Clara é seu nome! Começa o Tríduo de Santa Clara.

08/08/2019

Moacir Beggo

São Paulo (SP) – Com o tema “Clara de nome, palavra e virtude”, teve início nesta quinta-feira, 8 de agosto, o Tríduo em honra a Santa Clara de Assis, no Convento São Francisco, na região central de São Paulo. Frei Fidêncio Vanboemmel, moderador da Formação Permanente na Província da Imaculada Conceição, será o pregador deste tema até sábado.

Na Celebração Eucarística desta quinta, às 15 horas, Frei Fidêncio abordou a primeira parte do tema geral: “Clara, mulher admirável por seu nome”. Antes, o celebrante recordou a festa litúrgica de São Domingos, o fundador da Ordem dos Pregadores ou dos Dominicanos, tão próximo a São Francisco e Santa Clara.

Segundo Frei Fidêncio, o tema deste Tríduo foi inspirado na no início da biografia de Santa Clara, escrita logo depois após a sua canonização, em 15 de agosto de 1255.

Do nome Clara, Frei Fidêncio fez toda a sua reflexão, recordando que este título nasceu durante uma oração diante do Crucificado, ao ouvir uma voz: ‘Não temas, mulher, porque, salva, vais dar ao mundo uma luz que vai deixar a própria luz mais clara’. “E assim Clara passa a ser identificada como Clara. Ela recebe um nome sagrado. Nome que ela procurou honrar e qualificar ao longo de toda a sua vida. Por isso, a Bula que a canonizou vai dizer esta expressão tão bonita: ‘Esta Clara é clarificada no alto pela luz divina’ (BC 5). E ainda diz: ‘O mundo recebeu de Clara um claro espelho de exemplo: por entre os prazeres celestiais, ela ofereceu o lírio suave da virgindade. E na terra, sentem-se os remédios manifestos do seu auxílio’ (BC 7)”, destacou o ex-Ministro Provincial.

Para o pregador, o nome que recebemos é sagrado. “Não gostamos quando usam nosso nome para nos difamar ou usam para outros pejorativos. Nós sofremos porque sabemos da sacralidade que está por trás do nome próprio. O nosso nome não é um rótulo de garrafa de cerveja. O nosso nome não é um título qualquer. O nosso nome é tudo aquilo que nós somos, tudo o que queremos ser. Aquilo que somos na nossa verdade”, enfatizou.

Segundo Frei Fidêncio, o nome representa tudo que somos e fazemos. “E quando pronunciamos o nome de uma pessoa, pensamos a totalidade daquela pessoa: a sua origem, a sua história, o seu temperamento, o seu caráter, os seus valores/virtudes, as suas fragilidades/limitações, a sua reputação, etc”, disse, lembrando que aprendemos, no segundo mandamento, a “não chamar o nome de Deus em vão”, porque Javé é sagrado, Deus é sagrado: “E esta sacralidade existe no nome próprio de cada um, como essa sacralidade se faz presente e se fez presente na vida de Santa Clara”.

Por último, Frei Fidêncio comentou os quatro pontos fundamentos que analisaram a vida de Santa Clara no processo de canonização: 1. Mulher admirável por seu nome na casa paterna; 2. Mulher admirável por seu nome na ousadia da conversão; 3. Mulher admirável por seu nome, pois fez do seu nome, Clara, uma Palavra; e 4. 4. Mulher admirável por seu nome, por isso Clara de Virtude. “ Que Santa Clara possa nos ajudar a dar sempre claridade, clareza, santidade ao nosso nome, que é santo”, completou!