Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

“A harpa de São Francisco” entre os lançamentos da Editora Vozes

14/05/2019

Notícias

A Editora Vozes lança “A harpa de São Francisco”, de escritor flamenga Felix Timmermans, com a  tradução de Conrado Vasselai. “Temos certeza de que a pesquisa histórica dá possibilidades de conhecer sempre mais o santo homem Francisco de Assis. Contudo, possivelmente, o amor e o humor, a poesia e a legenda permitirão conhecê-lo com mais profundidade. Quem sabe, por isso, mesmo os primeiros companheiros de São Francisco foram tramando aquele maravilhoso buquê dos Fioretti“, diz Conrado.

Segundo o tradutor, o autor que é poeta, escritor e pintor, brinda o leitor com uma narrativa desenhada em vivas cores, delineando a história de um jovem que jamais desviou-se de seu ponto de partida.  O escritor usa uma linguagem no modo de São Francisco, límpida, simples e poética. Narra os principais fatos da vida de São Francisco com grande beleza literária, com estilo evocativo e extremamente despojado.

São Francisco de Assis é mais que uma figura histórica. É um espírito e um arquétipo. Sua saga é tão carregada de significação e conserva tanta atualidade, que é considerado um irmão universal. Pertence à humanidade, e não apenas ao cristianismo e aos franciscanos. Esse espírito faz falta hoje. Se quisermos salvar o planeta e preservar o dom da vida precisamos revisitar São Francisco e incorporar seu espírito de veneração, de respeito e de fraternidade sem limites.

Como diz Leonardo Boff, vale a pena ler o livro, especialmente, pelos jovens: “Eles encontrarão aqui o clarão que um dia iluminou Assis, a Igreja e o mundo e que continua a se irradiar. Ele é, como diz Dante em sua “Divina Comédia”, “o sol de Assis”. E o sol ilumina, aquece e alegra os corações”.

Nº DE PÁGINAS: 360
Ilustração da capa:
Lucio Americo de Oliveira.

 

Fé e afeto

Espiritualidade em tempos de crise

Frei Betto

Este é um livro de espiritualidade para esses tempos de crise. Reúne textos que nos convidam a refletir sobre a atual conjuntura do Brasil e do mundo à luz dos valores do Evangelho.

Muitas indagações são levantadas ao longo destas páginas: Deus faz silêncio? Existe uma religião do medo? O capitalismo étambém uma religião? Ser gayé um desvio? Como se relacionam fé e afeto?

Frei Betto aborda, em linguagem cristalina, a crise da vida espiritual e abre sendas de esperança. Tolerância, fé e política, ética e justiça são temas recorrentes nessas páginas. Elas enriquecem a nossa subjetividade, animam a nossa espiritualidade e aprimoram a nossa consciência crítica.

Frei Betto é frade dominicano e escritor, autor de 65 livros editados no Brasil e no exterior. Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia. É assessor de movimentos pastorais e sociais. Recebeu vários prêmios por sua defesa dos direitos humanos, inclusive na Itália e na Áustria. Durante nove anos participou da Comissão Sueca de Direitos Humanos (1990-1999).

Nº DE PÁGINAS: 256

 

10 lições sobre Rawls

Newton de Oliveira Lima

A obra do filósofo norte-americano John Rawls (1921-2002) é um marco na linhagem liberal, representa a tentativa de legitimar o Estado de Direito a partir do debate público acessível a todos. Estudar a filosofia de Rawls é um esforço de reflexão sobre a liberdade e a igualdade, construídas através da participação pública no debate político e jurídico, afastando a violência como ação política.

Rawls concebeu a “razão pública” como via de acesso ao poder, ele foi uma voz a favor da liberdade e da tolerância em um mundo marcado pela intolerância. Sua obra é de um valor imprescindível para a defesa da liberdade dos povos e um convite para o cidadão refletir sobre sua responsabilidade com a política.

Newton de Oliveira Lima: professor adjunto do Centro de Ciências Jurídicas e do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal da Paraíba. Pesquisa nas áreas de Filosofia do Direito, Filosofia Política e Filosofia dos Valores. Possui vários artigos científicos, capítulos de livros e quatro livros publicados: Romantismo e Neoclassicismo: liberdade versus formalismo na arte contemporânea; Teoria dos valores jurídicos: o neo-kantismo e o pensamento de Gustav Radbruch; Jurisdição constitucional e construção de direitos fundamentais no Brasil e nos Estados Unidos; O Estado de Direito em Kant e Kelsen (sua tese de doutorado em Filosofia).

Nº DE PÁGINAS: 96

 

Antropologia das Emoções

David Le Breton

Os sentimentos ou as emoções fazem parte de um sistema de sentidos e de valores próprios a um grupo social cujo bem-fundado, os princípios organizadores do elo social, eles confirmam. O fundo biológico universal se declina social e culturalmente de um lugar a outro do mundo segundo modos por vezes análogos, outras vezes assaz diversos. Para a antropologia, a esfera das emoções provém da educação; ela é adquirida de acordo com as modalidades particulares da socialização da criança, não podendo ser considerada mais inata do que a própria língua. Todo ser humano é dotado da capacidade de entrar no universo simbólico que constitui a especificidade da condição humana.

