Celebrações marcam 30 anos de festa de Santo Antônio em Curitiba
04/06/2024
A trigésima edição da festa de Santo Antônio já começou na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Perdões, em Curitiba (PR). Desde o dia 30 de maio, os devotos podem prestigiar as barracas tradicionais desse período do ano e o mais aguardado bolo com as medalhas de Santo Antônio. Ao todo serão 15 dias de festa, encerrando-se no dia 13 de junho, dia do santo paduano.
Uma celebração como essa requer diversas mãos nos bastidores, pois são muitos detalhes que precisam ser pensados para bem acolher os devotos de Santo Antônio e, por isso, a paróquia conta com a ajuda de mais de 100 voluntários que atuam em diversas atividades. Além dos paroquianos, a fraternidade conta ainda com o reforço de seis frades da fraternidade São Boaventura de Campo Largo (PR), e dos vocacionados da região.
A trezena de Santo Antônio que começou em 31 de maio e vai até o dia 12 de junho, tem como tema: “Santo Antônio, nosso amigo, nosso irmão!”. O objetivo é reforçar a proximidade do santo franciscano com os devotos que todos os dias recorrem diariamente à sua intercessão. A celebração festiva será no dia 13 de junho.
No primeiro dia da trezena, festa da visitação de Nossa Senhora, Frei Florival Toledo ressaltou a importância de avaliarmos a nossa caminhada pessoal à luz do Evangelho. “Olhando o exemplo de Maria, que trazendo o Verbo no seu íntimo, se dispôs a servir Isabel. Devemos nós também nutrirmos esse espírito de serviço, de cuidado com o próximo, porque é aí, nesse encontro, que está a dimensão da amizade e da fraternidade que são tema dessa trezena”, ressaltou o frade.
Para que a mensagem de serviço e disponibilidade pregada no Evangelho pudesse ser lida na realidade, no momento da coroação de Nossa Senhora, os coordenadores das mais diversas pastorais e movimentos da paróquia se revezaram no corredor central para a entrada da coroa, que foi levada ao altar para que as crianças pudessem coroar Maria de Nazaré.
Frei Evaldo Ludwig foi o pregador do segundo dia da trezena, no dia 01 de junho, e deu especial atenção à devoção a Santo Antônio que atrai devotos de vários lugares da região para entregar a ele as suas necessidades. Essas necessidades porém podem se confundir com o supérfluo, ter uma casa, pode não significar ter um lar. Frei Evaldo falou ainda sobre a dualidade do ser humano que busca muitas vezes nas coisas, no “ter”, aquilo que lhe falta no interior. “Santo Antônio falou sobre o tesouro que trazemos no coração, ‘onde estiver o seu coração, aí estará o seu tesouro!’”, que possamos aprender com ele a dar sentido à nossa vida e às nossas atividades.
No terceiro dia, Frei José Idair, pároco e guardião, refletiu sobre a passagem de Jesus e o sábado, quando afirma que esse dia foi feito para o homem e não o oposto. O frade enfatizou a figura de Santo Antônio, que carrega o Menino Jesus sobre a figura do livro dos evangelhos. “A palavra pregada por Antônio é o próprio Cristo, sua vida é modelo de vivência para nós. Carregamos a presença de Cristo em nós, mas somos como vasos de barro e precisamos ter humildade para reconhecer isso”, salientou.
Que ao longo dessa trezena possamos nos deixar transformar pela vida e testemunho de Santo Antônio, um santo que conquistou o mundo inteiro pelos inúmeros milagres realizados.
Frei Gilberto Costa