produtividade 1B do CNPq.

Maria Aparecida Mezzalira Gomes é pesquisadora-colaboradora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Psicopedagogia. Possui graduação em Pedagogia, especialização em Psicopedagogia Escolar e Clínica, mestrado e doutorado em Desenvolvimento Humano e Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2008). Estudos de Pós-doutorado Júnior junto à FE/Unicamp, com bolsa do CNPq (PDJ 2011-2013). Consultora ad hoc de diversas revistas científicas. Experiência docente no Ensino Superior em cursos de licenciatura (disciplinas da área de Educação) e em cursos de Pós-graduação Lato Sensu, em Psicopedagogia.

 

Interdisciplinaridade na História e em outros campos do saber

José D’Assunção Barros

A perspectiva interdisciplinar tem se apresentado como uma saída importante para superar o isolamento de certos saberes acadêmicos, para combater os aspectos negativos da hiperespecialização, para transcender o individualismo recorrente em diversas das práticas científicas. Compreender o que é Interdisciplinaridade – e seus correlatos, como a Transdisciplinaridade e a Pluridisciplinaridade –, e aplicar estas novas perspectivas nos já antigos saberes acadêmicos, têm sido aspectos importantes para a renovação e religação dos saberes neste novo milênio.

Este livro realiza tanto uma análise conceitual do problema como explora a possibilidade efetiva de introduzir atitudes interdisciplinares nos diversos saberes modernos. Interdisciplinaridades já tradicionais – como os diálogos entre a História e as demais ciências humanas – são exploradas ao lado de outras inovadoras, como a inspiração transformadora que pode ser trazida pela Música a saberes diversos como a História, a Geografia, a Antropologia e a Física. Rediscutir o que é a Ciência,e explorar os seus diálogos possíveis com a Arte, mostra-se aqui imprescindível.

A obra é de interesse para estudantes, professores e profissionais de campos diversos de saber, entre os quais as várias ciências humanas. Também possibilitará ao grande público, fora dos meios acadêmicos, compreender a renovação que tem sido demandada para a ciência nos últimos tempos, com vistas ao rompimento dos seus limites disciplinares demasiado rígidos. Compreender o que é interdisciplinaridade, conforme a proposta deste livro, é também compreender o que é – ou o que deveria ser – uma disciplina. Nesse sentido, a presente obra também apresenta um interesse especial para a área mais geral da Metodologia Científica e para a educação nos seus diversos níveis.

José D’Assunção Barros é historiador e professor-associado de História na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), além de professor permanente do Programa de Pós-Graduação em História Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e graduado em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), possui ainda graduação em Música (UFRJ), área à qual também se dedica, ao lado da pesquisa em História. Além de cerca de cento e cinquenta artigos publicados, trinta e cinco dos quais em revistas internacionais, publicou diversos livros dedicados à pesquisa histórica, à Teoria da História, à Metodologia Científica e a temas relacionados ao Cinema, Literatura, Música, Arte e Desigualdades Sociais.

 

Métodos de pesquisa para a pedagogia

Melanie Nind, Alicia Curtin e Kathy Hall

Esta obra pertence, em sua edição original, a uma série chamada Métodos de pesquisa para a educação, cujo intuito é fornecer livros que sejam úteis aos pesquisadores que desejam pensar sobre métodos de pesquisa no contexto de sua área, de seu problema de pesquisa ou de seus objetivos de pesquisa.

Embora os pesquisadores possam utilizar qualquer manual de métodos para ideias e inspiração, têm de arcar com o ônus de aplicar uma parte dos métodos de pesquisa das ciências sociais à educação em particular, ou os métodos de pesquisa da educação a uma dimensão particular da educação (pedagogia, escolas, a dimensão digital, aprendizado profissional, para nomear alguns exemplos). Essa aplicação de ideias não está distante de nós e levou a muitas pesquisas e também ao desenvolvimento de metodologias.

