Frei Clarêncio lança “A Vida de Santo Antônio”
14/06/2023
Frei Clarêncio Neotti tem vários livros escritos sobre Santo Antônio e está lançando “A Vida de Santo Antônio”, uma biografia que procura ser fiel à história. “A figura de Santo Antônio é tão grande que extrapolou a história e entrou também no campo lendário e no campo do folclore, recebendo numerosos acréscimos de piedade popular, vindos de todas as culturas e classes sociais. Santo Antônio deixou de ser apenas de Lisboa ou de Pádua, para ser, na expressão do Papa Leão XIII, Santo do mundo inteiro”, lembra o autor.
Na sua introdução, Frei Clarêncio destaca que o Brasil é o país que maior veneração tem por Santo Antônio. “Não há igreja no país sem sua estátua. E nas casas católicas dificilmente falta o nicho com sua imagem protetora. São 15 as dioceses que o tem como padroeiro principal e 24 catedrais o tem como orago. Uma dúzia e meia de municípios estão a ele consagrados e o povo tem feriado em sua festa. Não conheço uma diocese que não tenha ao menos uma paróquia a ele dedicada. O modo de celebrar Santo Antônio vai desde as danças folclóricas juninas e tiros festivos nos quartéis, onde ele é invocado, às Missas pontificais com a bênção do Pão de Santo Antônio. Em muitos lugares se acrescentam a bênção dos lírios e a bênção das crianças”, observou.
Segundo Frei Clarêncio, na véspera da festa, no dia 12, celebram-se os namorados, que buscam nele compromisso e fidelidade. “Santo Antônio é um fenômeno: em vida foi amado por todas as classes sociais, ou seja, por nobres e plebeus, ricos e pobres, clérigos e leigos. Depois da morte é venerado por sábios e analfabetos, com a mesma confiança em seu poder de ajuda. É estudado por teólogos e folcloristas. É declarado doutor da Igreja e, ao mesmo tempo, modelo de vida escondida em Deus. É o único santo chamado “Santo do mundo inteiro”, ou seja, de todos os povos, de todas as gerações, de todas as camadas sociais”, explicou.
Santo Antônio morreu na tarde do dia 13 de junho de 1231. Por insistência do povo, de seu bispo e dos padres que conviveram com ele, foi canonizado no dia 30 de maio de 1232, menos de um ano após a morte, coisa que nunca acontecera antes.
“Não me detive no terreno da pintura, da escultura e da poética, que tem no Santo um inspirador modelo de muitas mensagens. Também não enfrentei a discussão sobre ser ele ou não o pai da escola teológica chamada Escolástica, que se desenvolve e alcança o ponto mais alto ainda no mesmo século de Santo Antônio. Espero mostrar o Santo Antônio descrito pela Legenda Benignitas: um homem “excepcional na humildade, brilhante em sabedoria, fecundo em eloquência, ardente na caridade, notável na pobreza, distinto em delicadeza, excelso em retidão, delicado no falar, manso na convivência, em uma palavra, em tudo simpático tanto a Deus quanto aos homens”, adiantou Frei Clarêncio.
O livro que traz alguns textos de Santo Antônio, também tem algumas orações do santo franciscano, algumas Orações a Santo Antônio e o que Papas falam deste Santo do mundo inteiro.
Frei Clarêncio é frade franciscano desta Província da Imaculada Conceição. Publicou na Editora Santuário sobre Santo Antônio: “Orar 15 dias com Santo Antônio”; “Trezena de Santo Antônio”; “Santo Antônio, simpatia de Deus e do povo”; “Santo Antônio, Mestre da Vida” E ainda “São Benedito, homem de Deus e do povo”; “Animais no Altar: um estudo de iconografia e simbologia”, “Ministério da Palavra” (três volumes: Ano A, B e C); “Ministério da Esperança” (Roteiros para velórios e exéquias). E na Editora Vozes: “Santo Antônio, luz do mundo” (nove sermões do Padre Antônio Vieira).