Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Novo livro de José Antonio Pagola está entre os lançamentos da Vozes

24/02/2021

Notícias

Caminhos de evangelização faz parte de um projeto para dinamizar as paróquias e as comunidades cristãs, respondendo ao chamado do Papa Francisco, que nos convida a promover uma nova etapa de evangelização. Estas são suas palavras: “Quero me dirigir aos fiéis cristãos para convidá-los a uma nova etapa de evangelização, marcada pela alegria de Jesus, e para indicar os caminhos que a Igreja deve seguir nos próximos anos”. O objetivo específico deste projeto é ajudar as paróquias e as comunidades cristãs a promover, de maneira humilde, mas responsável, um processo de renovação. (Da Apresentação)

O autor desta obra, José Antonio Pagola, explica: “Como parte de uma série de 4 volumes, nos quais tratei respectivamente de ‘Recuperar o projeto de Jesus’, ‘Anunciar Deus hoje como Boa notícia’ e ‘Cristo ressuscitado é a nossa esperança’, apresento este livro, intitulado ‘Caminhos de evangelização’. Este trabalho contém duas partes. Na primeira, exponho cinco atitudes ou linhas de ação que considero importantes para evangelizar nos tempos atuais. Na segunda, esforço-me para ouvir o chamado do Papa Francisco para ‘irmos às periferias existenciais’, indicando cinco áreas específicas de ação evangelizadora”.


A ARTE DE RECOMEÇAR

O autor do prefácio Pe. Marko Ivan Rupnik destaca que Pe. Fabio Rosini faz neste texto não é uma exegese clássica nem uma homilética convencional – embora se trate de um texto de alto nível –, mas uma leitura da criação contada nos capítulos iniciais do surpreendente Livro do Gênesis. É surpreendente porque realmente abre à sabedoria. Além do conhecimento bíblico ele exala nestes capítulos um conhecimento excepcional da teologia espiritual. Com aguda precisão, aborda os grandes nós da vida espiritual. E tudo é continuamente imbuído de sua experiência, tanto de sua experiência pessoal quanto daquilo que vem da escuta pastoral. Milhares de vozes ecoam nestas páginas. Mas mesmo com uma sinceridade desarmante, ele relata os dados de sua vida pessoal. Tudo é bravamente tecido em um texto unitário, porque não há nada de artificial na estrutura, mas o ritmo da sucessão dos dias do Hexamerão é rigorosamente seguido.

 


INICIAÇÃO A TEOLOGIA

1. ESTUDAR TEOLOGIA – INICIAÇÃO E MÉTODO
O texto simples e didático, fruto de uma longa pesquisa, é um subsídio básico para quem deseja ter uma visão inicial e panorâmica das fontes, princípios e elementos fundamentais da teologia e do método teológico.

2. MORAL SOCIAL
O teólogo é aquele que busca entender a fé a partir da relação com o seu contexto, seja ele histórico, cultural, existencial, social ou eclesial. Diante de realidades plurais e interculturais não basta um teólogo que aprenda teologia, revisitando os documentos e suas teorias. O livro escrito por Frei André Boccato parte da concepção de uma teologia moral que se constrói em diálogo com as inquietações suscitadas pela realidade. Por isso, fazem-se necessárias as abordagens de assuntos como fake news ética ecológica. É a partir da realidade vivida que se dialoga com as Escrituras e com o magistério.

3. TEOLOGIA FUNDAMENTAL
O ser humano se comunica com Deus e conseqüentemente comunica Deus. A experiência salvífica é vivência, torna-se linguagem e comunicação. Assim, cada vez mais a hermenêutica figura como um instrumento indispensável para o entendimento da revelação. A experiência de Deus é sempre contextualizada, histórica, e por isso deve ser interpretada e entendida. A Teologia Fundamental, em constante diálogo com as Escrituras e com a tradição teológica, busca instrumentalizar essa hermenêutica.

