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01/11/2018
São Francisco de Assis
Autor: Frei Pedro Pinheiro, OFM
Frei Pedro Pinheiro é natural de Leiría, uma localidade perto de Lisboa, em Portugal. Chegou ao Brasil em 56, quando tinha cinco anos e meio de idade. Ele desembarcou com seus pais em Santos (SP), mas vieram a fixar-se em São Bernardo do Campo, SP onde passou sua infância e adolescência, mudando-se para São Vicente por volta de seus 16 anos. Mais tarde quando começava a faculdade de Belas Artes, um outro “artista” entrou em sua vida: São Francisco de Assis. Aos 25 anos, ingressou na vida religiosa, tornando-se frade da Ordem Franciscana a partir de 1977, quando deu início a uma carreira predominantemente dedicada à arte sacra.
Autodidata, Frei Pedro faz um trabalho, onde pesquisa o figurativo e abstrato, sendo influenciado pelo modernismo no Brasil, principalmente Portinari e Brecheret, pela arte africana e pelo expressionismo alemão. “Mas a minha sensibilidade e formação religiosa me levam também a temáticas calcadas no social, a exemplo de Portinari. Ele tinha uma preocupação pelo social e essencialmente pelo humano”, observa. Pedro produz sua pintura desde 68, gravura e joalheria desde 82, e escultura desde 92.
Deu início, em 1990 à Primeira Exposição Internacional de Presépios no Convento São Francisco em São Paulo, desenvolvendo nessa atividade algumas técnicas de cenografia até 2004, criando deste modo uma tradição belenista nesse convento. Em Bragança Paulista onde residiu antes de se mudar para o Seminário Santo Antônio de Agudos (SP), além das exposições de presépios, que montou desde 2004, participou também das atividades voltadas para a sociedade, como cursos de arte na Universidade São Francisco. Por diversas vezes foi convidado pelo Festival de Arte da Serrinha, participou dando aulas de desenho ou produzindo Arte com as crianças do Bairro da Água Comprida. Tem alguns trabalhos adquiridos por colecionadores no Brasil e no exterior. Frei Pedro tem especial preferência pela escultura. “Passei a vida toda para descobrir que sou mais escultor do que pintor”. Essa descoberta foi feita, segundo o artista, por volta de 1992, quando iniciou um curso de cerâmica e escultura no Liceu de Artes e Ofícios em São Paulo.