O pedido dos noviços e o hábito novo
05/01/2017
Na véspera da celebração da Primeira Profissão no Noviciado São José de Rodeio (SC), os 16 noviços, que professarão hoje (5/01) pela primeira vez os votos de pobreza, castidade e obediência nas mãos do Ministro Provincial, fizeram o pedido à Fraternidade do Noviciado para aceitá-los na vida religiosa. Depois deste gesto simples, mas muito simbólico, feito no refeitório do Convento, eles receberam o hábito franciscano que os acompanhará por toda a vida de frade menor, já que quando ingressaram no Noviciado eles receberam um hábito que não era o definitivo. O momento é muito significativo, pois o noviço espera ansiosamente para receber este hábito novo, feito sob medida para cada um dos 16 novos professos da Ordem Franciscana:
Frei Antônio da Silva Manuel
Frei Bernardo João Cassinda
Frei Bernardo José Cayoya Kandangongo
Frei Daniel kahuvi Tchitumba Tchikeva
Frei Domingos Kakanda Soma
Frei Elias Hebo Luís
Frei Evaristo Seque Joaquim
Frei Feliciano Afonso Manuel
Frei Helder Josué Mateus Domingos
Frei Pedro Domingos Mugiba
Frei Pedro Isaías Luisa Vitangui
Frei Simão Cassua Horácio
Frei Francisco Dalilson Pereira Cabral
Frei Jonas Ribeiro da Silva
Frei Odilon Voss
Frei Lucas de Moura Justino Souza.
O guardião do Convento, Frei Jorge Lazaro, presidiu este momento celebrativo e perguntou aos noviços: “Caríssimos qual o vosso desejo?”
E todos, num só coro, responderam: “Reverendo Irmão e caríssimos em Cristo, rogo-vos pelo amor de Deus, da Bem-aventurada Virgem Maria, de nosso Pai São Francisco e de todos os Santos, admitir-me à Profissão dos votos temporários, para fazer penitência, emendara a minha vida, e servir a Deus com fidelidade até à morte. E ao mesmo tempo, peço perdão de todas as minha faltas que cometi durante o ano de noviciado. Declaro e protesto estar ciente das obrigações que me impõem os votos e a santa Regra, e prometo observá-los fielmente. Finalmente, solicito as orações desta Fraternidade, pela minha perseverança na vocação”.
Antes de entregar os hábitos, o mestre Frei Samuel Ferreira de Lima e o guardião Frei Jorge os abençoaram. Após esse momento, Frei Jorge fez uma pequena reflexão ressaltando o significado marcante do hábito na vida do frade menor. Para enriquecer sua reflexão, fez memória de dois confrades com quem ele conviveu, Frei Constantino Koser e Frei Odorico Durieux, e recordou o que diziam sobre o hábito franciscano.
Segundo Frei Jorge, em uma visita de Frei Constantino a uma província franciscana espanhola, na época do Concilio Vaticano II, foi questionado sobre o frei usar ou não o hábito. Ele respondeu dizendo que não via a obrigatoriedade de o frade usá-lo, mas que usasse um símbolo que o identificasse como religioso. Já Frei Odorico, por ocasião do seu jubileu de ouro, ao dar uma entrevista a um jornal, falou: “O hábito não faz o monge, mas ajuda”.
Com essas colocações, fez alguns questionamentos: “A partir destes pontos de vista destes nossos confrades, o que significa para vocês, quase professos simples, e nós de algum tempo de vida religiosa, o hábito franciscano? O hábito será um símbolo daquilo que vocês acreditam de fato? O hábito ajudará vocês a recordar a profissão que estão prestes de fazer?”
Frei Jorge concluiu a reflexão pedindo que todos rezassem uma Ave Maria, fazendo menção à devoção que São Francisco tinha pela Mãe de Deus.
O Ministro Provincial Frei Fidêncio Vanboemmel já está em Rodeio e participou dos ensaios para a celebração de logo mais.
Frei Francisco Dalilson, ofm