Esta obra aborda também o ritual do olhar na interação, incluído na cultura afetiva, ressaltando a dimensão do contato físico que o mesmo conota. Contemplar o outro é como tocá-lo de maneira simbólica, e disso decorre o imperativo de discrição que marca, em princípio, as trocas de olhares em nossa sociedade. O olhar é, inicialmente, um comprometimento com o mundo.

Na perspectiva da dimensão simbólica, da capacidade própria ao homem de fixar o vínculo social pela criação de sentido e de valores, a unidade da condição humana implica diferenças tanto coletivas quanto individuais. De um lado, ela gera a diversidade cultural; de outro, ela acarreta a singularidade das maneiras pelas quais os indivíduos delas se apropriam.

As percepções sensoriais, ou a experiência, e a expressão das emoções parecem emanar da intimidade mais secreta do sujeito; entretanto, elas também são social e culturalmente modeladas. Os gestos que sustentam a relação com o mundo e que colorem a presença não provêm nem de uma pura e simples fisiologia nem unicamente da psicologia: ambas se incrustam em um simbolismo corporal que lhes confere sentido, nutrindo-se, ainda, da cultura afetiva que o sujeito vive à sua maneira. Eis o conteúdo deste livro.

Esta abordagem antropológica das emoções e das culturas termina com uma antropologia do ator em cena, pois sua arte consiste justamente num sólido conhecimento da cultura afetiva de seu grupo, conhecimento pelo corpo, que lhe permite fingir à vontade, com mais ou menos credibilidade, as emoções que não sente. A antropologia do ator é um importante meio de análise do caráter social e culturalmente construído dos sentimentos e das emoções.

David Le Breton é sociólogo e professor na Universidade de Strasbourg II e membro do laboratório “Culturas e sociedades na Europa”. É um dos mais conhecidos autores da corporeidade, com diversas obras publicadas na França e no Brasil, como: Antropologia do corpo, A sociologia do corpo e Antropologia dos sentidos, publicados pela Editora Vozes.

Nº DE PÁGINAS: 360

 

Antropologia Teológica

Salvação cristã: salvos de quê e para quê?

Alfonso García Rubio

A teologia é indispensável para que a Igreja continue sempre arejada, repensando-se e pensando sua ação no mundo para que continue dialogando com as várias situações pelas quais passa o ser humano. Uma coleção de teologia, escrita por autores brasileiros, leva-nos a pensar a função do teólogo no seio da Igreja. Tal função só pode ser entendida como atitude daquele que busca entender a fé que professa, e, por isso, faz teologia. Este teólogo assume, então, a postura de produzir um pensamento sobre determinados temas, estabelecendo um diálogo entre a realidade vivida e a teologia pensada ao longo da história, e se caracteriza por articular os temas relativos à fé e à vivência cristã a partir de seu contexto. Outra característica que o acompanha é a de ser filho da comunidade eclesial, e, como tal, deve fazer de seu ofício um serviço aos cristãos.

Depois de criticar a visão dicotômica ou dualista e de apresentar a visão integrada do ser humano, esta obra estuda a revelação do Deus bíblico, do Deus que nos ama com total gratuidade (Graça), do Deus que quer nosso bem e nossa felicidade iniciados já no tempo atual de maneira ainda imperfeita e incompleta, enquanto se espera a plenitude escatológica (Salvação). Como podemos traduzir essa riqueza toda no nosso mundo atual? Começando pela realidade do ser pessoa, este livro explicita as relações fundamentais constitutivas da pessoa humana. A relação com Deus, as relações inter-humanas, as relações entre os seres humanos e o meio ambiente e as relações da pessoa consigo mesma formam o itinerário temático da obra de Rubio e são entendidas como relações a serem vividas na verdade e na sinceridade.

A coleção Iniciação à teologia, em sua nova reformulação, conta com volumes que tratam das Escrituras, da Teologia Sistemática, Teologia Histórica e Teologia Prática. Os volumes que estavam presentes na primeira edição serão reeditados; alguns com reformulações trazidas por seus autores. Novos títulos serão publicados à medida que forem finalizados. O objetivo é oferecermos manuais às disciplinas teológicas, escritos por autores nacionais. Essa parceria da Editora Vozes com os teólogos brasileiros é expressão dos novos tempos da teologia, que busca trazer o espírito primaveril para o ambiente de produção teológica, e consequentemente oferecermos um material de qualidade para que estudantes de teologia, bem como teólogos e teólogas, busquem aporte para seu trabalho cotidiano.

