Toma posse a nova Fraternidade de Florianópolis
18/02/2019
Debaixo de muita chuva, a nova Fraternidade Santo Antônio, em Florianópolis, foi apresentada ontem, domingo (18/02), aos paroquianos da Paróquia Santo Antônio durante a Celebração Eucarística, às 19 horas, presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Wilson Tadeu Jönck.
Logo no início, o comentarista apresentou a nova composição dos frades na capital catarinense. “O carisma franciscano nos apresenta um modo próprio de ser e estar na Igreja Local. Os frades que assumem a missão de evangelizar sempre o fazem em e a partir da Fraternidade, valor primário ao carisma franciscano. Hoje, nossa Paróquia acolhe oficialmente, com muito carinho, os frades que comporão nossa nova Fraternidade, e celebra a solenidade da posse canônica de seu novo pároco, Frei Germano Guesser. Com ele, recebe a provisão de vigário paroquial Frei José Lino Lückmann, e acolhemos Frei Reinaldo Parisi, que chega para compor a Fraternidade, que ainda conta com Frei Elizeu Tambosi”.
A chuva não afugentou os paroquianos e muito menos um grupo de amigos de Frei Germano e Frei José, que veio de Gaspar, cidade onde os dois já residiram. Frei Germano até brincou lembrando que não é a primeira vez que chove torrencialmente na sua posse. O bispo emendou chamando-o “homem forte da chuva”.
No início da Celebração foi feita a leitura do decreto de nomeação (Provisão) do pároco e do vigário. Depois, o Arcebispo entregou as estolas a Frei Germano e Frei José, símbolo do ministério presbiteral e do serviço. Foi feita, ainda, a profissão de fé de Frei Germano, afirmando que crê em todos os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Jesus, para que, assim, possa exercer verdadeiramente seu ministério.
Após a homilia, o novo pároco recebeu a chave do sacrário da Igreja Matriz e, juntamente com o vigário, fez um pequeno momento de adoração à Eucaristia e ouviu do celebrante: “Lembra-te de que a Eucaristia é o ápice e a fonte de todo culto e da vida cristã, em que se realiza a unidade do povo de Deus e se completa a construção do corpo de cristo. por isso, zela com todo o cuidado para que a Eucaristia seja o centro de toda a ação pastoral e de toda a vida da Paróquia”. Com as mãos sobre o Evangeliário, Frei Germano ainda fez seu compromisso de fidelidade, reafirmando assim, sua missão de servir fielmente a igreja.
Nas suas palavras de agradecimento, Frei Germano deixou uma mensagem de esperança e otimismo, recordando o compromisso que assumiu quando foi ordenado presbítero (1993) sob o lema: “Por uma ovelha só, ainda que pequenina, serei a vida inteira um pastor (Jo 10)”. Para Frei Germano, um pároco deve ser um servidor, alguém que chega para servir, cuidar e proteger o rebanho. “Onde quer que estejamos, nos tem lembrado o Papa Francisco na Evangelii Gaudium (Alegria do Evangelho), precisamos caminhar para as periferias da existência humana”, indicou o pároco.
“A periferia existencial não é um bairro, uma rua, uma cidade ou outro tipo de espaço na cidade ou no campo. A periferia existencial é o vazio da vida, é a falta de sonho, de utopias, de esperança. Lamentavelmente o mundo está cheio de periferias existenciais. A sociedade está cheia de periferias existenciais”, lamentou. Segundo Frei Germano, não chega à Paróquia como dono da verdade, mas para “caminhar com vocês, com a Igreja povo de Deus”.
Frei Germano lembrou que estava em casa, pois é natural de Antônio Carlos. “Sempre escutei falar da igreja Santo Antônio, pois meus parentes sempre aqui se dirigiam para se confessar e buscar uma bênção dos frades… Fiquei frade e pensava comigo: será que um dia poderei morar aqui? E sem pedir, aqui estou. Muito feliz e grato também… Claro, muita coisa mudou. A cidade é outra! O mundo está cada vez mais secularizado, a sociedade cada vez mais complexa. Mas gosto de desafios!”, garantiu.
“Por isso, com o apoio da Fraternidade Franciscana desta Paróquia, conto também com esta comunidade, especialmente dos responsáveis pelas pastorais, para caminharmos e crescermos em comunhão”, pediu. Frei Germano lembrou ainda que foi aluno de Frei José Lino em Agudos, morou com Frei Eliseu em Curitibanos e com Frei Reinaldo em São Paulo. Agradeceu ao bispo pela presença, o povo e seus confrades.
Terminou com uma oração do Almirante William Nimitz (1885 – 1966), que foi traduzida pelo meu confrade Frei Elzeário Schmitt, quando residia com ele na Fraternidade de Gaspar.
Ó Deus
Dai-me coragem, para mudar as coisas que podem ser mudadas.
Dai-me serenidade, para aceitar as coisas que não podem ser mudadas.
Dai-me sabedoria, para conhecer a diferença.
Dai-me sobretudo força, para não desistir daquilo que eu julgo certo,
…Mesmo que seja sem esperança