CPO: "causas e motivações dos abandonos"
25/11/2013
Frei Estêvão Ottenbreit
Varsóvia (Polônia) – O primeiro dia (25 de novembro) da segunda semana do Conselho Plenário da Ordem dos Frades Menores, em Varsóvia, na Polônia, foi dividido em duas partes. De manhã trabalharam só as duas comissões do documento final: uma comissão para tratar da motivação e a outra para recolher as propostas.
À tarde foi apresentado o trabalho realizado até agora pela comissão pedida pelo Capítulo Geral de 2009 sobre o tema “Causa e motivações dos abandonos”. A comissão, porém, preferiu fazer uma leitura “positiva” da problemática para oferecer uma reflexão serena sobre esta realidade e poder oferecer uma oportunidade de crescimento no caminho de fidelidade e perseverança para cada irmão. Os membros da comissão se mostraram convencidos de que a VIDA CONSAGRADA é capaz de reconquistar o humano e que é um caminho significativo para dialogar com a realidade de hoje. A espiritualidade franciscana, inclusive, deveria fornecer um forte estímulo para acolher o mundo atual.
Tema delicado, principalmente porque os dados disponíveis não retratam suficientemente a gravidade da problemática. Com os dados disponíveis, porém, pode-se dizer que, proporcionalmente, o percentual do abandono de irmãos leigos é maior do que dos irmãos sacerdotes. Entre os irmãos sacerdotes, o percentual dos que escolheram ser padres diocesanos é maior do que os que deixaram tudo. O recorde de abandono está com a América do Sul. O maior número de abandonos se dá entre 10 e 19 anos de profissão e entre 5 a 14 anos de ordenação. Entre os motivos mais frequentes para justificar o abandono está a perda de identidade com a vida religiosa franciscana (desencanto e decepção).
Não se pode dar receitas milagrosas, mas o Ministro Geral, Frei Michael Perry, pede ao menos duas atitudes:
1. Devemos nos convencer da importância da Formação Permanente como forma de acompanhar a cada um dos irmãos.
2. Devemos abordar francamente o assunto internamente em nossas fraternidades. A crise vocacional a que todos estamos sujeitos não deve ser um “tabu”.
Na segunda parte da tarde foram apresentados os esboços do trabalho das duas comissões e foi feito uma primeira abordagem. Encerramos o dia com a Adoração Eucarística dirigida pelo Vigário Geral, Frei Julio Bunader.
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