4. TEOLOGIA PASTORAL – A INTELIGÊNCIA REFLEXA DA AÇÃO EVANGELIZADORA
O ser humano se comunica com Deus e consequentemente comunica Deus. A experiência salvífica é vivência, torna-se linguagem e comunicação. Assim, cada vez mais a hermenêutica figura como um instrumento indispensável para o entendimento da revelação. A experiência de Deus é sempre contextualizada, histórica, e por isso deve ser interpretada e entendida. A teologia, em constante diálogo com as Escritura e com a tradição teológica, busca instrumentalizar essa hermenêutica.

5. TRINDADE – MISTÉRIO DE RELAÇÃO
Sujeitos eclesiais são todos os batizados. No processo de conversão pastoral e estrutural são igualmente sujeitos as instâncias e os organismos eclesiais. Comunidade de comunidades se efetiva na comunhão entre os vários sujeitos eclesiais, sejam eles pessoas ou estruturas. Iniciação à vida cristã quer tornar as pessoas adultas na fé, ou, em outras palavras, sujeitos eclesiais. Entre os três temas aqui abordados há uma profunda relação de complementaridade.

6. DIREITO CANÔNICO
Esta obra é uma pequena introdução ao estudo do Direito Eclesial da Igreja latina para iniciantes. Não tem a pretensão de ser um texto completo e muito menos levantar questões mais profundas na área da Teologia e do Direito Canônico. O estudo compreende quatro partes. O primeiro capítulo trata de uma reflexão partindo da etimologia do Direito (em geral) e do Direito Canônico (que é específico da Igreja). O segundo capítulo estuda as diversas dimensões do termo Direito na linguagem das Ciências Jurídicas, com suas diferentes conotações e amplitudes. Faz-se uma pequena síntese e um relacionamento com duas outras ciências auxiliares importantes, a Sociologia do Direito e a Filosofia do Direito. O terceiro e o quarto capítulos abordam mais detalhadamente o Direito Eclesial (ou Canônico) como ciência no campo das demais ciências teológicas, além de refletir a dimensão teológica do Direito Eclesial. O quinto, de maneira resumida, tem somente uma preocupação histórica com relação às fontes do Direito. Os dois últimos capítulos servem de orientação para uma leitura do atual Código, isto é, seguindo os princípios levados em conta no “iter” (caminhada) de codificação e um estudo dos primeiros cânones contidos no Livro I do Código (cc. 1-22). Os dois apêndices servem como “atalhos” no estudo, levando-se em conta a legislação canônica do Brasil Colônia e Império e, de maneira escolar, uma pequena síntese de como se deverá estudar o Direito Canônico a partir da leitura do Código. Os cinco anexos procuram ser “andaimes”, no sentido de apresentar pistas para um possível aprofundamento.


HERÓIS E MARAVILHAS DA IDADE MÉDIA

Este livro tem por objetivo insistir sobre a importância do imaginário na história, mas também mostrar que a Idade Média criou heróis e maravilhas destinados a alimentar sonhos a longo termo, na maior parte das vezes através da sublimação das realidades sociais e materiais daquela época: catedrais, cavaleiros, amor, divertimentos e espetáculos, mulheres excepcionais que se situam entre Deus e satã.

‘Portanto, este livro é um conjunto de textos e imagens articulados entre si. Ele só foi possível graças à sabedoria e pesquisa de Frédéric Mazuy, um iconografista notável. O presente trabalho não busca apresentar uma visão global do imaginário medieval, mas somente as suas características através de certas partes notórias deste conjunto. Trata-se, como o título indica, de heróis e maravilhas. O termo “herói”, que na Antiguidade designava uma personagem fora do comum em função da sua coragem e vitórias sem que por isso ela pertencesse às categorias superiores dos deuses e semideuses, desapareceu da cultura e da linguagem com a Idade Média e o cristianismo no Ocidente. Os homens que a partir de então eram considerados como heróis – sem que este termo fosse empregado – eram um novo tipo de homem, o santo, e um tipo de governante promovido ao primeiro plano, o rei. Recentemente publiquei um livro sobre essas duas categorias de “heróis” da Idade Média5. Os heróis de que se trata aqui são personagens de alto posto ou de nível elevado que se definem não como santos e reis, mas de outra forma.’


