“O choro de Deus é a compaixão”, afirma Frei Clauzemir
15/05/2020
São Paulo (SP) – Nesta sexta-feira (15/05) a Fraternidade e Paróquia Santa Inês, em Balneário Camboriú (SC), acolheu a “Celebração do Abraço e da Esperança”, que está sendo realizada desde domingo, em memória das vítimas fatais da covid-19. A oração é transmitida ao vivo através da TVFranciscanos, no YouTube. Em sua homilia, falando sobre o choro de Jesus diante da morte do amigo Lázaro, Frei Clauzemir Makximovitz explicou: “O choro de Deus é a compaixão. Daquele que conhece, ama e assume”.
Segundo o pároco e definidor provincial, Frei Daniel Dellandrea, a iniciativa é uma forma simples da Província Franciscana da Imaculada Conceição expressar a comunhão e solidariedade com todos os amigos e familiares das vítimas. “Quando cremos, a nossa tristeza se torna menos pesada. Sintam-se sempre próximos de nós, franciscanos”, consolou o frade.
Na homilia, o vigário paroquial, Frei Clauzemir, falou sobre o valor da oração. O gesto de rezar demonstra a proximidade com Deus. “Rezamos quando nos deparamos com momentos específicos de nossa vida, como uma nova vida, o início de uma família, em ação de graças, para pedir auxílio e recordar como Deus é próximo de nós. Em todos os momentos de nossa vida, principalmente os que mais importam, nós celebramos rezando”, recordou.
Segundo o frade, a oração – desde as grandes liturgias da Igreja até o simples gesto devocional do sinal da cruz – é um testemunho de fé e declaram que Deus não é distante daqueles que rezam, mas um companheiro. “Não expomos nossa fragilidade diante de um estranho. Oração é intimidade com Deus”, acrescentou Frei Clauzemir.
Refletindo sobre o evangelho lido na celebração, da ressurreição de Lázaro, o frade explica que Jesus não chora por desespero, mas por conhecer e assumir o amor que sentia pelo amigo que havia partido. “O choro de Deus é a compaixão, de quem conhece, ama e assume”, ressaltou.
Frei Clauzemir acrescentou que por ter vivido tal situação, Jesus compreende a dor sentida por aqueles que perdem seus entes queridos. “Deus compreende nosso sentimento de impotência, e estende seu ombro amigo para acolher nosso pranto”, salientou o frade.
Mas apesar da dor, Deus dá esperança àqueles que sofrem, ensinando a ressignificar todas as situações de aparente e possível desespero. “Que a nossa oração seja celebração da intimidade, não de um Deus distante, mas de alguém que caminha conosco. Os amigos e entes queridos nos precedem no encontro com o Pai”, concluiu o vigário paroquial.
Ao final da Celebração, Frei Daniel Dellandrea rezou, pedindo a intercessão da Virgem Maria para “aqueles que se sentem perdidos e choram por seus familiares mortos, e por vezes sepultados de uma maneira que fere a alma. Sustentai aqueles que estão angustiados por pessoas enfermas e de quem não se podem aproximar para impedir o contágio. Infundi confiança em que vive ansioso com o futuro incerto e as consequências sobre a economia e o trabalho”.
A Celebração do Abraço e da Esperança está sendo realizada durante toda a semana em diversas paróquias e conventos da Província e transmitida através da TVFranciscanos (LINK). Para enviar as intenções, mande uma mensagem de WhatsApp para (11) 97693-2430. Neste número, é possível encaminhar a foto de seu amigo ou familiar falecido, com nome completo, local e data de nascimento e falecimento.
Amanhã acontece a última oração, que será realizada às 17h no Convento da Penha, em Vila Velha (ES).