Este livro, contudo, é mais direcionado, tornando-o um bom ponto de partida para estudantes, pesquisadores ou alguém que deseja formular uma proposta de pesquisa. Ele reúne várias possibilidades, por vezes interconectadas e diversas, para investigar contextos, setores, problemas ou fenômenos da educação. Assim, você encontrará prontamente uma discussão sobre os métodos relacionados àquela parte da pesquisa em educação pela qual se interessa; mas, além disso, encontrará métodos e abordagens menos óbvias e mais inovadoras.

Melanie Nind: Ph.D., professora de Educação, Universidade de Southampton, Reino Unido, tem uma longa história de ensino e pesquisa focada no interativo, no inclusivo e no pedagógico. Atualmente, investiga as pedagogias aplicadas em cursos de curta duração sobre métodos de pesquisa em ciências sociais avançadas. Este trabalho é parte de um programa de pesquisa pedagógica do National Centre for ResearchMethods (Centro Nacional de Métodos de Pesquisa), onde Melanie é codiretora. Ela coedita a InternationalJournalofResearch&Method in Education e é diretora do Centre for Research in Inclusion (Centro para a Pesquisa em Inclusão) na Southampton EducationSchool.

Alicia Curtin: Ph.D., professora na UniversityCollege Cork, Irlanda, conduz pesquisa empregando a teoria sociocultural para explorar temas altamente relevantes à educação e à aprendizagem. Esses incluem literacias de adolescentes na e fora da escola; língua e identidade e perspectivas neurocientíficas em literacia e aprendizado. Seu design de pesquisa mais recente (com Kathy Hall) investiga o aprendizado no ambiente de trabalho profissional de professores experientes.

Kathy Hall: Ph.D., professora de Educação e diretora da UniversityCollege Cork, Irlanda, é uma experiente professora escolar, pesquisadora, professora universitária e autora com interesse consolidado em pedagogia no sentido mais amplo. Suas recentes publicações incluem Networks of mind: learning, culture, neuroscience (Redes da mente: aprendizado, cultura, neurociência), de 2013, com Curtine Rutherford.

 

Pesquisa humanista da alma

Karl Kerényi

Nos estudos mitológicos de Karl Kerényi, o ser humano e suas possibilidades são colocados no centro. As interpretações de Kerényi são humanistas, pois seu ponto de fuga é o ser humano concreto, corpóreo, em meio a mundos mitológicos. Uma pesquisa que se mostra claramente como pesquisa da alma. E todas as dimensões do humano são exploradas no espelho mitológico. Sua única intenção nesta obra era meramente abrir uma brecha no muro que protegia a filologia clássica tradicional. Seu objetivo não era a “pesquisa da alma”, mas, desde “O nascimento de Helena” (1937), a pesquisa mitológica, que na época, estava entregue à degeneração dentro daqueles muros.

O autor escolheu como título deste volume “Pesquisa humanista da alma” para caracterizar a direção nessa especificidade, sem saber que ela o reuniria com Carl Gustav Jung. Ela preservou essa especificidade também após o encontro com o grande médico e psicólogo. Originalmente, sua única intenção era meramente abrir uma brecha no muro que protegia a filologia clássica tradicional. O escrito teórico correspondente foi o ensaio “O que é mitologia?”, de 1939. Um exemplo foi o estudo de 1940 “Sobre o mitologema da criança original”, que – como modelo da “criança divina” – marcou o início de uma cooperação literária com C. G. Jung.

Kerényi ocupa um lugar de destaque entre os pensadores contemporâneos. Húngaro, ele escolheu a Suíça como exílio durante a II Guerra Mundial e tornou-se mundialmente conhecido e reconhecido como um grande humanista e um acadêmico clássico. Ele é autor de um vasto número de trabalhos importantes e, em colaboração com C.G. Jung, escreveu em 1961 Introduction to a Science of Mythology (Introdução à Ciência da Mitologia). Pela Editora Vozes tem publicadas as obras, A mitologia dos gregos Vol. I; A mitologia dos gregos vol. II, Arquétipos da religião grega.