Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Missão de Angola: o primeiro ‘sim’ ao chamado do Senhor

13/01/2022

Notícias

Após um belo ano de provação acompanhado com muita dedicação e empenho, como afirmou Frei Miguel Tchitekulo no comentário inicial, chegamos ao ponto culminante desta belíssima etapa (noviciado). Foi então, na manhã de sábado do dia 08 de janeiro, às 10h, na Igreja Santo Antônio, noviciado São José – Quibala (KS), que 14 jovens, após um ano de provação e penitência, deram o seu primeiro sim ao chamado do Senhor. Ei-los: Frei Benedito Cassoma, Frei Benjamim Njle Songa, Frei Bernardino Quessongo, Frei Castro Domingos Gaspar, Frei Dâmaso Tchembeka Muhepe, Frei David Avelino Damião Vicente, Frei Francisco Fernando kahanga Tchingandu, Frei José Cambanda Catimba, Frei José Gregório Severino, Frei Manuel Sabino Anapaz Kassindula, Frei Manuel Mbuta Chiunho, Frei Miguel Armindo Caquarta, Frei Pio Cutopa Chongolola, Frei Valter Muhongo Quimbundo.

A presente celebração foi presidida pelo delegado do Ministro Provincial e consequentemente presidente da Fundação da Imaculada Mãe de Deus de Angola, Frei António Boaventura Zovo Baza, e concelebrada pelos reverendos: Frei Marco António dos Santos (mestre dos noviços), Frei Mário Sampaio Pelu (vice-Mestre), Frei Ermelindo Bambi, Frei Canga Mazoa, Frei João Alberto Bunga, Frei Laurindo Lauro da Silva, e Pe. Pedro Velasco Anapaz Kassindula, irmão de Frei Manuel Sabino Anapaz Kassindula (neo-professo). Estiveram presentes também, neste momento tão especial, um número considerável de frades de profissão temporária, Frei Miguel Tchitekulo da fraternidade do Sagrado Coração de Jesus, Petropólis, RJ, as Irmãs Franciscanas da Visitação, as Irmãs Hospitaleiras, Beneditinas, os nossos irmãos Servos do Reino e presença calorosa da família dos nossos professandos.

Frei António iniciou a sua homilia apresentando os novos irmãos que se entregarão ao serviço do Senhor e da Igreja, lembrando as palavras descritas no Evangelho de São Mateus: de graças recebemos, de graças devemos dar. É fundamental entendermos que recebemos gratuitamente o Evangelho da vida, para tal, devemos consumir também de graças, como a vela que se queima no altar. Lembrou ainda que, quando a gente se entrega ao serviço da Igreja, devemos trabalhar com entusiasmo, com empenho e dedicação.

O objetivo da nossa missão, da nossa entrega, é a vida dos nossos irmãos e irmãs. Devemos aprender a viver, não só para nós, mas sim, pelos nossos irmãos. Diz-nos Jesus: “curai os doentes ressuscitai os mortos, purificai os leprosos expulsai os demónios!” É essa a nossa tarefa, a nossa missão. Aos familiares recordou que os filhos são o próprio Deus que dá e hoje entregam de volta a Ele. “Recebeste de graça, dai também de graça”, relatou Frei António.

Por fim, Frei António lembrou aos noviços que o mistério mais bonito da vida religiosa franciscana e o mais desafiador é viver a fraternidade. A vida fraterna não é algo estático, mas algo que vamos fazendo e desfazendo, construindo e destruindo. Muitas coisas ruins irão de aparecer na nossa vida. Mas tudo é possível com ajuda dos irmãos. Portanto, devemos deixar de lado os critérios pessoais para assumir os critérios evangélicos. Devemos ensinar a justiça e praticá-la.

Ele manifestou os apreços vindo do outro lado oceano, na pessoa do Ministro Provincial, Frei Paulo Pereira, que mesmo distante, está inteiramente ligados a nós, com suas orações.

Depois do presidente da celebração ter feito à homilia, cada professando aproximou-se diante do Delegado do Ministro Provincial e foi interrogado se estava preparado para se consagrar a Deus e buscar a perfeição da caridade segundo a regra e as Constituições da Ordem dos Frades Menores.

Depois, puseram-se de joelhos, com as mãos juntas, entre as mãos do Delegado do Ministro Provincial e fizeram a sua primeira profissão religiosa. Em seguida, cada neoprofesso recebeu do Delegado Provincial a Regra e as Constituições da Ordem dos Frades Menores: “Recebei irmão a Regra da nossa Ordem, livro da vida, compêndio do Evangelho, caminho da perfeição, chave do paraíso, pacto de eterna aliança, para que, observando-a com fidelidade, chegueis à perfeição da caridade”, rezou frei António. O presente rito teve a sua conclusão com o abraço da paz, onde, Frei António convidou os demais confrades professos para saudações de acolhimento aos neoprofessos, em comunhão com a Fraternidade Provincial.

O mais bonito foi a parte culminante da celebração, que de maneira emocionante, os neoprofessos dançaram e cantaram louvor de ação de Graças ao Senhor, pelo momento concedido. Frei José Catimba, em nome da turma, leu a nota de agradecimento, manifestando em primeira instância à Santíssima Trindade autora de toda vocação, à Ordem em Geral, Província e Fundação, aos formadores e familiares, que tanto fizeram para que este momento se tornasse realidade. Que nosso bom Deus vos dê em dobro, de tudo quanto fizestes por nós! Conclui.


Frei Pedro Isaías Luisa Vitangui