Jerusalém: os novos sacerdotes para a Igreja Católica vêm de três diferentes continentes
30/06/2021
Terça-feira, 29 de junho, solenidade dos Santos Pedro e Paulo, para a Custódia da Terra Santa é jornada especial: cada ano, precisamente nessa data, são ordenados presbíteros alguns jovens Frades franciscanos que encerram seu caminho formativo. Provenientes da África, América e Ásia, são cinco os novos sacerdotes ordenados em Jerusalém pela imposição das mãos de S.B. Frei Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém, que presidiu a celebração eucarística.
Em sua Homilia, o Patriarca falou das figuras de Pedro e Paulo, apresentadas pelas leituras do dia. Pedro, “impetuoso, dinâmico, impulsivo”, que, após ter-se confiado plenamente a Jesus, “se preocupa somente em anunciar que Cristo é okyrios, e basta. Não lhe interessa outra coisa senão de falar da salvação da alma, despreocupado de sua vida. E por isso acaba na prisão, mas também isso não o perturba muito. Confiar-se a Deus significa deixar acontecer, preocupar-se pelo essencial que é a salvação”. A esse ponto do caminho de sua vida”, comentou Sua Beatitude, “Pedro aprendeu a se confiar, a deixar fazer, a esperar. Aprendeu que sua vida está nas mãos de um outro, a quem pertence, e não se angustia, nem teme. Pode viver ou pode morrer, não lhe importa mais tanto. O importante éque seu viver e seu morrer falem da vida e da morte de seu Senhor Jesus, que o salvou da morte”.
E Paulo, que se confronta com a morte e lhe restou apenas uma coisa: a fé. “Este é o grande tesouro de Paulo, diante do qual todo o resto é nada, é lixo”, sublinhou o Patriarca. “Todo o resto, todas as suas batalhas, suas fadigas, suas viagens, suas pregações… Tudo desaparece, e permanece uma coisa apenas: Paulo crê! Sobretudo, ele creu em Jesus, que permanece ativo, vivo”.
“A obediência” – concluiu Mons. Pizzaballa – “é o critério de compreensão da natureza de vosso ministério. Na obediência à Igreja, nas suas diferentes formas, manifestar-se-á concretamente a liberdade e a gratuidade de vosso ministério. Através da obediência compreender-se-á claramente que vossa vida está a serviço, é dom e não posse.
Que vosso serviço possa ser pequeno reflexo da salvação que Paulo e Pedro testemunharam e que nós, hoje, através deles, celebramos”.
No fim da homilia e depois da oração das Ladainhas, o Patriarca impôs as mãos sobre os novos sacerdotes. Essa culminou com a vestição dos paramentos sacerdotais e a unção das palmas das mãos. Como o quer a Liturgia, o último momento foi a entrega da patena e do cálice, com o pão e o vinho, acompanhada pela oração: “presta atenção naquilo que fazes, imita o que celebras, conforma tua vida ao mistério da cruz do Cristo Senhor!”.
No término da celebração, o Vigário da Custódia, Frei Dobromir Jasztal, que havia concelebrado, agradeceu em nome do Custódio da Terra Santa, Frei Francesco Patton, e da Fraternidade da Custódia: “Agradeço à Sua Beatitude Mons. Frei Pierbattista Pizzaballa porque, com o ministério da Imposição das mãos e da Oração consecratória, quis instituir esses Presbíteros para a Igreja Católica, mas também para as igrejas locais e as Províncias da Terra Santa, do Congo, do Peru e da América Central. Nossos votos são que sejais sempre instrumentos fortes, fiéis e eficazes da graça, que acabastes de receber!”.
Frei Jean e Frei George, dois novos sacerdotes, tomaram a palavra para o agradecimento final. “Somos gratos a Deus pela sua proteção, pelo seu amor que ele nos tem manifestado, ao acompanhar nossa caminhada vocacional, formativo e acadêmico!” Disseram-no em Italiano, primeiramente e, depois, em árabe. “Somos muito gratos pelo seu amor e pela sua benevolência”.
Giovanni Malaspina