TORNA-SE O QUE VOCÊ É

Nesta obra singular, Alan Watts exibe a inteligência, a ludicidade do pensamento e a simplicidade da linguagem que o tornaram tão popularmente conhecido como intérprete do pensamento oriental para os ocidentais. Baseando-se em uma grande variedade de tradições religiosas, ele apresenta o dilema representado pela busca do verdadeiro eu–“tornar-se o que você é”. Grande conhecedor do Zen, Alan Watts empenha-se nesta obra por sintetizar os principais ensinamentos que permitem ao indivíduo encontrar-se com sua profunda natureza, e o faz abordando tópicos como o desafio de ver a vida sem ilusões e fantasias, “assim como ela é”, a abordagem taoísta da vida harmoniosa, os limites da linguagem em face da inefável verdade espiritual e o simbolismo psicológico no pensamento

Como o título sugere, em Torne-se o que você é, Alan Watts aborda o dilema do indivíduo que busca seu verdadeiro eu, uma tarefa que muitas vezes requer ver a vida“ como ela é”. Como escreveu Alan Watts: A vida existe apenas neste exato momento, e neste momento ela é infinita e eterna. Porque o momento presente é infinitamente pequeno; antes que se possa medi-lo, ele já se foi e, ainda assim, persiste para sempre. Este movimento e mudança foi chamado de Tao pelos chineses […].Um sábio disse que se tentarmos estar em harmonia com o Tao nos afastaremos dele. Mas ele não estava inteiramente certo. Porque o curioso é que não se pode sair de harmonia com ele, mesmo que se queira; embora os seus pensamentos possam correr para o passado ou para o futuro, eles não podem escapar do momento presente. Compreendido dessa maneira, “tornar-se o que você é” é, ao mesmo tempo, uma diretiva impossível e um fato inevitável. (Do prefácio, de Mark Watts)


POLÍTICA COMO VOCAÇÃO E OFÍCIO

O texto aqui apresentado resulta de uma conferência proferida por Max Weber em Munique no ano de 1919. Aqui ele aborda política como “Beruf”, termo alemão que possui dois aspectos: de um lado, é “vocação”, e de outro é “profissão” ou “ofício”.

Por se tratar, naturalmente, de um conceito vasto, Weber logo foca na definição central de política como sendo a direção ou a influência na direção de uma associação e, especificamente, de um Estado.

A partir da observação sociológica, “política” significaria a aspiração a influenciar a partilha do poder, seja ele entre estados ou no interior de um Estado, entre os grupos humanos nele contidos. Quem faz política aspira sempre ao “poder”, seja ele visto como meio para atingir outros fins (ideais ou egoístas) ou como fim em si mesmo, como “poder pelo poder”, a fim de gozar da sensação de prestígio que ele proporciona.
Política tem, assim, a ver com dominação e inclusive com violência vista como legítima por parte do Estado sobre a população que habita em seu território.
Fazer política por vocação ou por ofício implica, assim, dois modos de ser político, duas visões distintas da função do Estado e do governo, pontos de partida e motivações iniciais distintas que movem aqueles que exercem, no Estado, a função política.
Esta é uma reflexão essencial para a compreensão sociológica da política no Estado moderno.


O SOCIALISMO HUMANISTA

Quando se questiona a natureza do socialismo em função de sua eficiência econômica, mais atual ainda se torna o pensamento do “Che”, para reafirmar que os ideais clássicos do marxismo e da luta histórica dos homens por uma sociedade humana e justa têm uma carga ética incontornável. Que os destinos de toda a humanidade são a referência para quem luta pela superação da exploração entre os homens, entre as nações, entre as raças e entre os sexos. Por personificar os princípios morais superiores do humanismo, resgatando para o socialismo do século XX os melhores sentimentos e ideais que a humanidade foi capaz de forjar, o “Che” – por sobre o guerrilheiro, o dirigente revolucionário e o teórico – surge aos olhos do final de século como o que de melhor a história pode criar e um modelo do homem novo que ele nos propôs. (Parte da Introdução da obra)