Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Franciscanas Catequistas celebram 100 anos no dia 14

05/01/2015

Notícias

Moacir Beggo

missao

Noviços e Irmãs Catequistas se preparam para celebrar o Centenário

Rodeio (SC) – O primeiro grande evento para marcar as comemorações dos 100 anos de fundação da Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas será realizado no dia 14 de janeiro, às  10 horas, no Centro de Eventos da Vila Italiana, em Rodeio, cidade catarinense onde nasceu a Congregação. No dia 24 de maio, outro grande momento de celebração será em Aparecida, com a presença de caravanas de leigos de 22 estados brasileiros, onde estão presentes as Irmãs Catequistas. “Primeiro, celebraremos na Casa-Mãe, depois vamos celebrar com Nossa Mãe”, observou a Ministra Geral Irmã Izaura Souza Cordeiro.

No dia 14 de janeiro, a celebração começará às 8h30 com uma carreata a partir do Rodeio 50. No caminho, haverá uma encenação sobre o carisma e a história das Irmãs na Casa-Mãe de Rodeio e, em seguida, a celebração eucarística na Vila Italiana, presidida pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner. Representando a Província Franciscana da Imaculada Conceição, além de D. Leonardo, estarão presentes Frei Fidêncio Vanboemmel, Ministro Provincial; e Frei Estêvão Ottenbreit, Vigário Provincial.

A Paróquia e Noviciado de Rodeio, que fazem parte desta história das Irmãs Catequistas, participaram de 7 e 13 de dezembro, em Rodeio, da Missão Preparatória ao Centenário da Fundação das Irmãs Catequistas Franciscanas (1915-2015).

Um pouco de história

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O primeiro grupo de Irmãs com o fundador Frei Polycarpo Schuen (à esq.)

A Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas nasceu em Rodeio-SC, em 1915, para responder à necessidade de educação e catequese nas escolas paroquiais, frequentadas pelos filhos e filhas dos imigrantes italianos.

No início do século XX, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina – Brasil, muitas escolas eram mantidas pelas comunidades, sob a responsabilidade do pároco local. Mas começou a surgir um grande problema. Os professores, vindos com a imigração de 1875, estavam deixando seu posto e não havia quem os substituísse.

Para suprir à falta de mestres, Frei Polycarpo Schuen, pároco de Rodeio, após ter conversado com Frei Modestino Oecktering, dirigiu-se às moças da Pia União das Filhas de Maria e da Ordem Franciscana Secular. O apelo teve resposta. Primeiro Amábile Avosani, depois Maria Avosani e Liduína Venturi, apresentaram-se para atender às escolas da paróquia.

No dia 14 de janeiro de 1915, na Igreja de São Virgílio, próximo a Rodeio, as três jovens manifestaram a Frei Polycarpo a disposição de se consagrar ao Senhor e permanecer para sempre no serviço que tinham assumido. Outras jovens, animadas pelo mesmo ideal de vida, uniram-se às três primeiras e logo o grupo cresceu. Duas a duas, viviam nas comunidades do interior da paróquia. Dedicavam-se ao magistério escolar e à catequese, realizavam as tarefas domésticas, cuidavam da capela e organizavam as orações. Completavam o dia com trabalhos hortigranjeiros. A casa, pequena e pobre, era simples como a casa dos colonos. As “Mestras”, como eram chamadas, viviam do jeito do povo simples do meio rural. O bispo de Florianópolis, Dom Joaquim Domingues de Oliveira, aprovou o grupo dando-lhe o nome de “Companhia das Catequistas”.

logoNos primeiros tempos, as Catequistas tiveram o apoio das Irmãs da Divina Providência, especialmente através de Irmã Clemência Beninca e Irmã Ambrosina Van Beck, que as orientaram no serviço da educação. Na década de 1930, as escolas paroquiais foram assumidas pelo Estado. As Catequistas, completados os estudos exigidos, tornaram-se professoras de escolas públicas, característica conservada ainda hoje.

A Companhia se desenvolveu e foi para outros Estados e regiões missionárias, ultrapassando também as fronteiras do Brasil. Hoje são seis províncias, com fraternidades em 22 Estados do Brasil e no Distrito Federal, e em nove países. Desde a década de 1940, as “Mestras” começaram a ser chamadas também de “Irmãs”. Em 1958, fazendo justiça à origem franciscana do grupo, o nome foi completado e reconhecido oficialmente: “Irmãs Catequistas Franciscanas”.