Fé e religiosidade marcam Oitavário da Penha
01/04/2024
Nesta segunda-feira (01), o Campinho do Convento começou a ficar pequeno para os devotos de Nossa Senhora da Penha. Desde o período da manhã, o movimento de homens e mulheres, jovens e idosos já era intenso. Na escadaria que dá acesso à capela do convento, o fluxo de pessoas que seguiam a caminhada para acompanhar as celebrações já era intenso.
No período da tarde, os devotos se aglomeraram para o segundo dia do Oitavário, que foi enriquecido com presença da romaria de região serrana do Espírito Santo, composta pelas cidades de Afonso Cláudio, Brejetuba, Domingos Martins, Marechal Floriano, Santa Leopoldina e Santa Maria de Jetibá.
A partir do tema do dia, “Contigo pelo Caminho, Santa Maria Vai”, Frei Gabriel Dellandrea e Frei Felipe Carretta, responsáveis pela animação das atividades religiosas, motivaram os fiéis que cantaram e louvaram Nossa Senhora da Penha. A entrada da imagem da santa, que é conduzida ao altar durante todos os dias do Oitavário, foi acompanhada pelos frades, representantes da equipe organizadora e um casal vestido com trajes típicos da região serrana.
A reflexão do segundo dia foi feita pelo Frei Jorge Lázaro, que reside no convento da Penha. Ele relacionou os diferentes momentos da caminhada de Maria aos trajetos percorridos por uma mãe, citando o momento que ela, José e o Menino Jesus caminharam até o Egito, sua visita à prima Isabel, a ida ao Santo Sepulcro com as mulheres. “Esse tema quer nos ajudar a entender Maria como uma mãe que está sempre presente, aquela que caminha conosco. E nesse caminhar ao nosso lado ajuda a carregar nossas alegrias, tristezas e dores”, salientou.
O frade terminou sua fala deixando uma pergunta: Qual mãe que não se identifica com Maria, sobretudo nas diversas situações de sofrimento? O importante é ter a certeza de que Maria sempre estará junto, pois Jesus nos entregou sua mãe para que nos sentíssemos confortados com sua ternura maternal”, concluiu.
Ao final do segundo dia do Oitavário, Frei Gabriel pediu que os devotos levantassem fotos de pessoas que precisam de oração e daquelas que as famílias agradecem por graças alcançadas pela intercessão de Nossa Senhora da Penha, para que fossem abençoadas. Os freis passaram entre os devotos e aspergiram água benta sobre as imagens levantadas.
Santa Missa
Dando continuidade às atividades religiosas do dia, após o momento devocional, os fiéis participaram da Santa Missa, celebrada pelo Padre Daniel Calil Mascalubo, da Arquidiocese de Vitória. A partir do Evangelho de Mateus, o sacerdote disse que “assim como as pedras do Sepulcro rolaram e não mais impediram as mulheres de chegarem junto a Jesus, as pedras dos nossos caminhos serão removidas”.
Padre Daniel ainda refletiu sobre o período da Oitava da Páscoa, quando vivemos intensamente a ressurreição. “A primeira palavra do Senhor para as mulheres que foi ‘Alegrai-nos’, palavra que se dirige também a nós, nos dias atuais, homens e mulheres da Nova Aliança. A segunda é ‘Não tenhais medo’. Mas como não ter medo? Lembrando que Ele prometeu estar conosco, todos os dias, em todos os tempos. E Ele também disse ‘Ide e anunciai!’, e devemos seguir esse exemplo sendo discípulos e missionários do Senhor”, finalizou.
Após a celebração, os devotos de Nossa Senhora da Penha acompanharam ao espetáculo “As alegrias de Maria”, apresentado pela Companhia de Artes Água Viva e os cantores católicos capixabas: Raquel Carpenter, Flávia Dornellas, Gabi e Janderson, Maycon Araújo, Roberta Castro e a CIA de Artes Água Viva.
A Festa da Penha será encerrada no dia 8 de abril e, até lá, a expectativa da organização e dos frades franciscanos é que mais de 3 milhões de pessoas visitem o Convento da Penha e participem das atividades programadas.
Adriana Rabelo (texto) e Frei Augusto Luiz Gabriel (fotos)