Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

“O Espírito Santo Deus-em-nós”, de Frei Volney, entre os lançamentos da Editora Vozes

13/08/2021

Notícias

O Espírito Santo Deus-em-nós

A teologia é indispensável para que a Igreja continue sempre arejada, repensando-se e pensando sua ação no mundo para que continue dialogando com as várias situações pelas quais passa o ser humano. Uma coleção de teologia, escrita por autores brasileiros, leva-nos a pensar a função do teólogo no seio da Igreja. Tal função só pode ser entendida como atitude daquele que busca entender a fé que professa, e, por isso, faz teologia. Esse teólogo assume, então, a postura de produzir um pensamento sobre determinados temas, estabelecendo um diálogo entre a realidade vivida e a teologia pensada ao longo da história, e se caracteriza por articular os temas relativos à fé e à vivência cristã a partir de seu contexto. Outra característica que o acompanha é a de ser filho da comunidade eclesial, e, como tal, deve fazer de seu ofício um serviço aos cristãos.

Não extingais o espírito (1Ts 5,19)

“Vivei e convivei sempre alegres e em equilíbrio com todas as formas de vida emanadas pelo Deus-em-nós. Em todas as circunstâncias daí graças e espaço ao Reino de Deus e ao sopro do Espírito. Não extingais o Espírito, sua dinâmica e seus impulsos de vida. Não desprezeis as profecias e escutai sempre de novo a voz dos profetas. Examinai tudo e ficai com o que é bom, com o que é belo, com o que é saudável, com o que é justo, com o que é amoroso. Abstende-vos de toda espécie de mal, de injustiça, de opressão, de morte”,  escreve  Frei Volney J. Berkenbrock

Frei Volney  é doutor em Teologia pela Rheinische Friedrich-Wilhelms-Universität, Bonn, Alemanha. É pesquisador das religiões afro-brasileiras, com enfoque especial na experiência religiosa do Candomblé. Professor do Departamento de Ciência da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), pesquisador do Programa de Pós-Graduação do mesmo departamento e membro do Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis (RJ). Linhas de pesquisa de destaque: Religiões afro-brasileiras (com ênfase para o Candomblé); Religiões e Diálogo; História das Religiões. Autor de diversos livros, capítulos de livros e artigos na área de Teologia e Ciência da Religião.


História da lingüística

História da linguística, de um dos principais linguistas brasileiros, Joaquim Mattoso Camara Jr., foi publicado em 1975, pela Editora Vozes, cinco anos após a morte de Mattoso. Trata-se de obra de grande importância na linguística brasileira, pois é a primeira história da linguística suficientemente ampla produzida por um linguista brasileiro.

E a amplitude da obra realmente chama a atenção: Mattoso inicia sua narrativa na Antiguidade, passa pela Idade Média, chegando aos tempos modernos e aos anos de 1950. Encontramos uma riqueza infinda de informações sobre autores, obras, movimentos teóricos, o que dá ao livro o aspecto de um guia, capaz de nortear, nos mínimos detalhes, o estudioso da história do conhecimento linguístico.

Ora, apesar da grandiosidade de seu conteúdo, era de conhecimento geral que, em função de sua gênese, o livro merecia uma revisão cuidadosa. Como se sabe, a obra origina-se de um manuscrito traduzido que reúne notas das aulas dadas por Mattoso, em inglês, na Universidade de Washington, em 1962.

Essa revisão agora vem a público pela mão de dois linguistas que têm se dedicado a estudar os aspectos historiográficos e epistemológicos da linguística: Gabriel de Ávila Othero e Valdir do Nascimento Flores, ambos professores da UFRGS.

O livro recebeu, além de revisão textual, um significativo número de notas contendo comentários, datas, nomes de autores, títulos de obras, informações suplementares, desdobramentos teóricos etc. A ideia foi aproximar ainda mais Mattoso de seu público, resguardando a voz do grande linguista, de modo a manter o lugar de destaque que suas lições têm na formação do linguista e da linguística brasileira.

O leitor tem em mãos um trabalho cuja ausência era notada na lingüística brasileira. Trata-se da edição revista e comentada da História da linguística, de autoria do grande Mattoso Camara Jr. O livro – publicado postumamente em 1975 – recebe agora uma significativa quantidade de notas esclarecedoras que visam à abertura do texto mattosiano ao diálogo com a nova geração de linguistas que se encontra em formação no Brasil. Esta edição crítica demorou bastante tempo para ser feita e exigiu de seus responsáveis – os professores Gabriel de Ávila Othero e Valdir do Nascimento Flores – cuidadosa pesquisa historiográfica e epistemológica da linguística feita até os dias de hoje, incluindo a tradição ocidental, sem dúvida, mas também a oriental, pois Mattoso traça uma história da linguística que demonstra sólido conhecimento do pensamento universal sobre a linguagem humana.

