Para celebrar São Francisco de Assis, Instituto Teológico abre “Exposição Franciscana”
28/09/2022
Petrópolis (RJ) – A biblioteca do Instituto Teológico Franciscano (ITF), que leva o nome do franciscano Frei Constantino Koser, é conhecida nacionalmente e internacionalmente pelo seu acervo e riqueza nas coleções de livros e revistas que somam mais de 120 mil exemplares. Nestes últimos dias, foi enriquecida com um elemento a mais: A “Exposição Franciscana”. Em meio a milhares de informações, pode-se agora também apreciar dezenas de representações de São Francisco de Assis. São pinturas e esculturas de diversos artistas.
Frei Sandro Roberto da Costa, atualmente é o diretor e professor de história da Igreja do ITF. Ele explica que as obras de arte têm sempre o objetivo de mexer com sentimentos e com a imaginação. “Esse também é o papel da literatura e dos livros, que nos permitem viajar, exercitar a criatividade e a sensibilidade. A biblioteca é o santuário da imaginação, da criação, da expressão do coração. Isso se aplica ainda mais à biblioteca do ITF, com um dos maiores acervos na área de franciscanismo no Brasil. Nesse sentido, as representações das imagens são fruto da imaginação de cada artista, que, através daquela escultura ou pintura, com os mais diversos materiais, externou ao público o seu modo de conceber, de entender o “Poverello de Assis”: desde os mais comuns, com passarinhos, com animais, com flores e plantas, de braços abertos, rezando, louvando a Deus, e até dormindo”, destacou.
Marisa Cardoso Vianna trabalha no ITF há 9 anos e atua diretamente na biblioteca. Sabe de cor as prateleiras dos milhares de livros e é também uma das organizadoras da exposição. Ressalta que a mostra foi montada a partir de peças de sua coleção particular, como de obras de Frei Sandro e de Frei Ludovico Garmus, além de estatuetas do próprio ITF. Segundo ela, o foco é puramente franciscano, mas também quer dar a largada para as comemorações dos 800 anos da Regra da Ordem Franciscana, evento que será celebrado em 2023.
A exposição é composta de várias esculturas, de diversos tamanhos, e algumas pinturas. Dentre as esculturas, a maioria provém de artistas populares, de vários estados do Brasil e da América Latina. “Temos obras também de Angola e algumas de Assis, Itália”, afirma Frei Sandro. Os materiais variam, desde argila, gesso, estopa, fibra de bananeira, resina, papel de cigarro, durepox, dentre outros. Quanto aos quadros, destaca-se uma pintura do artista franciscano Frei Benedito Geraldo Gomes Gonçalves, mais conhecido como Frei Dito, que apresenta um expressivo e famoso São Francisco das Chagas.
“Convidamos a todos que venham não só apreciar esteticamente esta exposição, mas também possam experimentar e se deixar tocar pela irradiação da espiritualidade franciscana, que tais imagens e quadros podem evocar. Francisco era um artista que se expressava através da música, dos gestos, da poesia, como vemos com o Cântico das Criaturas (Laudato Si’ mi Signore). Ele nos ensina a importância do belo, da estética, da arte, como uma das formas de expressão do transcendente, ao mesmo tempo em que é também um meio de nos aproximarmos da grandeza de Deus”, revela Frei Sandro.
A “Exposição Franciscana” surgiu como parte de uma série de eventos relacionados à preparação para a festa de São Francisco, que será celebrada por toda Família Franciscana no próximo dia 4 de outubro. Além da exposição, o Instituto Teológico Franciscano programou a Semana Franciscana, de 26 a 30 de setembro, com uma série de lives gratuitas, com mestres do franciscanismo. E, no último final de semana, realizou-se o Retiro Franciscano, contando com a participação de mais de 60 pessoas.
A exposição foi oficialmente inaugurada no dia 25 de setembro e estará aberta ao público até o dia 7 de outubro. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h até às 17h. Além de visitar a exposição, o público poderá conhecer a histórica biblioteca do Instituto de Teologia dos frades franciscanos que se destaca pela sua qualidade de conteúdo, quantidade de informações e pela conservação do acervo.
Frei Augusto Luiz Gabriel