Rodeio (SC) – A celebração da Primeira Profissão de seis noviços (quatro da Província Franciscana da Imaculada Conceição, um da Província São Francisco de Assis, RS, e um da Província Argentina São Francisco Solano) já começou nesta segunda-feira, dia 9 de janeiro, no Noviciado São José, em Rodeio (SC). Durante a oraçao antes do jantar, os professandos – Frei Filipe Zaros Granusso, Frei Filipo Carpi Girão, Frei Francisco Barbosa Mouzinho Junior, Frei Samuel Cavalcanti do Amaral, Frei Evandro Siqueira e Frei Mateo Esteban Martinez Mikulic – fizeram o pedido à Fraternidade do Noviciado para ingressarem, como professos temporários, na Ordem dos Frades Menores. Estavam presentes, além da Fraternidade, o Ministro Provincial da Província da Imaculada, Frei Paulo Roberto Pereira; o Ministro Provincial da Província São Francisco de Assis, Frei Marino Pedro Rhoden;  o Vigário Provincial da Província São Francisco Solano, Frei Claudio Darío Equiza; e os Definidores Provinciais, Frei Robson Luiz Scudela e Frei Marcos Antonio Andrade.

O guardião Frei Josemberg Cardozo Aranha presidiu este momento celebrativo e perguntou aos professandos: “Caros irmãos noviços, qual é o vosso desejo?”. Eles responderam juntos: “Caríssimo irmão em Cristo, rogamos a vós por amor de Deus, da bem-aventurada Virgem Maria, de nosso Pai São Francisco e de todos os Santos, que vos digneis admitir-nos à Ordem Seráfica pela profissão dos votos temporários, para fazermos penitência, emendarmos a nossa vida e servirmos fielmente a Deus até a morte. E ao mesmo tempo, pedimos perdão de todas as faltas cometidas durante o ano de Noviciado. Declaramos estar cientes das obrigações que nos impõem os votos e a santa Regra, e prometemos observá-los fielmente. Finalmente, solicitamos as orações desta Fraternidade pela nossa perseverança na vocação”. Eles ouviram, então, a resposta: “Demos graças a Deus!”

É importante destacar que esses noviços já tinham sido aprovados pelo Mestre Frei Samuel Ferreira de Lima, pela Fraternidade e pelo Governo Provincial para fazerem a Primeira Profissão, mas a celebração fez parte de um ritual simbólico e próprio da Ordem Franciscana. Como disse Frei Josemberg, “este pequeno rito, apesar de curto e sóbrio, tem um grande significado. Nossos irmãos vieram aqui viver o seu ano de provação. Não no sentido de provas tempestuosas, mas no sentido de provar o sabor. Certamente, darão testemunho dos sabores provados aqui, ora doce ora amargo. Este é o sabor da vida de Cristo que, tendo provado a amargura do mundo, doou a doçura do seu amor para nós”.

Segundo o guardião, a vida franciscana também é como um tesouro escondido. “Podemos tentar explicar, mas só quem sente o sabor da fraternidade, poderá afirmar o tamanho da doçura. Justamente por ser um tesouro escondido, muitas pessoas têm dificuldade em nos compreender. Este é o mundo que vocês encontrarão, pessoas que nos amam mas também as que não compreendem o nosso jeito de ser. Ora, mais uma vez aqui vemos espelhada a vida de Cristo”, admoestou.

Frei Josemberg explicou que, ao iniciar o Noviciado, os professandos receberam os hábitos simbolizando que é a Ordem que os acolhe e abraça. “Hoje, vocês receberam os vossos próprios hábitos. Eles são a segunda pele do franciscano, carregam um simbolismo do nosso carisma e de nossa fraternidade de irmãos. Não preciso relembrar o sentido do hábito, seu corte em formato de cruz e sua cor marrom como húmus da terra, ou ainda o cordão que cinge os rins para a missão, carregando o peso dos nós de vossos votos: pobreza, castidade e obediência”, disse.

“Mas, gostaria de afirmar que o marrom do hábito não é somente um símbolo, mas uma recordação. É como se, de tanto trabalhar na messe do Senhor, a poeira do chão recobrisse todo o hábito. Recordem-se disto. Vossos corpos deverão ser recobertos pela poeira levantada ao caminhar em direção a Cristo e a cada irmão encontrado neste caminho”, explicou Frei Josemberg. “O santo hábito cobre todo o corpo que consagramos a Deus. Pertence a ele. Mas deixa exposto somente o necessário: os pés para a missão, as mãos para o trabalho e a face para o irmão”, acrescentou.

Em seguda, o mestre Frei Samuel Ferreira de Lima abençoou os hábitos e os entregou a cada noviço. Isso porque, quando o noviço ingressa no Noviciado, ele veste um hábito ‘provisório’, adaptado para este início na vida religiosa franciscana. Agora, este hábito vai acompanhar toda a vida do religioso.

Por último, Frei Josemberg deu o seguinte conselho aos noviços: “Jamais esqueçam do que nos disse nosso Pai Seráfico pois, do melhor e mais santo ao mais problemático e pecador, nós somos irmãos, “foi o Senhor quem deu estes irmãos, cada um”. Não caiam no desvio do inimigo, de encher o coração de ódio por algum deles. A fraqueza de cada um se torna espelho de minha própria fraqueza”.

A Fraternidade formadora do Noviciado é composta por: Frei Josemberg Cardozo Aranha, guardião e vice-mestre; Frei Samuel Ferreira de Lima, vigário da casa e mestre; Frei Miguel da Cruz, pároco; Frei Claudino Dal’Mago, vigário paroquial; e Frei José Bertoldi, atendente conventual.

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Comunicação da Província da Imaculada Conceição