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Papa Francisco convoca “um minuto pela paz”

05/06/2019

Papa Francisco

Cidade do Vaticano – No Audiência Geral desta quarta-feira, o Pontífice recordou que no próximo sábado, 8 de junho, recorrem os cinco anos do encontro, no Vaticano, dos presidentes de Israel e da Palestina com o Papa e o Patriarca Bartolomeu.

“Às 13h, somos convidados a dedicar “um minuto pela paz” de oração para quem crê, de reflexão para quem não crê. Todos juntos por um mundo mais fraterno”, disse Francisco, agradecendo à Ação Católica internacional que promove esta iniciativa.

A coragem da paz
No dia 8 de junho de 2014, nos Jardins Vaticanos, o Pontífice dirigiu as seguintes palavras a Shimon Peres e a Mahmoud Abbas: “Para fazer a paz é preciso coragem, muita mais do que para fazer a guerra. É preciso coragem para dizer sim ao encontro e não à briga; sim ao diálogo e não à violência; sim às negociações e não às hostilidades; sim ao respeito dos pactos e não às provocações; sim à sinceridade e não à duplicidade. Para tudo isto, é preciso coragem, grande força de ânimo.”

Na Praça São Pedro, diante de milhares de fiéis e peregrinos, o Pontífice recordou as principais etapas de sua visita, agradecendo inicialmente às autoridades pelo êxito positivo desta missão.

O lema da viagem, “caminhar juntos”, foi concretizado no programa. “Os diversos encontros evidenciaram o valor e a exigência de caminhar juntos seja entre cristãos, no plano da fé e da caridade, seja entre os cidadãos, no plano do compromisso civil.”

Ecumenismo
Francisco considera que os cristãos estão vivendo “a graça de viver uma estação de relações fraternas entre as diversas Igrejas”.

“A união entre todos os cristãos, mesmo incompleta, está baseada no único Batismo e é sigilada pelo sangue e pelo sofrimento sofrido juntos nos tempos obscuros da perseguição, em especial no século passado sob o regime ateísta. ”

De modo especial, o Papa citou a oração do Pai-Nosso na “nova e imponente” Catedral Ortodoxa de Bucareste com o Patriarca Daniel e o Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa Romena. “Este foi um momento de forte valor simbólico, porque o Pai-Nosso é a oração cristã por excelência, patrimônio comum de todos os batizados. Ninguém pode dizer ‘Pai meu’ e ‘Pai seu’. Não. Pai-Nosso, patrimônio comum de todos os batizados. Manifestamos que a unidade não cancela as legítimas diversidades. Possa o Espírito Santo nos conduzir a viver sempre mais como filhos de Deus e irmãos entre nós.”

Comunidade católica
Falando sobre a comunidade católica local de rito grego e latino, “viva e ativa”, Francisco citou os momentos em comum, sendo um deles a Divina Liturgia em Blaj, com a beatificação de sete bispos mártires greco-católicos, perseguidos pelo então regime comunista. Um deles, Dom Iuliu Hossu, durante a prisão escreveu: “Deus nos mandou nessas trevas do sofrimento para dar o perdão e rezar pela conversão de todos”. “Pensando nas terríveis torturas a que foram submetidos, essas palavras são um testemunho de misericórdia”, afirmou o Papa.

A última etapa da viagem foi a visita à comunidade cigana de etnia Rom de Blaj. “Nesta cidade, os Rom são muito numerosos, e por isso quis saudá-los e renovar o apelo contra toda discriminação e pelo respeito das pessoas de qualquer etnia, língua e religião.”

Francisco concluiu pedindo a intercessão da Virgem Maria para que a viagem apostólica traga abundantes frutos para a Romênia e para a Igreja naquelas terras.


Fonte: Vatican News