Um caminho vocacional vivido em fraternidade

Ao longo de 2025, os jovens que participaram das Fraternidades de Animação Vocacional (FAVs) da Província viveram um intenso caminho de discernimento, inserção fraterna e amadurecimento humano e espiritual. As experiências aconteceram nas FAVs de Lages (SC), Chopinzinho (PR) e Curitiba (PR), possibilitando aos vocacionados conhecerem diferentes realidades da vida franciscana, sempre em contato direto com as fraternidades locais, a vida pastoral e o cotidiano do povo.

O que são as Fraternidades de Animação Vocacional (FAVs)

As FAVs constituem uma etapa importante do itinerário vocacional franciscano. Mais do que um período de atividades, são um tempo de convivência concreta com os frades, de participação na missão da Igreja e de escuta mais profunda do chamado de Deus. Inseridos em fraternidades reais, os vocacionados são convidados a integrar oração, trabalho, estudo, vida fraterna e serviço pastoral, discernindo com liberdade e responsabilidade os passos seguintes de sua caminhada.

A síntese do ano: reencontro e avaliação em Guaratinguetá

Depois de meses vivendo essas experiências em diferentes regiões da Província, os vocacionados reuniram-se no Seminário Frei Galvão, em Guaratinguetá (SP), para o encerramento do ano. Esse momento final teve como objetivo retomar a convivência do grupo, realizar a avaliação do percurso vivido, fortalecer os vínculos fraternos e integrar as diversas experiências em uma síntese vocacional mais madura.

A acolhida no Seminário Frei Galvão foi marcada pela fraternidade, pela partilha simples da vida e pela convivência com os frades da casa e com os postulantes. O retorno ao ritmo de um seminário, com seus tempos de oração, estudo e trabalho, ajudou os jovens a relerem o ano vivido e a confirmarem, com maior clareza, os apelos que Deus foi suscitando ao longo do caminho.

Missão que confirma o chamado

Como parte desse encerramento, os vocacionados também participaram de uma experiência missionária na Paróquia de Lagoinha (SP), em comunhão com as Irmãs Franciscanas Seráficas. A visita às famílias, o contato com a comunidade local e o anúncio simples do Evangelho tornaram-se ocasião concreta de serviço, proximidade e testemunho, reafirmando que a vocação franciscana nasce e se fortalece no encontro com as pessoas, especialmente com aquelas que mais necessitam de cuidado e esperança.

 

Vozes da caminhada vocacional

A riqueza desse percurso pode ser percebida também nos testemunhos dos próprios vocacionados. Igor Sposito destaca a experiência de acolhida e fraternidade vivida no encerramento do ano: “Chegar ao Seminário Frei Galvão foi um misto de sentimentos: a alegria pelo início de um novo ciclo e a expectativa diante da nova rotina e da convivência com os irmãos”. Ele recorda ainda que a missão em Lagoinha foi decisiva para o seu discernimento: “Pudemos visitar famílias, conviver com a comunidade e com as Irmãs Franciscanas Seráficas, levando a mensagem de Paz e Bem e fortalecendo ainda mais o meu ‘sim’ a esta experiência vocacional”.

Para Vinicius Bazzo, o ano de 2025 foi marcado por crescimento e amadurecimento: “Foi um ano de grande aprendizado, conhecimento e discernimento”. Vivendo seis meses na FAV de Chopinzinho (PR), ele ressalta que a inserção na vida paroquial e pastoral, aliada à rotina de oração, trabalho, estudo e lazer, “contribuiu de forma significativa para o meu crescimento pessoal, ajudando-me e encorajando-me a dizer ‘sim’ ao caminho vocacional”.

Matheus Porcatt também sublinha a importância do reencontro da turma em Guaratinguetá: “A chegada ao Seminário Frei Galvão trouxe uma nova motivação para nós”. Segundo ele, a convivência com os postulantes e o retorno à rotina formativa “ajudaram a aumentar o desejo pela vida religiosa franciscana”. Sobre a missão em Lagoinha, afirma: “Foi uma experiência maravilhosa poder levar o Evangelho a pessoas que necessitam de ajuda e cuidado”.

Um ano que se conclui, um caminho que continua

O encerramento das FAVs 2025 não representa um ponto final, mas uma etapa concluída com gratidão e responsabilidade. As sementes lançadas ao longo do ano seguem agora seu tempo de amadurecimento, confiadas a Deus, à vida fraterna e ao acompanhamento vocacional. Como Província, permanecemos certos de que investir tempo, presença e cuidado na animação vocacional é continuar acreditando no futuro da vida franciscana e no chamado que Deus segue fazendo à Igreja hoje.

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Frei Jeâ Paulo Andrade, OFM