Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Pe. Daniel convida: “Apesar de um período de medo, que possamos correr alegres para cantar os louvores da Mãe”

18/04/2022

Notícias

 Vila Velha (ES) – O bom público que veio ao Campinho do Convento da Penha nesta segunda-feira da Páscoa, 18 de abril, ouviu do Pe. Daniel Calil Mascalubo, da Paróquia São Sebastião do Alto Guandu, em Afonso Cláudio, uma mensagem de esperança e alegria.  Ele presidiu a Celebração Eucarística deste segundo dia do Oitavário da Festa da Penha, tendo como concelebrantes os frades do Convento e os padres da Área Pastoral Serrana da Arquidiocese de Vitória (formada por 9 paróquias, localizadas nos municípios de Afonso Cláudio, Brejetuba, Domingos Martins, Marechal Floriano, Santa Leopoldina e Santa Maria de Jetibá).

Uma boa parte do povo que esteve no Campinho do Morro da Penha também veio da Região Serrana, já que neste dia esta Área Pastoral ficou com a responsabilidade litúrgica da Festa.

Neste ano, o tema da 452ª edição da Festa é “Saúde dos enfermos, rogai por nós”, trecho da Ladainha de Nossa Senhora que foi escolhido devido ao momento pandêmico. Pe. Daniel partiu deste tema e do Evangelho do dia (Mt 28,8-15), que narra o encontro das mulheres com o Ressuscitado, para fazer a sua reflexão.

“Que sentimento interessante dessas mulheres que partiram ao sepulcro. Aparentemente duas coisas contraditórias. Estavam com muito medo, mas correram com alegria. O medo e a alegria. O medo porque foi o sentimento que as levou ao sepulcro. O medo da morte, o medo da dor, o medo de tudo aquilo que separa de uma vida longa e feliz. Portanto, o medo, mas ao mesmo tempo a alegria de que, no cenário de morte, encontrou-se esperança porque o túmulo estava vazio. O túmulo aberto com os lençóis dobrados ao lado, e o Senhor Ressuscitado, mesmo que ainda havia um risco, mas na alegria de saber que Deus cumpriu a sua promessa. E partindo, então apressadamente, alegres, elas se encontram com o autor da felicidade. A alegria é o próprio Jesus e Nosso Senhor aparecendo. No primeiro momento não diz: ‘Não tenham medo’, mas ‘Alegrai-vos’. A primeira ordem de Jesus é se alegrar. Apesar de tudo aquilo que passou, se alegrem, porque ele está no meio de nós. E se alegrando nós não temos mais medo”, destacou o celebrante.

Segundo ele, esse é o ímpeto que o Senhor coloca no nosso coração para a Festa da Penha: Alegrai-vos e não tenham medo! Eu sou a saúde dos enfermos! “Essa confiança no Senhor nós precisamos ter porque o tempo pascal, constantemente, nos projetará no coração uma alegria que vai para além deste mundo. O Senhor é saúde dos enfermos, mas não de uma doença somente deste mundo ou de um sofrimento para esta realidade. O Senhor é a saúde dos enfermos que nos afasta constantemente daquilo que é o pecado e a morte eterna. Portanto, o Senhor nos diz: ‘Alegrai-vos porque a salvação de vocês não está próxima!. Já aconteceu. Se deu na cruz e na ressurreição!’. Não precisamos pedir ao Senhor que nos cure daquela doença que nos faz sair da visão dele para sempre, a doença do pecado e da morte. É contra isso que nós temos que nos alegrar porque o Senhor nos deu a condição de viver para sempre”, insistiu.

                                                    (clique nas imagens para ampliá-las)

“E nós precisamos, durante todo esse período de Festa da Penha, pedir a Nossa Senhora que nos interceda por nós, ela que é saúde dos enfermos, e possa curar no nosso coração aquilo que nos causa medo, que nos afasta do seu filho Jesus, que nos tira do seu caminho da graça eterna, para que Ele possa reinar no nosso coração e ser nossa eterna alegria. Porque a alegria do Senhor é a nossa força!”, exortou.

“E nessa Festa da Penha nós queremos, com grande alegria, saudar a nossa Mãe, saúde dos enfermos, que ela cure do nosso coração tudo aquilo que nos afaste de Jesus. E que nós, apesar de um período de medo, possamos correr alegres para cantar os seus louvores”, pediu.

