Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

D. Paulo: “Não foi a Igreja católica que inventou a devoção a Nossa Senhora…”

24/04/2022

Notícias

A Diocese de Colatina foi a última do Estado a subir o Morro da Penha no domingo, 24 de abril, para prestar sua homenagem à Padroeira do Estado do Espírito Santo, Nossa Senhora da Penha. Cerca de 30 ônibus, que envolveu padres, seminaristas e devotos da maioria das paróquias da Diocese, vieram do Norte do Estado com o bispo diocesano Dom Paulo Bosi Dal’Bó. Às 8 horas, os romeiros subiram cantando e rezando o Morro da Penha e, às 9 horas, D. Paulo presidiu a Celebração Eucarística.

A instalação da Diocese foi realizada pelo então Núncio Apostólico no Brasil, Dom Carlo Furno, em 15 de julho de 1990, data em que tomou posse seu primeiro bispo, Dom Geraldo Lyrio Rocha. A Diocese de Colatina foi criada pelo Papa João Paulo II, no dia 23 de abril de 1990, como parte da província eclesiástica do Estado do Espírito Santo. Antes a região pertencia à Arquidiocese de Vitória. A Província da Imaculada Conceição tem a Fraternidade Frei Galvão a serviço da Paróquia Santa Clara em Colatina.

“Queridos irmãos e irmãs, que bom estarmos aqui hoje! Que bom termos podido celebrar com alegria e participação do povo e que está quase sem máscara a semana santa do Senhor, para podermos celebrar a festa de Nossa Senhora da Penha, Padroeira do Espírito Santo. A fé cristã católica é mais cara por estas terras por causa da devoção da Senhora da Penha. Aqui temos essa devoção profunda, que, com muito zelo é cuidada e alimentada pelos franciscanos. Nossa Senhora da Alegria, festejamos logo depois da Páscoa, exatamente pela alegria do Cristo Ressuscitado e porque a imagem foi trazida para este Convento da Penha e passou a ser chamada de Nossa Senhora da Penha”, disse D. Paulo.

“Não foi a Igreja católica que inventou a devoção a Nossa Senhora. Foi Jesus Cristo mesmo, que nos deu como Mãe. Acabamos de celebrar o Tríduo Pascal e lembramos a Sexta-feira da Paixão. O Cristo disse àqueles que estavam ao pé da cruz, a Virgem Maria e o discípulo amado que representava todos nós: ‘Mulher, eis aí o teu Filho. Filho, eis aí a tua mãe’. Então, vejam: Jesus pediu a Nossa Senhora que ela não se ocupasse tanto com seu sofrimento, com sua paixão, com sua morte, mas que ela assumisse uma maternidade em relação a nós, em relação aos seus discípulos. ‘Mulher, eis o teu filho; Filho, eis aí a tua mãe’. E desde aquele dia, o discípulo amado a recebeu em sua casa. Eis o que a Igreja Católica fez e faz. Ela acolhe em sua casa o testamento espiritual do Senhor manifestado no alto do Calvário. Aos pés da cruz, Jesus nos deu Maria como Mãe. Mãe de Jeus, a Mãe de Deus que se fez homem. Ela é a Mãe da Igreja”, explicou.

Falando sobre o tema da Festa, “Saúde dos Enfermos, rogai por nós”, lembrou a importância da saúde integral. “Não é só um aspecto da vida, não é só não ter Covid, não é só ficar resfriado, gripado, não é só não ter dor nas costas, não! Saúde integral significa ter uma vida de acordo com projeto de Deus. Uma vida que não é só bios. A palavra bios vem do grego que significa vida. Biodiversidade que podemos contemplar neste lugar, biologia e assim por diante. Esta palavra diz respeito à vida. Mas a vida de Jesus não veio trazer só vida bios. O texto de João, cap 10, versículo 10, diz: ‘Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância’. Vida em plenitude. Sabe qual a palavra grega usada? Não é bios mas zoe. É uma palavra que significa vida definitiva, vida eterna, vida plena. Então, é muito mais que bios“, acrescentou.


Comunicação da Província da Imaculada Conceição