Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Em Colatina, Comunidade São Vicente celebra seis anos de dedicação do Altar, reforma e ampliação da Igreja

09/05/2023

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Colatina (ES) – No último sábado (6/05), fiéis, frades e paroquianos participaram da Celebração Eucarística em comemoração de seis anos da Dedicação do Altar e da reforma e ampliação Igreja São Vicente, da Paróquia Santa Clara de Assis, de Colatina (ES). A Santa Missa das 18h foi presidida por Frei Gilson Kammer, atual pároco da Paróquia São Luiz Gonzaga de Xaxim (SC), que na ocasião acompanhou os trabalhos de reforma e ampliação. O Vigário Paroquial, Frei Luiz Iakovacz, concelebrou.

 “Dedicar uma igreja é o ato de oferecer e consagrar o templo como um espaço sagrado para o culto a Deus. É motivo de festa para todos nós, porque nos lembra que juntos com a consagração do templo de pedra, todos nós somos consagrados como pedras vivas da Igreja e que somos templos do Espírito Santo”, motivou Simone Pertel, no comentário inicial. E, assim, como fizeram no dia da Dedicação da Igreja, os fiéis acenderam quatro velas, representando os quatro evangelistas.

“Nesta noite em que celebramos os seis anos da dedicação do altar, reforma e ampliação de nossa Igreja reafirmamos em especial a nossa fé no Cristo ressuscitado. Somos uma comunidade viva que caminha com Cristo rumo à Páscoa definitiva. A comunidade, em estado permanente de missão, verdadeira Casa de Deus, anuncia com ardor o Evangelho da Salvação. Somos a nação santa e povo que Deus escolheu para proclamar as admiráveis obras do seu Filho Jesus. Com Deus no coração, nada nos falta no caminho rumo à vida eterna”, acolheu Frei Gilson no início da celebração.

Após a proclamação do Evangelho do 5° Domingo da Páscoa (Jo 14,1-12), Frei Gilson começou sua reflexão explicando que a cada Domingo da Páscoa, os cristãos tem uma nova oportunidade de refletir a partir da experiência dos discípulos com o Cristo Ressuscitado. “E hoje a liturgia da Palavra nos convida a meditar a refletir sobre a nossa família, mas de uma maneira muito mais ampla, família como a nossa igreja. Por isso, os discípulos ficam preocupados com as pessoas que estão desassistidas”, disse, ressaltando a preocupação dos apóstolos de escolherem novas pessoas.

“Acredito que hoje, da mesma maneira, Cristo hoje convida cada um de nós. Também somos chamados a cuidar da nossa comunidade, da nossa família que está em nossa volta. É dessa maneira que nós também conseguimos fazer novamente a experiência do Cristo Ressuscitado. Ao longo destes domingos da Páscoa, nos sempre ouvimos relatos onde Cristo se apresenta para os discípulos, para a comunidade. Apareceu para as mulheres, aos discípulos de Emaús. Em nossa comunidade e família Cristo também se manifesta. Nestes dois lugares, também repartimos o pão. E aqui, repartir o pão, não significa apenas comer, mas repartir a vida, a nossa fé, o cuidado para com o outro”, ensinou. “É dessa maneira que não só reconhecemos o Cristo, mas também tantas outras pessoas. Por isso, a mesa que temos em casa, é também a mesa que temos aqui em nossa comunidade, o altar. Do mesmo modo que em casa buscamos nos alimentar e partilhar, aqui também fazemos a mesma experiência”, acrescentou.

Para Frei Gilson, hoje também se faz necessário que os cristãos continuem sentindo o chamado de Deus, para continuar a missão de Cristo. “Os apóstolos sentiram o peso do cuidado das pessoas. Hoje também, o peso talvez seja muito grande. Por isso, é necessário que possamos partilhar não somente os trabalhos, mas a nossa vida. Quando a gente se encontra como comunidade, quando a gente consegue descobrir o Cristo em cada irmão, em cada irmã, nada se torna peso, mas sim alegria. Essa mesma experiência nossos pais também fizeram e fazem, não apenas partilhando dos alimentos, mas compartilhando a vida com a alegria”, ressaltou.

Segundo ele, Cristo pede a Tomé e a Felipe que o coração deles não fique perturbado. “Se cada um começa a pensar e agir diferente, a família começa a desandar, bem como nossas comunidades e assim não conseguimos fazer o reconhecimento deste caminho que o Cristo nos fala”, frisou.

“É necessário que a gente possa hoje, mais do que nunca, estar próximo das pessoas que nós amamos, estar próximos da nossa comunidade, de nossa igreja. E aí sim, dessa experiência, vamos conhecer juntos e compreender as Palavras de Cristo que se apresenta como o ‘Caminho, a Verdade e a Vida’. Qual é o caminho que nós católicos fazemos, qual a verdade que estamos anunciando ou buscando ouvir, para podermos compartilhar com o outro? Qual vida estamos buscando? São estes questionamentos que precisaremos responder, mas em comunidade, mesmo diante das dificuldades”, refletiu.

E acrescentou:  “Vamos buscar fazer a experiência de Cristo ressuscitado compartilhando nossa fé e nossa vida. Precisamos basear nossa vida nessa caminhada compartilhada. Juntos, devagar, conseguiremos dar passos mais importantes. Foi esse passo importante que a Comunidade São Vicente deu há seis anos. Com muito empenho, trabalho, dedicação, conseguiu fazer com que esse espaço da Igreja se tornasse um espaço muito mais bonito e sagrado. É nessa comunidade que hoje somos chamados mais uma vez a ser uma terra onde vamos continuar a construção de fé. Há seis anos, foram feitas as paredes. Há seis anos, a comunidade e cada um aqui continua essa mesma construção a partir do coração, a partir da busca. Por isso, cada um de nós aqui sinta-se também uma pedra muito importante. Que também possamos fazer a experiência de Cristo e o único caminho é o de Cristo Jesus. Que tenhamos coragem de fazer esse mesmo percurso. E assim, continuarmos nossa caminhada de mais seis e seis anos até chegarmos ao céu. Que Deus nos ajude e Nossa Senhora nos proteja”, concluiu.

Após a homilia, a celebração teve prosseguimento com as preces. No ofertório, com o pão e o vinho foram apresentados ao altar do Senhor o livro que contém o nome das famílias e benfeitores que contribuíram para o êxito da comunidade, flores e a vida de todos os membros da comunidade e de todas as pessoas que colaboraram e colaboram na manutenção da Igreja e na edificação do Reino de Deus. Após a comunhão, o livro foi depositado embaixo do altar.

No final, Frei Gilson emocionado agradeceu pela oportunidade e convite de celebrar novamente com essa porção do povo de Deus. Após a missa, uma confraternização ocorreu na pracinha, em frente da Igreja.


Frei Augusto Luiz Gabriel