Um pouco da cultura da Região Serrana pôde ser vista no final da missa, quando um grupo de jovens mostrou os costumes e tradições do povo europeu que está presentes nas montanhas do interior do Espírito Santo, seja nas danças italianas, pomeranas, alemãs, holandesas e polonesas que resistem ao tempo e são transmitidas de geração em geração.

MOMENTO DEVOCIONAL

Neste segundo dia do Oitavário da Festa da Penha, o tema do dia foi “Saúde do Corpo”. A imagem de Nossa Senhora foi conduzida por quatro profissionais que atuam como nutricionistas, educação física, fisioterapeutas, acompanhados pelos anjinhos, cantando o Hino da Festa da Penha.

Frei Robson de Castro Guimarães, do Convento da Penha, conduziu a celebração e fez uma reflexão sobre o tema do dia, tendo como base o Evangelho de Lc 17,11-16, em que Jesus cura 10 leprosos e apenas um teve gratidão: “Gostaria de tirar dessa passagem do Evangelho, três mensagens para a nossa vida de intimidade com Deus. A primeira é que não nos basta somente reconhecer a nossa miséria e ter consciência que somos pecadores necessitados do perdão e da misericórdia de Deus. Nós precisamos também, a partir do nosso coração, suplicar humildemente a Jesus, confessar o nosso desejo de conversão, de mudança, mas com humildade e com contrição. Em segundo lugar, nós necessitamos estar prontos para obedecer ao que o Senhor Jesus nos propõe todos os dias. Quando Jesus avistou os dez leprosos, que gritavam em sua direção, ele deu a eles uma única ordem: Ide apresentar-vos aos sacerdotes.  Era costume naquela época quando um leproso, uma pessoa enferma, ficava curado, apresentar ao sacerdote, para que ela fosse integrada à sociedade. Esses homens não duvidaram, obedeceram, e enquanto caminhavam ficaram curados. As coisas acontecem quando nós obedecemos e damos o primeiro passo. E, por terceiro e último, necessitamos ter diante de Deus no coração a gratidão. E sabermos expressá-la com gestos e atitudes concretas. Um coração agradecido como é o coração de Nossa Senhora é sempre reconhecido por Deus. O leproso agradecido é um estrangeiro, porque não fazia parte do povo da aliança, mas ele foi mais autêntico do que todos. E voltou glorificando a Deus em voz alta pela cura de seu corpo”.

Os músicos e Frei Paulo Ferreira garantiram a animação deste momento que antecede a Missa e que convoca os devotos à oração e meditação, recordando o sentido de ser neste morro o Santuário da Graça e do Perdão.

Durante meia hora, o povo canta, reza e reflete sobre a devoção mariana que trouxe o primeiro franciscano que chegou aqui: Frei Pedro Palácios. Nesse segundo dia, fazendo memória do início desta devoção, lembrou-se que Frei Pedro chegou à Vila do Espírito Santo, hoje Vila Velha, e começou a procurar um abrigo. “Deparou-se com uma pequena gruta, formada por uma pedra. Ali entrou e, tirando o painel da Virgem das Alegrias da pouca bagagem que trazia consigo, deu-lhe um beijo extremamente agradecido por ter encontrado tão facilmente uma morada bem de acordo com seus desejos”.

Depois dessa recordação, cantou-se a Loa de Nossa Senhora da Penha, a Ladainha e orações. A fisioterapeuta Nádia Monteiro de Assis Sá cantou belamente “Primeira Cristã” perto da imagem de Nossa Senhora da Penha.

Nesta terça-feira (19/4), 3º dia do Oitavário, a partir das 15h30 horas, é a vez da Área Pastoral Cariacica/Viana fazer a homenagem a Nossa Senhora.


PROGRAMAÇÃO DESTA TERÇA-FEIRA

Dia 19 – 3º Dia Oitavário

Tema do dia: Saúde emocional

7h, 9h, 11h – Missas (Fraternidade Franciscana), presenciais no Campinho

14h00 – Programa “Salve Mãe das Alegrias” – Transmissão ao vivo (TVs, rádios, internet)

15h30 – Devocional Oitavário (Fraternidade Franciscana). Transmissão ao vivo (TVs, rádios, internet), presencial no Campinho

16h00 – Missa 3º Dia Oitavário (Área Pastoral Cariacica/Viana). Transmissão ao vivo (TVs, rádios, internet), presencial no Campinho

19h30 – Pregação e Bênção com Pe. Patrick Fernandes – Transmissão ao vivo (TVs, rádios, internet), presencial no Campinho


Comunicação da Província da Imaculada Conceição