Acompanhe a reflexão do Ministro Geral, Frei Massimo Fusarelli, na  coluna “Ponto de vista” para o mês de janeiro:

Hoje estamos cada vez mais conscientes da pluralidade de culturas, mesmo na Fraternidade internacional da Ordem, rica em cores, línguas, sensibilidades e visões muito diversas. Como viver esta diversidade que, numa sociedade que alguns definiram como “arquipélago”, corre o risco de transformar o Pentecostes numa nova Babel?

Parece-me que somos chamados a aprender sempre de novo a viver esta multiformidade não como uma ameaça, mas como uma oportunidade, que também nos ajuda a ouvir para onde o Espírito nos leva. Desta forma fazemos com que o carisma que nos foi confiado dê origem a perspectivas inéditas, novas oportunidades e abra novos caminhos para este mundo.

A nossa tarefa, de fato, não é repetir as fórmulas que forjamos no Mediterrâneo e na Europa, tanto na Igreja como na nossa Família Franciscana, mas ouvir a forma como cada cultura nos permite afirmar o núcleo da da fé cristã e do modo de vida dos irmãos e menores, contemplativos em missão entre os pobres.

Isto é Pentecostes, que implica o reconhecimento mútuo de todos. Não é um dado adquirido entre nós. João XXIII sonhou isto com o Vaticano II, e a sinodalidade hoje faz parte deste movimento.

Estamos caminhando em nível de Entidade da Ordem para os Capítulos das Esteiras nas diversas Províncias e Custódias, que convergirão no internacional de 1º a 8 de junho de 2025 em Santa Maria dos Anjos. Nestes encontros queremos ouvir as nossas vozes e, em conjunto, as dos leigos, religiosos e religiosas, provenientes de muitas línguas e culturas do mundo, para reiterar hoje o nosso carisma.

Estamos trabalhando em diferentes níveis em três pontos:

Renovando a nossa visão: a quais características do carisma devemos nos abrir hoje?
Caminhar segundo um estilo: qual estilo profético de fraternidade em minoridade?
Abraçando o futuro: testemunho-missão: a quem e como servimos?
Acolhamos este apelo, para não nos contentarmos com a repetição de fórmulas, acreditando que o carisma de Francisco, Clara e Isabel está vivo e pode ser expresso nas muitas línguas e culturas do nosso mundo, para mostrar a nós e a todos hoje o beleza e novidade do Evangelho de Jesus.

Fonte: www.ofm.org