Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

O novo rosto da Fraternidade do Pari

10/03/2019

Notícias

Moacir Beggo

 São Paulo (SP) – Não é só o centenário Convento Santo Antônio do Pari que está de cara nova depois de uma grande reforma, mas também a nova Fraternidade do Pari, que foi apresentada na manhã deste domingo, 10 de março, durante a Celebração Eucarística às 9 horas. Frei José Francisco de Cássia dos Santos, Frei Marx Rodrigues dos Reis, Frei Wilson Batista Simão, Frei Diego Atalino de Melo, Frei Anacleto Gaspki, Frei José Alamiro Silva, Frei Aloísio dos Santos e Frei Vítor da Silva Amâncio foram acolhidos pelo povo e pelo bispo auxiliar da Região Episcopal Sé, Dom Eduardo Vieira dos Santos, que presidiu a Santa Missa e deu posse a Frei Wilson, o novo pároco, e Frei José Francisco, o vigário paroquial.

Além da Fraternidade, confrades do Regional estiveram presente na Celebração, como o Definidor Frei Mário Tagliari, representando o Ministro Provincial, Frei César Külkamp, o ex-Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanböemmel, sacerdotes, religiosos e religiosas. O povo completou a bela festa deste domingo lotando a igreja.

Pelo rito de posse, o comentarista Frei Vítor leu o documento de nomeação e provisão de pároco, atendendo ao pedido feito pelo Ministro Provincial da Província Franciscana da Imaculada Conceição, Frei César Külkamp, à Arquidiocese de São Paulo. O novo pároco fez a profissão de fé e o juramento de fidelidade diante de Dom Eduardo e de toda comunidade reunida.

Na sua homilia, recordando que estamos no primeiro domingo da Quaresma, onde o Evangelho narra a tentação de Jesus no deserto, o bispo se dirigiu a Frei Wilson e Frei José Francisco pedindo que estejam atentos ao anúncio da Palavra de Deus. “Nesse tempo oportuno de conversão, nesse tempo de escuta, não se descuidem para que, como bons pastores, possam conduzir esse povo com segurança, como fez Moisés no deserto, até a Terra Prometida”, exortou.

“Hoje, nesta Paróquia Santo Antônio nos é dado novo pároco e novo vigário e, com aqueles que aqui já trabalham, colaborarão de modo muito próximo para que a Palavra que nós ouvimos no Evangelho seja esse presente nesta comunidade paroquial. Nós, queridos irmãos e irmãs, somos instruídos pela Igreja que sempre nos recorda para estarmos familiarizados, diria íntimos, com a Palavra de Deus. E numa Comunidade Paroquial, o pároco, o vigário, aqueles que com eles colaboram, os catequistas e outros, têm essa missão de nos recordar sempre da necessidade de estarmos familiarizados com a Palavra de Deus. Ou seja, de termos sempre presentes na nossa vida os ensinamentos do Senhor”, insistiu.

Dom Eduardo pediu que de modo especial os novos pastores olhem para os pobres, os doentes, os idosos, os que sofrem. “Que não lhes faltem os sacramentos, a graça da presença de Deus na Palavra, na Eucaristia, nos sacramentos. É a Palavra de Deus que nos fortalece”, frisou.

Segundo o bispo, é justamente a Palavra de Deus que ilumina os nossos caminhos. “E quando falta a Palavra de Deus somos tentados. Facilmente trilhamos outros caminhos que não aqueles que o Senhor deseja para cada um, para cada uma”, ensinou.

“Portanto, vocês paroquianos e paroquianas, estejam sempre solícitos ao novo pároco, ao novo vigário, para que sejam fiéis a Deus, fiéis ao cumprimento da missão que hoje estão recebendo. Que sejam fortalecidos e animados pela oração de vocês”, disse.

Segundo o bispo, só a oração é um antídoto contra as tentações. “E quantas tentações são apresentadas a cada um, a cada uma, todos os dias! Uma delas de sermos individualistas, de fazermos o caminho sozinhos. Na Paróquia, o pároco, o vigário, não trabalham sozinhos. Eles trabalham com vocês. E da mesma forma, os leigos e leigas não trabalham sozinhos. Trabalham em comunhão com o padre, com o vigário, com aqueles que colaboram, com o bispo, mesmo que o bispo não esteja aqui todos os dias”, observou, citando outras tentações como o egoísmo e a soberba. Segundo ele, não há espaço para essas tentações numa comunidade paroquial que reza. “Uma comunidade que reza é aberta ao diálogo, à fraternidade, a novos projetos. É aberta aos desafios propostos e enfrenta-os com coragem.  Então, queridos frades, irmãos e irmãs, não deixem de rezar. Promovam momentos fortes de oração”, disse, pedindo que se coloque Deus em primeiro lugar.

“Que o Espírito de Deus conduza os novos frades para que consigam viver e anunciar o Evangelho e que possamos cumprir bem a nossa missão de cristãos, filhos e filhas, muito amados de Deus”, completou.

Na sequência do rito da celebração, Frei Wilson foi interrogado pelo bispo e se comprometeu a seguir Jesus como fiel pastor nesta Paróquia. Em seguida, recebeu do bispo a chave da Igreja, a estola e a chave do Sacrário. Frei Wilson, então, foi até a capela do Sacrário para um momento de oração. O bispo, então, continuou a Celebração Eucarística que durou mais de 2 horas.

AGRADECIMENTOS

“Muito grato a todos vocês que acolhem com carinho nossos frades”, disse Frei Mário Tagliari, falando em nome de Frei César Külkamp. Agradeceu de modo especial Dom Eduardo pela presença “carinhosa e amiga”. Frei Mário lembrou que esta Fraternidade, além do trabalho pastoral, também está à frente do trabalho social com o Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras), com sua sede no Pari.

O guardião Frei José Francisco apresentou todos os confrades que formarão a Fraternidade por mais três anos. Para ele, essa é uma Fraternidade em que a missão evangelizadora extrapola a região do Pari, mas contempla toda a Província, já que várias frentes partem do bairro: A Paróquia, o Serviço de Animação Vocacional, o Serviço de Solidariedade e o Serviço de Justiça, Paz e Integridade da Criação.

Frei Wilson enfatizou que assume esta Paróquia “como irmão que serve”. Segundo ele, o frade menor não tem outra forma de assumir trabalhos e responsabilidades senão na disposição do serviço. “Nossa referência é sempre o Cristo pobre, humilde e crucificado. Estarei nesse tempo a serviço para animar a mística da vida comunitária. Temos consciência que é urgente resgatar o sentido de Igreja, comunidade de fé, aqui nesta realidade diferenciada e desafiadora do Pari”, completou, recebendo muitas homenagens dos paroquianos.

 

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