Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Frei Almir, Frei César e Frei Marcos: óleo mantém chama acesa

15/12/2014

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No altar da bela Igreja do Sagrado Coração de Jesus de Petrópolis (RJ), no domingo, 14 de dezembro, estavam 100 anos de três vidas que deram um ‘sim’ generoso a Deus. Frei Almir Ribeiro Guimarães, celebrando 50 anos de sacerdócio, e Frei César Külkamp e Frei Marcos Antônio de Andrade, celebrando 25 anos de vida religiosa, afirmaram com a própria vida que valeu, e continua valendo a pena, entregar-se aos cuidados de Deus.

A Missa solene contou com o Coral dos Canarinhos e teve como pregador Frei Gustavo Medella, convidado por Frei Almir Guimarães.

O pregador desenvolveu sua homilia a partir do óleo, que é usado para ungir. “Certamente, Frei Almir, Frei César e Frei Marcos, nestes cinquenta anos de sacerdócio e 25 anos de vida religiosa, vocês foram e continuam sendo conservados pelo óleo da graça de Deus, Pai que desde sempre olhou para vocês com carinho e atenção. É este óleo divino, graça e graxa que lubrifica e conserva a vida, que dá sabor e sentido aos muitos momentos vividos””, disse, lembrando que é sem o dúvida o óleo do combustível que mantém acesa no coração destes três confrades a chama da esperança”. Frei Gustavo brincou com Frei Almir: “E olha que para manter acelerado o motor do Frei Almir, haja óleo!”

09Segundo Frei Gustavo, o óleo da alegria fez parte de tantas celebrações desses confrades, que também conhecem o óleo da fraternidade, que faz com que vivam como irmãos de fato e de verdade o menino franzino do interior de Santa Catarina que entrou ainda de calças curtas no Seminário de Ituporanga (Frei César), o estudante de Educação Física e jogador de Vôlei de Sorocaba, no interior de São Paulo, que na juventude decide trilhar o caminho da vocação franciscana(Frei Marcos), e o petropolitano de temperamento irriquieto e sem papas na língua (Frei Almir). “Distantes em termos de origem geográfica, muito diferentes em temperamento, mas que escolheram viver a vida de irmãos em Cristo e em Francisco. Irmãos entre si e, em Deus, irmãos de toda a humanidade. A vocês, irmãos, exorto com as mesmas palavras de São Paulo aos Tessalonicenses: ‘Estai sempre alegres, rezai sem cessar. Dai graças em todas as circunstâncias, porque essa é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo’.”, disse Frei Gustavo.

Mas o pregador também lembrou do óleo amargo das tristezas e decepções. “Aí me lembro do óleo de fígado de bacalhau, ou do óleo de rícino. É o óleo que amarga, mas que cura, são as experiências que doem, mas fazem crescer, amadurecem. Certamente nestas ocasiões o Senhor se fez mais próximo de vocês e os fez sentir na profundeza da alma a garantia que São Paulo, mais uma vez ele, nos dá: ‘Aquele que vos chamou é fiel’.”, frisou.

Frei Gustavo falou do óleo da gratidão e do óleo do entusiasmo que vem sustentando o sim generoso deles. Gratidão às suas famílias e aqui evoco uma imagem que une o céu e a terra, quando imagino a Dona Benilde, mãe do Frei César, a Dona Maria Andrade, mãe do Frei Marcos, e a Dona Maria Thereza, Mãe do Frei Almir, lá da eternidade, tomando emprestada as palavras de Nossa Senhora que ouvimos hoje no salmo de resposta: ‘A minh´alma engrandece ao Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador!’ Gratidão de minha parte a cada um de vocês, confrades pelos quais nutro imensa estima e admiração, pelo convite desafiador que me fizeram, de partilhar estas poucas e simples palavras. (Frei Almir sonhava com Frei Mateus Hoepers, frade que o inspirou na escolha vocacional, como pregador desta celebração. Mas Frei Mateus já é participante da glória divina, também certamente contando com sua intercessão, eis-me aqui, em toda minha precariedade, mas de coração sinceramente empenhado em dar de mim o melhor).

Por último, falou do óleo da missão, o óleo do reenvio! “Sintam-se, estimados confrades, mais uma vez enviados pelo Senhor. Os 25 e 50 anos que hoje celebramos são ponto de chegada e de saída. ‘Marcos e marcas a vida traçou’ – Frei Marcos conhece bem este refrão! – ‘O trem que chega é o mesmo trem da partida’ – nos canta Milton Nascimento em ‘Encontros e Despedidas’.”, lembrou Frei Medella, concluindo: “Contem com nossa força, nosso carinho e nossa oração. Carreguem como tesouro precioso o afeto, a torcida e a vibração desta comunidade de fé do Sagrado, que tem enorme carinho por vocês. Sejam novos “Joões Batistas”, novas testemunhas da luz, sejam mães, irmãos e esposos de nosso Senhor Jesus Cristo, conforme nos pede São Francisco de Assis”.

Fotos: Frei Leandro Costa