Primeira Profissão de Irmã Maximiliana marca os 32 anos do Mosteiro das Clarissas em Colatina
30/05/2023
Colatina (ES) – No dia em que a Igreja celebrou a memória da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja – data instituída pelo Papa Francisco no Calendário Romano em 2018 –, as Irmãs Clarissas do Mosteiro Santíssima Trindade celebraram a Profissão dos Votos Temporários da Irmã Maximiliana Maria da Penha, na Ordem de SantaClara (OSC). A Santa Missa Celebração Eucarística foi presidida pelo assistente local das Clarissas, Frei Luiz Iakovacz, na última segunda-feira (29/05), às 7h. A celebração marcou também o aniversário de 32 anos de presença franciscana das Irmãs Clarissas em território colatinense.
Após a proclamação do Evangelho do dia (Jo 19,25-34), deu-se início ao rito, em que Irmã Maximiliana manifestou o desejo de se consagrar inteiramente a Deus, fazendo a Profissão Religiosa na família das Irmãs Pobres de Santa Clara. Na sequência, Frei Luiz fez uma breve reflexão. Iniciou explicando que, por desejo do Papa Francisco, um dia após a Solenidade de Pentecostes, celebra-se a memória da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja.
Segundo Frei Luiz, quando Jesus, no alto da cruz, disse para João: ‘Mulher, este é o teu filho” e para Maria ‘Esta é a tua mãe’, a Mãe de Jesus passa a morar e ser cuidada por João. “Esta vida de fraternidade, este gesto tão fraterno de mãe e filho e filho e mãe é muito expresso na vida da Ordem de Santa Clara. Por isso, aquela que coordena o Mosteiro é chamada de Madre, que quer dizer mãe e as demais são como que filhas. Existe, então, essa proximidade, essa riqueza do carisma clariano em que a Madre faz com que todas as suas filhas se sintam irmãs umas das outras e formem, de fato, uma verdadeira igreja”, disse.
“Por isso, quando o Papa Francisco, no primeiro dia depois de Pentecostes, pede que se crie uma memória litúrgica para Maria, Mãe da Igreja, é porque Maria estava junto das pessoas que receberam o Espírito Santo”, explicou. “Irmã Maximiliana, que você seja como Maria, uma Irmã Clarissa repleta do Espírito Santo de Deus”, acrescentou.
O rito teve continuidade com o diálogo do celebrante com a professanda. Ela, afirmou sua disponibilidade para se consagrar a Deus, abraçando os votos religiosos na observância da Regra e Constituições das Irmãs Pobres de Santa Clara. Logo depois, Frei Luiz procedeu com a bênção do véu e da coroa, que culminou com o canto do Veni Creator. Durante todo este momento, Irmã Maximiliana esteve com a vela acesa nas mãos.
O momento central da Profissão Religiosa se deu logo em seguida, quando a Abadessa, Irmã Agnes Maria da Sagrada Família, acolheu Irmã Maximiliana na Ordem de Santa Clara, pronunciando a fórmula de Profissão:
“Para louvor e glória de Deus, que me escolheu e por sua graça me chamou, com a firme vontade de observar o santo evangelho e de seguir e imitar a vida do Altíssimo Senhor nosso Jesus Cristo e de sua Mãe, na presença de minhas irmãs, em vossas mãos, Madre Abadessa, prometo e faço voto a Deus Onipotente de viver por três anos em castidade, sem próprio, em obediência e em clausura, segundo a Regra das Irmãs Pobres de Santa Clara, confirmada pelo papa Inocêncio IV, e segundo as Constituições da nossa Ordem aprovada pela Sé Apostólica. De todo o coração me entrego a esta família religiosa para, sob a ação do Espírito Santo e com a intercessão da Imaculada Virgem Maria, de nosso Pai São Francisco, de nossa Mãe Santa Clara e de todos os Santos, e ainda com a ajuda das minhas irmãs, consagrar-me ao serviço de Deus e da Igreja”.
Irmã Teresinha, vigária e ex-abadessa, acompanhou este momento ao lado de Irmã Agnes como testemunha. Por fim, a abadessa revestiu a religiosa com o véu preto, a coroa e entregou-lhe o livro da oração da Igreja e a Regra de Santa Clara. As irmãs, familiares e celebrante cumprimentaram a neoprofessa que, no final, entoou o salmo 44 “procurei aquele a quem amo”.
A celebração teve continuidade com as preces e liturgia eucarística. No final, Irmã Agnes agradeceu a todos pela presença e por fazerem parte da vida do Mosteiro Santíssima Trindade e fez o convite para a confraternização.
32 ANOS DO MOSTEIRO DAS CLARISSAS
Na última sexta-feira (26/05), a Celebração Eucarística das 7h, marcou os 32 anos de presença franciscana das Irmãs Clarissas do Mosteiro Santíssima Trindade de Colatina. A Santa Missa foi presidida por Frei Pedro de Oliveira Rodrigues e contou com a presença do diácono Frei Augusto Luiz Gabriel. Na ocasião, as Irmãs Clarissas fizeram memória das fundadoras do Mosteiro e louvaram a Deus pela frutuosa missão que estão desempenhando em terras colatinenses!
A comunidade das Irmãs Clarissas do Mosteiro Santíssima Trindade, teve início no ano 1991, através de um pedido do então Bispo da Diocese de Colatina, Dom Geraldo Lyrio Rocha, que em sua carta dizia: “Julgo uma grande bênção de Deus poder contar desde o início da Diocese, com a presença orante de uma comunidade contemplativa. A meu ver uma Igreja local está incompleta se nela não houver uma comunidade contemplativa, sinal luminoso do Reino e convite permanente à oração e à penitência”.
Nos três primeiros anos, a comunidade instalou-se em uma casa adaptada provisoriamente na Rua Adwalter Ribeiro Soares, cuja inauguração deu-se no dia 26 de maio de 1991, solenidade litúrgica da Santíssima Trindade; neste mesmo dia, a recente comunidade foi contemplada com um terreno com vista para a cidade no alto do monte São Francisco de Assis, Bairro São Judas Tadeu. Em 1994, a comunidade transferiu-se para o Mosteiro definitivo, mesmo estando inacabado.
As Irmãs Clarissas – ou segunda Ordem de São Francisco – são mulheres consagradas que vivem na Clausura em permanente vida Contemplativa, isto é, em constante estado de oração e de adoração a Deus. De forma especial, as Irmãs Clarissas são intercessoras diante de Deus em favor das necessidades da Igreja, dos fiéis católicos e de toda a humanidade. Uma cidade onde existe um Mosteiro de vida contemplativa é extremamente abençoada. Em Colatina não é diferente. Os vizinhos das irmãs afirmam com alegria que desde que elas vieram para Colatina, o bairro ficou mais pacífico.
Frei Augusto Luiz Gabriel