Não há dúvidas de que este livro deverá ocupar lugar de destaque nas estantes dos jovens pesquisadores brasileiros e também daqueles para quem o conhecimento não cessa nunca de se fazer. É para esses leitores que a presente edição, revista e comentada, foi feita, porque são eles que continuarão a fazer a história da linguística.


Pesquisa em Psicologia Analítica

Esta obra, de Joseph Cambray e Leslie Sawin, reúne capítulos selecionados de colaboradores internacionais que refletem o campo contemporâneo da pesquisa em Psicologia Analítica, tendo por foco a pesquisa qualitativa e métodos mistos.

Apresentado em sete partes, este volume oferece pesquisa qualitativa atual que destaca abordagens para compreender a psique e investigar suas componentes, e apresenta uma perspectiva junguiana sobre as forças culturais que afetam a psicologia individual. O livro mostra as conexões entre a Psicologia Analítica e outras disciplinas, tais como neurociência, pesquisa em psicoterapia, pesquisa desenvolvimental, psicanálise freudiana e estudos culturais. A Parte I fornece uma introdução ao volume, estabelece a natureza da pesquisa qualitativa e interdisciplinar e suas aplicações para a pesquisa em outros campos, e delineia a obra apresentada. A Parte II, “Abordando a pesquisa qualitativa em Psicologia Analítica”, examina o pós-modernismo e o valor de uma perspectiva junguiana, e introduz a correspondência de Jung como uma fonte emergente. A Parte III, “Pesquisa sobre aspectos simbólicos da psique”, encara a teoria arquetípica e a teoria do complexo cultural. A Parte IV, “Pesquisa sobre consciência e emoção”, apresenta capítulos sobre a meditação e os espectros da emoção em mitologias, filosofia, psicologia analítica e nas neurociências. A Parte V, “Uma abordagem da psique em termos de sistemas complexos”, aborda a pesquisa sobre a sincronicidade, a geometria da individuação e sobre complexidade, ecologia e simbolismo. A Parte VI, “Pesquisa intercultural”, contém capítulos que tratam de transcendência, de transformação psicossocial, de infraestrutura psicológica e de complexos culturais e identidade cultural. A Parte VII conclui o volume apontando direções para áreas potenciais de estudo e contribuições futuras.

Cada capítulo oferece um panorama da pesquisa em cada área específica e encerra com direções potenciais para investigações futuras. O livro capacitará praticantes e pesquisadores a avaliarem o status empírico de seus conceitos e métodos e, quando possível, mostra novas direções. Também apresenta a importância da psicologia analítica contemporânea e oferece oportunidades para colaboração e fertilização interculturais.

Esta obra é uma coletânea, em extensão e profundidade, que parte das visionárias atitudes de Jung com relação à pesquisa científica e erudita.

Ela fortalecerá significativamente a presença da Psicologia Analítica e dos estudos junguianos nos ambientes universitários. Um traço salutar e distintivo é que muitos dos seus capítulos refletem perspectivas clínicas contemporâneas, fundamentando a pesquisa na experiência vivida. Os leitores vão notar e aprovar os múltiplos modos pelos quais as atitudes coloniais de Jung, em relação à cultura e à sociedade, são desafiadas e redimensionadas para o leitor contemporâneo.

O livro será uma leitura essencial para psicólogos analíticos praticantes ou em formação, acadêmicos e estudantes de Psicologia Analítica e das ideias pós-junguianas, e para acadêmicos e estudantes de outras disciplinas interessados em incorporar métodos da Psicologia Analítica em sua pesquisa.


O sentido do pensar

O presente livro, de Markus Gabriel,  é o último de uma trilogia à qual pertencem Por que o mundo não existe e Eu não sou meu cérebro.

Ele é escrito de tal modo que possa ser compreendido sem conhecimento de ambos seus predecessores. Como eles, pertence a um gênero que se dirige a todos que os têm prazer em ter pensamentos filosóficos. E justamente sobre esse processo do pensamento se deve tratar aqui. Nas páginas seguintes desenvolverei, de uma maneira universalmente compreensível e acessível, uma teoria do pensar (humano).

