Lisboa (Portugal) – Escolheu a Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, mas em 1220 decidiu seguir os passos de Francisco de Assis e tomou o nome de Antônio: a história de Santo Antônio é marcada por este momento fundamental, o da decisão de ser franciscano. Após 800 anos do momento histórico, o Patriarcado e a cidade de Lisboa, cidade natal do Santo prepara-se para celebrar o Jubileu de Santo Antônio como Franciscano. Para isso foram organizadas várias celebrações que se concluirão apenas em 2021.

O primeiro evento foi celebrado em 16 de fevereiro com a “Festa da Trasladação da língua” do Santo. Esta festa evoca a descoberta da língua incorrupta de Santo Antônio há mais de 750 anos, mais de trinta anos após a sua morte. É ainda hoje um mistério para a ciência, mas a fé chama-lhe milagre, visto que a relíquia da língua, instrumento da pregação do Santo, tantos séculos depois, continua visível e incorrupta num relicário guardado na capela “do Tesouro” na Basílica de Pádua, local de visita de milhares de peregrinos.

Quatro celebrações
Ao longo dos próximos meses, há mais quatro celebrações litúrgicas que irão valorizar na igreja lisboeta, nomeadamente a festa da canonização de Santo Antônio, pelo Papa Gregório IX, a 30 de maio de 1232; o dia da morte do santo franciscano, a 13 de junho, em Lisboa e Pádua, cidade italiana onde morreu; e ainda o seu dia do nascimento, “tradicionalmente” a dia 15 de agosto, solenidade da Assunção de Nossa Senhora.

Outras iniciativas
Outra iniciativa é a ‘Rota de Santo Antônio em Lisboa’, para visitar os lugares que conservam as relíquias do santo na capital. Será no segundo sábado de cada mês, de março a janeiro de 2021, o ponto de encontro é a igreja dedicada ao santo franciscano, que nos mesmos dias recebe uma visita guiada, entre as 15h00 e as 16h00, seguida de recitais de órgão, até às 16h45.

A igreja de Santo Antônio foi também o lugar escolhido para o concerto comemorativo da canonização de Santo Antônio, no dia 30 de maio.

O Museu “Santo Antônio” de Lisboa tem uma exposição permanente “para conhecer a figura do Santo” que nasceu e viveu na capital portuguesa até os 20 anos e em 1946 foi proclamado “Doutor da Igreja Universal”, como “Doctor Evangelicus” pelo Papa Pio XII.