Cláudio Santos

A Catedral de Santo Antônio de Duque de Caxias (RJ) promoveu na tarde do último dia 20 de janeiro, uma Vigília pela Paz com momentos de oração, meditação e união contra a violência, a guerra e a intolerância religiosa contra refugiados e migrantes.

O objetivo é transmitir a sociedade uma mensagem de que é possível dialogar pela paz em um mundo marcado por guerras e dramáticas assimetrias socioeconômicas, políticas e ambientais. A vigília pretende ainda afirmar os valores da solidariedade, bondade, perdão e da paz.

Hoje há no mundo um acirramento de debates políticos, religiosos e sociais, que têm apontado para um aumento cada vez maior da intolerância. O pluralismo de pensamentos e ideologias já não encontram espaços em nosso meio e cresce a intolerância e a violência em todos os ambientes.

A vigília é promovida há mais de duas décadas e é apoiada pelo Apostolado da Oração, Fraternidade Santo Antônio de Duque de Caxias, vinculada à Ordem Franciscana Secular do Brasil (OFS), e por movimentos e pastorais locais que se reúnem para celebrar a paz e rezar por todas as situações de conflitos, nos mais diferentes locais do mundo.

O papa Francisco, em sua mensagem para o 50.º Dia Mundial da Paz, a quarta de seu pontificado, propôs como tema “A não-violência: estilo de uma política para a paz”.

“Almejo paz a todo o homem, mulher, menino e menina, e rezo para que a imagem e semelhança de Deus em cada pessoa nos permitam reconhecer-nos mutuamente como dons sagrados com uma dignidade imensa. Sobretudo nas situações de conflito, respeitemos esta ‘dignidade mais profunda’ e façamos da não-violência ativa o nosso estilo de vida”.

“Sejam a caridade e a não-violência a guiar o modo como nos tratamos uns aos outros nas relações interpessoais, sociais e internacionais. Quando sabem resistir à tentação da vingança, as vítimas da violência podem ser os protagonistas mais credíveis de processos não-violentos de construção da paz” – escreveu o pontífice.

A Mensagem do Papa é enviada a todas as Chancelarias do mundo e assinala as diretrizes diplomáticas da Santa Sé.