O pensar é, talvez, o conceito central da filosofia. Desde Platão e Aristóteles a filosofia se compreende como uma ciência que reflete sobre a reflexão. Essa reflexão sobre a reflexão é a origem da lógica. A lógica, por sua vez, é um dos fundamentos de nossa civilização digital; uma vez que, sem o avanço da lógica filosófica do século XIX, nunca se teria chegado ao desenvolvimento da informática.

Espera por você um livro filosófico que consegue se virar sem jargão técnico difícil de entender. Para entendê-lo, você não precisa se aprofundar nos aspectos técnicos da lógica. Isso porque o nosso pensar humano é, como deve ser mostrado aqui, um órgão dos sentidos. O pensar é algo sensível (no melhor caso, portanto, agradável), e não um exercício violento, em que se proíbe a si próprio caminhos criativos de pensamento. Pelo contrário. O pensar filosófico é um processo criativo, motivo pelo qual filósofos como os românticos e Friedrich Nietzsche chegaram até mesmo ao ponto de avizinhar-se da poesia.

Por causa da enchente de informações a que estamos inevitavelmente expostos em nossa infoesfera – em nossos arredores digitais –, colocam-se novos desafios para o pensamento filosófico.

O presente livro é uma tentativa de refletir sobre o que seria propriamente o pensamento, a fim de, possivelmente, recuperar um pouco de controle sobre o âmbito que hoje é reivindicado pelos questionáveis magos do vale do silicone e pelos seus adeptos tecnófilos na afirmação de criar verdadeira inteligência artificial. Precisamos desenfeitiçar os nossos gadgets eletrônicos e descartar a crença em sua onipotência, se não quisermos virar vítimas da digitalização, viciados em informação sem salvação e zumbis tecnológicos.


O uso dos conceitos

O uso dos conceitos é uma questão essencial e compartilhável por todos os campos científicos, sejam os relativos às ciências humanas, às ciências físicas e da terra, às ciências agrárias ou às ciências da saúde. Todas estas ciências precisam de conceitos para tecer a sua linguagem científica, para estender diante do caos cognitivo uma rede teórica capaz de apreender os seus objetos e problemas de estudo, para elaborar tentativas de compreensão das realidades por elas examinadas e, por fim, para estabelecer uma possibilidade de comunicação entre seus pares. O uso de conceitos é comum a todas as ciências, embora possam coexistir modos diferenciados nos seus usos por parte de cada ciência considerada em sua especificidade. Isto posto, todas as ciências se aquecem à luz ou ao fogo dos conceitos, e sem eles haveria apenas as frias noites sem fim e, principalmente, sem princípios.

Nossa intenção com este livro, de José D’Assunção Barros, será refletir interdisciplinarmente sobre a importância dos conceitos para as ciências, sobre as suas funções na produção do conhecimento, sobre a relação interativa entre a ‘compreensão’ (ou ‘intensão’) e a ‘extensão’ de um conceito, bem como sobre algumas de suas características principais, tais como a polissemia, historicidade e potencial de generalização. Abordaremos ainda as nuances e distinções que surgem entre os diversos tipos de saberes no que tange ao uso dos conceitos, ao lado dos aspectos que todos eles compartilham neste mesmo uso. Um capítulo especial será dedicado à reflexão sobre o uso de conceitos em outras linguagens que não necessariamente a verbal, em particular abordando a linguagem visual e simbólica através de exemplos mais específicos. Neste ponto, aplicaremos à análise de imagens conceituais uma metodologia apropriada, mostrando que os símbolos conceituais diferem radicalmente dos símbolos comuns, da mesma maneira que os conceitos verbalizados diferem das palavras simples.

O Uso dos Conceitos – Uma abordagem interdisciplinar tem como objetivo trazer reflexões que dizem respeito a muitas áreas diferenciadas de saber, mostrando que todas elas precisam de conceitos, e que os conceitos por elas produzidos apresentam

aspectos recorrentes como o potencial de generalização, historicidade, polissemia, a elaboração abstrata, o diálogo com a realidade concreta, a dinâmica entre complexidade e simplicidade, o esforço criador e a sua rediscussão constante em cada meio científico, entre vários outros aspectos. Para isso, tornou-se especialmente oportuno trazer exemplos de áreas bem diversificadas como História, Antropologia, Geografia, Linguística, Psicologia, Filosofia, Economia, Física, Matemática, Biologia e a própria Música, que nos emprestará a metáfora condutora de todo raciocínio usado na segunda parte desta obra.

Assim, a proposta é que algumas das ideias formuladas nesta obra sejam retomadas. por especialistas dos vários campos de saber para maior aprimoramento, ou para ajustes adequados de acordo com as diferentes perspectivas disciplinares.


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