Aos 96 anos, falece a benfeitora Alzira de Oliveira
20/03/2019
Faleceu nesta quarta-feira, 20 de março, a benfeitora do Pró-Vocações e Missões Franciscanas, D. Alzira de Oliveira, aos 96 anos de idade. Parte de sua vida dedicou ao trabalho voluntário em prol das vocações franciscanas.
Sua história de dedicação neste trabalho vocacional começou quando Frei Alberto Esteves assumiu o Vocações Franciscanas em 86, que na época se chamava Vofran. Ele procurava uma pessoa de confiança e religiosa para trabalhar no atendimento aos benfeitores que ajudavam na formação dos seminaristas.
D. Alzira foi indicada e a escolha deu tão certo que ela continuou até os últimos anos neste trabalho no Convento São Francisco, no Centro de São Paulo. No começo trabalhou no 6º andar, onde ficava o escritório do PVF, e depois passou a trabalhar na entrada do Convento. Conhecia todos os benfeitores que visitavam o Convento e os frades que residiram ali em mais de 30 anos. Religiosa, enfatizava que era devota de São Francisco e Santa Clara e dizia que tinha um carinho especial pelos frades, especialmente aqueles com quem conviveu no PVF. “Tenho muita saudade do Esteves e muito carinho para com o Ministro Provincial, Frei Estêvão Ottenbreit, que nos estimulava neste trabalho em prol das vocações”, dizia na edição do Boletim do PVF de número 100.
“D. Alzira era uma pessoa muito dedicada e muito fiel. Assumiu o trabalho do PVF como voluntária e gostava de ser chamada de benfeitora. Na sua simplicidade, dizia que era a ‘dona das vocações’. Dona no sentido do cuidado e do carinho pelas vocações. Desde a criação do PVF, ela foi o nosso braço voluntário, o braço leigo a nos dar apoio. Nessa dedicação, ela chegou aos 94 ou 95 anos ainda vindo às terças-feiras ao Convento. Ela tinha um carinho muito grande pelos frades. Sabia o nome de cada um e queria saber notícias deles, mesmo aqueles que viviam fora do país. Por exemplo, Frei Estêvão. Sempre perguntava dele. Lembrava dos aniversários de todos os frades. A mim mesmo ela me ligava todos os anos para me dar os parabéns. Ela era assim: uma figura muito carinhosa. Amava o trabalho em prol das vocações porque tinha esse amor grande pelos frades e pela Província”, contou o Definidor e Ecônomo da Província, Frei Mário Tagliari, que trabalhou com D. Alzira por doze anos no PVF.
Frei Estêvão, que hoje é o guardião da Fraternidade do Antoniano em Roma, falou do falecimento de D. Alzira: “Que descanse em paz e que Deus lhe recompense a sua dedicação”.
Para D. Alzira, o Convento São Francisco era a sua segunda casa. “Moro aqui perto e, desde criança, frequento a Igreja”, dizia. Ela também fazia parte da Pia União de Santo Antônio.