Os frades do tempo de profissão temporária da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola encerraram o Retiro para a Renovação dos Votos, neste domingo do Advento (1/12), na casa dos Pobres Servos da Divina Providência (Calabrianos, em Luanda. Desde 29 de dezembro estiveram em retiro cerca de 27 frades de diferentes anos de profissão, reunidos para refletir o tema: “Fraternidade em Missão num mundo que muda”, texto do ex-Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, Frei Giacomo Bini, OFM, tendo como coordenador do retiro Frei Marco dos Santos, que é mestre de noviços na Fraternidade Santo Antônio, em Quibala.

Nesses três dias, os frades puderam vivenciar momentos como: a celebração de todas as Santas e Santos Franciscanos, o aniversário da Regra Franciscana, a Festa de Santo André Apóstolo, a comemoração de todos os fiéis defuntos da Ordem e o início do novo Ano Litúrgico A, com o primeiro dia Advento. A renovação dos votos está marcada para o dia da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, em 8 de dezembro, próximo domingo, no mosteiro Sagrado Coração de Jesus das Irmãs Clarissas.

Nesses dias, os frades reunidos em duas sessões diárias, refletiram em torno do tema citado e também fizeram uma análise da caminhada das quatro turmas de frades estudantes que compõem a Fraternidade São Francisco de Assis do Palanca. Neste tempo jubiliar da Ordem dos Frades Menores, com os 800 anos do encontro de São Francisco de Assis com sultão Al-Malik Al-Kamil, reconheceu-se que o diálogo e a transparência constituem a pedra angular para a firmeza de uma fraternidade.

O nosso autor nos lembrava: “Vivemos num mundo que muda com uma rapidez incrível: não podemos nos dar ao luxo de estarmos ‘distraídos, deixar-nos ‘dis-trair’, deixar-nos levar de lá para cá, sem estarmos concentrados no essencial, numa vida interior, custodiada e continuamente renovada. Devemos entrar numa dinâmica de identidade franciscana, interiormente sólida e estável para sermos capazes de nos adaptar às rápidas mudanças em que vivemos, para integrá-las em nossa identidade, a fim de poder orientá-las constantemente para um significado ‘último’. Ser ‘profetas do sentido’ exige a capacidade de reencontrar o verdadeiro sentido dos nossos gestos concretos dia a dia, para além da repetição mecânica e regular, para revivê-los e re-atualizá-los numa dinâmica de busca e de encontro com o Senhor e com os outros. A conversão deverá acontecer no ‘ordinário’ de nossa vida”.

Frei Abel Ndala Sahuma Nganji e Frei Evaristo Seque Joaquim