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Ain Karem: a festa da Visita de Maria

02/06/2021

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                                                                              Imagens: Nadim Asfour/Custódia da Terra Santa

Quando a Virgem Maria fez uma visita à sua prima Isabel e essa ouviu a saudação de Maria, acriança exultou em seu seio e ela bendisse Maria. A mãe de Jesus, então, pronunciou a célebre oração do Magnificat (Lc 1,39-56). Esse episódio evangélico, segundo a tradição, é colocado em Ain Karem, vilarejo de sacerdotes perto de Jerusalém, no qual habitava a família do esposo de Isabel, Zacarias. Precisamente, o cântico Magnificat, nas diversas línguas, enfeita ingresso do santuário de Ain Karem, no qual os Frades franciscanos celebraram a Missa Solene no dia 31 de maio, por ocasião da Festa da Visitação.

Durante a celebração dois Frades da Custódia da Terra Santa receberam o ministério do Leitorado e outros quatorze receberam o ministério do Acolitado.

“Considerai uma graça de poder receber esses ministérios, ligados à Palavra e à Eucaristia, na festa da visita de Maria Santíssima à Santa Isabel–disse o Custódio da Terra Santa em sua homilia -. Na verdade, a jovem Maria, que foi com pressa à sua prima Isabel, é exemplo e forte imagem daquilo que significa acolher a Palavra de Deus para que se faça carne, mas também daquilo que significa transmitir e dar com alegria a palavra de Deus que se fez carne. Seja no serviço de Leitores, seja no serviço de Acólitos, aprendei-o de Maria”. O momento em que Maria saúda Isabel, segundo o Custódio da Terra Santa, não é momento de saudação formal e convencional, mas o verbo grego, usado para dizer que Maria Saúda a prima Isabel (ἀσπάζομαι),tem a dimensão física: nos diz que a saudação aconteceu com um abraço entre duas pessoas.

“Se quiserdes servir o Senhor, lembrai-vos disso e aprende isso: Maria se levanta e se põe a caminho com pressa e permanece em serviço de maneira prolongada: Não sede preguiçosos, por isso, no servir”, acrescentou Fr. Patton.

O lugar em que a tradição coloca a casa de Zacarias e Isabel, onde Maria encontrou sua prima, acha-se hoje na cripta da igreja da Visitação, uma pequena gruta com afrescos que contam três episódios dos Evangelhos, ligados a esse lugar. Um dos afrescos nos narra-que também João Batista teria corrido o perigo de ser morto pelo Rei Herodes e, a fim de escapar do massacre, escondeu-se coma mãe numa rocha meio-escavada na parede direita da gruta. Precisamente nesse lugar, na cripta da igreja, dirigiram-se em procissão os Frades e os fiéis, no fim da Missa solene da Visitação.

Na Terra Santa há durante trinta anos e superior no convento da Visitação durante três anos, Fr. Nicolás Marquéz-Gutiérrez narrou uma particularidade deste ano: “Apesar de que a Pandemia esteja ainda presente no mundo, aqui a situação é diferente e isso possibilitou que, como igreja local, pudemos celebrar a festa deste ano com tanta solenidade e com bom número de fiéis”. Depois de longo fechamento por causa da epidemia Covid-19, hoje, o Santuário da Visitação está de novo aberto aos peregrinos e visitantes, mas observando o horário reduzido de terça-feira a domingo, das 09h às 12h.

Já mantido pelos monges armênios no século décimo quarto, o santuário foi adquirido pelos Franciscanos em 1679. Entre 1938 e 1940, o Arquiteto Antônio Barluzzi construiu a atual igreja superior, cuja fachada decorada por mosaicos (obra de B. Biagetti) brilha ainda hoje aos raios do sol.

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Fonte: https://www.custodia.org/pt (texto de Beatrice Guarrera)