Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Frei Guido nos guia na visita ao Monte Alverne

31/05/2015

Notícias

Frei Walter de Carvalho Júnior

ladoSanta Maria dos Anjos (Assis) – No domingo, 31, metade dos Capitulares fizeram peregrinação ao Monte Alverne, ao santuário da estigmatização de Francisco. Frei Guido Fineschi, ministro provincial da Província de Florença, foi quem, passo a passo, nos foi introduzindo nos vários “lugares” do santuário que guarda a memória de profundas experiências de fé e vida de Francisco e de alguns de seus primeiros companheiros. Ao referir-se às muitas grutas do monte, explicou que, no mundo medieval, as grutas, a fendas nas rochas, eram vistas como símbolo das chagas e das feridas de Jesus. Daí a predileção de Francisco por este tipo de “topografia”. Inspirado, na homilia da missa da Santíssima Trindade, Frei Guido disse que “primeiro, há a vida vivida, a obediência, a liturgia celebrada, a experiência do Ressuscitado e do Espírito que clama em nós ‘Abá, Pai’; depois vem o escrito, o raciocínio, a compreensão”.

meio     “A Trindade, primeiramente, foi vivida pelos filhos redimidos, foi experimentada na comunhão fraterna; só depois, se procurou compreendê-la em nível dos conceitos e dos dogmas escritos”. E aplicou: “Não se reforma a própria vida ou a Ordem com os documentos finais: são escritos que sancionam somente o fim de um percurso. Francisco mesmo fez com que fosse escrita a maior parte dos textos somente nos últimos 6 anos da sua vida. Primeiro, porém, viveu, orou, experimentou, também errou…  e recomeçou… (…) Lentamente passou de uma oração preocupada com as ‘trevas do seu coração’ para uma oração de louvor, de admiração e confiança na Santíssima Trindade. Aqui no Alverne,  Francisco primeiro vive a estigmatização, e depois, de próprio punho, escreve aquilo que pode servir para a consolação de Frei Leão”, acrescentou o Ministro Provincial.

Ao atualizar a mensagem, afirmou Frei Guido: “O mundo em que vivemos hoje não quer mestres, não quer documentos escritos, não quer simples palavras. Quer testemunhas, quer corpos que possam ser vistos e tocados, como o de Francisco; quer uma teologia escrita na carne! Depois do Natal em Greccio, Francisco teve aqui a sua Páscoa, a plenitude do sua amadurecimento e da sua transformação, no sentido paulino (Rm 8)”.

Após o almoço, os capitulares participaram das vésperas e procissão até a capela da estigmatização, e puderam também conhecer o eremitério a ela contíguo, onde vivem três frades, que, separados do restante da fraternidade, procuram viver a regra que Francisco compôs para os irmãos eremitas.

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