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Mexicano é o novo reitor da Pontifícia Universidade Antonianum

28/05/2020

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A Congregação para os Institutos de Estudos Católicos nomeou o frade mexicano Agustín Hernández Vidales como reitor da Pontifícia Universidade Antonianum (PUA) de Roma. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (28 de maio). A nomeação foi precedida pela indicação de nomes feita pelo Senado Acadêmico ao Definitório Geral da Ordem dos Frades Menores e ao Ministro Geral da Ordem Franciscana e Grão-Chanceler da Pontifícia Universidade Antonianum, Frei Michael Perry. Eles, por sua vez, escolheram uma lista tríplice que foi apresentada à Congregação para os Institutos.

Frei Agustín já era vice-reitor da Universidade, quando acompanhou a irmã franciscana, Irmã Mary Melone, S.F.A., na reitoria da Pontifícia Universidade Antonianum (PUA) nos triênios 2014-2017 e 2017-2020.

Professor de Filosofia, Agustín Hernández nasceu em Corupo, México, em 14 de junho de 1970, e obteve doutorado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, com uma tese sobre “A felicidade humana em Filebo e Platão, uma indicação para o divino”. “Ele é professor da Universidade há alguns anos e administrou até o dia de hoje a Universidade na qualidade de Vice-Reitor. Portanto, agora como reitor, não terá surpresa porque já conhece bem o trabalho, o ambiente, as pessoas e os desafios”, acredita Frei Estêvão Ottenbreit, guardião da Fraternidade do Antonianum.

Para o novo reitor,  “a razão de nossa missão, que deve estar sempre ligada à evangelização”. Segundo ele, conhecimento e evangelização andam juntos. Exemplifica: “Como os missionários poderiam evangelizar se não tivessem conhecimento da língua local? Para isso, posso citar um exemplo próximo a nós, na China distante: aqui encontramos o Frei Alberto Allegra, um franciscano que traduziu a Bíblia para o chinês na década de 1950 do nosso século. São números que atestam o quanto a Ordem Franciscana continua hoje, em nossos dias, em sua missão de estudo da Palavra, da Teologia”, disse à Revista “São Francesco”.

Antonianum, tradição franciscana

Na sua atual sede e com as relativas estruturas, o Antonianum teve início em 1887, graças à decisão e à iniciativa do então Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores de fundar em Roma um estudo geral para toda a Ordem. A 20 de novembro de 1890, com a bênção do Papa Leão XIII, foram iniciadas a vida e a atividade acadêmica do Collegium Sancti Antonii Patavini in Urbe.

A 17 de maio de 1933, a Congregação para a Educação Católica declarou canonicamente erigido o Athenæum Antonianum in Urbe, com as Faculdades de Teologia, de Direito canônico e de Filosofia, autorizando-o a conferir tais graus acadêmicos. A 4 de junho de 1938, o Sumo Pontífice Pio XI concedeu ao Ateneu o título de Pontifício e, a 15 de agosto do mesmo ano, foram aprovados os seus estatutos.

A 4 de Setembro de 2001, a Congregação para a Educação Católica transformou o Studium Biblicum Franciscanum de Jerusalém, até então seção da Faculdade de Teologia do Ateneu, erigindo-o como Faculdade de Ciências Bíblicas e de Arqueologia do mesmo Ateneu, com o poder de conferir os graus acadêmicos de bacharelado em sagrada teologia, assim como a licença e o doutoramento em Ciências bíblicas e arqueologia.

O Pontifício Ateneu Antonianum, constituído por quatro Faculdades, viu-se assim em condições para ser distinguido com o título de universidade. Com um solene ato acadêmico se celebrou a elevação do Pontifício Ateneu Antonianum à categoria de Universidade, feita pelo Santo Padre João Paulo II a 11 de janeiro de 2005.

Além de Frei Estêvão, a Província Franciscana da Imaculada Conceição tem mais dois frades estudantes na Universidade Antonianum: Frei Gilberto da Silva e Frei José Antonio dos Santos.


Moacir Beggo, com informações de Frei Estêvão Ottenbreit, guardião da Fraternidade do Antonianum