Frei Clarêncio lança “Creio”, as verdades da fé de forma simples e essencial
29/05/2019
“Rezamos o Creio semanalmente, nas missas dominicais e festivas, e também quando iniciamos o terço, de forma que muitos, a maioria dos cristãos católicos, o dizem de cor. Em menos de um minuto, podemos recitar a Profissão de Fé. Poucas vezes o fazemos, no entanto, conscientes de que ali está um resumo perfeito e completo daquilo que os apóstolos colheram dos lábios de Jesus e da convivência com ele, e que expressa toda a riqueza de nossa fé”. É com esta afirmação que o bispo franciscano Dom João Bosco inicia a apresentação do novo livro de Frei Clarêncio Neotti, “Creio – a identidade do cristão”.
Na sua apresentação, Dom Bosco lembra que compêndios de dogmática, tratados ao gosto de cada escola teológica, marcados pela espiritualidade de cada época, ou os catecismos adaptados à linguagem de cada povo. “Mas como encontrar, no meio de tantas páginas, aquilo que é o essencial, o conteúdo necessário, o alimento básico, a exposição clara e bem fundamentada do que devemos crer?”, pergunta o bispo. Segundo ele, este livro, “concentrado e substancioso”, toma cada uma das verdades da fé e as traduz de modo simples e essencial. Suas fontes são precisas: a Escritura, os Santos Padres, os Santos doutores, o magistério firme da Igreja. “O hábito franciscano o faz citar nomes de primeira grandeza do pensamento franciscano como Santo Antônio, São Boaventura ou São Bernardino de Sena. Também não deixa de lado os últimos papas que debulharam em seus ensinamentos as formulações do Concílio Vaticano II”, recorda Dom Bosco.
“Nestes tempos de pluralismo e indiferença, de relativismo e profusão de crenças, em que tantos se sentem confusos e sem rumo em sua fé, tempo também de profunda sede de Deus, encontrar solidez e pureza da fé no Símbolo dos Apóstolos é uma graça e um estímulo para viver bem e anunciar com coragem o que a vida cristã tem de melhor”, observa o bispo franciscano.
“A fé não dispensa dúvidas. A dúvida é a antessala da verdade. Ou como dizia um excelente mestre de minha juventude: a dúvida é o noviciado da verdade. A fé não dispensa a procura. Todos nós somos seres à procura. Deus quer ser procurado, ainda que se diga que ele é o Emanuel, ou seja, o Deus conosco (Mt 1,23); ainda que Jesus tenha prometido estar presente onde dois ou três se reunirem em seu nome (Mt 18,20). A fé não dispensa a espera, mesmo quando temos de esperar contra toda esperança (Rm 4,18). A fé deve também acostumar-se ao silêncio de Deus, porque, se é verdade que Deus é palavra por excelência e fala em todas as criaturas, é também verdade que, muitas vezes, se distancia
no mistério do silêncio”, escreve Frei Clarêncio.
Frei Clarêncio é jornalista e escritor. Atualmente edita e redige a revista “Vida Franciscana” e trabalhou na Editora Vozes de janeiro de 1966 a janeiro de 1986 e foi, durante todo esse tempo, redator da “Revista de Cultura Vozes”. Entre suas publicações estão: “Ministério da Palavra” (3 volumes), “Santo Antônio, Mestre da Vida”, “Orar 15 dias com Santo Antônio”, “Santo Antônio: simpatia de Deus e simpatia dos homens”, “Santo Antônio, Luz do Mundo” (os 9 sermões do Padre Vieira sobre Santo Antônio, comentados), “Orar 15 dias com Frei Galvão”, “Comunicação e Igreja no Brasil”, “Imaculada Conceição de Maria”, “Frei Aurélio Stulzer, Pai, Irmão, Amigo”, “Animais no altar – um estudo de Iconografia e Simbologia”; “São Benedito, homem de Deus e do povo”.
Frei Clarêncio ingressou na Ordem Franciscana no dia 23 de dezembro de 1954. Ordenou-se padre no dia 6 de janeiro de 1961 e hoje é Vigário Paroquial no Santuário do Divino Espírito Santo, em Vila Velha, ES.
O livro é uma publicação da Editora Santuário.