A série da Campanha da Fraternidade, promovida pela Província da Imaculada Conceição, no formato podcast, tem início neste domingo, 27 de fevereiro, com a entrevista do Coordenador da Campanha da Fraternidade, Padre Patricky Samuel Batista, que faz uma apresentação geral do tema, lema, objetivos e metodologia adotados para este ano. Neste ano, a Campanha terá como tema “Fraternidade e Educação” e como lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (cf. Pr 31, 26).

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Esta é a terceira vez que a CNBB traz o tema da educação com enfoque bem específico. “Em 1982, o lema da Campanha era a ‘Verdade vos libertará’, pensando então a educação na promoção da vida, da dignidade humana, em tantos cenários que nos desafiavam e ainda hoje nos provocam no tempo presente. Depois, em 1998, com o lema ‘A serviço da vida e da esperança’, na belíssima caminhada que fizemos em preparação para o Jubileu 2000, era preciso pensar: qual é a educação que nós queremos para o novo milênio? Uma educação a serviço da vida e da esperança”, recordou o coordenador da CF.

Segundo ele, neste ano, os bispos do Brasil foram precisos em apresentar o tema da campanha, “Fraternidade e educação”, com enfoque bem especifico. “É preciso pensar a educação de forma integral. E pensá-la de forma integral não significa uma escola em tempo integral. É preciso refletir sobre educação que é muito mais que escolarização, transmissão de conhecimento. Educar é um ato de amor e esperança no ser humano, e deve atingir todos os âmbitos da vida da pessoa. Toda essa reflexão enriquecida com o Pacto Educativo Global, essa proposta que o Santo Padre nos faz de envolver a todos em vista de uma educação melhor. Daí o grande encontro: pensar a educação de forma integral com a educação humanista e solidária”, explicou.

Segundo Pe. Patricky, a grande pergunta da Campanha é justamente essa: qual é o modelo de educação que queremos? Como o modelo da experiência cristã na educação pode iluminar os desafios atuais que foram potencializados pela pandemia da Covi-19?

“Então, esse recorte da pandemia é muito importante, seja a partir dos impactos que nós sentimos, também no âmbito da educação, para que nós possamos assumi-la como prioridade, mas pensada de forma integral. Por essa razão, o lema é muito sugestivo. Uma educação que nos ajude a falar com sabedoria, ensinar com amor, servir com alegria, como dizia o Papa Francisco”, enfatizou.

Promover diálogos

O grande objetivo, segundo o Pe. Patricky,  é promover diálogos, rodas de conversa, a partir da realidade educativa do Brasil, à luz da fé cristã. “Quais são os princípios que vão presidir a educação no horizonte da fé cristã?”, questiona o coordenador.

Para promover o diálogo é necessário exercitar a escuta, enfatiza o padre. “Uma escuta atenta dos professores, da realidade dos pais, da comunidade de fé e da sociedade como um todo. Lembrando aquele dito africano, que o Papa Francisco retoma no Pacto Global: ‘É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança’. E essa aldeia hoje tem vários atores. É uma aldeia global”.

Método Ver, Julgar e Agir

Pe. Patricky explicou que o método “Ver, Julgar e Agir” continua na CF, mas nesta o método é apresentado com as pedagogias do Papa Francisco: “Escutar, discernir e agir”. “Foi uma opção que a equipe fez com a anuência do episcopado”, disse.

“Educação requer afeto, qualidade da presença, e real compromisso de transformação humana, para que cada pessoa possa oferecer o melhor de si, a Deus, ao próximo e à vocação que Deus lhe confiou”, ressaltou o coordenador.

No próximo episódio, no dia 2 de março, o convidado é o teólogo e professor da PUC-SP, Fernando Altemeyer Jr., para falar sobre o tema “Jesus: Mestre e Educador”.

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