Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Abrir os corações para a novidade de Deus

12/02/2018

Notícias

São Paulo (SP) – No histórico Convento São Francisco, em São Paulo, teve início nesta segunda-feira, 12 de fevereiro, o Encontro do Ministro Geral e seu Conselho com as Conferências dos Frades Menores do Cone Sul (Argentina, Chile e Paraguai) e do Brasil. O representante de São Francisco de Assis, Frei Michael Perry, abriu este evento franciscano internacional com a Celebração Eucarística, às 7h30, tendo como concelebrantes o anfitrião Ministro Provincial Frei Fidêncio Vanboemmel e o Ministro Provincial Frei Inácio Dellazari, presidente da Conferência Brasileira.

O guardião Frei Mário Tagliari do Convento São Francisco deu as boas vindas aos participantes. “É uma alegria muito grande e uma graça de Deus tê-los conosco nestes dias”, disse Frei Mário, já que o evento termina no sábado, dia 17.

Na sua homilia, Frei Michael refletiu sobre o pedido feito pelos fariseus a Jesus de um sinal do céu. “Uma das maiores dificuldades que nós, os humanos, temos é o nosso desejo incontrolável de ter uma confirmação absoluta do que chamamos de verdade. E quanto maior a nossa falta de imaginação e espanto, mais procuramos sinais de clareza, até extraordinários, para confirmar algo que, em muitos casos, sabemos que é verdade, mas, por uma razão ou outra, nos recusamos a aceitar”, expôs o representante de São Francisco na Ordem dos Frades Menores.

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Segundo Frei Michael, como no Antigo Testamento com Moisés, Jesus alimentou as pessoas no deserto, fazendo a multiplicação dos pães (Marcos 8, 1-10), dando um sinal que ele se apresentava diante do povo como um novo Moisés, como o Mestre que mostra o caminho da vida. “Mas os fariseus não conseguiram perceber o significado da multiplicação dos pães. Essa capacidade não se refere à compreensão intelectual do que Jesus está pregando, dos milagres que ele estava fazendo entre as pessoas. Pelo contrário, eles optaram por fechar suas mentes. Para São Marcos, a questão não é o intelecto; é uma questão de coração. Eles não aceitaram nada do que Jesus havia feito”, explicou, citando que “Jesus suspira profundamente”, provavelmente sem alívio e tristeza com uma cegueira tão grande. “E ele conclui: ‘Nenhum sinal será dado a esta geração!’ Ele os deixou e foi para o outro lado do lago. Não serve de nada mostrar uma pintura bonita para aqueles que não querem abrir os olhos. Quem fechar os olhos não pode ver! Então, o que é preciso para cada um de nós abrir nossos corações para a novidade que Deus procura oferecer ao mundo, à Igreja e a nós que somos Irmãos Menores nestes tempos de mudanças tremendas nessas regiões da Ordem?”, perguntou.

Para ele, os Frades Menores têm um caminho indicado por São Francisco de Assis. “No seu Testamento aos irmãos, ele revela como os discípulos de Jesus devem responder com fé ao que Deus está pedindo a cada um deles. Não é uma questão de conhecimento, embora devamos estudar os sinais dos tempos, como o Conselho do Vaticano II nos lembrou. Nem é uma questão de ter controle sobre tudo, como se o poder fosse a chave de uma fé mais profunda. Isso é algo que os governos e mesmo a Igreja, a Ordem, ainda devem aprender”, ensinou.

Ele encerrou com um trecho do Testamento de São Francisco, que, segundo Frei Michael, recebeu uma nova visão de Deus e uma nova visão da humanidade, o que o levou a abraçar Jesus, os leprosos e todas as pessoas e a natureza como irmãos e irmãs de uma maneira completamente nova e libertadora.

“Foi assim que o Senhor me concedeu a mim, Frei Francisco, iniciar uma vida de penitência: Como estivesse em pecado parecia-me deveras insuportável olhar para leprosos. E o Senhor mesmo me conduziu entre eles e eu tive misericórdia para com eles. E enquanto me retirava deles, justamente o que antes me parecia amargo se me converteu em doçura da alma e do corpo. E depois disto demorei só bem pouco e abandonei o mundo”.

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O encontro do Ministro Geral e do seu Conselho com os frades das duas Conferências, do Cone Sul e Brasil, continuou no Salão São Dâmaso, no claustro do Convento.  Além de Frei Michael, estavam presentes: o Vigário Geral Frei Julio César Bunader e os Definidores: Frei Caoimhín Ó Laoide (Conferência língua inglesa), Frei Ignacio Ceja (Conferências Guadalupana e Cone Sul), Frei Nicodeme Kibuzehose (Conferência Africana); Frei Ivan Sesar (Conferências Norte-Slovena e Sul-Slovena); Frei Lino Gregorio Redoblado (Conferências Asiáticas); Frei Valmir Ramos (Conferências Bolivariana e Brasileira) e Frei Antonio Scabio (Conferências da Itália e Península Ibérica). Frei Jürgen Neitzert, Definidor da Conferência Europa Central, nem bem chegou a São Paulo teve de retornar devido ao falecimento de seu pai.

Da Conferência do Cone Sul estão presentes Frei Isauro Covili (Província Santíssima Trindade – Chile), Frei Emilio Andrada (Província da Assunção da Santíssima Virgem do Rio da Prata – Argentina e Paraguai) e Frei Daniel Alejandro Fleitas Zeni (Província de São Francisco Solano, Argentina).

Da Conferência do Brasil estão presentes: Frei Inácio Dellazari (Província São Francisco de Assis); Frei Fidêncio Vanboemmel (Província da Imaculada Conceião); Frei Hilton Farias de Souza (Província Santa Cruz); Frei Rogério Viterbo de Souza (Custódia das Sete Alegrias de Nossa Senhora); Frei Marco Aurélio Cruz (Província do Santíssimo Nome de Jesus); Frei Francisco de Assis da Paixão (Custódia de São Benedito); Frei Bernardo de Souza Brandão Neto (Província Franciscana Nossa Senhora da Assunção); Frei João Amilton dos Santos (Província de Santo Antônio); e Frei Flaerdi Valvassori, da Custódia do Sagrado Coração de Jesus.

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Frei Inácio abriu as apresentações dando uma mostra da Conferência do Brasil e das dificuldades de os frades se encontraram num país tão grande como o Brasil. Em seguida, ele falou do trabalho evangelizador e da história da Província São Francisco, no Rio Grande do Sul, onde é Ministro Provincial.

Frei Fidêncio fechou a manhã com a apresentação da Província da Imaculada Conceição, a segunda mais antiga do Brasil. O Ministro expôs o trabalho evangelizador que é feito com base nas cinco Frentes de Evangelização e no Plano de Evangelização para o sexênio.

As entidades brasileiras continuariam as apresentações à tarde.

Equipe de Comunicação da Província da Imaculada