Capítulo Geral das Esteiras e o movimento sinodal com foco no presente e no futuro franciscano
02/05/2024
No dia de São José Operário, 1º de maio, a messe era grande na etapa provincial do Capítulo Geral das Esteiras, e os “operários”, representados pelos frades, leigos, leigas e religiosas estavam dispostos a viver intensamente o carisma e a espiritualidade franciscana.
Logo pela manhã, todos acompanharam a Santa Missa que, na ocasião, foi celebrada pelo Frei Olivo Marafon, da Fraternidade Franciscana São Francisco, localizada em Chopinzinho (PR).
“Entre o povo de Deus, São José tem um espaço muito grande, pois é um importante exemplo para nós. Ele é o patrono da boa vida e da boa morte. Boa vida porque conviveu com o Senhor do céu da Terra, cuidou e educou o filho de Deus. E foi patrono da boa morte porque faleceu na companhia de nossa mãe Maria Santíssima e seu filho Jesus, Nosso Senhor Jesus Cristo”.
O frade explicou que pelo fato de São José ter sido fiel aos desígnios do Pai, ele é tão invocado pelo povo. “O grande ensinamento de São José foi que, além de educador do Menino Jesus, serviu a Deus. Hoje, dia do trabalhador, vemos tantas realidades que ainda nos incomodam e mostram que o trabalho é um instrumento que vai além da possibilidade de adquirir bens, pois é um instrumento de graça, por isso São José é nosso protetor, pois temos esse servo de Deus em nossa vida”, salientou.
Inspirados em São José, os 120 participantes do Capítulo Geral das Esteiras, tiveram um dia intenso. Logo após a celebração todos foram para uma das salas usadas para o evento, onde receberam orientações do Frei Gabriel Dellandrea para uma dinâmica de troca de experiências entre todos. A proposta foi abordar diferentes aspectos que envolvem a realidade das fraternidades, como formação, animação vocacional, atividades com os jovens franciscanos, cuidados com os frades idosos, com o objetivo de apontar sugestões e gerar reflexões para a elaboração de um documento que será enviado para o Capítulo Geral das Esteiras 2025, como colaboração da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil.
Durante a atividade as religiosas, frades e leigos foram estimulados a circular entre os grupos conduzidos por um facilitador, que ficaram espalhados em diferentes salas do seminário. Os 13 grupos criados tinham como líderes representantes das três Ordens Franciscana envolvidas (I, II e III Ordens) e demais leigos presentes. Como numa dança na qual o mais importante era promover a troca de conhecimentos e a valorização da presença de todos, os grupos apontaram importantes contribuições para o futuro da presença franciscana e da Província.
A quarta-feira também foi marcada pela primeira reunião dos guardiães durante o Capítulo. Enquanto os grupos tiveram parte do período da tarde livre uma visita pelo Seminário Santo Antônio, as lideranças das fraternidades vinculadas à Província debateram sobre como: “Recordar e reavivar nossa identidade de irmãos menores, que se encarna na capacidade efetiva de escutar, aprender e transformar, na itinerância da vontade, o coração, a inteligência e os pés”, conforme orientação do Ministro geral, Frei Massimo Fusarelli e o Ministro provincial, Frei Paulo Roberto Pereira.
Os guardiães e coordenadores das fraternidades puderam refletir sobre questões importantes que envolvem a renovação da visão para os tempos atuais e futuros da identidade franciscana, o caminhar segundo um estilo, além dos melhores meios para olhar para o presente e abraçar o futuro da Província.
Enquanto os guardiães estavam reunidos, os demais participantes do evento visitaram os espaços históricos do seminário, como os museus, o cemitério e a área de lazer acompanhados pelo Frei Ladí Antoniazzi. O dia foi encerrado por um momento de oração e o jantar.
Adriana Rabelo