Nos dias 4 e 5 de maio os Guardiães e Coordenadores das fraternidades estiveram reunidos com o Definitório Provincial no Seminário Santo Antônio em Agudos, para um momento de formação, encontro, partilha e definição de passos a serem dados nas fraternidades.

A Dra. Ângela Maria Izzo, ligada à Universidade São Francisco e responsável pelo acompanhamento dos frades idosos e enfermos da Fraternidade de Bragança Paulista falou com os presentes sobre os cuidados com a saúde, visando a questão da prevenção de doenças e os cuidados com o envelhecimento.

Foram abordados temas como os excesso de remédios e a automedicação, a teimosia, que segundo a médica “é a doença mais complicada” e as resistências no deixar-se cuidar. Ressaltou-se também a importância de uma ação preventiva, através da prática de exercícios físicos regulares e a adoção de uma dieta equilibrada. A saúde é um estado de bem geral, que não diz respeito apenas ao físico, mas ao emocional, social e espiritual. Foi lembrado também o equilíbrio e bom senso no cuidado com a saúde, para que não haja uma preocupação obsessiva ou uma total negligência com a saúde.

A doença é parte da fragilidade humana, e o deixar-se cuidar é expressão da vivência prática de voto de pobreza, como ressaltaram os frades.

Convivência e liderança
Dante Ricardo Quadros, professor da FAE, esteve no encontro para falar aos frades sobre liderança e convivência. O professor falou sobre diversos aspectos de um bom líder e da solução de conflitos. O diálogo e a criação de um vínculo de confiança são passos fundamentais para uma boa relação. A liderança é um processo que deve ser aprendido e aprofundado sempre. É importante um olhar atento e individualizado para cada pessoa, partindo do olhar atento para si mesmo. Ressaltou-se a necessidade de uma comunicação clara e eficaz nos diferentes níveis (falada, escrita e corporal).

Entre os elementos próprios de uma equipe eficaz estão: um propósito definido bem claro para todos, o cultivo de um clima acolhedor e familiar, a participação de todos nas discussões e decisões, a maturidade nos casos de divergência, a liderança compartilhada, a capacidade de autoavaliação (pessoal e do grupo) e abertura a relações externas respeitosas, fecundas e saudáveis.
Os frades lembraram que o ofício de ser guardião deve ser exercido na dinâmica do lava-pés, com espírito de serviço e gratuidade, e que sua liderança deve levar os irmãos ao encantamento pela vocação comum a todos.