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Conheça Veronica Antal, a nova beata franciscana

24/09/2018

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São Paulo (SP) – No último dia 22/9, o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Becciu, beatificou Veronica Antal, jovem romena assassinada em 1958. Ela participava de uma paróquia dos Franciscanos Conventuais e pertencia a Ordem Franciscana Secular.

Verônica Antal nasceu em 7 de dezembro de 1935, no vilarejo de Nisiporeşti e faleceu em 24 de agosto de 1958. Era professa na Ordem Franciscana Secular e membro da Milícia da Imaculada em seu país, Romênia.

Antal era conhecida por sua fé forte e seu amor pela Mãe de Deus. Por muito tempo, ela desejou ingressar na vida religiosa como monja, mas decidiu ser franciscana secular depois que o regime comunista suprimiu conventos e monastérios na Romênia.

Em mensagem divulgada no começo de setembro, Frei Marco Tasca, Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores Conventuais, recordou que a jovem tem uma importância grande para a Ordem. “Esta beatificação é ainda mais bela porque foi criada na fé pelos nossos frades conventuais na Moldávia. Eles cuidavam tanto na Paróquia de Nisiporeşti, onde ela nasceu, como na Paróquia de Hălăuceşti, no território em que ela foi martirizada”, ressaltou.

Desde sua morte, ficou conhecida como Santa Verônica e também recebeu o título de “Maria Goretti da Romênia”, devido a forma como morreu, similar a de Santa Maria Goretti.

A causa de sua beatificação foi aberta em 2003 e recebeu o título de Serva de Deus. Em 2018, o Papa Francisco confirmou que ela morreu para preservar-se virgem, fato que confirmou sua beatificação sem necessitar a confirmação de um milagre.

Verônica Antal é originária de Botesti, sendo a primeira de quatro filhos de George e Eva. Ela foi batizada em 8 de dezembro em sua paróquia local. Recebeu o nome em homenagem a sua tia paterna, falecida muito jovem. Seus pais passaram tanto tempo trabalhando no campo, que sua avó Zarafina a criou e instruiu na fé. Foi na infância que se manifestou sua devoção a Virgem Maria.

Quando concluiu os estudos, foi trabalhar com seus pais no campo. Aos dezesseis anos começou a manifestar o desejo de entrar no convento como monja franciscana. Antal também queria ajudar as crianças.

Este desejo nunca se concretizou, pois o regime comunista suprimiu todos os conventos e monastérios na Romênia. Antal se uniu à Ordem Franciscana Secular, dirigida por seu orientador espiritual Alois Donea, onde fez um voto privado de permanecer virgem.

Antal caminhava oito quilômetros até a paróquia mais próxima, somente para poder receber a Eucaristia. Antal também se uniu a um coro e à Milícia da Imaculada, fundada por São Maximiliano Maria Kolbe. Não muito antes de sua morte, ela começou a ler sobre Santa Maria Goretti e afirmou a duas amigas que desejava viver como ela.

Na noite de 24 de agosto de 1958, regressava de sua paróquia local depois de haver recebido a Crisma do Monsenhor Petru Plesca quando Pavel Mocanu, um jovem da cidade, começou a provocá-la no caminho para casa, fazendo propostas indecentes e, em seguida a atacou, num esforço em vão por estuprá-la.

Mas Antal se defendeu, até que Mocanu a apunhalou até a morte com uma faca, por 42 vezes. No dia seguinte, os trabalhadores que se dirigiam ao trabalho descobriram seu corpo no caminho. Ela tinha um rosário nas mãos e o rosto coberto de sangue.

“Eu gosto de pensar nesta jovem santa como uma pequena muda que nossos frades cultivaram na sombra espiritual do nosso Seráfico Pai São Francisco, fruto de seus trabalhos fraternos e apostólicos na Romênia, mas também é um grande sinal para a renascida Província romena, que possui um grande número de jovens frades. Mais do que nunca, eles precisam de poderosos intercessores e modelos de santidade para que possam realizar seu próprio chamado com maior entusiasmo e zelo evangélico”, afirma Frei Tasca em sua mensagem (confira na íntegra).