“Santo bom que a ninguém deixa só”, diz a letra da música composta por Frei Walter Hugo de Almeida OFM, e o pudemos constatar mais uma vez em nossa fraternidade. Ao longo da festa de Santo Antônio, centenas de pessoas vieram ao encontro de sua imagem manifestar a sua fé e devoção.

Durante todo a terça-feira, 13 de junho, os frades da fraternidade do Sagrado Coração de Jesus atendiam inúmeros fiéis que acorriam aos pés da imagem do querido santo para agradecer as graças alcançadas por sua intercessão, bem como realizar novos pedidos. A cada meia hora, um novo grupo se formava, e reflexões e orações eram feitas motivado os devotos. Ao findar de cada momento, não só a fé na intercessão do santo era renovada, como as mãos saíam cheias de pãezinhos a fim de distribuir as bênçãos recebidas entre outras pessoas e seus lares.

Se dentro da igreja, fiéis buscavam o pão bento, do outro lado da rua, no salão do antigo Colégio dos Canarinhos, dezenas de pessoas buscavam o pão do dia.

Durante a manhã, o grupo do Pão de Santo Antônio que semanalmente distribui o pão em sinal de caridade, nesta não foi diferente. Aliás, foi diferente. Celebrando Santo Antônio, as pessoas assistidas pelo grupo, alegraram-se em uma confraternização pela festividade do dia, e o pão buscado todas às terças teve um gosto diferente, de cachorro-quente, bolo e refrigerante dessa vez.

Era ainda o meio da tarde quando o bolo de Santo Antônio veio a acabar. A venda que teve início junto à primeira missa do dia, encerrou-se pouco depois das três da tarde.

Duas missas foram celebradas no período da manhã, e uma à tarde. Já às dezoito horas, houve grande participação dos fiéis que lotaram a Igreja do Sagrado. Presidida pelo pároco Frei Jorge Paulo Schiavini OFM, e com participação do Coral dos Frades, esta última celebração do dia foi solenemente festejada por toda a comunidade presente.

Durante a homilia ao rememorar elementos da vida de Santo Antônio, o presidente da celebração fez fortes acenos à virtude da humildade, o santo que mesmo versado nas escrituras e bastante conhecedor da sagrada teologia, ao ingressar na Ordem dos Frades Menores entregasse aos trabalhos mais humildes, no cuidado com a casa, no serviço da cozinha. E mesmo quando se punha a pregar, embora sendo conhecido na história como “o martelo dos hereges”, nunca usou de violência ao dirigir a palavra a ninguém. E mesmo quando o povo não o ouviu, pregou então aos peixes.

Ao final da celebração antes da bênção da tradicional bênção de Santo Antônio, houve ainda a recordação do primeiro dia do tríduo do Sagrado Coração de Jesus, e por fim a bênção propriamente dita.

Neste ano, a festa de Santo Antônio teve início no dia 31 de maio, com o primeiro dia da trezena. Aqueles que estiveram presentes, nas celebrações das seis da tarde, percorreram um bonito caminho refletindo as virtudes e os fatos vividos pelo santo em sua caminhada de fé.

Frei Bruno Gonçalves Cezário