Prof.-Dr. Pe. Alfonso García Rubio, sacerdote diocesano, nascido na Espanha em 1934 e radicado no Brasil desde 1959. Doutor em Teologia Sistemática pela Universidade Gregoriana (Roma). Cofundador da Faculdade de Teologia da PUC-Rio em 1968. Nela tem ministrado cursos de Teologia na Graduação e na Pós-graduação, especialmente no âmbito da Cristologia e da Antropologia Teológica, com diversas publicaçõesnessas áreas. Exerceu também as funções de coordenador dos cursos de Graduação e Pós-graduação e dediretor do Departamento de Teologia da Puc-Rio. Na década de 1990, atuou como cofundador do Curso de Teologia a Distância, no qual permanece como professor titular de Cristologia e de Antropologia. Em seu intenso magistério teológico destaca-se a orientação de numerosas dissertações e teses doutorais. Seu labor teológico e sua pesquisa têm estado sempre vinculados ao trabalho pastoral sobretudo em ambientes populares. Ministra até hoje cursos intensivos de atualização teológica, além de orientar retiros e prestar assessorias para sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, por todo o Brasil e em outros países da América Latina. Atualmente é professor emérito da PUC-Rio.

Nº DE PÁGINAS: 312

 

Dinâmicas para aulas de Língua Portuguesa

Rita De Cássia Santos Almeida

Muitas vezes buscamos formas diversas de trabalhar em sala de aula, pois a maneira tradicional com o professor “dando aulas” tem se tornado esgotante, cansativa e maçante para os alunos. Assim, para diversificar, nada melhor do que uma aula dinâmica, que possa atrair a atenção e motivar os alunos. E aí, como fazer?

Tornemos a sala de aula um espaço de aprendizagem em que os alunos precisarão realmente participar, pensar para responder; consultar, discutir, trocar ideias, confrontar respostas e, consequentemente, aprender. Quando em atividade, principalmente se expressando, o funcionamento mental propicia ao aluno entender melhor o conteúdo sobre o qual está falando, comentando, explicando; enfim, esse é o momento que mais se aprende.

No entanto, é bom ter em mente que o jogo nas aulas de Português não é para brincar, mas para estudar e envolver-se com o conteúdo em questão. Os jogos propostos neste livro têm como objetivo principal que a aprendizagem aconteça a partir do momento em que se trabalha com o conteúdo, que todos se exercitam individualmente e em grupo, com a necessidade de troca de conhecimentos. Além disso, é primordial durante as atividades que o professor dê um tempo a todos para discutirem sobre o tema e observe nos grupos quem realmente participa; quem está distante ou não consegue participar. Afinal, é por isso que o grupo se reúne.

Rita de Cássia Santos Almeida nasceu em Itapeva, SP. Fez seu Magistério no Instituto Estadual de Educação Prof. Otávio Ferrari. Cursou Letras, Pedagogia, Psicopedagogia e mestrado em Educação Sociocomunitária. Trabalhou com todas as faixas etárias, falando sobre a língua portuguesa, ensinando conceitos e regras. É autora das obras: Jogos nas aulas de Língua Portuguesa e Práticas de leiturae produção de textos, ambas publicadaspela Editora Vozes. E-mails: tari_instein@yahoo.com.br / rita22almeida@gmail.com

Nº DE PÁGINAS: 152

 

Manual de Linguística

Semântica, pragmática e enunciação

Márcia Romero, Marcos Goldnadel, Pablo Nunes Ribeiro e Valdir do Nascimento Flores

“O que não se tentou para evitar, ignorar ou expulsar o sentido? É inútil: essa cabeça de Medusa está sempre aí, no centro da língua, fascinando os que a contemplam” (BENVENISTE, 1966, p. 126). Assim se manifesta o grande linguista francês, Émile Benveniste, em um de seus célebres artigos reunidos em Problemas de linguística geral.

O alvo da crítica de Benveniste é indiscutível: os linguistas e a linguística. A abordagem do sentido na linguagem sempre foi o ponto fraco da linguística, e isso ao menos por um motivo: o sentido pode receber tantos enfoques quantos são os pontos de vista a partir dos quais se pode examiná-lo. E é isto que Benveniste lembra: o sentido é uma cabeça de Medusa, pode petrificar quem ousa olhá-lo.

É na tentativa de auxiliar a desviar do olhar da Medusa – ao menos para aqueles que dão os primeiros passos nos estudos da significação – que apresentamos aos estudantes e professores de linguística este Manual de Linguística, cujo subtítulo, semântica, pragmática e enunciação, anuncia seu maior propósito: não homogeneizar a abordagem do sentido na linguagem.

No campo dos Estudos da Significação, uma série de temas de especial interesse para o ensino e a pesquisa permanece confinada ao debate acadêmico mais restrito, privando alunos e, não raras vezes, professores do contato com questões que têm implicações diretas para a produção e a interpretação de textos e para a compreensão da gramática. É com o intuito de suprir essa lacuna que este material didático busca introduzir o leitor às grandes linhas das áreas em foco, com especial atenção à aplicação desses estudos à análise da Língua Portuguesa.

Trata-se de uma obra coletiva que, somada ao Manual de linguísticaFonologia, morfologia e sintaxe, anteriormente publicado, busca contribuir para fornecer um conjunto de informações de referência que podem ser exploradas por todos os que se iniciam nos estudos da linguagem. O leitor encontrará, nas páginas que seguem, diferentes – e não necessariamente convergentes – possibilidades de estudo do sentido. Segui-las é um começo para os que buscam ver os caminhos por onde começar a andar.

Nº DE PÁGINAS: 248