Dia histórico em Colatina: primeiro grupo de Acólitos é instituído na Paróquia Santa Clara
18/09/2023
Colatina (ES) – A Paróquia Santa Clara de Colatina (ES) viveu um dia histórico no último domingo, 17 de setembro, data em que a Família Franciscana celebrou a Festa das Chagas de São Francisco. Com solenidade e festa, o primeiro grupo de acólitos foi instituído na Paróquia que neste ano completou 15 anos de criação, são eles: Henrique Costa Bissa, Maria Lara Silva Monteiro, Diego Contadine Garozi, Maria Clara Torezani Pertel, José Augusto Paula Moreira e André Rossi.
Após muitos anos servindo como coroinhas, estes jovens deram mais um importante passo na sua caminhada de fé. Com formações e encontros, os novos acólitos trilharam um caminho de preparação, que contou com a orientação e condução de Frei Augusto Luiz Gabriel e Janaina Zanetti. No entanto, com a instituição o caminho não se dá por encerrado, pelo contrário, é apenas um novo começo.
Após a homilia feita pelo pároco Frei Pedro de Oliveira Rodrigues, presidente da Celebração Eucarística das 19h, na Comunidade São Vicente de Paulo, teve início o Rito de Instituição de Acólitos. A coordenadora Janaina apresentou os candidatos habilitados a prestarem o seu serviço na liturgia ao pároco e a toda comunidade, chamando cada um pelo nome, que prontamente responderam “aqui estou”. Em seguida, Frei Pedro interrogou Frei Augusto: “Podes dizer-me se eles estão aptos a exercerem o ofício de Acólitos em nossa Comunidade Paroquial”.
“Estimado Frei Pedro, posso afirmar que eles estão aptos para desempenhar os serviços de Acólitos pois demonstraram, no período de preparação, consciência e maturidade, dedicação e zelo pela Eucaristia, pelos objetos e ritos litúrgicos e demais serviços da comunidade. Enfim, demonstraram o desejo de exercerem bem o serviço que estão para assumir. Todos já foram coroinhas por muitos anos e isso é mais uma prova de alegria e disponibilidade de suas vidas entregues à esta bonita missão de serem servidores de Cristo”, disse Frei Augusto
Assim, Frei Pedro interrogou os candidatos sobre suas disposições para assumirem este ministério e proferiu: “Estimados jovens e adolescentes, Vós escolhestes livremente e com exemplar generosidade servir a comunidade em todos os momentos de culto e de oração a Deus. Vós fostes preparados para este serviço, portanto, sejais fiéis e perseverantes no compromisso assumido. E eu, em nome da Igreja aqui reunida, acolho-vos oficialmente como Acólitos desta Paróquia Santa Clara de Assis. Deus, que vos inspirou este bom propósito, vos conceda a graça da perseverança e vos una mais perfeitamente a Cristo através dos serviços a esta comunidade”.
O rito teve continuidade com a bênção das vestes litúrgicas, sinal do serviço que prestarão ao culto divino, junto ao altar, em suas Comunidades da Paróquia Santa Clara de Assis. Em seguida os familiares e responsáveis os revestiram com a sobrepeliz, veste própria de Acólitos. E por fim, Frei Pedro também “revestiu” os jovens acólitos com o Tau Franciscano, símbolo do carisma franciscano. A comunidade acompanhou este momento com muita atenção e emoção, enquanto se cantava “reveste-me Senhor com a tua graça, eu quero meu irmão servir melhor! Que teu Espírito em mim se faça, que eu possa caminhar no teu amor”.
Na homilia do 24º Domingo do Tempo Comum, Frei Pedro refletiu sobre a temática do perdão. “Diante do Senhor o que importa é: qual a dívida de perdão que eu tenho com o outro? O pagamento é à vista, não é parcelado em suaves prestações. Por isso, recorremos a São Francisco de Assis que nos lembra que ‘é perdoando que se é perdoado’. Nós sabemos disso e continuamos insistindo em sermos irredutíveis no perdão, irredutíveis na compaixão, irredutíveis na misericórdia. ‘É dando que se recebe’; ‘é morrendo que viveremos para a vida eterna’, citou o religioso, evidenciando a figura de São Francisco que chegou em um grau de compreensão profundo sobre o perdão.
Fez menção de um versículo do final do Evangelho: ‘É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão” (Mt 18,35). Assim, Frei Pedro lembrou que o perdão não se dá apenas da boca para fora ou com um tapinha no ombro. “Que o Senhor nos ajude, que de fato, assim como Ele é, complacente, misericordioso e benigno, que Ele nos ajude a também sermos assim para com o outro. Por isso, vamos recordar o refrão do salmo: ‘O Senhor é bondoso, compassivo e carinhoso’, esta é a forma com o qual Ele nos trata e nos quer também”, ensinou Frei Pedro.
No ofertório, dois acólitos já instituídos cuidaram do serviço do altar. Após a celebração, Frei Pedro agradeceu pela presença de todos, bem como da preparação e organização da celebração e do Tríduo das Chagas de São Francisco de Assis.
Frei Augusto Luiz Gabriel